Pioneira em justiça, equidade, diversidade e inclusão na profissão da arquitetura, Tiffany Brown é a fundadora do 400 Forward, uma iniciativa que busca, inspira e orienta a próxima geração de mulheres arquitetas. Nomeado à luz do licenciamento da 400ª arquiteta afro-americana em 2017, o programa visa familiarizar as meninas com a arquitetura, fornecendo-lhes ferramentas para lidar com questões de injustiça social.
Impulsionando a presença de mulheres afro-americanas na profissão da arquitetura – atualmente menos de 0,3% nos EUA – 400 Forward também oferece bolsas e material de estudo para exames de licenciamento em arquitetura para mulheres afro-americanas. Para saber mais sobre a iniciativa, o ArchDaily teve a oportunidade de conversar com a fundadora Tiffany Brown sobre o programa, a diversidade no campo e o empoderamento das arquitetas e estudantes.
Precariedade urbana, vulnerabilidade social, exclusão racial, crise sanitária, hecatombe ambiental, Estado genocida. Insatisfação crescente nas ruas, falseamento de dados sobre a pandemia, recessão econômica. Que pactos sociais e políticos serão possíveis para reformular a democracia num país esfacelado? Guilherme Wisnik conversa com Tainá de Paula, arquiteta e urbanista, ativista das lutas urbanas, mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
https://www.archdaily.com.br/br/941882/taina-de-paula-e-guilherme-wisnik-conversam-sobre-exclusao-racial-crise-sanitaria-e-sociedadeEquipe ArchDaily Brasil
A Fundação Mies van der Rohe lançou a segunda edição da bolsa Lilly Reich pela igualdade na arquitetura. Marcando o 135º aniversário do nascimento do arquiteto alemão, a bolsa oferece apoio específico para estudantes do ensino médio para aprimorar projetos de pesquisa curricular. O financiamento visa aprofundar o conhecimento e a disseminação de Reich e seu impacto na história da arquitetura moderna.
Rebelarchitette criou uma nova ferramenta que visa diminuir as desigualdades no mundo arquitetônico, um mapa público interativo mostrando 732 mulheres arquitetas de todo o mundo.
É rijo como cal e madeira o espírito das mulheres que participam dos movimentos de luta por moradia no Brasil. Maioria em ocupações de territórios, elas coordenam com vigor as práticas organizacionais e políticas de assentamento e construção de habitação popular. Não é à toa que muitas das ocupações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ou do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto) carregam nomes de mulheres como Dandara, liderança de um quilombo do período colonial.
O que é mais masculino: um estádio ou uma enfermaria? Hannah Rozenberg, arquiteta recém graduada no Royal College of Art (Londres), afirma ser o primeiro e apresenta um algoritmo para comprovar sua opinião.
Mulher, Mujer, Woman, ou simplesmente MMW, é uma plataforma dedicada à curadoria de representações arquitetônicas cujo objetivo é ampliar a divulgação da produção feminina em nosso campo disciplinar. Desenvolvido pelas arquitetas Carol Vasques e Débora Boniatti como reação à ainda escassa difusão de referências femininas, a plataforma busca "evidenciar a importância e relevância da mulher no passado, presente e futuro da profissão."
Na era moderna, seja na teoria ou na prática, a ideia de separação espacial entre casa e trabalho estava relacionada à divisão sexual tradicional de homens e mulheres e ao seu papel na vida cotidiana. Com base nos primeiros pensamentos feministas na arquitetura, este artigo discorre sobre a mudança do papel das mulheres no século XX e seu impacto no espaço construído.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, é importante refletir e reconhecer o progresso que as mulheres, em todas as áreas de arquitetura e design, fizeram nos últimos anos. Desde mulheres sendo nomeadas para cargos de liderança em instituições acadêmicas de destaque, como a arquiteta Jeanne Gang, que foi nomeada como uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time em 2019, já sua equipe feminina do Counterspace recebeu o projeto do Serpentine Pavilion em Londres. E até mesmo, o primeiro escritório, liderado por duas mulheres, que venceu o prestigioso Prêmio Pritzker há apenas alguns dias. Cada vez mais mulheres na arquitetura estão ganhando o reconhecimento que merecem, nessa profissão tradicionalmente dominada por homens.
São 6:00 da manhã de uma terça-feira. Onde você está?
Geovana sai de casa já atrasada. Normalmente demora duas horas em três conduções para chegar no trabalho que fica no centro da cidade. Mas choveu durante toda a noite e sua casa inundou. Ela, a mãe e os irmãos tentaram salvar seus móveis e demais pertences. Às 2:00 da manhã quando a chuva acalmou, ela conseguiu descansar um pouco, para acordar na sequência. Depois da chuva de ontem sabe que as ruas do seu bairro estarão alagadas, e que o trajeto casa-trabalho levará mais uma hora do que o normal.
https://www.archdaily.com.br/br/935134/mulheres-nas-cidadesGraciela Medina, Lara Ferreira, Tama Savaget e Debora Pill
A conquista de maior protagonismo das mulheres no mercado de trabalho é um processo em contínuo andamento, e reflexo de grandes esforços históricos ligados à luta por direitos comuns e situações de igualdade em relação aos homens. Embora seja objeto de constante discussão e revisão - sobretudo quando se leva em conta o fato de que o espectro de gênero não deve assumir a dualidade homem e mulher para uma compreensão coerente e complexa do quadro de disparidades -, a relação entre os tipos de ocupação, rentabilidade no trabalho e o gênero segue, de forma geral, apontando condições desfavoráveis às mulheres.
"Onde estão as mulheres arquitetas?" Lamenta a professora e historiadora da arquitetura Despina Stratigakos em seu livro. O sentimento certamente ecoou e foi bem compreendido por muitas mulheres que trabalham na profissão e têm que romper diariamente algumas barreiras estabelecidas por uma disciplina, infelizmente, dominada por homens. Sabemos que o número de mulheres na prática da arquitetura é pequeno, e fica ainda menor quanto mais alto subirmos nas hierarquias da profissão.
Maioria em graduações de arquitetura em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, as mulheres superam os homens em número de profissionais em atividade, entretanto, sua representatividade vem, há décadas, sendo sistematicamente diminuída frente à atuação masculina.
City Dreamers é um documentário do cineasta Joseph Hillel que destaca a cidade de amanhã em constante mudança e a vida e obra de quatro mulheres arquitetas que reconsideraram o ambiente urbano. Phyllis Lambert, Denise Scott Brown, Cornelia Hahn Oberlander e Blanche Lemco van Ginkel são pioneiras inspiradoras que observaram e moldaram a cidade de hoje e de amanhã.
Buscando na história da arquitetura, você poderia ser perdoado por pensar que as mulheres eram uma invenção da década de 1950 no ramo, mas isso isso está longe de ser verdade. Grandes nomes como Le Corbusier, Mies, Wright e Kahn, muitas vezes tinha igualmente inspiradores pares femininos, mas a estrutura rígida da sociedade fez com que suas contribuições fossem esquecidas.
O aplicativo de segurança Malalai, criado pela arquiteta e urbanista Priscila Gama, cuja função é tornar as cidades e as diversas formas de deslocamento mais seguras para mulheres, foi o grande homenageado do prêmio GOL Novos Tempos. A premiação celebra iniciativas que buscam democratizar a mobilidade.
https://www.archdaily.com.br/br/929558/arquiteta-vence-premio-de-mobilidade-com-aplicativo-que-melhora-a-seguranca-das-mulheres-nas-cidadesEquipe ArchDaily Brasil
A historiadora e curadora Beatriz Colomina fala sobre nossa disciplina e a dificuldade que temos de aceitar que a arquitetura é o resultado de um esforço coletivo. Quando questionada sobre sexismo e questões de gênero na arquitetura, Colomina amplia a discussão e aborda o mito histórico da arquitetura como o produto de uma mente única, brilhante - e sempre masculina. Uma ficção que obscureceu o papel de várias mulheres, e equipes inteiras, comprometidas com o processo de design.
Embora as cidades devam ser construídas para todos, na maioria das vezes são pensadas, planejadas e projetadas pelos homens: "As cidades deveriam ser construídas para todos nós, mas não foram construídas por todos nós".
Com necessidades básicas diferentes, homens e mulheres esperam resultados diferentes do ambiente urbano. Uma cidade deve ser capaz de cumprir o essencial de todos. Ultimamente, o tópico que chama a atenção de todos gira em torno de cidades projetadas por mulheres. Com uma prefeita a bordo e uma agenda feminista, nos últimos quatro anos, Barcelona vem passando por grandes transformações nesse assunto.