Esta noite, como de costume, os vencedores do Prêmio Pritzker se reúnem para o debate "Pritzker Laureates' Conversation". Este ano, a conversa leva o título de Challenges Ahead for the Built Environment [Desafios Futuros para o Ambiente Construído] e acontecerá às 19h30 (horário de Brasília).
https://www.archdaily.com.br/br/785001/acompanhe-ao-vivo-o-debate-com-os-ganhadores-do-premio-pritzkerAD Editorial Team
Intitulada "Unfinished", a mostra do Pavilhão da Espanha para a Bienal de Veneza 2016 pretende refletir sobre as arquiteturas inacabadas, buscando descobrir algumas virtudes que possam ser convertidas em estratégias de projeto. "Unfinished" pretende mostrar especulações criativas sobre a subversão da condição do passada em uma ação contemporânea positiva.
O Pavilhão da Espanha, afim de receber a maior quantidade de exemplos de arquiteturas que respondam a esta temática, promove uma chamada para a seleção de obras construídas para sua exposição.
Em paralelo ao processo de seleção de obras construídas, o objeto deste concurso de ideias é a elaboração de um projeto inédito que responda ao argumento levantado pelo Pavilhão da Espanha: "Unfinished".
Os desafios envolvidos no projeto de habitações sociais são complexos. De acordo com declarações recentes de Martha Thorne ao The Guardian, "não basta fazer um espaço comunitário e dizer: 'as pessoas poderão ver umas as outras'... Os arquitetos realmente têm que compreender o contexto do cliente - o contexto cultural, o contexto mais amplo, econômico, o futuro dos moradores que viverão ali." Sobre o bem intencionado projeto Centre Village em Winnipeg, do escritório 5468796 Architecture, Thorne acredita que muitos destes desafios são novos aos arquitetos.
Ler sobre o trabalho de Alejandro Aravena pode às vezes parecer duas discussões distintas: uma sobre suas inovações na habitação social, amplamente elogiadas, e outra sobre seus impressionantes (embora mais convencionais no âmbito de aplicação) edifícios para as universidades e municípios. Neste post originalmente compartilhado em sua página no Facebook, Hashim Sarkis, reitor da MIT School of Architecture and Planning, conecta aparentemente os dois segmentos distintos da arquitetura de Aravena, descobrindo as crenças subjacentes que orientam o vencedor do Prêmio Pritzker deste ano.
Pela primeira vez o Prêmio Pritzker de Arquitetura foi concedido a um arquiteto chileno. Um país de 17,4 milhões de habitantes que há vários anos vem se destacando pela qualidade do trabalho de seus arquitetos. Como apontava há alguns meses um artigo do Los Angeles Times, a arquitetura chilena começou a exercer uma ampla influência em outros arquitetos ao redor do mundo através de uma série de obras pontuais, apresentando um uso impecável dos materiais e uma sensibilidade notável para com o entorno.
Alejandro Aravena é o primeiro arquiteto chileno a receber um Prêmio Pritzker. Elogiado por reviver o engajamento social na Arquitetura, o diretor executivo do ELEMENTAL provou a capacidade do arquiteto em resolver assuntos globais através de um portfólio diversificado. Veja os 15 projetos que exemplificam a contribuição de Aravena ao campo arquitetônico.
Todos que viviam no Chile em 2010 e presenciaram o terremoto e posterior tsunami (conhecido como 27F) têm uma estória para contar. Cada vez que se este assunto é mencionado em uma conversa, é inevitável a pergunta: "onde você estava naquela hora?"
Elemental desenvolveu um sistema no qual metade de cada casa seria construída na primeira fase. A outra metade seria construída uma segunda fase posterior, permitindo que os habitantes investissem em suas próprias casas através de financiamento público. Foto: Elemental.
Há poucos céticos que questionariam a importância de reforçar a sustentabilidade na arquitetura. O elevado valor social através de melhores condições de vida, o valor físico em um ambiente mais saudável e menos poluído, o valor monetário a longo prazo por meio de redução dos custos operacionais e de manutenção e o valor ético através da justiça para com as gerações futuras são evidentes.
Destacando sua capacidade de ampliar o campo de ação do arquiteto para alcançar soluções que permitam melhorar os contextos urbanos e fazer frente à crise mundial de habitação, o júri selecionou o arquiteto chileno Alejandro Aravenacomo vencedor da edição de 2016 do Prêmio Pritzker. Aravena é o 41° primeiro laureado do prêmio e primeiro arquiteto chileno a receber a honraria.
https://www.archdaily.com.br/br/780248/alejandro-aravena-vence-o-premio-pritzker-2016ArchDaily Team
Há mais de trinta anos, o Prêmio Pritzker tem premiado alguns dos arquitetos mais inspiradores e influentes do mundo, ajudando a moldar a discussão pública sobre as atuais tendências e ideias na arquitetura. Os anos recentes não são exceção; em 2014, por exemplo, o júri selecionou Shigeru Ban como vencedor por seu trabalho humanitário, o que acabou fomentando uma discussão a respeito dos deveres sociais dos arquitetos.
https://www.archdaily.com.br/br/780187/os-leitores-do-archdaily-opinam-quem-vencera-o-premio-pritzker-2016AD Editorial Team
Nossos parceiros da Escola da Cidade compartilharam conosco mais um vídeo do seu Baú da Escola, desta vez mostrando o arquiteto Luis Felipe Vera que fala sobre o fenômeno do urbanismo efêmero, estabelecendo um contraponto à noção usual de arquitetura estática e permanente. A partir de análises temporais de alguns sítios urbanos, ele exemplifica que a forma física das cidades está se flexibilizando, e defende a prática de soluções temporárias para problemas temporários. Para ele, o efêmero deve ser, cada vez mais, considerado parte do discurso do urbanismo contemporâneo.
No final de agosto, a Bienal de Veneza 2016, que será dirigida pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena, anunciou o tema de seu evento. O provocativo título escolhido por Aravena - "Reporting From the Front" - é carregado de implicações de uma batalha contra o que ele chama de "inércia da realidade."
Os organizadores do Fórum Rio Academy compartilharam conosco o vídeo do evento Debates & Provocações, que reuniu, na manhã de terça-feira, os arquitetos Jaime Lerner, Alejandro Aravena e Gustavo Penna, e contou com a mediação de Marcelo Moura, editor da revista ÉPOCA.
Poucos lugares no mundo seriam tão ideais como o Rio de Janeiro para discutir o futuro das grandes cidades em países emergentes. Com toda a sua diversidade, prestes a sediar as Olimpíadas e à espera de grandes mudanças, o cenário oferece conteúdo suficiente para uma ampla reflexão sobre a produção de arquitetura e urbanismo de uma forma global.
Em Santiago, edifícios que querem parecer “contemporâneos” têm fachadas de vidro, mas devido ao clima local, paga-se o preço com o efeito estufa gerado no interior dessas construções. Este edifício tinha que corresponder à expectativa do cliente, que queria um centro de inovação com uma “aparência contemporânea”. Essa busca acrítica pela contemporaneidade povoou Santiago com torres de vidro que, devido ao clima desértico local, apresentam sérios problemas de efeito estufa. Tais torres gastam uma quantidade enorme de energia com ar condicionado. O modo de evitar ganhos indesejados de calor não é uma ciência sofisticada; basta deslocar a massa do edifício para seu perímetro, recuar os planos de vidro para evitar radiação solar direta e permitir ventilação cruzada. Ao fazer isso, passa-se de 120kw/m²/ano (consumo de uma típica torre de vidro no Chile) para 45kw/m²/ano.
O Chile é um país reconhecido internacionalmente por sua arquitetura de qualidade, contudo, as obras de maior valor raramente se encontram em contextos urbanos. Num momento que a arquitetura chilena parecia em débito com suas cidades, o escritório ELEMENTAL propõe uma obra de peso e densidade conceitual, localizada na Comuna de San Joaquín, em Santiago.
O Leão de Prata concedido ao Pavilhão do Chile na Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, o Prêmio MCHAP Emerging Architecture para a Casa Poli do escritório Pezo von Ellrichshausen e a recente inauguração do pavilhão de Smiljan Radic para o Serpentine Gallery não são casos isolados, mas um reflexo de uma arquitetura chilena - já madura - que consegue afastar o país da imagem de uma nação rural no fim do mundo ocupada por residências unifamiliares salpicadas sobre uma geografia acidentada; uma arquitetura que se reconcilia com seus centros urbanos, projetando-os na cena mundial.