Ana Cristina Wanzeler na cerimônia de premiação do Concurso Anexo da Biblioteca Nacional. Image Cortesia de IAB
Uma arquiteta está à frente do Ministério da Cultura. A paraense Ana Cristina Wanzeler, que semana passada assumiu interinamente o posto, após Martha Suplicy deixar o cargo, se formou pela Universidade Federal do Pará (UFPA) nos anos 80.
Wanzeler se envolveu durante parte da carreira com temas associados à arquitetura, especialmente durante os anos em que esteve na Caixa Econômica Federal, onde trabalhou com habitação e, nos últimos anos, em São Paulo, lidando com obras como a do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O texto a seguir faz parte da terceira edição do jornal Homeland: News from Portugal, publicação que representa Portugal na 14ª Bienal de Veneza de 2014.
Este projeto tem como objetivo consolidar a encosta do Monte Xisto. Uma novo muro de gabião é proposto para regenerar a área que foi afetada por deslizamentos de terra em 2005. A proposta decorre do local, por meio de uma intervenção no espaço público para criar novos acessos entre a parte superior e inferior do morro. Propõe-se que algumas casas sejam demolidas, aquelas cuja estrutura não é adequada para a conversão, e as novas casas serão criadas próximas de seu local original para realojar as famílias afetadas. Os escombros das casas demolidas serão utilizados para criar novas estruturas públicas, tanto as funcionais quanto simbólicas.
O Pantone Hotel, um hotel de sete pavimentos em Bruxelas cuja decoração é inspirada no famoso sistema de cores Pantone, foi projetado pelo designer de interiores Michel Penneman e pelo arquiteto Olivier Hannaert, e teve suas portas abertas em 2010. O hotel tem 59 quartos que obedecem a uma variedade de esquemas cromáticos que seguem o preciso sistema Pantone. O projeto é a apoteose da transição da companhia para o mercado de produtosde lifestyle, com o "Universo Pantone" abrangendo tudo, de canecas a abotoaduras, que seguem a especificação exata de seus códigos de identificação.
A Deutsche Post Towers em Bonn, Alemanha, recebeu o 10 Year Award do Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH). Projetada por Murphy/Jahn e concluída em 2002, a Post Tower foi um projeto pioneiro ao introduzir elementos de alto desempenho para criar um ambiente de escritórios mais eficiente e agradável, e foi agora reconhecida através desse prêmio que celebra o valor e o desempenho comprovados em edifícios em altura após um período de 10 anos de funcionamento. Saiba mais a seguir sobre o edifício vencedor.
A partir de 31 pontos desse território, identificados por elementos visuais distintivos e apresentados em textos concisos, a publicação traça um percurso revelador das muitas camadas de história acumuladas nesse pedaço da cidade. Entre a praça da Sé e os largos de São Francisco e São Bento, descobre desde traços das disputas entre Igreja e Estado no período colonial até histórias pitorescas da modernização, como a disputa pelo título de arranha-céu mais alto da cidade no início do século passado.
O Arq.Futuro, o Instituto Semeia e a FGV Direito Rio promovem o evento "Parques do Brasil", que acontece hoje (19 de novembro) no Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Nesse encontro, especialistas discutem modelos de gestão para parques urbanos e unidades de conservação no país.
Entre os exemplos debatidos estarão o Parque do Flamengo, que completará 50 anos em 2015, e o Parque Sitiê, nascido do esforço comunitário no Morro do Vidigal.
O LAMA.SP convida o fotógrafo Thomaz Harrell para dividir seus conhecimentos no curso “A fotografia e suas sete chaves" que abordará desde a concepção e história dessa arte até sua prática e noções de edição e finalização. Os alunos também participarão de uma jornada fotográfica e o material produzido fomentará discussões, estabelecendo um diálogo entre os trabalhos dos participantes. O curso busca fornecer uma visão ampla dos princípios da fotografia e inspirar novos fotógrafos.
Primeiro Lugar - Hector Vigliecca . Image Cortesia de IAB-RJ
Na última sexta-feira, 14 de novembro, foi anunciado o resultado do Concurso Anexo da Biblioteca Nacional, promovido pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), com organização do Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) e coordenado pela Norma Taulois.
O estudo preliminar dos arquitetos Hector Vigliecca, Luciene Quel, Ronald Werner Fiedler e Neli Yumi Shimizu, do escritório Vigliecca & Associados, foi eleito o vencedor do concurso, que contou com a participação de 66 inscritos.
De acordo com o presidente da FBN, Renato Lessa, o Anexo da Biblioteca Nacional marca uma nova fase da relação da instituição com o Rio de Janeiro: “A Biblioteca qualifica a sua relação com a cidade. O edifício Anexo será um equipamento cultural de ponta e um presente para a cidade. Os benefícios que esse equipamento vai trazer para a sociedade são incalculáveis.”
Veja a seguir os projetos vencedores e as menções honrosas:
O escritório MAD Architects, responsável pelo projeto do Lucas Museum of Narrative Arts, divulgou seus planos de construir uma escultural "montanha" branca que se ergue do terreno para para ser coroada com uma estrutura metálica. Projetada como um elemento da paisagem que pode ser acessada de todos os lados, mas com a entrada principal localizada numa praça pública que parece "flutuar", acessada através de uma série de rampas e degraus, o edifício se organiza em torno de um hall central e espaços para eventos, com quatro pavimentos de galeria, quatro teatros e, na cobertura do edifício, um mirante e um restaurante revestido de vidro. Numa "montanha" menor, anexada ao edifício principal, estão as funções educacionais, com salas de aula, auditórios e uma biblioteca.
De Chicago, o diretor de MAD Architects Ma Yansong explicou à equipe do ArchDaily como ele queria que o projeto fosse "futurístico mas ao mesmo tempo natural," conectando-se com a paisagem e o terreno da orla.
A Biblioteca Nacional de Israel divulgou imagens do projeto de Herzog & de Meuron para o novo lar da instituição. O edifício de seis pavimentos, comissionado ao escritório suíço após um extenso processo de entrevistas realizado ano passado, será construído até 2019 num terreno próximo ao edifício Knesset e adjacente ao Museu Israelense, ao Museu de Ciências e à Universidade Hebraica.
Mais imagens e informações sobre a biblioteca, a seguir.
A companhia Eastbanc convidou o arquiteto português Eduardo Souto de Moura a transformar o terreno de um antigo posto de gasolina em um condomínio de uso misto. Segundo uma notícia do jornal Georgetowner, a companhia pediu que os moradores da região tenham uma "mente aberta" para o projeto, que, como aponta o Urban Turf, se destacará no distrito histórico de Washington D.C. Poucos detalhes foram divulgados até o momento. "Estamos considerando todas as opções, de um condomínio a apartamentos de aluguel e um hotel", comentou o presidente da Eastbanc, Anthony Lanier. "Ainda estamos no início da fase de projeto."
Nossos parceiros da Escola da Cidade compartilharam conosco o vídeo da palestra da arquiteta e pesquisadora portuguesa Ana Vaz Milheiro, que falou aos estudantes da graduação da Escola da Cidade sobre a Arquitetura Portuguesa atual e a falta de influência do arquiteto Rem Koolhaas sobre ela.
Da palestrante: No otimismo da abertura do século XXI, parecia possível que a presença da Casa da Música, um único objeto "koolhaasiano" na paisagem urbana da cidade do Porto, conseguiria alterar o curso da cultura arquitetônica portuguesa. Eduardo Souto de Moura e o estágio de Braga, inaugurado em 2004, funcionariam como contraponto.
O futuro luminoso da arquitetura portuguesa se inscrevia entre dois extremos: o vanguardismo radical da arquitetura centro-europeia versus o modernismo vernacular que vingou entre a cultura portuguesa e que Álvaro Siza representava. O vaticínio da crítica de arquitetura da época dependia naturalmente da estabilidade das condições existentes, situação que a crise econômica de 2008 haveria de alterar.
"All I Own House é um projeto que materializa o interior de uma casa através dos pertences pessoais de sua habitante", diz o escritório PKMN Architectures sobre All I Own House, uma pequena casa e estúdio adaptável para a cliente Yolanda Pila, do ERREPILA Design Studio. Construída em um pequeno bairro ao norte de Madri, a casa de um único pavimento pertencia à avó da cliente. Agora, ela serve às funções exigidas pelo estilo de vida e trabalho dinâmico de Yolanda.
Em maio deste ano foi inaugurada a primeira das três linhas do Mi Teleférico, o novo transporte público que une La Paz com El Alto, a maior população urbana da Bolívia, que totaliza 1,6 milhões de habitantes.
A mais de 4.000 metros de altura e com uma rede de 11 quilômetros – quando as três linhas estiverem em funcionamento – este serviço se tornará o mais alto e extenso do mundo, permitindo realizar deslocamentos em menos tempo - o que diminuirá os congestionamentos que afetam ambas cidades e suprirá 30% da demanda de transporte público.
O projeto, que levou quase quatro décadas para ser implementado, transportará até 18 mil passageiros por hora em um total de 443 cabines.
Fartos de não terem seu trabalho reconhecido ou publicado, os fotojornalistas franceses Benjamin Girette e Pierre Terdjman fundaram este ano o movimento#Dysturb, em que se apropriam das ruas para expor trabalhos fotográficos seus e de outros profissionais realizados em zonas de conflito.
O objetivo dessa iniciativa é “aumentar a consciência sobre o que está realmente acontecendo no mundo”, e nenhum espaço é mais apropriado para essa tomada de consciência que a rua, “a única plataforma social maior que o Facebook”, diz Girette.
Segundo a dupla, as revistas raramente estão interessadas em mostrar o que está acontecendo em países com regiões de instabilidade sócio-política, como o Egito, Geórgia ou Afeganistão, reservando-se a publicar poucas fotos. Nesse sentido, Girette e Terdjman pretendem destacar a importância do fotojornalismo como veículo e ferramenta de conscientização.
Em Malmö, Suécia, 30% dos cidadãos usa a bicicleta todos os dias para ir estudar ou trabalhar; um dos motivos pelos quais em 2013 se tornou uma das 20 cidades mais adequadas do mundo para o ciclismo urbano, segundo o site Copenhagenize.
Naquele mesmo ano a cidade colocou em ação um plano de 47 milhões de euros para financiar diferentes iniciativas que pretendem elevar esta cifra. Nesse contexto, no início do ano de 2014 foi inaugurada a Estação Central de Malmö, a terceira estação intermodal mais importante da Suécia - um novo estacionamento público para 1.500 bicicletas que é um verdadeiro centro de ciclismo devido aos serviços que oferece.
Cloud Citizen. Cortesia de Urban Future Organization and CR-Design
Até o final de 2015, um terço dos edifícios mais altos do mundo estará na China. Com suas cidades planejadas pelo governo, a política chinesa frequentemente favoriza os empreendimentos de alta densidade, e alguns dos projetos urbanos mais radicais e experimentais podem ser testados no país - por exemplo o projeto vencedor do concurso Bay Super City em Shenzhen, Cloud Citizen, que assume uma abordagem mais integrada e conectada para as cidades verticais. Nesse artigo do The Guardian, Nicola Davison investiga como nesse momento crítico do desenvolvimento do país, arquitetos e urbanistas podem escolher se afastar dos modelos existentes de arranha-céus isolados, voltando-se a ambientes mais humanos que procuram emular a natureza e criar espaços públicos diversificados. Leia o artigo completo aqui.
Sacar uma câmera fotográfica ou, hoje em dia, o celular, fazer a foto, passa para o próximo monumento ou atração. É desse modo, mecânico e automático, que muitos turistas se comportam quando viajam para novos lugares. Talvez, quem sabe, um dia esses registros sejam revistos - lembranças de momentos que nunca foram vividos, dada a velocidade com que se observa o mundo por trás da pequena tela de LCD.
Parece cada vez mais raro contemplar, deter-se por um tempo e simplesmente observar, sentir o lugar. O português Luís Simões vem fazendo basicamente isso há dois anos. Sempre que chega a alguma nova cidade, presta-lhe a merecida atenção e, então, registra com lápis e papel aquilo que vê e sente.