O cômodo feito para os trabalhadores "descansarem", como é dito no discurso atual em que se tenta camuflar a origem e o significado do conhecido “quarto de serviço”, "quartinho de empregada’’ ou "quartinho da bagunça’’ que normalmente é encontrado próximo a áreas de trabalho da morada contemporânea, tem um significado histórico, cultural, social e econômico dentro do contexto atual que pouco é questionado.
Em projetos residenciais, os elementos de conforto ambiental são centrais para a concepção de propostas que estabeleçam um sentido de aconchego, acolhimento e sensação de pertencimento em um lugar protegido e seguro. A iluminação talvez seja o aspecto mais importante na conformação desse conjunto, já que ela é capaz de apontar usos específicos nos ambientes internos e externos das casas, estabelecer funções de uso prático ou de relaxamento, e destacar elementos arquitetônicos que atribuem grande valor às obras.
A concepção das janelas de um edifício é fator determinante para a salubridade e conforto térmico dos ambientes. No caso das janelas de piso a teto, a dupla vantagem que se tem a partir da boa iluminação dos espaços internos e ampla vista para a paisagem talvez seja o fator mais atrativo para a sua adoção em edifícios residenciais. Normalmente localizadas em pontos estratégicos, como nos espaços de convívio ou em quartos não direcionados à rua, esse tipo de janela promove uma eficiente integração entre os espaços internos e externos.
Ser quadrado não está com nada! Ao menos, é o que nos conta as tendências de 2022. O relatório realizado pelo Pinterest aponta o design curvo como o futuro da decoração, seja nos objetos ou até mesmo a partir da arquitetura. Por essa razão, buscamos por projetos residenciais brasileiros que traçam paredes curvas em seus desenhos. Os motivos são os mais variados e os resultados brindam uma composição única: como partido arquitetônico, para contrastar com a ortogonalidade de outras paredes ou para gerar espaços ímpares.
Permeabilidade visual, ventilação e forte apelo identitário, os elementos vazados têm cada vez mais encontrado seu lugar na arquitetura contemporânea. Seja em grandes edifícios ou em pequenas residências, aparecem de diversas formas, materiais e composições, ajudando a determinar o grau de interação entre o espaço interior e exterior. Esse artifício em uma construção residencial é uma ferramenta importante para garantir privacidade e intimidade, sem perder a possibilidade de conexões com o exterior e ventilação natural.
A madeira é, sem dúvidas, um dos materiais construtivos mais versáteis que existem. Em peças aplainadas, painéis compostos ou em estado bruto, suas características estéticas e estruturais atraem arquitetos e clientes, que enxergam nela possibilidades compositivas extremamente variadas. Dentre os modos mais antigos de aplicação deste material, as peças roliças são aquilo que se pode chegar mais perto do estado natural da madeira, com pouquíssimo tratamento e processamento após o corte da árvore.
O uso destas peças em estado rústico é muito recorrente em residências de veraneio, o que não significa que esta seja sua única aplicação. A seguir, reunimos dez casas brasileiras que fazem uso de elementos rústicos de madeira em sua estrutura ou fechamentos.
Em um momento no qual muito se valoriza a biofilia na arquitetura, as piscinas naturais se tornam mais um elemento capaz de aumentar a conexão com a natureza, possibilitando a criação de um espaço recreativo e contemplativo ao mesmo tempo. Também conhecidas como piscinas ecológicas ou biológicas, elas reproduzem um ecossistema composto por plantas, pedras e até mesmo algumas espécies de peixes.
O PVC, como é chamado o material sintético Policloreto de Polivinila, ou Policloreto de Vinil, é um dos plásticos mais produzidos do mundo, chegando a 40 milhões de toneladas por ano. Sua aplicação é bastante variada e na construção civil encontrou ramos distintos, servindo tanto como insumo para infraestrutura quanto para acabamentos.
A estratégia de elevar as casas do solo ganhou popularidade na década de 1920 quando Le Corbusier anunciou as estruturas sobre pilotis como um dos cinco pontos da arquitetura moderna. Uma grande contribuição, principalmente na questão urbana, pois possibilita a criação de um espaço livre com maior conexão entre âmbito público da rua e o privado da edificação. A sua icônica Villa Savoye é um exemplo paradigmático do emprego de pilotis que preserva o terreno natural e, como o próprio Le Corbusier afirma, assenta a casa sobre a grama como um objeto, sem molestar nada. Além disso, os pilotis também serviram como estratégia para o fluxo de veículos, o que pode ser visto na – igualmente emblemática – Casa de Vidro da Lina Bo Bardi e seus esbeltos tubos de aço. Dispostos em uma modulação de quatro módulos de largura por cinco de profundidade, eles mantêm a casa como uma caixa transparente flutuante em meio a natureza respeitando o terreno e auxiliando no conforto térmico da edificação ao permitir a circulação de ar.
Case Study House 22. Imagem via Flickr user: mbtrama Licensed under CC BY 2.0
Entre 1945 e 1966, o programa Case Study Houses, similar à exposição Weißenhof-siedlung, abordou o estudo de habitações econômicas de fácil construção, supervisionando o projeto de 36 protótipos para construir em face do desenvolvimento residencial do pós-guerra. A iniciativa do editor John Entenza, da revista Arts & Architecture, reuniu e centralizou em Los Angeles figuras arquitetônicas renomadas para esse fim, onde foram encontrados talentos como Richard Neutra, Charles e Ray Eames, Pierre Koenig e Eero Saarinen, entre outros.
O programa experimental não só definiu o lar moderno de uma maneira diferente, exercendo forte influência sobre a arquitetura internacional até hoje, mas também promoveu a aplicação de novos sistemas de construção e materiais na arquitetura residencial. Analise detalhadamente algumas das suas características mais emblemáticas em conjunto com recomendações para enfrentar situações contemporâneas, abaixo.
Todo ano nossa equipe de curadores apresenta uma retrospectiva de projetos de casas que se destacaram no período. Este conjunto, um pequeno recorte dos mais de dois mil projetos publicados no ArchDaily Brasil apenas neste ano, é formado por uma série de residências com soluções projetuais específicas que abordam, cada uma à sua maneira, fatores como materiais, técnicas construtivas, soluções estruturais, processos de construção e conteúdos programáticos.
Projetar casas em climas tropicais, como é o caso do Brasil, significa prestar atenção especial às aberturas, tanto em relação ao funcionamento e convívio da casa, quanto em relação às questões de conforto ambiental. Neste artigo trazemos 16 casas brasileiras que aproveitam de suas aberturas estratégicas para criar ambientes aconchegantes, impactantes, bem iluminados e ventilados.
Talvez uma das decisões mais importantes inerentes a um processo de projeto seja a forma de implantação dos volumes construídos dentro dos limites do terreno. Essa escolha pode render diversas virtudes à obra, desde uma boa orientação para receber luz natural, até funcionalidade em relação a acessos e distribuição de funções do programa. Um dos fatores centrais na hora de entender qual é a melhor forma de pousar um projeto sobre o chão é a inclinação do terreno.
Brincando com nossa imaginação ao diluir os limites entre céu e mar, as piscinas de borda inifinita têm se tornado cada vez mais recorrentes em projetos de arquitetura. A ilusão de ótica que atrai tantos clientes acontece quando uma ou mais paredes laterais da piscina correspondem exatamente ao nível d'água, iludindo os olhos e fazendo crer que não existem limites físicos contendo o volume. Nesses sistema, a água literalmente transborda, caindo em um reservatório de onde é bombeada novamente à piscina.