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Lucio Costa: O mais recente de arquitetura e notícia

Tal pai, tal filho: 20 arquitetos e arquitetas que seguiram a profissão do pai

Em qualquer profissão é comum que filhos sigam a carreira dos pais, motivados pelo contexto em que cresceram e contagiados pela paixão pela profissão. Na arquitetura não poderia ser diferente. Viver rodeado de croquis, plantas e café parece despertar a vontade de seguir a mesma carreira.

Por razão do dia dos pais comemorado no Brasil neste próximo domingo, 12 de agosto, compilamos uma lista de arquitetos e arquitetas que seguiram os passos de seus pais. Confira a seguir:

Brasília: uma arquitetura Social

Brasília não necessita de defesa. Sua realidade se impõe acima de qualquer discurso. Como escreveu Paulo Leminski, em seu Catatau: Brasília – alegria dos mapas.

Nestes tempos sombrios de nosso país, retoma-se a crítica sobre a inoportunidade, ou o erro, da transferência da capital do Rio de Janeiro para o cerrado do planalto central. Argumento conformista, com pretensão avant-garde, no qual se pretende estabelecer paralelo entre o desmonte da cidade do Rio de Janeiro e a mudança da capital.

A poeira da memória nos faz esquecer os embates e revoltas com a mudança da capital da Bahia para o Rio, também na ocasião considerada um erro. Junto com o deslocamento para o novo e belo recinto da baía da Guanabara, veio também o sistema escravocrata e a naturalização da violência, implícita em sua organização. O paralelo é possível entre Rio-Brasília e Bahia-Rio. A arquitetura ou o novo recinto geográfico não significa uma mudança das formas de organização ou gestão de uma sociedade.

Lúcio Costa e sua influência no Patrimônio Histórico Nacional e no IPHAN

Como exemplar figura contribuinte à produção arquitetônica moderna, Lúcio Costa atuou em diferentes frentes – do desenho do edifício ao desenvolvimento de planos urbanos, como é o caso da cidade de Brasília. Entre as muitas facetas do arquiteto, sua participação na valorização e estabelecimento de politicas capazes de atuar em prol da proteção do patrimônio histórico nacional são um marco em sua carreira e, sobretudo, aos bens do país.

Brasília: 30 anos do tombamento

"...Brasília é a execução, em alta modernidade, da ideia nutrida pelo Ocidente do que fora a plenitude grega" (Paulo Emilio Salles).

Sempre que, no eixo monumental, cruzo a linha imaginária que liga o Congresso Nacional ao Palácio do Itamaraty e vislumbro a Praça dos Três Poderes do alto da rampa que nela desemboca, me vem uma emoção genuína, que não se desgasta pela sua repetição. A visão privilegiada do conjunto da Praça, ladeada pelos seus três edifícios principais e adornada com a perspectiva do Itamaraty, à direita, é uma imagem que só se compara com a dos grandes espaços urbanos icônicos da humanidade.

Clássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier

Clássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier - Instituto, Fachada
© Samuel Ludwig

Pensada como um microcosmo da vida e cultura brasileiras, Maison du Bresil é um exemplo significativo dos projetos residenciais de alta densidade de Le Corbusier. Inaugurada em 1959, é uma das vinte e três residências internacionais da Cité Internationale Universitaire de Paris, localizada no coração da capital francesa. Como "Casa do Brasil", o edifício funciona como residência para acadêmicos, estudantes, professores e artistas brasileiros, e como um centro para a cultura brasileira, fornecendo espaços de exposição e arquivos. Nomeadamente, o edifício tem proporcionado residência a famosos brasileiros, como o renomado jornalista Barroso Zózimo do Amaral.

Clássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier - Instituto, Fachada, Viga, Pilar, PortaClássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier - Instituto, Porta, Fachada, Mesa, CadeiraClássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier - Instituto, PilarClássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier - Instituto, Jardim, FachadaClássicos da Arquitetura: Maison du Bresil / Le Corbusier - Mais Imagens+ 3

Última semana para visitar a exposição que celebra os 60 anos do projeto de Lucio Costa para Brasília

Há 60 anos, Lucio Costa propôs uma cidade em forma de avião. Em 16 de março de 1957, a banca responsável por escolher o plano arquitetônico de Brasília assinou o documento que autorizava a execução do projeto apresentado pelo arquiteto, que elevou seu nome a um dos sinônimos da capital federal. A proposta apresentada pelo urbanista desbancou 26 projetos.

Para celebrar a data, o Arquivo Público do Distrito Federal exibe a exposição gratuita “A cidade que inventei” na Câmara Legislativa até 30 de março. A mostra reúne painéis de 2,5 metros de largura por 1,3 metro de altura, e apresenta croquis, frases e desenhos do arquiteto, além de fotos da construção da cidade na década de 1950.

Clássicos da Arquitetura para visitar no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas 2016

Palco dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro apresenta diversos exemplares da Arquitetura Moderna brasileira que merecem uma visita. Confira uma seleção de obras icônicas que se localizam no Rio e em Niterói:

Edifícios de Brasília durante a construção e após 55 anos, por Marcel Gautherot e Gonzalo Viramonte

O arquiteto e fotógrafo Gonzalo Viramonte realizou uma interessante comparação entre suas fotografias atuais e da época da construção e inauguração de Brasília, do fotógrafo franco-brasileiro Marcel Gautherot. Entre as comparações estão Clássicos como o Palácio da Alvorada, a Catedral, o Congresso Nacional e a Esplanada dos Ministérios.

Veja mais a seguir:

Avançam os trabalhos de restauro do Palácio Gustavo Capanema

Como parte das atividades comemorativas de 80 anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), representantes da instituição realizaram no dia 5 de maio uma visita às obras de restauro e revitalização em curso no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, exemplar icônico da arquitetura moderna brasileira.

Em foco: Lúcio Costa

Planejador, preservacionista e pensador moderno, Lúcio Costa (27 de fevereiro de 1902 - 13 de junho de 1998) é o responsável pelo plano de Brasília, de 1957, que fez da capital nacional um monumento do modernismo.  De personalidade firme e muitas vezes controversa, as contribuições de Costa para a arquitetura brasileira ajudaram a definir o modernismo nacional que continua até hoje a influenciar a arquitetura contemporânea produzida no Brasil. 

Os 7 Clássicos mais vistos de 2015

O ano de 2015 foi importante para os Clássicos da Arquitetura. Conseguimos dar conta de várias obras e arquitetos ao longo do Brasil. Obras de Lina Bo Bardi na Bahia, como a Ladeira da Misericórdia (com Lelé) e o Solar do Unhão, os Pavilhões de Volta Redonda e São Cristóvão de Sérgio Bernardes, o Conjunto Nacional de David Libeskind, obras de Pedro Paulo de Melo Saraiva, Francisco Petracco, Humberto Serpa, Hector Vigliecca, até grandes referentes do urbanismo, que são Caraíba, de Joaquim Guedes, e a Vila Serra do Navio, de Oswaldo Bratke, só para citar alguns.

Além desses Clássicos, estão os mais vistos em 2015 por vocês, nossos leitores. Confira a seguir cada um deles.

Marianne Peretti, a mulher por trás dos vitrais de Brasília

"Marianne Peretti é uma artista de excepcional talento. Os vitrais maravilhosos que criou para a Catedral de Brasília são comparáveis, pelo seu valor e esforço físico, às monumentais obras da Renascença. Sua preocupação invariável é inventar coisas novas, influir com seu trabalho no campo das artes plásticas." Oscar Niemeyer.

Única mulher a fazer parte da equipe de Niemeyer em Brasília, a artista plástica franco-brasileira Marianne Peretti deixou sua marca na capital federal. Autora dos vitrais de algumas das obras mais emblemáticas do modernismo brasileiro, como o Congresso, Palácio do Jaburu, Memorial JK e Teatro Nacional, Peretti tem em sua obra uma combinação de grandeza, leveza e transparência – aspectos vistos também na própria arquitetura de Oscar em Brasília.

Palestra “O Universo de Lucio Costa: Paradigmas de Brasília”

A ideia do Plano Piloto de Brasília pode ter surgido "já pronta", segundo seu autor, mas se apoia numa vasta cultura teórica e está inserida no contexto do pensamento da sua época. Das cidades-jardins à separação do tráfego e da monumentalidade clássica à destruição do quarteirão, é um universo amplo e, por vezes, contraditório que está sintetizado no projeto de Brasília.

“Superquadras”: uma experiência modernista

“Na esteira da industrialização, surgiram novos materiais e novas formas de se estruturar a vida nas cidades. A arquitetura e o urbanismo encamparam com entusiasmo o modernismo, criando artefatos que impactariam para sempre a história. Brasília é um exemplo vivo dessa fase e a Superquadra se consagra como uma das mais abarcantes e longevas experiências modernistas. Entretanto, a expansão da cidade vem desconsiderando a proposta e o conhecimento gerado sobre como se fazer uma cidade melhor.”

É assim que Mário Salimon apresenta seu curta-metragem “Superquadras”, lançado há pouco mais de três meses com o apoio financeiro do Fundo de Apoio à Cultuda do Distrito Federal (FAC-DF).

Três Clássicos de Lucio Costa

Relembre os três Clássicos da Arquitetura de Lucio Costa que publicamos nas últimas semanas dentro do ciclo especial ao arquiteto.

Clássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa

Clássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Mais Imagens+ 32

Por Eduardo Bicudo de Castro Azambuja

O edifício caracteriza-se por um volume de concreto aparente com vinte e cinco metros de altura e planta triangular com lado de cinquenta metros de comprimento, sustentado por três pilares que nascem com uma seção trapezoidal e se abrem plasticamente na forma de V para criar dois pontos de apoio. As partes internas dos pilares servem de ligação e suporte para a torre metálica, composta por uma pirâmide de base hexagonal variável e altura de cento e noventa e dois metros, completando os duzentos e dezessete metros totais do projeto.

Lançamento do livro “Dezoito Graus – Rio moderno, uma história do Palácio Gustavo Capanema” na livraria Bookstore em SP

A livraria Bookstore e a editora Língua Geral promovem, no dia 24 de março, o lançamento do livro “Dezoito Graus – Rio moderno, uma história do Palácio Gustavo Capanema”, seguido de uma mesa redonda com Carlos Augusto Calil, Abílio Guerra, Guilherme Wisnik e o autor da obra, Lauro Cavalcanti.

Clássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa

Clássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, FachadaClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, Fachada, Corrimão, Mesa, CadeiraClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, Escada, Fachada, Porta, Corrimão, CadeiraClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, FachadaClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Mais Imagens+ 16

Por Carlos Eduardo Comas

Obra cujo projeto foi aprovado no mesmo ano do concurso do  Plano Piloto de Brasilia, e concluída quando a nova capital se consolidava, a sede do Jockey Club Brasileiro (1956-72) é um curioso contraponto ao Ministério da Educação assinado pelo mesmo autor (e equipe) a duas quadras e uns quinze anos antes (1936-45).  Tanto o Ministério quanto o Jockey ocupam toda uma quadra na mesma Esplanada do Castelo. Mas o Ministério abriga uma instituição pública, e constitui uma exceção à legislação dominante, que impõe o quarteirão fechado, construído no perímetro com um ou dois pátio centrais. Com um partido em T, o Ministério resulta num quarteirão quase aberto, singular e por isso mesmo memorável, monumental. Abrigo de instituição privada e necessitada de renda, o Jockey é uma variante do quarteirão fechado padrão, com o pátio central ocupado por uma garagem em altura para 785 carros.