No início de 2019, identificamos a impressão 3D como uma tendência que influenciaria a arquitetura em 2019. Não era uma previsão difícil de fazer. Além de observar um aumento de 70% no interesse dos leitores pelo tema, em relação ao ano anterior, vimos como o campo disciplinar se comprometeu com a impressão 3D, desde o uso da tecnologia para combater a falta de moradia até a criação de conexões estruturais complexas e acessíveis.
Isso não significa que 2019 foi um ano "chato" no mundo da impressão 3D. De fato, embora a influência da tecnologia na arquitetura em 2019 fosse previsível, as várias maneiras pelas quais essa influência se manifestou não foram. Ao longo do ano, a impressão 3D apareceu em todos os lugares, desde um canal até a replicação de madeira, imaginando bairros do Texas até Marte.
Maria Montessori começou a desenvolver seu método no início do século XX: trata-se de uma pedagogia científica com o principal objetivo de promover uma educação que contribua positivamente ao desenvolvimento do cérebro da criança, respeitando a individualidade de cada uma delas, estimulando sua autonomia, autoestima e autoconfiança.
Apesar do método ter sido criado no século passado, é agora que a ciência começa a comprovar muitas informações deixadas por Montessori em seu legado. Cada vez mais fala-se sobre aplicá-lo na arquitetura de espaços para as crianças e muito tem-se falado sobre "quartos montessorianos" e sobre a tendência: cama casinha!
A utilização histórica do concreto, devido a sua capacidade de se modelar e gerar diferentes formas, o torna uns dos materiais mais utilizados na hora de construir um projeto. O conhecido êxito do material aplicado a diferentes tipos de construções apresenta uma diversidade de detalhes que merecem uma atenção especial.
Veja uma seleção de 40 detalhes construtivos de projetos que se destacam pelo uso do concreto.
Os grandes trabalhos inspiradores que publicamos todos os dias no ArchDaily não seriam acessíveis sem os fotógrafos dedicados a compartilhá-los conosco. Para homenagear este trabalho e agradecer a participação ativa em nossa comunidade, apresentamos as imagens de arquitetura mais vistas por nossos leitores em 2019.
Assim como as cores de uma pintura ou de uma fotografia abstrata podem despertar um certo humor, as cores de um edifício ou sala podem influenciar profundamente a sensação das pessoas que o usam. Fisiologicamente, diversos estudos mostraram que a luz azul retarda a produção de melatonina, mantendo as pessoas mais alertas ou acordadas mesmo à noite. Psicologicamente, as pessoas associam determinadas cores a sentimentos por conta de símbolos culturais e experiências vividas - por exemplo, elas podem perceber a cor vermelha como ameaçadora ou assustadora por causa de sua conexão com o sangue.
No geral, a maneira como uma sala é pintada pode ter efeitos complexos sobre como seus usuários se sentem, ao mesmo tempo que uma fachada pode ser percebida de maneiras dramaticamente diferentes, dependendo de como são suas cores. Abaixo, resumimos as associações emocionais de todas as cores, avaliando seus efeitos diferentes à medida que cada uma é usada no espaço arquitetônico.
https://www.archdaily.com.br/br/930326/como-as-cores-influenciam-a-arquiteturaLilly Cao
Quando estudamos os projetos residenciais desenhados por Amancio Williams, geralmente fazemos referência a sua emblemática Casa sobre o arroio - construída em Mar del Plata entre os anos de 1943 e 1946 - ou a sua ativa participação na direção técnica da Casa Curutchet de Le Corbusier. Mas, existem projetos de residência desenhados por este arquiteto? Que ideias e conceitos chave da modernidade eles nos permitem vislumbrar? Que influências tiveram no desenvolvimento da arquitetura argentina?
Mulheres na arquitetura, produção contemporânea no sul global, teoria e história, buildtech, novos materiais, reciclagem na construção civil - 2019 foi um ano rico em investigações e reflexões que abordaram a arquitetura a partir de uma variedade de perspectivas. Levando a cabo a missão de fazer do ArchDaily uma fonte de ferramentas e inspiração não apenas para profissionais e estudantes, mas qualquer pessoa interessada em arquitetura, publicamos centenas de artigos sobre temas tão variados quanto são os pontos de vista sobre o ambiente construído.
Discussões sobre resiliência, hoje, sugerem que arquitetos e urbanistas podem ser capazes de - e, de fato, espera-se isso deles - salvar todos os edifícios e espaços públicos em risco. No entanto, a triste verdade é que não podemos, e provavelmente não devemos. As mudanças climáticas e o aumento do nível do mar irão redesenhar radicalmente as margens urbanas, forçando-nos a tomar decisões difíceis. Mesmo se tivéssemos todo o dinheiro necessário para proteger o precário cenário atual, isso ainda não seria suficiente para evitar o inevitável.
Então: quais são as nossas prioridades? Como definir o que salvar? Como traçar de forma responsável esse futuro incerto? Acredito que as respostas para essas e outras perguntas semelhantes devam começar com uma avaliação honesta de três considerações essenciais:
As figuras humanas ganham protagonismo frente aos edifícios e ruas nas lentes do fotógrafo Carlos Moreira, 82. O espaço urbano aparece retratado a partir de recortes, não apenas sugeridos pelos monumentos históricos (eles estão lá), mas sobretudo pelo corpo e suas ações. Disso emerge uma visão emocional e viva das cidades; capaz de provocar uma expansão sensorial dos retratos dos espaços.
Historicamente, a prática do skate tem sido associada diretamente à utilização de espaços públicos como ruas, praças e calçadas, caracterizando-se como uma atividade esportiva que se incorpora no cotidiano das cidades. Ainda que, por vezes, seja considerada uma prática marginal pelo conflito entre usos nos espaços públicos, o skate possibilita a ressignificação de locais subutilizados, como áreas próximas a viadutos ou sob eles, para a prática esportiva. Além disso, pistas de skate também têm sido incorporadas nos programas de centros e complexos esportivos, explorando possibilidades estéticas singulares associadas ao seu uso.
Estar atualizado com as novas tecnologias, entender quais as melhores soluções e detalhes para determinados projetos, ter o conhecimento de quais produtos há no mercado e o que está por vir nos próximos anos. Temos observado que esses temas despertam grande interesse em arquitetos, estudantes e os amantes de arquitetura que entram no site todos os dias. 2019 foi o ano em que o ArchDaily começou a focar mais fortemente na parte de Materials, que abrange produtos, técnicas construtivas e materiais em geral. Com o ano chegando ao fim, selecionamos os artigos da seção mais vistos em cada mês, para tentar entender o que os une e o que devemos continuar investindo nos próximos anos. Veja mais a seguir!
Frederico Babina é um arquiteto e designer gráfico italiano cujas obras buscam criar réplicas abstratas de edifícios famosos. Com especial atenção à geometria e forma, seu trabalho mostra uma espécie de desapego e liberdade em relação à rigidez das arquiteturas.
O bairro residencial Haszkovó, na cidade de Veszprém, na Hungria, foi visto como um projeto fracassado: "cinza, triste e sem alma". No entanto, essa estrutura fria conseguiu abrigar 20 mil habitantes, funcionando como uma "cidade" dentro da cidade
Por ocasião da Veszprém Design Week, um projeto colaborativo assinado por Edward Crooks, Point Supreme, Supervoid, MAIO e Paradigma Ariadné, convidou os visitantes a mudar a percepção e o estado atual de Haszkovó, criando cinco propostas de mobiliário urbano, que fossem vibrantes, portáveis e duráveis.
Se existe uma palavra para definir a arquitetura paquistanesa, esta palavra é multiplicidade. Profundamente enraizada nas tradições locais e ao mesmo tempo, rompendo com todas ela, os projetos de arquitetura contemporânea que estão sendo construídos no Paquistão procuram dar voz a esta pluralidade de narrativas. Estes projetos, dos quais selecionamos alguns notáveis exemplos, refletem a coexistência de duas condições urbanas características de cidades paquistanesas como Karachi e Islamabad, onde a cidade formal e informal se sobrepõe para construir um intricado e complexo enredo urbano. Os projetos que apresentamos à seguir representam um reflexo direto deste conturbado e vibrante contexto sócio-espacial, exemplos que procuram explorar novas possibilidades e transpor os limites espaciais e formais da própria arquitetura.
Os habitantes do planeta Terra passam quase 90% do tempo em espaços internos; aproximadamente 20 horas por dia em salas fechadas e 9 horas por dia em nossos próprios quartos. As configurações arquitetônicas desses espaços não são aleatórias, ou seja, foram projetadas ou pensadas por alguém, ou pelo menos um pouco "guiadas" pelas condições de seus habitantes e seus entornos. Alguns, com sorte, habitam espaços especialmente criados de acordo com suas necessidades e gostos, enquanto outros adaptam e se apropriam do design projetado para outra pessoa, talvez desenvolvido décadas antes de nascerem. Em ambos os casos, a qualidade de vida pode ser melhor ou pior, dependendo das decisões tomadas.
Entender a importância de projetar cuidadosamente nossos interiores, priorizando o acesso e o aproveitamento da luz natural, foi o objetivo do 8º Simpósio VELUX Daylight, realizado entre 9 e 10 de outubro de 2019 em Paris. Desta vez, mais de 600 pesquisadores e profissionais reafirmaram sua importância, apresentando uma série de ferramentas concretas que podem nos ajudar a quantificar e qualificar a luz, projetando sua entrada, gerenciamento e controle com maior profundidade e responsabilidade.
Bauhaus: uma escola, uma disciplina de design e um movimento que vem influenciando gerações de arquitetos e designers há 100 anos.
A Bauhaus foi muito mais do que desenhos modernistas e cores primárias, foi um movimento com impacto político, social e cultural, liderado por algumas das figuras mais notáveis do campo disciplinar. Desde a sua inauguração em 1919, a escola definiu seu próprio estilo através da interseção de arquitetura, arte, design industrial, tipografia, design gráfico e design de interiores. Quando a escola foi obrigada a fechar as portas diante da pressão política, seus professores e alunos se dispersaram, espalhando seus ensinamentos por todo o mundo.
Durante o último ano foram construídos 6.900 milhões de metros quadrados destinados a espaços de escritório, consolidando um aumento de 12% em relação ao ano anterior, segundo um estudo realizado pela Avison Young que pesquisa o mercado imobiliário de escritórios a América do Norte, Europa e Ásia.
Há não muito tempo atrás, o concreto e o aço predominavam em absoluto nos canteiros de obra ao redor do mundo, principalmente quando se tratava de construir grandes estruturas. Mas à medida que avançamos no século XXI, esta tendência tem começado a mudar principalmente devido ao surgimento de novas tecnologias que por sua vez, tem provocado uma profunda mudança de paradigma na disciplina da arquitetura, apontando para uma maior eficiência, economia e sustentabilidade na industria da construção civil.
Os arquitetos Gilles Retsin e Stephan Markus Albrecht foram recentemente escolhidos como os grandes vencedores do concurso internacional de arquitetura para a ampliação do Meistersingerhalle, localizado na cidade de Nuremberg, na Alemanha. Trabalhando em colaboração com os engenheiros da Bollinger-Grohmann, os especialistas em meio ambiente da Transsolar e os especialistas em acústica da Theater Projects, Gilles Retsin e Staphan Markus Albrecht apresentaram a proposta daquela que será a primeira sala de espetáculos do mundo construída em estrutura de madeira laminada cruzada (CLT).
Paredes não podem falar. Pelo menos, ainda não. Isso não quer dizer que elas não possam mentir. Como o ArchDaily relatou recentemente, uma nova tendência urbana está surgindo na qual a totalidade de um edifício histórico é demolido, com exceção da fachada externa, e um novo edifício é construído por trás dele. Este procedimento tem um nome: fachadismo. Embora o ato de construir uma nova estrutura atrás de uma fachada histórica possa parecer na melhor das hipóteses altruísta, ou na pior trivial, o fachadismo oferece uma visão de como as forças políticas e o mercado imobiliário moldam nossas cidades.
Embora seja sabido que o urbanismo convencional americano leva ao espraiamento excessivo, vale a pena lembrar que, no fim das contas, a extensão real da expansão horizontal das cidades está muito além do alcance do controle do planejamento urbano.
Para a Feira Internacional dos Construtores de 1957, que ocorreu em Berlim, Oscar Niemeyer projetou o bloco de apartamentos da Interbau, um edifício modernista apoiado sobre uma série de pilares em forma de V. Apresentando as típicas janelas em fita da arquitetura da época, a fachada é interrompida por duas passarelas que conectam o bloco à torre de circulação vertical.
O fotógrafo de arquitetura libanês Bahaa Ghoussainy explorou o edifício em sua mais recente série de fotografias, destacando a relação entre a uniformidade do bloco e a natureza dinâmica da geometria dos apoios. Veja, a seguir:
Seguindo a missão de oferecer ferramentas e inspiração para melhorar a qualidade de vida em nosso ambiente construído, os curadores do ArchDaily investigam constantemente as melhores obras de todas as partes do mundo, disponibilizando o melhor da arquitetura aos nossos leitores. Para celebrar estes projetos e agradecer os profissionais que contribuem ativamente com nossa comunidade, reunimos a seguir as 50 melhores obras publicadas em 2019.
Durante o último mês de setembro, esgotaram-se todas as entradas para o show do músico Afrobeat nigeriano Wizkid no Royal Albert Hall, em Londres. Wizkid junta-se a uma crescente lista de ilustres músicos africanos que já se apresentaram na prestigiada casa de shows londrina, como Selif Kaita, Youssou Ndour, Miriam Makeba entre outros. Este importante evento serve para reafirmar o renascimento cultural pelo qual todo o continente africano está passando, marcando ainda a crescente influência da música africana no cenário global, assim como do cinema, da moda, da gastronomia e das artes em geral.
Infelizmente, a arquitetura africana vernacular, especialmente na África subsaariana, não tem se beneficiado desse renascimento cultural. Muito pelo contrário, ao longo dos últimos anos ela tem sido amplamente ignorada. Apesar de sua eminente influência durante a era pré-colonial, a arquitetura vernacular africana pouco evoluiu desde então, se limitando às tradicionais choupanas de paredes de barro e cobertura de palha; e por esta razão ela tem sido desdenhada pela população, freqüentemente associada à escassez e a insuficiência. Conseqüentemente, a negligência da arquitetura popular africana resultou na exiguidade de seus artesãos experientes, conhecedores da arte da construção tradicional. Atualmente, restam poucas esperanças de um possível avivamento de um dos mais tradicionais estilos de arquitetura do nosso planeta.
https://www.archdaily.com.br/br/889381/por-que-a-arquitetura-vernacular-africana-continua-sendo-ignoradaMathias Agbo, Jr.
O urbanismo tático, prática que vem ganhando destaque nos últimos anos, tem se mostrado uma estratégia atrativa para coletivos ativistas, arquitetos, urbanistas e designers ao redor do mundo por propor, a baixo custo e numa micro-escala, intervenções urbanas pontuais na intenção de promover o direito à cidade. Essa maneira de se pensar espaços públicos na cidade busca atuar por uma lógica não-hierárquica, na qual a sociedade civil (em colaboração ou não com o Estado e/ou empresas privadas) propõe alternativas ao processo tradicional de projeto na esfera urbana.