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Legislação: O mais recente de arquitetura e notícia

Vote discordo! Projeto de Lei pretende tirar do CAU a decisão sobre as áreas de atuação da arquitetura

Um projeto de lei apresentado no final de março deste ano pretende revogar dois parágrafos da Lei 12.378 de 31 de dezembro julho de 2010 que rege o exercício da profissão de arquiteto e urbanista. O projeto de lei PL 9818/2018, proposto pelo deputado Ricardo Izar - PP/SP, revoga a prerrogativa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de definir área de atuação privativa dos arquitetos e urbanistas e áreas de atuação compartilhada.

Em termos gerais, o projeto tira do CAU/BR o poder de definição sobre o que apenas os arquitetos podem fazer. O projeto revoga os parágrafos 1 e 2 do artigo terceiro da lei de 2010, são eles:

Congresso Nacional discute tornar crime o exercício ilegal da arquitetura e urbanismo

A Câmara dos Deputados discutiu ontem, 26 de março, o projeto de lei que torna crime contra a saúde pública o exercício ilegal da arquitetura, urbanismo, agronomia e engenharia. Atualmente, as pessoas que exercem ilegalmente a profissão de arquiteto e urbanista são punidas nos moldes do artigo 47 da Lei de Contravenções Penais, que prevê pena de prisão simples de 15 dias a 3 meses ou multa.

O PL 6699/2002, que esteve em pauta para discussão e votação, prevê pena de detenção de 6 meses a 2 anos para quem exercer Arquitetura e Urbanismo sem registro profissional. Caso o exercício se dê com fins lucrativos, o condenado pagará ainda multa de 2 a 20 salários mínimos. No Código Penal já estão criminalizadas as condutas de exercício ilegal da profissão de médico, dentista e farmacêutico.

Câmara de SP aprova a abertura do Minhocão os sábados e nos meses de férias

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou essa semana um projeto de lei que estabelece o Parque Minhocão no Elevado Presidente João Goulart, que corta o centro da cidade em direção à zona oeste. A proposta prevê que, trinta dias após o texto entrar em vigor, o elevado será aberto às pessoas aos sábados o dia inteiro - atualmente ele é aberto às 15h.

Noventa dias após aprovada, a lei determina que o Minhocão será aberto mais cedo durante os dias de semana, às 20h, em vez das 21h30. Por fim, seis meses após sancionado, o texto prevê a abertura do elevado durante todos os meses de janeiro e julho, coincidindo com o período de férias escolares.

Multar pedestres e ciclistas melhorará a segurança? ITDP Brasil manifesta preocupação

No final de outubro, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) publicou a resolução 706/2017, que padroniza a aplicação de multas para pedestres e ciclistas, previstas nos artigos 254 e 255 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Ainda que a garantia de direitos e o estabelecimento de deveres seja uma premissa para o bom funcionamento do trânsito, o ITDP Brasil acredita que a aplicação de multas a pedestres e ciclistas nas cidades brasileiras não irá contribuir com a melhoria das condições de segurança e nem promover o acesso à cidade, objetivo estabelecido na Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Em geral, as cidades brasileiras ainda não oferecem condições mínimas de segurança e atratividade para os deslocamentos a pé ou de bicicleta: calçadas esburacadas e estreitas, limites de velocidade incompatíveis com as vias urbanas, ausência de redes cicloviárias que permitam o uso seguro da bicicleta, ausência de faixas de travessia de pedestre e tempos semafóricos que permitam a travessia segura são alguns dos desafios enfrentados cotidianamente pela população.

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Evento debaterá oportunidades e desafios de Estatutos do Pedestre em cidades brasileiras

No próximo 08 de agosto, Dia Mundial do Pedestre, o projeto Como Anda, desenvolvido pelas organizações Cidade Ativa e Corrida Amiga com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), promoverão a mesa-redonda “Estatuto do Pedestre: Oportunidades e Desafios em cidades brasileiras”. O evento, que será realizado no MobiLab (Laboratório de Mobilidade Urbana), visa discutir o recém-sancionado Estatuto do Pedestre na cidade de São Paulo e sua repercussão no Brasil sob a perspectiva de atores que influenciam e participam das tomadas de decisões relacionadas aos marcos regulatórios municipais.

Estão confirmados para o debate José Police Neto, vereador de São Paulo

Câmara pede urgência para projeto que torna crime o exercício ilegal da arquitetura

O projeto de lei que torna crime contra a saúde pública o exercício ilegal das profissões de arquiteto e urbanista, agrônomo, engenheiro, dentista, médico e farmacêutico deve passar a tramitar em regime de urgência na Câmara dos Deputados. O pedido para acelerar a análise da matéria é de iniciativa do deputado Ronaldo Lessa (PDT/AL). O requerimento contou com a assinatura de líderes de oito partidos. “Agora esperaremos que o presidente da Câmara paute o projeto e trabalharemos para que seja aprovado”, afirma o parlamentar. 

A proposta, de autoria do ex-deputado fluminense José Carlos Coutinho, foi apresentada em 2002 e até hoje não foi votada em definitivo na Câmara dos Deputados. O texto prevê que quem exercer ilegalmente as profissões mencionadas, ainda que gratuitamente, estará sujeito a uma pena de seis meses a dois anos de prisão. Caso o exercício se dê com fins lucrativos, o condenado pagará ainda multa de dois a vinte salários mínimos.

Arquitetura portuguesa em xeque: o caso dos engenheiros que querem assinar projetos arquitetônicos

Arquitetura portuguesa em xeque: o caso dos engenheiros que querem assinar projetos arquitetônicos - Imagem de Destaque
Lisboa. Foto via VisualHunt. Domínio Público

A antiga dualidade "arquitetura versus engenharia" - que atualmente parece um assunto quase anacrônico e cujas pendências já passaram da hora de serem resolvidas - parece ter sido retomada em Portugal. Estranhamente, em um país que (ao menos quando visto do outro lado do Atlântico) parece atribuir o devido respeito e valor ao profissional arquiteto, uma nova proposta de lei (PL 495/xiii/1.ª) propõe sutis alterações em uma lei atualmente em vigor para, com isso, permitir que "alguns" engenheiros possam assinar projetos de arquitetura.

A proposta da Ordem dos Engenheiros de Portugal de alterar a lei atual, garantindo estes "direitos adquiridos" a alguns engenheiros, não passou despercebida pela Ordem dos Arquitetos, e profissionais de todas as partes de Portugal começaram a se manifestar contrariamente à proposta, lançando inclusive uma petição online, que tem com subscritores ninguém menos que Siza e Souto de Moura.

Câmara dos Deputados aprova lei que permite ao governo realizar obras sem projeto arquitetônico

A Câmara dos Deputados aprovou dia 17 de junho um projeto de lei que autoriza as empresas públicas a executarem obras de engenharia civil sem projeto de arquitetura. Se aprovado no Senado, o PL 4918/2016, também chamado de Lei de Responsabilidade das Estatais, passará para sanção presidencial.

De acordo com o projeto de lei, tanto as subsidiárias e sociedades de economia mista quanto as empresas estatais poderão contratar serviços de construção civil baseados apenas em projetos básicos de engenharia. A dispensa do projeto executivo nas licitações permite, entre outras consequências, que a empreiteira contratada modifique a obra durante seu curso, o que pode justificar significativo aumento dos gastos.

Mudanças no Plano Diretor serão discutidas entre CAU/BR e o senador responsável pela proposta

Receptivo à solicitação do presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, o senador Reguffe (DF) marcou audiência para discutir o PLS 667/2015, de sua autoria, que altera a definição de Plano Diretor no Estatuto da Cidade. Até que a reunião ocorra, o projeto, que se encontra na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, para decisão terminativa, não será colocado em pauta.

CAU/GO quer proibir engenheiros de realizarem projetos arquitetônicos

Com o objetivo de impedir que engenheiros continuem desenvolvendo projetos arquitetônicos em Goiás, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública na 3a Vara Federal do Estado contra o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA-GO). No pedido de liminar, o procurador Cláudio Drewes de Siqueira classifica como inconstitucional o exercício indevido de atividade profissional alheia e sem habilitação. 

São Paulo apresenta projeto de revisão do zoneamento urbano

Semana passada o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, apresentou à Câmara Municipal um novo projeto de lei para modificar a atual lei de zoneamento.

Entre as mudanças da proposta, que será avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça e, posteriormente, pela Comissão de Política Urbana, está o fomento de novas atividades nos bairros, o estabelecimento de condicionantes para a construção de novos edifícios e a criação de requisitos ambientais a serem cumpridos.

Senado aprova Estatuto da Metrópole

Em votação realizada em meados de dezembro, o Senado aprovou o Estatuto da Metrópole (PLC 5/2014), que regulariza diretrizes para o planejamento, gestão e execução de políticas públicas em cidades metropolitanas e aglomerações urbanas. O projeto de lei segue agora para a sanção presidencial.

O relator do projeto, senador Inácio Arruda, do PCdoB, acredita que o Estatuto da Metrópole é uma evolução do Estatuto da Cidade, aprovado em 1999, e possibilitará uma melhor organização dos cidadãos brasileiros: “É uma importante matéria para o ordenamento da vida das grandes cidades brasileiras”, disse.

Novo plano de transporte de Washington cogita implementar tarifação viária no centro financeiro da cidade

Desde 2003, quando o centro de Londres começou a implementar as tarifas viárias, ou seja, desde que foi fixada uma taxa para transitar pelo centro da cidade, o número de automóveis diminuiu 30%, a qualidade do ar aumentou e foram gerados US$2 milhões, posteriormente aplicados em novas infraestruturas de transporte.

Maior edifício do Brasil tem obra embargada por acusação de danos ambientais

A Justiça de Santa Catarina embargou por danos ambientais as obras do edifício Infinity Coast, em Balneário Camboriú, a 80 km de Florianópolis, capital do estado. O projeto, que terá 60 andares e chegará a uma altura de 240 metros, teve suas obras iniciadas há pouco tempo, estando ainda na fase das fundações, mas já é anunciado como o edifício mais alto do Brasil.

Antes da suspensão, o prazo previsto para entrega das unidades era 2017. Hoje, o maior edifício é o Mirante do Vale, de São Paulo, com 170 metros.

A construtora FG já anuncia o empreendimento e oferece apartamentos de luxo no valor de até R$ 7 milhões. O projeto, inspirado nas construções de Dubai, terá dois apartamentos por pavimento com vista para o mar.

Decreto no Rio de Janeiro obriga novos edifícios a exibir o nome dos autores do projeto

Numa tentativa de valorizar o trabalho de arquitetos, que muitas vezes têm seus projetos alterados pelas construtoras, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, baixou um decreto exigindo que os novos edifícios da cidade tenham o nome de seus autores exibidos na fachada.

A assinatura de prédios, mesmo os residenciais, já foi uma prática no Rio de Janeiro, principalmente em edificações art déco e modernistas. É um detalhe, mas basta um olhar mais atento para perceber que um dos pilotis do Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, exibe o nome de Affonso Eduardo Reidy.

Empresas começam a cumprir exigência de divulgar autoria de projetos de arquitetura em novos empreendimentos

Após o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro - CAU/RJ - notificar algumas empresas e entidades da construção civil, começam a aparecer nos anúncios de empreendimentos imobiliários o nome e o número de registro dos responsáveis pelos projetos de arquitetura e urbanismo. A exigência já era determinada por uma lei federal e outra estadual, no caso do Rio de Janeiro, mas não vinha sendo cumprida, o que parece estar mudando após a decisão do CAU de notificar tais infrações.

A indicação do responsável pelo projeto na peça publicitária é de responsabilidade tanto do arquiteto e urbanista, como do empreendedor. A medida visa não só a responsabilização técnica dos profissionais, como também o reconhecimento da autoria do projeto arquitetônico e urbanístico.

Barcelona no caminho para baixar em 30% a circulação de carros

Cerca de meio milhão de euros. Isto é o Barcelona deverá pagar à Comissão Europeia por não cumprir a normativa para a qualidade o ar. Sendo que este ano 70% da contaminação da cidade foi gerada pelo tráfego de automóveis, as medidas para reverter esta situação foram consideradas urgentes pelas autoridades.

Nos últimos meses, a cidade de Barcelona tem trabalhado na elaboração do novo Plano de Mobilidade Urbana (PMU) 2013-2018. Um de seus objetivos mais ousados é a redução – em cinco anos – de 30% da circulação de automóveis particulares. Para atingi-lo, as medidas não apostam tanto nas proibições, mas sim nos incentivos ao uso do transporte público e nas facilidades para pedestres e ciclistas. Em outras palavras, o PMU busca aumentar a eficiência de uma mobilidade urbana que, por sua vez, contribua com a segurança e com a melhoria da qualidade do meio ambiente.