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Perfil do Ciclista Brasileiro: saiba quem usa a bicicleta no Brasil

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Para preencher uma lacuna onde até então havia escasso conhecimento sobre os usuários e o uso da bicicleta como transporte urbano no Brasil, nasceu o Perfil do Ciclista Brasileiro. Iniciativa da Parceria Nacional Pela Mobilidade em Bicicleta, união de organizações ao redor do Brasil em prol de quem pedala.

Foram entrevistados 5012 ciclistas em dez cidades das diferentes regiões brasileiras: Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Para isso, foram a campo, durante os meses de julho e agosto de 2015, mais de 100 pesquisadores.

Projeto de mobilidade ativa busca qualificar os deslocamentos a pé e de bicicleta em Brasília

O Plano Piloto de Brasília, elaborado em 1957, hoje engloba apenas 10% dos atuais 3 milhões de habitantes da capital federal. As demais regiões – como Ceilândia, Planaltina, Gama e Taguatinga – não cresceram seguindo o mesmo modelo, e hoje milhares de pessoas deslocam-se todos os dias saindo dessas áreas em direção ao Plano Piloto, que concentra a maior parte da atividade econômica da cidade.

Brasília, sabe-se, foi projetada para o uso do automóvel, com avenidas largas e serviços divididos em setores, resultando em distâncias muitas vezes longas demais para os trajetos a pé ou de bicicleta. Cinquenta anos depois, o modelo tornou-se insustentável, e uma das soluções adotadas em cidades do mundo inteiro para qualificar a mobilidade tem no transporte ativo e não motorizado o principal foco de ações.

Vídeo: Lisboa Horizontal, uma rede de ciclovias planas para uma cidade de colinas

A partir da principal característica geográfica de Lisboa, que lhe rende o apelido de "cidade das 7 colinas", o escritório de arquitetura e paisagismo BXLX propôs uma rede de ciclovias acessíveis e planas inspirada em um sistema de metrô.

Para isso, foi realizado um estudo topográfico que permitiu classificar as ruas da cidade em: horizontais (com inclinação entre 0 e 4%); recomendadas para distâncias curtas (com inclinação entre 5% e 6%); e as menos acessíveis (com inclinação superior a 7%).

O resultado do estudo mostrou que dos 1.093 quilômetros de ruas que há em Lisboa, 63% - ou 691km - têm uma inclinação inferior a 4%, isto é são acessíveis a todos.

O aplicativo foi recentemente premiado no evento Big Smarts Cities, promovido pela Vodafone, que contou com mais de 500 propostas inscritas e tem como objetivo reconhecer ideias que contribuam para a melhoria da vida de quem trabalha, habita e visita as cidades.

Veja, a seguir, a transformação das ruas onde as ciclovias foram implementadas.

Vídeo: The Bicycle Snake / Dissing+Weitling

O Louisiana Channel visitou recentemente uma das cidades mais abertas ao ciclismo urbano para conhecer o novo "marco arquitetônico de Copenhague", o projeto "The Bicycle Snake", do escritório Dissing+Weitling Architecture. "Surpreendentemente delgada" e ostentando uma única pista de cor alaranjada, a Bicycle Snake é uma ponte de 230 metros de comprimento dedicada exclusivamente aos ciclistas. A passarela busca "não ser mais do que realmente é" - diferentemente de muitos outros ícones arquitetônicos -, conectando os ciclistas a duas importantes regiões da cidade por um caminho que se eleva sete metros acima do solo.

Travelbox: vivendo em uma caixa

Com o objetivo de viajar sem gastar muito, os arquitetos do Juust projetaram uma pequena "Travelbox" [caixa de viagens] que reúne tudo o que é preciso para essas jornadas - bicicleta, cama, mesa, cadeira e uma despensa. Construída em madeira e revestida de alumínio, a organização inteligente dos espaços proporciona o conforto do lar onde quer que a vida lhe levar.

"Em sua posição fechada, a Travelbox é sólida, eficiente e adequada para suportar os inevitáveis balanços de uma viagem internacional. Chegando a seu destino, a Travelbox pode se desdobrar e se transformar instantaneamente em uma confortável casa", afirmam os arquitetos.

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Paris pretende se tornar a nova capital mundial do ciclismo urbano

Duplicar a quantidade de ciclovias na cidade, estabelecer uma rede expressa, criar um fundo econômico de auxílio para a compra de uma bicicleta e construir 10 mil novas vagas de estacionamento para bicicletas são algumas das medidas do Plano de Bicicletas 2015-2010 apresentado recentemente pela Prefeitura de Paris e que pretende transformar a cidade na "capital mundial do ciclismo".

Embora hoje em dia esse "título" seja atribuído àquelas cidades em que mais da metade dos habitantes se desloca de bicicleta, como Amsterdã e Copenhague, um dos objetivos do plano parisiense é que a quantidade de pessoas que usam diariamente a bicicleta passe de 5% para 15% da população até 2020.

"HAPPY BIKE, Pedalando verso la felicità”: a bicicleta como meio de transporte urbano

"A bicicleta não é apenas um meio de transporte. É muito mais. É a possibilidade de fazer a cidade mais humana e mais bela. Uma cidade que promove a bicicleta é uma cidade feliz."

Assim é como começa o livro "HAPPY BIKE, Pedalando verso la felicità", escrito por Alfredo Bellini, mestre em transporte e fundador do BiciZen, um blogue italiano sobre ciclismo urbano dedicado àqueles que querem usar a bicicleta por seu aspecto "zen", isto é, uma forma de alcançar a alegria e o bem estar.

Em seu texto, Bellini analisa a relação entre as bicicletas e a felicidade, sendo esta vista tanto a partir de uma perspectiva individual como coletiva, e imagina como as bicicletas poderiam ser um meio de transporte urbano.

O que Bellini aponta com isso? Saiba mais a seguir.

Mulheres de bicicleta: A situação na América Latina

No IV Forum Mundial da Bicicleta realizado em Medellín, O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apresentou o estudo "Ciclo-inclusão na América Latina e Caribe: Guia para impulsionar o uso da bicicleta", que, através da apresentação de dados sobre o ciclismo urbano em 38 cidades do continente, busca fomentar uma política "ciclo-inclusiva" em cada cidade.

Entre os dados coletados está, por exemplo, a quantidade de viagens diárias realizadas nas duas cidades que mais usam a bicicleta na América Latina: Bogotá, com 611.472 percursos, e Santiago, com 510.569.

Ciclistas de Roma decidem solucionar por sua própria conta a falta de ciclovias

Em Roma, os ciclistas se cansaram da falta de ciclovias, sobretudo nos locais mais inseguros.

Um desses lugares é o túnel de Santa Bibiana que conecta os bairros de Esquilino e San Lorenzo, próximo à estação de trem Roma Termini. Há alguns anos os ciclistas pediram às autoridades de ambos os bairros uma ciclovia para o túnel, porém, sem resultados positivos. Assim, decidiram solucionar o problema por sua própria conta e em apenas 45 minutos.

Mais informações a seguir.

Alemanha incentiva o uso de bicicletas de carga para diminuir a poluição ambiental

No final do ano passado publicamos os planos de Hamburgo para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. O primeiro corresponde á união das áreas verdes da cidade para encorajar as caminhadas e o uso de bicicletas, enquanto que o segundo consiste em construir um parque sobre uma autoestrada e, assim, reconectar dois bairros após 30 de segregação.

Em ambos os planos é possível identificar um objetivo em comum: diminuir a poluição ambiental. Neste sentido, governo alemão realiza anualmente um investimento de 80 milhões de euros em infraestrutura cicloviária - uma maneira de fazer com que este meio de transporte limpo conte com a infraestrutura adequada. Isto se soma à intenção do Ministério de Transportes em ampliar o uso das bicicletas que, segundo as declarações de um de seus membros, pretendem aumentar o número de bicicletas de carga. 

Guia de Desenho Urbano de Ciclovias: Conselhos da organização NACTO para um ciclismo urbano eficiente e seguro

A experiência das cidades que se destacam por sua cultura ciclista, como Amsterdã, Berlim e Copenhague, juntamente com Boston, Portland e Nova Iorque, entre outras, serviu de modelo para a NACTO (National Associatian of City Transportation Officials) elaborar o Guia de Desenho Urbano de Ciclovias.

Esse é um documento que procura guiar as cidades que estão consolidando o uso da bicicleta como meio de transporte através de uma série de conselhos de desenho urbano que pretendem fazer do ciclismo urbano uma experiência eficiente e segura.

Os conselhos se apresentam em seis categorias diferentes: Bulevares para Bicicletas, Ciclofaixas, Ciclovias, Intersecções, Semáforos para Ciclistas e, por fim, Sinalizações.

Sabia, a seguir, em que consiste cada uma dessas categorias.

Vídeo: O papel dos mecânicos na cultura ciclista de Havana

Ian Clark e Diego Vivanco são os fundadores da Kauri Multimedia e autores deste curta-metragem intitulado Havana Bikes. Nele, nos mostram como os mecânicos de bicicleta da capital cubana têm ajudado a manter a cultura da bicicleta apesar da dificuldade de encontrar as peças necessárias.

Entretanto, isto não tem impedido os cidadãos de usarem diariamente esse meio de transporte. E mais, esta situação dá origem a invenções próprias, como os ônibus-bicicleta, caminhões-bicicleta e táxi-bicicleta que fazem parte do transporte público da cidade e têm se convertido num símbolo para a capital cubana.

Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas

Para a comemoração do Dia Mundial Sem Carros realizada no final de setembro, o subsecretário de transportes de Santiago (Chile), Cristián Bowen, anunciou uma modificação na Lei de Trânsito visando “esclarecer, tanto aos usuários deste meio de transporte (bicicleta) como aos outros usuários do espaço das vias, os direitos e deveres dos ciclistas”.

Em função das comemorações deste dia, na capital da Letônia, Riga, um grupo de ciclistas realizou uma intervenção muito interessante e provocativa. Durante um dos momentos mais movimentados do dia - que entre as 7h e 9h da manhã – os ciclistas percorreram as principais avenidas sobre suas bicicletas acopladas a estruturas que simulavam o volume de um automóvel. A iniciativa tinha por objetivo mostrar a grande área ocupada por um carro e, em comparação, o espaço ínfimo ocupado pela pessoa.

Esta intervenção se soma a tantas outras iniciativas que buscam refletir sobre o espaço de nossas ruas que são utilizadas pelos automóveis. Entre estas, podemos mencionar a vaga de carro transformada em estacionamento para 10 bicicletas e o gif que mostra quantos passageiros podem viajar em um bonde elétrico e como ficam as ruas se cada passageiro se deslocar em seu próprio carro.

Veja mais fotografias da intervenção em Riga, a seguir.

Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas - Image 1 of 4Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas - Image 2 of 4Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas - Image 3 of 4Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas - Image 4 of 4Ciclistas criam intervenção que mostra o espaço ocupado pelos automóveis nas ruas - Mais Imagens+ 5

As 10 cidades mais agradáveis para andar de bicicleta segundo a MNN

O site Mother Nature Network (MNN), dedicado a temas relacionados ao meio-ambiente e responsabilidade social, elegeu as 10 cidades mais “amigáveis” com as bicicletas, locais onde tanto habitantes quanto turistas podem se deslocar facilmente com esse meio de transporte.

A seleção foi feita levando em consideração diversos fatores como a qualidade da infraestrutura para bicicletas e o respeito dos motoristas em relação aos ciclistas.

Embora na lista estejam incluídas cidades que há vários anos já são consideradas modelos a serem seguidos, ela também apresenta outras que geralmente não se destacam pelo uso da bicicleta, mas que durante os últimos anos demonstraram avanços significativos para promover esse meio de transporte não motorizado.

Conheça, a seguir, as dez cidades do ranking MNN, dentre as quais se destaca Curitiba, única cidade latino-americana a figurar na lista.

"Ciclistas Urbanos": Um projeto fotográfico que expõe a diversidade entre os adeptos do ciclismo nas cidades

"O uso da bicicleta como meio de transporte no âmbito urbano transcende a origem, idade e condição social das pessoas que a utilizam." Assim pensa o fotógrafo e ciclistas espanhol, José Miguel Llano, que há 27 anos se dedica a documentar as diversas formas de ciclismo, seja turístico, nas montanhas ou em centros urbanos.

Seu mais recente trabalho, "Ciclistas Urbanos", é um projeto que nasceu com o objetivo de reivindicar o uso da bicicleta como meio de transporte diário que, em sua opinião, é um estilo de vida. Através de uma coleção de 200 retratos de ciclistas, esse fotógrafo busca documentar uma face da sociedade do início do século XXI.

Conheça seu projeto a seguir.

"Ciclistas Urbanos": Um projeto fotográfico que expõe a diversidade entre os adeptos do ciclismo nas cidades - Image 1 of 4"Ciclistas Urbanos": Um projeto fotográfico que expõe a diversidade entre os adeptos do ciclismo nas cidades - Image 2 of 4"Ciclistas Urbanos": Um projeto fotográfico que expõe a diversidade entre os adeptos do ciclismo nas cidades - Image 3 of 4"Ciclistas Urbanos": Um projeto fotográfico que expõe a diversidade entre os adeptos do ciclismo nas cidades - Image 4 of 4Ciclistas Urbanos: Um projeto fotográfico que expõe a diversidade entre os adeptos do ciclismo nas cidades - Mais Imagens+ 11

França começa a pagar pessoas que vão trabalhar de bicicleta

Em março deste ano a França anunciou um plano para incentivar o uso de bicicletas que chamou muita atenção: as pessoas que usam a bicicleta para ir ao trabalho receberão um pagamento mensal relativo à distância percorrida.

Este plano de incentivo ao ciclismo urbano mostra como as autoridades francesas estão validando a bicicleta como meio de transporte diário e a promovendo como uma das melhores opções de transporte em horários de pico, à frente dos automóveis que ocupam mais espaço nas ruas, geram poluição e aumentam a dependência dos combustíveis fósseis.

No mês passado essa ideia começou a ser implementada por 20 empresas que aderiram ao plano criado pelo Ministério da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, e vai beneficiar 10 mil ciclistas e trabalhadores.

A seguir, veja como a estratégia funciona:

O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável que busca diminuir o uso do automóvel em Madri

Aumentar em 25% as áreas de pedestre, construir mais vias para os ônibus de transporte público e dar-lhes preferência nos cruzamentos, limitar o tempo dos estacionamentos para os automóveis e aumentar a quantidade de bicicletas publicas elétricas, são algumas das medidas que propõe o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) para Madri, a serem implementadas a partir desse ano até 2020.

Com elas, a prefeitura pretende fazer da capital espanhola uma cidade destinada à cidadania e não aos veículos, convertendo-a num lugar mais amigável para os pedestres, diminuindo os acidentes de transito, a contaminação ambiental e restringindo o uso do automóvel, sobretudo no centro.

Sabia mais detalhes do PMUS a seguir.

“Lightbattle”: uma intervenção urbana para ciclistas em Amsterdam

O teto do Rijksmuseum, Museu Nacional dos Países Baixos, sofreu uma intervenção no dia 12 de dezembro com cinco mil luzes florescentes que formavam pistas para ciclistas.

No corredor do museu, que serve como passagem, conectando-se com as ruas que cercam o edifício, foram colocadas dez bicicletas estáticas nas quais qualquer um poderia subir para competir com os demais e ver quem pedala mais rápido. O vencedor conseguia iluminar por completo a sua pista que está no teto, criando uma bonita paisagem, justamente no primeiro pavimento do maior e mais reconhecido museu de Amsterdam.