
- Ano: 2015


Os arquitetos americanos Joel Mills, diretor do Center for Communities by Design do American Institute of Architects (AIA), e Wayne Feiden, diretor de Planejamento e Urbanismo da cidade de Northampton, discutem as experiências de projeto e planejamento participativo nos Estados Unidos no IAB-RJ. O evento, que acontece no dia 17 de agosto, é gratuito e aberto ao público e terá mediação do presidente do departamento carioca do IAB, Pedro da Luz Moreira.

Milhares de anos atrás, uma pequena civilização de caçadores migraram para as regiões costeiras do sudeste da Ásia. Essas pessoas evoluíram para uma tribo generalizada de viajantes do mar. Até hoje eles permanecem como um povo sem Estado, sem nacionalidade e sem infra-estrutura consistente, às vezes vivendo a quilômetros de distância da terra. No entanto, essas pessoas constituem uma das poucas civilizações cuja vida coletiva tem sobrevivido por tanto tempo através da história humana. Eles são chamados de Badjao, e possuem qualidades surpreendentes que nos ensinarão sobre a arquitetura.

Os escritórios ADEPT e Mandaworks foram selecionados como vencedores de um concurso de projeto para o desenvolvimento urbano da região de Kolkajen-Ropsten, no Porto Real de Estocolmo. Apelidado de "Royal Neighbour", o masterplan propõe a criação de mais de 12 mil novas unidades habitacionais, proporcionará 35 mil empregos nas próximas duas décadas, e cria uma nova área cultural para a cidade.

Após um longo e controverso processo, a Câmara dos Vereadores de Recife aprovou na última segunda-feira o Plano Específico para o Cais Santa Rita, José Estelita e Cabanga, com 23 votos a favor. O projeto foi votado em pauta extra e não estava na ordem do dia, o que levou os opositores ao plano a pedir que a votação fosse adiada para o dia seguinte; pedido negado pelo vereador Vicente André Gome, presidente da Câmara.
O documento aprovado divide a região em dez zonas mapeadas e delimitadas com especificações para cada forma de intervenção. O parque ferroviário, incluindo os trilhos e componentes do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, o vazio urbano restante da ligação ferrovia-porto e a frente d'água, e a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Cabanga deverão ser destinados à implantação de parques públicos com programas de parques infantis e píeres, ciclovias ou ciclofaixas, bicicletários, áreas para corrida, caminhada skate e patins, sanitários públicos, quiosques e edificações de pequeno porte destinadas a atividades de suporte aos parques, à biblioteca pública e, ao menos, uma edificação destinada a atividades culturais.

Raquel Rolnik é conhecida por levantar a bandeira do direito à cidade, que vai muito além do acesso à água, luz, saneamento e mobilidade. Direito à cidade prevê a distribuição de todos os recursos que o meio urbano possa oferecer de maneira igualitária aos cidadãos.

Trinta e dois projetos foram anunciados como vencedores do primeiro Knight Cities Challenge, compartilhando o prêmio total de US$ 5 milhões. Uma iniciativa da John S. and James L. Knight Foundation, o desafio recebeu uma enorme quantidade de inscrições, com os vencedores escolhidos dentre 7 mil propostas. Cada um dos projetos propõe estratégias para o desenvolvimento civil e econômico de uma das 26 cidades nas quais a Knight Foundation tem investimentos, entre as quais estão Detroit, Akron Ohio, San Jose California, Lexington Kentucky, e Biloxi Mississippi.
As propostas vencedoras abordam uma ou mais das "três diretrizes para o sucesso da cidade" defendidos pela Knight Foundation: (1) Talento: Ideias que ajudam as cidades a atrair e manter as pessoas mais talentosas e brilhantes; (2) Oportunidade: Ideias que criam perspectivas econômica e ajudam a superar crises; (3) Engajamento: Ideias que estimulam conexões e o envolvimento cívico.

O escritório Skidmore, Owings and Merrill (SOM) divulgou um masterplan conceitual para a nova capital do Egito na sequência do anúncio feito na Conferência Egípcia de Desenvolvimento Econômico. "Capital Cairo", uma cidade de 700 quilômetros quadrados, busca estimular a estagnada economia do Egito e aliviar o galopante adensamento urbano em Cairo, ao mesmo tempo que adere às condições culturais e climáticas de sua localização.
Mais detalhes a seguir.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um dos maiores agentes de mudança social foi a geração "boomer", aqueles que nasceram nos anos que sucederam a guerra e que, devido ao grande aumento na taxa de natalidade, representam uma quantidade desproporcional da população. Mas qual será o efeito do envelhecimento desse grupo em nossas cidades? Nesse artigo, originalmente publicado na Metropolis Magazine como "How Boomers Will Shape the Future of Our Cities" o diretor da CannonDesign, Peter Ellis, destaca as necessidades de sua geração ao passo que ela envelhece.
Sou um arquiteto e projetista de cidades. Também faço parte da geração boomer, a faixa demográfica com mais de 65 anos que, por conter um grande número de pessoas, está criando uma imensa bolha no topo da pirâmide populacional.
Todavia, não estamos envelhecendo como as gerações que nos precederam. "Seremos capazes de dar às pessoas uma década a mais de saúde plena, graças ao que podemos fazer nos laboratórios agora", diz Brian Kennedy, Presidente e CEO do Buck Institute for Research on Aging em Novato, Califórnia. As ameaças primárias de muitas doenças podem ser controladas, permitindo que as pessoas continuem produtivas aos oitenta, noventa anos e além.
Como esse "revolução" na longevidade humana afetará nossas cidades? Diferentemente de nossos pais, boomers não mudaram para comunidades de aposentados, preferindo, por outro lado, permanecer o maior tempo possível em seus bairros urbanizados - onde podem continuar a ter uma vida ativa.

“Manaus: Tese para o Território Amazônico” reúne nove teses de graduação realizadas na Disciplina Arquitetura 6A / Oficina Mediterrânea da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Desenho da Universidade Nacional de Córdoba, Argentina. Os trabalhos exploram o potencial de associar grandes infraestruturas urbanas com programas arquitetônicos mistos que se apropriem e maximizem a concentração de investimentos e infraestruturas.
Os ensaios, motivados pela experiência do programa S.O.S. Cidades, organizado pela Oficina Sul-americana da FADU-UBA, adotam como caso de estudo a cidade de Manaus, localizada em meio à selva amazônica.

Em 1969 o zoólogo Desmond Morris publicou um livro intitulado The Human Zoo; nele, Morris argumenta que seres humanos, tribais por natureza, não são adaptados a viver nas grandes e densas cidades modernas nas quais nos encontramos hoje:
"Algumas pessoas chamam a cidade de 'selva de pedra' - mas selvas não são assim. Animais na selva não sofrem com a superlotação. E superlotação é o problema central da vida na cidade moderna. Se você quer ver animais amontoados, você tem que ir ao zoológico. E então me ocorreu: A cidade não é um selva de pedra - é um zoológico humano".
Humanos em uma cidade são como animais em um zoológico. É uma afirmação fascinante que me levou a um pensamento incomum.
Se tomarmos por certa a afirmação de Morris de que a cidade é essencialmente um zoológico humano, e que, como se sabe, é muito mais difícil para os animais acasalarem em cativeiro, então - poderiam as cidades limitar nossa capacidade de amar? Ao passo que nosso mundo se torna cada vez mais urbanizado, torna-se também mais solitário?
Há algum modo de impedir isso?

Muitos têm associado os drones com a aeronave não tripulada utilizada na indústria de defesa, porém, como a tecnologia continua se desenvolvendo e melhorando, os drones ficaram menores e cada vez mais baratos. Os consumidores podem agora comprar o seu próprio instrumento por um pouco menos de 600 dólares e tal tecnologia já está provando ser útil a uma grande variedade de propósitos, incluindo possíveis usos para arquitetos, como a análise do local para a construção.
No entanto, esta tecnologia poderá ter consequências muito mais amplas, não só sobre o espaço aéreo acima de nossas ruas, mas também na forma como nós projetamos a fim de aumentar o tráfego civil e comercial dos drones. Assim como as outras tecnologias, carros ou sistemas de vigilância, moldaram a nossa infra-estrutura urbana, também deverá haver uma rede emergente de infra-estrutura para a tecnologia sem piloto. No caso dos drones, como eles se tornam cada vez mais precisos e ágeis, surgem oportunidades para a sua utilização em áreas urbanas. Se esses dispositivos podem ser programados para aprenderem manobras repetidas com o uso de câmeras e sensores, não é uma utopia dizer que em breve eles poderão aprender a navegar pelas cidades verticais cada vez mais complexas. Mas se os drones tornarem-se acessórios do nosso ambiente urbano, qual o impacto que eles terão em espaços exteriores? Eles poderão se tornar tão onipresentes nos céus da nossa cidade como os carros em nossas ruas?

Continente com a população que mais cresce no mundo, as fronteiras da África se tornarão em breve áreas atrativas para assentamentos urbanos, porém, o potencial de conflitos das fronteiras coloniais pode inibir o crescimento econômico necessário. O legado colonial continua espalhar conflitos relacionados aos limites arbitrários estabelecidos por nações europeias nos séculos XIX e XX, que não levaram em consideração as diferenças étnicas, linguísticas e religiosas no continente. Essas decisões resultaram na divisão de comunidades culturais dentro de cada país e na criação de fronteiras políticas que geralmente não refletem os interesses comuns. Consequentemente, a África sub-saariana passou por longos conflitos nos anos que seguiram a independência, resultando na diminuição do potencial de desenvolvimento econômico futuro em muitas regiões. Atualmente, disputas territoriais levaram ao surgimento de movimentos separatistas em diversos países, mas os governos africanos estão hesitantes em abandonar os limites coloniais para evitar outros conflitos.
Ao passo que abordagens políticas a essa questão continuam a ser extremamente controversas, uma intervenção arquitetônica em escala urbana proposta por Sebastian Irarrazaval Arquitectos pode ser a chave para um futuro cultural e econômico próspero na África. Em sua proposta para uma cidade africana ideal, Sebastian Irarrázaval e sua equipe conceberam sua solução como uma rede de cidades transfronteiriças. Esse conjunto de "entidades urbanas bi-nacionais" servirá para suprimir as antigas fronteiras coloniais e "reintegrará o continente como era antes da dominação europeia, quando as trocas culturais e econômicas prosperavam."
Descubra como a proposta visa abordar alguns dos problemas sociais e políticos mais antigos da África, a seguir.

O escritório russo Meganom foi anunciado como vencedor de um concurso que transformará drasticamente a orla fluvial de Moscou. O masterplan propõe criar uma série de espaços lineares,
Saiba mais detalhes sobre o masterplan de Meganom, a seguir.

Em novembro deste ano o Fórum Nacional de Reforma Urbana elaborou uma carta destinada à Presidente Dilma Rousseff em que solicitava do governo atenção especial à questão urbana brasileira. Intitulada “Desafios para a política urbana e por um Ministério das Cidades comprometido com o direito à cidade”, a carta destaca alguns pontos centrais a serem abordados com maior cuidado pela presidência: mobilidade, moradia adequada, saneamento ambiental, educação, saúde, infraestrutura, espaços públicos, mobiliário urbano e serviços públicos.
O texto resgata a criação do Ministério das Cidades, do primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e seu papel estratégico no que diz respeito ao planejamento urbano. O movimento defende que a pauta urbana é uma questão urgente ligada diretamente à garantia do bem-estar da população brasileira.
Por fim, as entidades e movimentos sociais defendem o reconhecimento e o fortalecimento institucional do Ministério das Cidades e que a escolha do próximo Ministro das Cidades, bem como daqueles que formarão sua equipe mais próxima, não seja um mero instrumento para contemplar grupos partidários na composição do governo, citando Inácio Arruda, Nabil Bonduki, Olívio Dutra, Raquel Rolnik e Zezéu Ribeiro como alguns nomes alinhados à plataforma de reforma urbana.
Leia a carta na íntegra, a seguir: