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Planejamento Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

NEOM apresenta sua cidade linear de 170 quilômetros na Bienal de Veneza 2023

Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, a NEOM apresentou a exposição Zero Gravity Urbanism - Princípios para uma Nova Habitabilidade para apresentar o conceito e os padrões que orientam o projeto The Line, sua proposta de cidade linear de 170 quilômetros de extensão no noroeste da Arábia Saudita. O evento tem como objetivo apresentar ao público uma visão alternativa para o planejamento urbano, cuja configuração compacta busca se tornar um modelo para o desenvolvimento de cidades mais eficientes e sustentáveis. Antes da abertura da exposição, mais de 20 arquitetos e designers internacionalmente reconhecidos se juntaram à equipe de design, incluindo Sir Peter Cook, Massimiliano Fuksas, Jean Nouvel e Ben van Berkel. A exposição permanece aberta até 24 de setembro de 2023 na Abbazia di San Gregorio, em Veneza.

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Prêmio reconhece projetos que transformam as cidades em “caminháveis”

No Brasil, mais de 80% da população vive em ambientes urbanos e o modo de locomoção principal nas cidades é o caminhar, que representa 39% dos deslocamentos diários, segundo a ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos). Se considerarmos que os deslocamentos por transporte público terminam e começam a pé, o caminhar está presente em cerca de 67% dos deslocamentos diários. Já sendo a mobilidade à pé a realidade dos brasileiros, o que falta? Melhorar as estruturas das cidades para que elas sejam mais “caminháveis”.

Quanto mais gente, menos árvores?

Diante da crise climática, ruas arborizadas, que já eram algo desejável, tornaram-se um atributo imprescindível para a qualidade de vida em São Paulo. O adensamento populacional no centro expandido, rico em infraestrutura, por sua vez, parece ser o caminho mais eficiente para o crescimento da capital. Será, contudo, que os dois objetivos são conflitantes, que adensamento populacional está correlacionado a mais concreto e menos árvores?

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O maior empreendimento urbano em madeira do mundo começará a ser construído em 2025 em Estocolmo

A Atrium Ljungberg divulgou recentemente o projeto Stockholm Wood City, o maior empreendimento urbano em madeira do mundo. A construção está prevista para iniciar em 2025 e os primeiros edifícios devem ser concluídos em 2027. 

Com impressionantes 250 mil metros quadrados, o projeto estabelece um exemplo sustentável para o mercado imobiliário, o que é essencial já que o ambiente construído contribui com 40% das emissões mundiais de CO₂. Além disso, a Stockholm Wood City está prestes a se tornar um ponto de virada na arquitetura e planejamento urbano sustentável. Situada em Sickla, no sul de Estocolmo, este bairro inovador oferecerá mais de duas mil residências e sete mil espaços comerciais. Ao mesclar espaços de trabalho, residências, comunidades, estabelecimentos gastronômicos e espaços de varejo, o objetivo é criar um ambiente urbano vibrante e dinâmico.

Henning Larsen vence concurso para projetar novo distrito de uso misto em Berlim

O escritório Henning Larsen venceu um concurso internacional para o projeto do Kurfürstendamm 231, um novo empreendimento urbano de uso misto em Berlim. Outros finalistas na competição incluíram Cobe, David Chipperfield e Mäckler Architekten. A proposta vencedora centraliza o conjunto em torno de um pátio urbano que atua como um grande ponto de encontro para a comunidade local. Nove edifícios delimitam o pátio, incluindo a Agrippina House, edificação que será reabilitada no projeto.

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Como o rio Nilo moldou a arquitetura e a paisagem de Cairo, no Egito

No centro do Cairo, o Rio Nilo, um dos cursos d'água mais emblemáticos do mundo, moldou o destino da civilização por milhares de anos. Servindo como uma vibrante linha de vida, conectando bairros e fomentando um agitado centro de transporte, o Rio Nilo é um recurso natural essencial para o árido Egito. Ao longo da história do país, ele foi considerado fonte de vida e fertilidade em suas enchentes anuais, trazendo riqueza para as terras ao redor. Na edição deste ano da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Pavilhão do Egito "NiLab" focou em explorar esta fonte de água e seus efeitos no ambiente construído.

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Paris reimpõe proibição a arranha-céus após polêmica com a Tour Triangle

A cidade de Paris reinstaurou oficialmente uma regra que limita a altura de novos prédios na capital francesa a 37 metros, ou 12 andares. Entre os fatores para a decisão estava a controvérsia em torno da construção da Tour Triangle, projetada por Herzog & de Meuron, com 180 metros de altura e que teve a construição iniciada em 2021 após mais de uma década de batalhas legais e críticas. A nova regulamentação de planejamento urbano é apresentada como parte do Plano Urbano Bioclimático Local da prefeita Anne Hidalgo, que visa reduzir as emissões de carbono de Paris.

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URB anuncia o maior projeto de restauração oceânica do mundo

A firma de arquitetura URB divulgou o projeto Dubai Reefs, um laboratório flutuante projetado para restaurar ecossistemas marinhos e promover o ecoturismo. O principal objetivo do projeto é gerar mais de 30 mil oportunidades de emprego dentro de uma economia verde na cidade. Dubai Reefs abrange uma comunidade flutuante sustentável dedicada à pesquisa, regeneração e ecoturismo marinho, composta por instalações residenciais, hoteleiras, comerciais, educacionais e de pesquisa.

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Construindo para bilhões: a ascensão da Índia ao país mais populoso do mundo

Em abril de 2023, a Índia alcançou uma marca significativa que irá orientar a trajetória de sua urbanização no futuro. De acordo com dados das Nações Unidas, o subcontinente sul-asiático agora abriga mais de 1,4286 bilhões de pessoas, ultrapassando a China, com 1,4257 bilhões. Com uma explosão populacional de crescimento estimado em 0,7% ao ano, a Índia enfrenta vários desafios e oportunidades em seu caminho para se tornar uma potência global. Como a crescente demografia da Índia influenciará seu ambiente construído?

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A vila flutuante de Ganvie: um modelo de urbanismo socioecológico

Localizada na parte sul da República do Benin, perto da cidade portuária de Cotonou, Ganvie é a maior vila flutuante da África. Situada no meio do Lago Nokoué, é caracterizada por casas coloridas sobre palafitas de madeira construídas ao redor de ilhas artificiais do século XVII.

Essa arquitetura única nasceu da história da tribo Tofinu, que a construiu como um refúgio contra o comércio de escravos. Foi mantida ao longo do tempo pelos seus sistemas socioecológicos aquaculturais comunitários e hoje se tornou uma atração turística do país. A vila foi reconhecida como patrimônio cultural mundial pela UNESCO em 1996, atraindo até 10.000 visitantes anualmente. No entanto, esse fluxo de turistas impactou os moradores e as práticas socioecológicas que sustentam esse ambiente aquático. A aquacultura tornou-se cada vez mais desafiadora de manter, pois a vila luta para sustentar sua base econômica. Além disso, as práticas tradicionais de construção foram substituídas por modernas, e a vila enfrenta desafios ambientais contínuos. No entanto, o estilo de vida único dos moradores em torno da água ainda pode oferecer muitas lições para o design de futuras cidades flutuantes.

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Qual o valor de uma esquina?

Existe uma compreensão subjetiva que nos orienta quando pensamos sobre valores de imóveis. E esse entendimento está basicamente conectado à fórmula como os mercados moldam as cidades. Enquanto uma distribuição espacial dos preços nos sugere valorizar mais as terras dispostas nos centros urbanos, o mesmo modelo econômico faz um contraste e propõe valores menores aos espaços mais afastados.

Historicamente, zonas centrais portuárias foram as responsáveis pelo desenvolvimento de muitas cidades em polos comerciais, que se expandiram também por princípios geográficos e econômicos. Em um modelo urbano padrão, é a partir do centro que as forças de mercado distribuem os preços das terras e suas densidades, que, certamente, consideram os custos de transporte, a renda e a população total.

As dificuldades do desenho ambiental e da arquitetura

Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge e traduzido por uma inteligência artificial.

Não há poucos deslizes no léxico da arquitetura, e a palavra "arquitetônico" está entre os primeiros da lista. Problemas inevitavelmente surgem quando o adjetivo substitui o substantivo. Isso acontece mais do que se pensa, especialmente nos últimos tempos. Outra questão surge quando, devido em parte a uma pequena falha linguística, a arquitetura é entendida como algo distinto do edifício, abstendo-se da concretude do mundo físico. 

Considerando uma cidade de 15 milhas por hora

Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.

Quando a MUNI, rede municipal de trens de São Francisco, gastou muito dinheiro em um "metrô central" para Chinatown, eu fiquei receoso. Num sábado recente, porém, eu revivi o passeio pelas galerias que eu fazia antes da pandemia, pegando o trem de Berkeley para a cidade, caminhando para uma galeria perto da estação Embarcadero, depois pegando um bonde passando pelo estádio de beisebol até a estação CalTrain, onde troquei para outro bonde para ir às galerias e estúdios de artistas da Minnesota Street's Dogpatch.

Arranha-céus: a solução é crescer para cima com térreos amigáveis

Singapura, China, Dubai (Emirados Árabes Unidos), Londres (Inglaterra), Toronto (Canadá), Hong Kong, Nova York (EUA) e Paris (França) são exemplos de lugares que vêm se verticalizando mais intensamente nos últimos anos e adotando uma série de medidas para conter a expansão de seus territórios ao mesmo tempo em que buscam atender à demanda por mais moradias e infraestrutura. Nesse sentido, essas regiões têm visto crescer cada vez mais o número de arranha-céus ou prédios altos — como também são chamados — sendo construídos em seus bairros, inclusive em áreas centrais e históricas.

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5 Mitos sobre a redução da velocidade do trânsito urbano

Cidades em todo o mundo podem salvar milhares de vidas todos os anos por meio de medidas bastante simples: a moderação do tráfego e a gestão das velocidades. Readequar os limites de velocidade veicular nas vias urbanas é uma das iniciativas destacadas pela ONU e a OMS para que países cumpram a meta de reduzir à metade as mortes e lesões graves no trânsito até 2030.

Vagas de garagem: inimigas das moradias baratas

Uma pesquisa do Journal of Transport and Land Use (JTLU), publicada no começo de 2022, revelou que 37% dos proprietários de casas unifamiliares de Sacramento, na Califórnia (EUA), não guardavam os automóveis em suas garagens. Esses espaços acabaram virando depósitos ou grandes closets, como compara a pesquisadora Catie Gould em artigo do Instituto Sightline. Apesar de ser o retrato de uma cidade, os dados estão alinhados com informações obtidas em uma série de estudos mundiais que apontam a ociosidade dos estacionamentos nas residências. Em São Francisco, também na Califórnia, um levantamento verificou que 49% das 97 vagas de garagens analisadas no bairro Mission District não eram utilizadas para guardar veículos, exemplifica Catie.

Como o comércio informal pode preservar as áreas de pedestres nas cidades africanas?

Espera-se que as cidades africanas tenham um aumento significativo da população nos próximos 30 anos. De acordo com as projeções das Nações Unidas, essas cidades receberão mais 900 milhões de habitantes até 2050. Essa mudança demográfica criará oportunidades e desafios que remodelarão a natureza e a estrutura dessas cidades. Esses desafios incluem a necessidade de crescimento econômico, aumento da demanda por habitação e infraestrutura e o desenvolvimento de sistemas de transporte complementares. Até agora, a maioria das cidades africanas respondeu a esse rápido crescimento populacional com padrões de crescimento horizontal que expandem as periferias da cidade, aumentam a fragmentação social e, por fim, levam a uma maior dependência do carro.

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Dados são fundamentais para melhorar a qualidade de vida nas cidades

O urbanista francês Alain Bertaud é conhecido por seu trabalho na análise e no planejamento de sistemas urbanos. É autor de vários livros, incluindo Ordem sem Design: Como os Mercados Moldam as Cidades, cuja versão em português será lançada no dia 11 de abril, em um evento que será realizado a partir das 9h, no Insper. Bertaud vai participar de um painel para discutir os temas abordados em sua obra e outros aspectos relacionados a aglomerados urbanos.