Como condição intrínseca à essência do homem, buscamos constantemente o contato com a natureza, independente das qualidades físicas ou geográficas nas quais nos encontramos. Cada vez mais afastados da natureza dita selvagem, articulamos meios e estratégias para que ela ainda se mantenha presente em nosso cotidiano, mesmo que seja por ínfimos instantes.
Nesse sentido, existem inúmeras maneiras pelas quais se faz possível domesticar a natureza, gesto que acompanha a história da humanidade, sempre desafiando limites técnicos e causando fascínio. Os jardins internos verticais são um exemplo disso.
Aguascalientes é um estado localizado na região central do México, a cerca de 480 km a nordeste da Cidade do México, que faz limite geográfico com os estados de Zacatecas e Jalisco. Conta com 5618 km² de superfície, sendo o terceiro estado menos extenso do país. Sua capital e cidade mais populosa é Aguascalientes, nome dado em homenagem às fontes termais que os primeiros colonos espanhóis encontraram na região.
Anos atrás, a indústria da construção era uma das mais atrasadas em termos tecnológicos, no entanto, hoje podemos dizer que a automação veio definitivamente para ficar.
O casal Alison (22 de junho de 1928 - 16 de agosto de 1993) e Peter Smithson (18 de setembro de 1923 - 3 de março de 2003) formaram uma parceria que conduziu o brutalismo britânico durante a segunda metade do século XX. Começando com um vocabulário de modernismo despojado, a dupla foi uma das primeiras a questionar e desafiar as abordagens modernistas de design e planejamento urbano. Em vez disso, eles ajudaram a evoluir o estilo para o que se tornou o Brutalismo, tornando-se defensores da abordagem "ruas no céu" para a habitação.
Uma economia circular é um sistema econômico que visa eliminar o desperdício e o uso contínuo de recursos. Olhando para além do atual modelo industrial extrativo de coleta e descarte, uma economia circular visa redefinir o crescimento, com foco em benefícios positivos para toda a sociedade. Implica desvincular gradualmente a atividade econômica do consumo de recursos finitos e projetar os resíduos para fora do sistema. Apoiado por uma transição para fontes de energia renováveis, o modelo circular constrói capital econômico, natural e social.
Quatro jovens escritórios de arquitetura com sedes na Itália, Suíça, Reino Unido, Estados Unidos, Índia e Bélgica foram escolhidos pela New Generations, uma plataforma que observa o que há de mais inovador dentre os arquitetos europeus, proporcionando um espaço para troca de conhecimento e confronto, teoria e produção. Desde a sua fundação em 2013, a New Generations trouxe a público mais de 300 escritórios promissores de arquitetura, apresentando um cenário diversificado de studios e ateliês dedicados às mais diferentes atividades culturais, promovendo festivais, exposições, chamadas abertas, entrevistas e oficinas.
O consagrado arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que no dia 23 de maio nos deixou, eternizando-se enquanto legado, concedeu entrevista à Revista América #1 publicada há pouco mais de dois anos. Nesta revista da pós-graduação da Escola da Cidade, o arquiteto, cujas reflexões estão no bojo do projeto editorial da publicação, expande – como fez em diversas outras ocasiões – o conceito de arquitetura atrelando a ela as dimensões geográfica e política.
https://www.archdaily.com.br/br/962608/nos-temos-medo-da-liberdade-entrevista-com-paulo-mendes-da-rochaConselho Científico – Escola da Cidade
Red House. Foto de Ethan Doyle White, via Wikipedia. Licença CC BY-SA 3.0
William Morris foi um dos grandes nome do movimento Arts and Crafts dos século XIX. Sua prática foi amplamente delineada por seus ideais políticos, passando por experiências pela construção, a decoração e o design, chegando a ser escritor, sempre buscando amparar os espaços de trabalho como lugares de prazer e contemplação.
Cidades estão tão profundamente enraizadas na história da humanidade que dificilmente nos perguntamos por que vivemos nelas ou qual a razão de nos agruparmos em assentamentos urbanos. Ciro Pirondi, arquiteto brasileiro, aponta que vivemos em cidades porque gostamos de ter alguém para conversar, enquanto Paulo Mendes da Rocha classifica a cidade como “a suprema obra da arquitetura”. A cidade é o mundo que o homem constrói para si próprio. Tratam-se de imensas construções coletivas, palimpsestos, colagens de camadas de histórias, realizações, conquistas e perdas.
Já somos majoritariamente urbanos desde 2007. E a porcentagem deve chegar a 70% de pessoas vivendo em cidades em 2050. Nos próximos anos, megacidades com mais de 10 milhões de habitantes deverão se multiplicar, principalmente na Ásia e na África, muitas delas em países em desenvolvimento. Tal projeção levanta o alerta em relação à sustentabilidade e às mudanças climáticas que as cidades catalisam. E, claro, sobre como possibilitar a qualidade de vida a seus habitantes e de que forma eles poderão prosperar e se desenvolver em contextos que, muitas vezes, não são os ideais. Como esses assentamentos urbanos receberão este aporte da população? Enquanto seus centros antigos demandarão transformações e atualizações, suas periferias exigirão o projeto de novas residências e equipamentos públicos, além de infraestruturas adequadas. Como esse processo pode ajudar os centros urbanos a se tornarem inteligentes, utilizando de forma criativa e eficiente a tecnologia já disponível a favor de seus habitantes?
O Plano de Bairro é um instrumento de planejamento urbano que incentiva a população a pensar em ações para a melhoria do seu bairro. Ele foi instituído na cidade de São Paulo pela lei municipal do Plano Diretor Estratégico com os objetivos de articular as questões locais com as questões estruturais da cidade, levantar as necessidades por equipamentos públicos, sociais e de lazer nos bairros, além de fortalecer a economia local e estimular as oportunidades de trabalho.
https://www.archdaily.com.br/br/963409/plano-de-bairro-do-jardim-lapenna-implementacao-de-direitos-e-o-fazer-em-comunidadeDenis Oliveira de Souza Neves
Esta edição da Bienal de Veneza conta com 112 participantes de 46 países, com 60 pavilhões e exposições nacionais no Giardini, Arsenale e no centro histórico da cidade. Além disso, a mostra internacional recebe pela primeira vez três países: Granada, Iraque e Uzbequistão.
A arquitetura às vezes pode ser mundana - exceto quando é uma arquitetura mimética. Esses edifícios se separam de forma única e identificável dos edifícios abstratos, metafóricos e frequentemente monótonos que classificam a arquitetura moderna. Em vez de privilegiar os arranha-céus de aço e vidro que servem como marcos em cidades ao redor do mundo, eles visam zombar da arquitetura de uma forma jovial, comercial e talvez um pouco mais funcional e expressiva. Ao contrário de outros edifícios, eles são a personificação literal de uma coisa em si, colocando sua função amplamente em exibição em vez de escondê-la entre quatro paredes austeras.
As coberturas são, talvez, o elemento arquitetônico mais fundamental dos edifícios de bambu (junto com as fundações). Telhados bem projetados e construídos desempenham um papel fundamental na proteção de uma estrutura de bambu ao mesmo tempo em que aumentam a beleza e a experiência do espaço. O que se qualifica como um telhado de bambu bem projetado?
Há alguns elementos-chave que precisam ser considerados: 1) os beirais do telhado para mitigar o desgaste das peças de bambu do sol direto e da chuva, 2) a inclinação do telhado para o fluxo de água, 3) o espaçamento das vigas para rigidez e, finalmente, 4) o material utilizado. Em Bali, experimentamos muitos materiais e técnicas de cobertura diferentes. Neste artigo, compartilhamos 5 dos sistemas de cobertura mais comumente usados para nossos edifícios de bambu:
Em urbanismo, adensamento demográfico é um assunto que gera discussão, dúvida e discórdia. Uma confusão comum, por exemplo, é confundir a densidade construtiva (quantidade de área construída em um determinado local) ou até mesmo a altura das edificações, com a densidade demográfica (quantidade de pessoas que residem em um determinado local).
Em Nova York, por exemplo, a área de Midtown, em Manhattan, tem talvez a maior concentração de arranha-céus da cidade, embora tenha densidade demográfica de “apenas” 18.000 hab/km², menos da metade do Upper West Side, que apresenta 44.000 hab/km² com edifícios mais baixos mas predominantemente residenciais, enquanto há menos edifícios residenciais em Midtown. No Brasil, essa discrepância é muito mais extrema: os bairros mais densos das grandes cidades brasileiras tendem a ser os mais horizontais, pois tratam-se de favelas com unidades habitacionais pequenas, pouco espaço entre construções e famílias maiores habitando (ou coabitando) as unidades.
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Katsushika Hokusai - Gaifū kaisei - Public Domain. Image via Wikipédia
A Escola da Cidade compartilhou conosco a série de aulas sobre Arquitetura e Cultura japonesa que integra o programa Estúdio Deriva. Nesta série conta com as seguintes aulas: "A ambiência sem hierarquia: Sanaa e a música eletrônica" com Guilherme Wisnik, "Cultura Contemporânea Japonesa" com Gabriel Kogan, "A atuação profissional dos arquitetos japoneses" com Lourenço Gimenes, "Uma análise gráfica das midiatecas de Toyo Ito" com Marina Lacerda, "Destruir para construir: O impacto dos planos de reconstrução de Tokyo em Akira" com Beatriz Oliveira, "Jidai no nagare, o fluxo das eras: encaixes japoneses em madeira" com Heloisa Ikeda e "A estrada de Tōkaidō: viagens, xilogravuras e cidades do período Tokugawa (1603-1868)" com Fernanda Sakano. Assista aqui todas as aulas.
https://www.archdaily.com.br/br/917468/arquitetura-japonesa-em-7-aulasPedro Vada
Nesses 113 anos de comemorações da imigração japonesa, discursos sobre a cultura japonesa ganharam uma atenção considerável. Com o Brasil sendo um dos maiores detentores da comunidade japonesa fora do arquipélago, é nítida a proximidade do país com expressões culturais japonesas. Grande parte das cidades colonizadas pelos japoneses preservam até hoje história e cultura nipônicas, com isso, o campo arquitetônico passou a ser consolidado principalmente por meio de construções que representassem os aspectos políticos e sociais da imigração japonesa atrelados a novas tecnologias e formas de construção.
Qual o papel dos escritórios corporativos nos dias de hoje? A pandemia do Coronavírus evidenciou necessidades e transformações profundas nas vidas de todos nós: nas relações, no trabalho, nos hábitos de consumo, no aumento da desigualdade. Certamente o tema dos espaços de trabalho veio à tona em uma fase histórica quando, pela primeira vez na era pós-moderna, as pessoas viram suas próprias liberdades limitadas.
Grande parte das pessoas foi obrigada a trabalhar de casa e desde o começo da quarentena a reflexão sobre o futuro dos espaços de trabalho se fez inevitável. Alguns dados interessantes mostram que o Coronavírus apenas impulsionou uma prática que vinha se consolidando há anos em alguns países. Segundo estudos realizados em parceria pela Global Workplace Analytics e FlexJobs, entre 2005 e 2015, o número de profissionais nos Estados Unidos que fazem pelo menos 50% de seus trabalhos a partir de casa ou de outro lugar fora de seus escritórios cresceu 115% e hoje esse número chega a 4.7 milhões, 3.4% da força do trabalho.
Eventos naturais extremos estão se tornando cada vez mais frequentes em todas as partes do mundo. Esse colapso vem sendo alertado em inúmeras pesquisas as quais indicam que inundações, tempestades e aumento do nível do mar podem afetar mais de 800 milhões de pessoas no mundo, custando às cidades US$ 1 trilhão por ano até a metade do século. Essa situação parece indicar que o único caminho para a sobrevivência urbana é trabalhar urgentemente com as vulnerabilidades das cidades para proteger seus cidadãos.