Muitas das cidades que conhecemos hoje, não apenas foram fundadas a séculos mas cresceram e floresceram devido a uma série de diferentes razões. Alguns dos mais importantes assentamentos humanos e urbanos se desenvolveram devido à sua proximidade com a água, como no o caso de Dar es Salaam, atualmente uma das mais importantes cidades portuárias da África Oriental. Outras famosas capitais do mundo foram planejadas e construídas do zero muito mais recentemente, como no caso do Brasil e também da Nigéria. Existem ainda cidades e até regiões criadas para servir a um determinado setor da economia ou industria, como é o caso do Vale do Silício, no estado americano da Califórnia. Entre a infinidade de distintas razões que podem provocar o surgimento ou o desenvolvimento de uma determinada cidade, existe uma que no entanto, foi capaz não apenas de criá-las da noite para o dia, mas também de destruí-las em um curto espaço de tempo.
Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia
Expansão urbana e cidades fantasmas: o impacto da mineração no ambiente construído
Cidades 8-80: como projetar espaços urbanos para pessoas de todas as idades?
Um dos maiores desafios que o planejamento urbano encontra hoje é como prever e sistematizar o inevitável crescimento de uma cidade. Os anos se passam e as grandes cidades continuam expandindo suas fronteiras em direção à periferia, e de fato, estima-se que 70% de todos os habitantes do planeta deverão estar vivendo em cidades até o ano de 2050. Neste contexto, como poderíamos construir cidades mais sustentáveis, saudáveis e equitativas para enfrentarmos os desafios do futuro?
"Nomadland" questiona a noção de casa através da jornada de uma nômade moderna
“Não, não sou uma sem-teto. Sou apenas uma sem-casa. Não é a mesma coisa, né?" Questionando a noção de lar e casa, Nomadland conta a história de uma mulher de sessenta anos que perde tudo na grande recessão. Fern, interpretada pela atriz Frances McDormand, deixa para trás sua cidade após a morte de seu marido e a falência da única indústria que sustentava a região. A protagonista decide embarcar em uma jornada sem rumo certo, vivendo em sua van como uma nômade pelas vastas paisagens do oeste americano.
Mulheres na liderança urbana: 6 pioneiras que você deve conhecer
"Cidades felizes, vibrantes e bem-sucedidas surgem da visão de muitos, não de poucos poderosos." - Jane Jacobs.
Embora tenhamos visto progresso na representação feminina ao longo do século passado, as perspectivas e vozes das mulheres ainda são significativamente marginalizadas. Este ano, a ONU relatou que, em apenas 22 países as mulheres ocupam cargos de Chefes de Estado ou de Governo e que, 119 países nunca tiveram uma líder feminina, apesar do forte argumento de que sua liderança contribui para tomadas de decisão mais inclusivas e um governo mais representativo. Além disso, as mulheres ocupam apenas 10% dos cargos de maior importância nas principais empresas de arquitetura do mundo.
Dicas para escolher espécies de árvores em ambientes urbanos
Nos primeiros anos da história moderna, os monges taoístas cultivavam Bonsais buscando trazer a beleza das árvores do exterior para o interior, considerando-as um elo entre o humano e o divino. No século XVIII, na periferia de algumas cidades europeias, surgiram diversos passeios ou avenidas arborizadas, gerando espaços de descanso e socialização até então inexistentes nas cidades da época.
Nas cidades modernas, as árvores são utilizadas como elementos essenciais nos processos de urbanização e as espécies vegetais são um contraponto insubstituível às construções e à harmonização dos espaços. A boa escolha das espécies de árvores e sua correta manutenção geram inúmeros benefícios, como isolamento acústico e visual, regulação da temperatura, geração de corredores biológicos e controle da velocidade do vento. O principal erro na escolha de uma espécie é não considerar que se trata de um ser vivo, que tem necessidades específicas e que possui externalidades.
O que considerar para escolhê-los corretamente?
A evolução do compartilhamento dos espaços: privacidade e abertura em arquiteturas cada vez mais densas
A densidade sempre foi uma consideração essencial para arquitetos e planejadores urbanos, mas sua importância só aumentou à medida que a população urbana mundial disparou e as cidades se tornaram cada vez mais densas. Durante grande parte da história do planejamento urbano, este termo foi infestado de conotações negativas: superlotação, pobreza, falta de segurança e as chamadas 'favelas'. O movimento da cidade-jardim, iniciado por Ebenezer Howard em 1898, buscou remediar tais males defendendo cinturões verdes e um planejamento anti-densidade. A Ville Radieuse de Le Corbusier é um dos planos urbanos mais conhecidos a partir desses ideais. Ainda na década de 1960, a socióloga Jane Jacobs notoriamente derrubou esses conceitos de planejamento urbano muito influentes: ela apontou que a densidade dos edifícios não tem que ser igual à superlotação; sugeriu que algumas áreas urbanas altamente densas, como sua vizinhança em Greenwich Village, eram mais seguras e mais atraentes do que os projetos de cidades-jardim nas proximidades; e destacou como a concepção americana dos "bairros marginais" costumava estar enraizada em ideologias anti-imigrantes e anti-negros. A densidade não é inerentemente ruim, ela sugeriu, mas deve ser bem feita. Hoje, continuamos a lutar com a questão sobre como projetar para nossas cidades cada vez mais densas - como mantê-las abertas, mas simultaneamente privadas? Livres, mas controladas quando necessário? Em particular, como nos mantemos protegidos - tanto do crime quanto, em épocas de COVID-19, de doenças?
Novo projeto do OMA em Shenzhen começa a ser construído
O CMG Qianhai Global Trade Center, projetado pelo OMA, teve suas obras iniciadas em Shenzhen, China. O empreendimento de 360.000 metros quadrados de uso misto criará um ambiente de micro-urbanidade, borrando as convencionais fronteiras entre edifício e cidade.
Como seriam as cidades pensadas pelas mulheres? O caso de Barcelona
Embora as cidades devam ser construídas para todos, na maioria das vezes são pensadas, planejadas e projetadas pelos homens: "As cidades deveriam ser construídas para todos nós, mas não foram construídas por todos nós".
Com necessidades básicas diferentes, homens e mulheres esperam resultados diferentes do ambiente urbano. Uma cidade deve ser capaz de cumprir o essencial de todos. Ultimamente, o tópico que chama a atenção de todos gira em torno de cidades projetadas por mulheres. Com uma prefeita a bordo e uma agenda feminista, nos últimos quatro anos, Barcelona vem passando por grandes transformações nesse assunto.
"Distrito Azul” projetado pela Mecanoo em Utrecht promete longevidade a seus moradores
Pelo menos é isso que os arquitetos e demais responsáveis pelo projeto defendem. O escritório de arquitetura holandês, Mecanoo, acaba de apresentar um conjunto de projetos para um grande empreendimento na cidade de Utrecht. A ideia geral busca inspiração nas chamadas “zonas azuis” - áreas urbanas onde há uma alta tendência de seus moradores terem uma vida longa e saudável. Atualmente, existem apenas cinco zonas azuis reconhecidas no mundo: Sardenha, Nicoya, Loma Linda, Okinawa e Ikaria.
Qual é a diferença entre megacidade, metrópole, megalópole e cidade global?
Não é possível definir a civilização moderna sem deixar de mencionar seus elementos mais marcantes, as cidades. Os assentamentos urbanos variam em cultura, tamanho e especialidade, além do que, certas áreas acabam se tornando mais significativas ao longo do desenvolvimento de uma região. Historicamente, as dimensões físicas ou demográficas de uma cidade são indicadores de sua importância - quanto maior uma cidade, maior será sua capacidade de produção - entretanto, com o grande êxodo rural do século passado, ficou cada vez mais difícil definir os verdadeiros motivos que fazem uma cidade ser mais "importante" que outra. As cidades podem ser classificadas em centenas, milhares de paisagens urbanas distintas. Para nós, arquitetos e urbanistas, é vital compreender e categorizar de maneira eficiente os diversos tipos de assentamentos urbanos para poder desenvolver projetos e planos urbanísticos adequados. A lista a seguir fornece quatro definições de cidades que surgiram durante o século passado.
Mesquita projetada por X-Architects pretende ser o "coração da comunidade" em Abu Dhabi
O escritório X-Architects, de Dubai, se inspirou na herança cultural e arquitetônica do Islã em seu novo projeto - a Mesquita Revelação - um edifício de 2.500 metros quadrados que pretende se tornar um novo "coração do bairro" em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. Ao criar um vazio urbano generoso em meio a um contexto de alto gabarito e densidade, a proposta oferece uma fuga imersiva da vida cotidiana, onde o público - independentemente da religião - pode se reunir, se comunicar e interagir uns com os outros.
Kjellander Sjöberg vence concurso para um novo marco sustentável na Suécia
Kjellander Sjöberg Architects venceu o concurso para o Nacka Port, um novo bloco urbano sustentável e dinâmico. A empresa de arquitetura premiada, uma das principais da Escandinávia, construirá o projeto em uma área entre Nacka e Estocolmo, na Suécia.
Dos três escritórios de arquitetura que foram convidados a participar, a proposta de Kjellander Sjöberg sobressaiu-se com um “contexto urbano vibrante com um programa convidativo e variado”.
Notas para um manifesto. Fórum Alternativo ao Habitat III (Parte II) / Jordi Borja
*Texto desenvolvido pelo autor no marco do Fórum Alternativo ao Habitat III, que foi realizado entre 17 e 20 de outubro na cidade de Quito, paralelamente ao Habitat III.
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Notas para um manifesto. Fórum Alternativo ao Habitat III (Parte I) / Jordi Borja
*Texto desenvolvido pelo autor no marco do Fórum Alternativo ao Habitat III, que foi realizado entre 17 e 20 de outubro na cidade de Quito, paralelamente ao Habitat III.