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Planejamento Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

Asif Khan e Theaster Gates divulgam novo projeto para a orla de Liverpool

O National Museums Liverpool (NML) anunciou uma versão revisada do projeto da orla da cidade, desenvolvido pelo arquiteto Asif Khan e pelo artista Theaster Gates. Os planos incluem a reforma dos espaços públicos em Canning Dock, uma área histórica central nos portos de Liverpool. Como parte do Waterfront Transformation Project, as intervenções visam criar espaços públicos acessíveis para atender melhor a comunidade e criar uma ligação entre os museus próximos. A proposta preliminar está aberta para consulta pública.

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Maceió: abrir ruas em um parque pode melhorar o trânsito?

Esse não é o primeiro texto a falar sobre isso, muito menos será o último. Diversos artigos apontam a inconsistência de vender políticas urbanas que favoreçam o automóvel como soluções de mobilidade. Eu mesmo escrevi em 2021 sobre a necessidade de pararmos de construir viadutos e dizer que eles vão resolver os problemas de mobilidade. Porém, recentemente, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Maceió, autarquia vinculada à prefeitura, abriu uma consulta pública para questionar a população sobre a abertura de ruas no maior parque linear da cidade, o Corredor Vera Arruda. O objetivo da proposta é melhorar a “mobilidade” e “fluidez” da região, que “sofre” com congestionamentos nos horários de pico.

Mecanoo divulga projeto para Amstel Design District em Amsterdã

Projetado pela Mecanoo, o Amstel Design District é um empreendimento de uso misto que inclui habitação social, espaços residenciais para locação de classe média, habitação privativa e instalações coletivas. O masterplan de 80.000 m² também oferece espaços para escritórios e lojas, juntamente com instituições culturais, como um museu dedicado ao design. Localizado entre uma rodovia e uma linha de metrô, o projeto atende às restrições e preocupações com a poluição sonora, criando uma composição de volumes sobrepostos e escalonados que permite a criação de espaços públicos confortáveis entre os edifícios, como pockets parks e praças.

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As coisas precisam pegar fogo para que novas cresçam?

Em 1906, um forte terremoto atingiu São Francisco, na Califórnia. O choque inicial danificou edifícios em toda a região. Porém, o pior estava por vir, incêndios surgiram em prédios desabados, em alguns casos por canos de gás quebrados.

Nos quatro dias seguintes, uma conflagração varreria mais da metade da cidade, consumindo mais de 4,7 milhas quadradas no centro da cidade, destruindo 28.188 prédios, matando mais de 3.000 pessoas pela contagem oficial e deixando entre 227.000 e 300.000 pessoas desabrigadas (de uma população total de 410.000).

Cidade das mulheres: planejamento ignora aspectos cruciais para cidades equitativas

Ao monitorar os resultados da construção de uma praça em Porto Alegre, um dado chama atenção: depois de meninos e meninas brincando, são mulheres que cuidam das crianças as principais frequentadoras do espaço. A história ocorreu em uma região vulnerável da cidade e evidencia uma atividade muitas vezes ignorada pelo planejamento urbano: o cuidado.

O objetivo do monitoramento, no Loteamento Santa Terezinha, era verificar o perfil de frequentadores e sua percepção sobre o espaço e seus equipamentos, recentemente qualificados por uma série de organizações, bem como das rotas escolares em seu entorno. Realizada pelo WRI Brasil em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen, a pesquisa mostrou que crianças representam 89% dos frequentadores da praça. E que 4,5 vezes mais mulheres adultas frequentam a praça do que homens – na maioria das vezes, acompanhando os pequenos. 

Espaços ocasionais: intervenções temporárias para um desenvolvimento urbano duradouro

Quando as ruas estão vazias, as calçadas intocadas e as cortinas fechadas, a cidade parece sem vida. Quando as empresas fecham, os escritórios se tornam remotos e a atividade econômica diminui, os mecanismos que operam uma cidade ficam ociosos. Espaços e terrenos vagos são muitas vezes percebidos como “fracassados”, refletindo o declínio urbano e a deterioração econômica. O vazio, no entanto, mantém a esperança de possibilidades e mudanças. Quando os vazios urbanos estão à beira da transformação, o que acontece nesse meio tempo?

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O urbanismo de Le Corbusier ou por que vivemos todos distantes

“Uma cidade construída para a velocidade é uma cidade construída para o sucesso.” Esta frase, atribuída a Le Corbusier, um dos mais influentes urbanistas do século XX, condensa um dos mais importantes processos sociais vividos naquele período.

A mobilidade é um aspecto central na configuração do tecido social. Para o professor de Sociologia da Universidade de Sevilha Eduardo Bericat, toda forma de sociedade implica um sistema de mobilidade. Portanto, suas transformações supõem mudanças antropológicas de enorme importância.

Novo Minha Casa, Minha Vida abre oportunidade de qualificação de territórios precários com governança compartilhada

Entre as novidades do novo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lançado recentemente pelo Governo Federal, está a inclusão da modalidade "melhoria habitacional". É uma introdução necessária, porque atende populações historicamente desassistidas – e as mais vulneráveis aos impactos cada vez mais frequentes e severos da mudança do clima. É preciso iniciar uma nova trajetória de desenvolvimento sustentável, justo, inclusivo e de baixo carbono. Essa transição depende do acesso a habitação de qualidade, mas também a outras infraestruturas e serviços.

Arábia Saudita divulga projeto de edifício cubo de 400 metros de altura em Riad

O governo da Arábia Saudita revelou o projeto do Mukaab, um arranha-céu em forma de cubo que se tornará o coração do distrito de New Murabba no centro de Riad. O Mukaab tem a ambição de se tornar a maior estrutura construída do mundo, com medidas de 400 metros de altura, largura e comprimento. O edifício estará situado no noroeste de Riad, em uma área de 19 quilômetros quadrados, que se tornará um dos maiores empreendimentos urbanos do mundo. O arranha-céu Mukaab e o distrito de Murabba foram anunciados por Sua Alteza Real, o Príncipe Herdeiro Mohammad bin Salman bin Abdulaziz, que é Primeiro Ministro e Presidente da Nova Companhia de Desenvolvimento de Murabba (NMDC).

Heatherwick Studio lança iniciativa para promover a saúde das ruas e espaços públicos

Com muitas ruas vazias e a Associação Nacional de Serviços de Saúde do Reino Unido levada ao limite, o Heatherwick Studio propôs um novo tipo de espaço de saúde. A iniciativa Health Street se insere no coração das comunidades, reimaginando a forma como enxergamos o bem-estar e a saúde de maneira holística. Esta abordagem de fomento da saúde se baseia na integração de instalações lideradas pela comunidade nas ruas locais.

UNStudio, HKS e Gehl são selecionados para liderar expansão do sistema de transporte em Austin

A Austin Transit Partnership selecionou as firmas UNStudio, HKS e Gehl para liderar a arquitetura e o planejamento urbano do Project Connect, uma expansão do sistema de transporte público da cidade texana. O projeto integrará o sistema ferroviário, expandirá as rotas de ônibus e se conectará com uma variedade de serviços por toda a cidade. Em novembro de 2020, os cidadãos de Austin aprovaram o Projeto Connect, levando à criação da entidade independente Austin Transit Partnership, encarregada de implementar o projeto.

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A ascensão e queda da densidade urbana de Nova York

Por duzentos anos, a cidade de Nova York tem sido a maior metrópole dos Estados Unidos e continua a superar suas concorrentes. A cidade é uma das mais antigas e prósperas do país. Sua região metropolitana produz bens e serviços que equivalem em termos monetários à metade do que o Brasil produz. A sua estrutura urbana, capacidade produtiva e elevada renda per capita evidenciam sua posição privilegiada no mundo, e uma das chaves para entender a sua ascensão está no início da sua história e ao longo do seu processo de desenvolvimento. Em 1624, as terras da ilha de Manhattan foram compradas do povo indígena Lenape pelo holandês Peter Minuit, da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, que fundou a chamada Nova Amsterdã. A ilha é uma extensa área plana de 59 km² situada em meio à foz do Rio Hudson e do Rio do Leste. A baía permitia atracar grandes navios e era também um local mais fácil de se defender.

Pelo fim do subsídio do setor elétrico à ocupação de áreas de risco

No período de chuvas mais intensas, é recorrente o noticiário de desastres urbanos, como deslizamentos de terras, enchentes e alagamentos, com perda de vidas humanas e gravíssimos danos materiais. Na maioria dos casos, a vulnerabilidade das áreas atingidas já era conhecida, mas não se impediu sua ocupação. Via de regra, as áreas devastadas serão novamente ocupadas pelos sobreviventes tão logo quanto possível, sem que qualquer obra seja realizada para remover o risco.

Como a gastronomia ativa espaços comunitários em Copenhague

Através de sua nova culinária nórdica, a cena gastronômica em Copenhague vem crescendo em popularidade e se tornando um grande atrativo para habitantes e visitantes. A sua gastronomia enraizada e sazonal, bem como os seus conceitos tradicionais de convívio, tornam qualquer experiência gastronômica na cidade uma experiência holística, uma vez que está ligada aos produtos e, claro, ao ambiente. Uma refeição agradável, naquela que é uma das cidades mais alegres do mundo, requer um lugar, um projeto e planejamento específicos que alimentem atividades comunitárias e de lazer. Esses espaços deverão se tornar ainda mais cobiçados, já que Copenhague sediará o Congresso Mundial de Arquitetos UIA.

Campi universitários e sua integração com as cidades

O campus universitário tem uma tipologia espacial distinta. Estabelecidos como microcidades, esses ambientes independentes estão sujeitos a suas próprias regras e sistemas. Eles são projetados como um desvio das cidades que o hospedam para permitir o crescimento e a proliferação do conhecimento fora do status quo. Centrados na troca de informações, os centros acadêmicos estão se tornando cada vez mais relevantes para o urbanismo. Os campi e suas cidades evoluem para imitar a estrutura uns dos outros, criando oportunidades para a renovação urbana.

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Por que é fundamental discutir os limites de vagas de garagem na cidade

No dia 13 de janeiro, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, publicou a minuta prévia do projeto de lei da revisão intermediária do Plano Diretor Estratégico (PDE), o principal instrumento de planejamento e orientação do desenvolvimento urbano da cidade. Na minuta, que está disponível para consulta pública e contribuições da sociedade civil, de forma online, até 17 de fevereiro, o aspecto que mais tem gerado controvérsia se refere à alteração dos parâmetros que definem a quantidade de vagas de garagem em novos empreendimentos habitacionais próximos às infraestruturas de transporte público, como estações de metrô e trem, e corredores de ônibus.

São Paulo precisa de uma taxa de congestionamento

Nas últimas duas décadas, o alcance do transporte público e a quantidade de passageiros em uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, aumentaram, diminuindo a porcentagem de viagens realizadas por automóvel. Apesar disso, e apesar das restrições excepcionalmente rígidas a certos carros e caminhões durante o horário comercial, o congestionamento, conforme entendido convencionalmente, continua quase inabalável.

O futuro da mobilidade tem duas rodas: a arquitetura "bike-friendly" de Copenhague

Tecnólogos ambiciosos afirmam há décadas que os carros autônomos são o futuro. No entanto, nos últimos anos, a maior revolução veio dos veículos de duas rodas, não de quatro. Alimentados pela pandemia, aumento dos preços do petróleo, mudanças climáticas e o desejo de estilos de vida mais saudáveis, vivemos agora no meio de um renascimento da bicicleta. Mas para entender como chegamos até aqui, é fundamental olhar para trás. Quando o automóvel foi difundido no início dos anos 1900, rapidamente se tornou um símbolo de progresso com tudo o que ele implicava: velocidade, privatização e segregação. Adotando uma abordagem centrada no carro, os urbanistas tiveram que reorganizar cidades inteiras para separar o tráfego. Os carros ocuparam os espaços públicos que costumavam abrigar a vida dinâmica da cidade e estacionamentos, rodovias e postos de gasolina tornaram-se paisagens comuns. Os pedestres que antes dominavam as ruas foram conduzidos para as calçadas e as crianças relegadas a playgrounds cercados. Ironicamente, as cidades estavam sendo projetadas para carros em vez de seres humanos.