Apesar de serem anunciados como serviços que ajudam a reduzir o congestionamento nas ruas de nossas cidades, empresas como Uber e Lyft estão, na realidade, agravando os problemas de trânsito, afirma uma recente pesquisa conduzida na Northeastern University em Boston.
Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Pesquisa revela que serviços como Uber e Lyft aumentam os problemas de trânsito nas cidades
Esta cidade murada medieval mostra como o urbanismo tradicional pode suportar altas densidades
A fortaleza protetora, as ruas de paralelepípedos e a disposição urbana medieval são características de muitas cidades costeiras da Europa. Mas ao explorar a cidade francesa de Saint-Malo, é difícil acreditar que esta seja a cidade original. O que separa Saint-Malo de muitas outras cidades europeias localizadas junto ao mar, desde sua localização marcante, - é a complexa história de como ela foi completamente destruída na Segunda Guerra Mundial, mas reconstruída com a sua estética original.
Arquitetura hostil: A cidade é para todos?
Você já ouviu falar do termo Arquitetura hostil? Cunhado em junho de 2014 pelo repórter Ben Quinn no jornal britânico The Guardian, a matéria originalmente intitulada Anti-homeless spikes are part of a wider phenomenon of 'hostile Architecture(As pontas de ferro anti-desabrigados são parte de um fenômeno mais amplo conhecido como "arquitetura hostil") [1] surpreendeu cidadãos de todo o mundo que passaram a notar em seus contextos as práticas listadas por Quinn. Ali ele discorreu sobre como o desenho urbano têm influenciado o comportamento e o convívio, criticando como a abordagem ao mesmo tem buscado excluir moradores em situação de rua dos centros urbanos.
Como podemos planejar cidades que priorizem pedestres?
Cidades ativas são aquelas em que a população pode fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis. Para que isso seja possível, as cidades devem proporcionar acesso a espaços públicos e serviços de qualidade a todas as pessoas, garantindo que possam passear, descansar, brincar e se exercitar em praças, parques e equipamentos. Cidades ativas são também compactas, nas quais a proximidade entre a moradia e o trabalho, escola, serviços, lazer faz com que as redes de mobilidade a pé, cicloviária e de transporte público sejam mais eficientes e melhores distribuídas no território. Assim, a escolha pelo modal a pé ou bicicleta nos deslocamentos diários se torna viável. Por isso, cidades ativas são, necessariamente, mais caminháveis.
Um novo desenho urbano pode melhorar a qualidade de vida nos conjuntos habitacionais?
Há uma extensa bibliografia acadêmica evidenciando os malefícios que enormes conjuntos habitacionais, monofuncionais e afastados dos centros trazem às cidades. Geralmente eles se tornam espaços altamente segregados, estigmatizados e, muitas vezes, com condições degradantes de vida. Após a ocupação, é frequente que os próprios moradores comecem a criar modificações, abrindo pequenos comércios e se apropriando dos espaços de formas muito distintas do que foi imaginado na etapa projetual. Mas há a possibilidade do desenho urbano melhorar a qualidade de vida desses conjuntos? Veja essa proposta realizada em João Pessoa:
Ranking das Melhores Cidades do Mundo em 2018, segundo a Resonance Consultancy
Classificar cidades pode ser uma tarefa bastante arriscada. Como podemos ser objetivos e justos quando este planeta de 7,6 bilhões de habitantes nunca chegou nem perto de um consenso? Entretanto, a empresa de consultoria Resonance Consultancy assumiu este desafio com base nas opiniões que realmente importam: "moradores e turistas".
Pesquisas foram feitas com moradores locais e turistas à respeito de 23 diferentes fatores (agrupados em seis categorias - lugar, produto, programação, pessoas, prosperidade e promoção). A metodologia pretende ser de fácil compreensão para a classificação das qualidades da cidade e sua reputação. Na categoria "pessoas", por exemplo, os pesquisadores analisaram a taxa de imigração e a diversidade humana de uma cidade, incluindo o número de residentes estrangeiros. Também foi levado em consideração quantas vezes uma cidade é mencionada nas plataformas digitais como o Facebook, o Google e até o TripAdvisor. Além disso, as cidades também foram classificadas quanto à qualidade de seus bairros, marcos históricos e parques.
Como o desenho urbano pode salvar vidas?
Quando a questão sobre mortes e lesões no trânsito é colocada em pauta, rapidamente a associamos aos limites de velocidade. Especialistas do mundo todo concordam que essa é uma das principais e mais eficientes medidas que asseguram a segurança viária: quanto maior a velocidade do veículo, menor a chance de sobrevivência em um impacto. Por exemplo, ser atingido por um veículo a 80km/h é o mesmo que cair de uma altura de 9 andares (cerca de 30 metros de altura). Mas, se as velocidades são indicadas por placas de trânsito, qual é então o papel do desenho urbano na segurança e proteção das pessoas?
Itinerários de estudos como aventura intelectual: a dimensão paisagística no projeto da cidade contemporânea
A ideia do curso, portanto das viagens, nasceu da vontade de compartilhar experiências formativas adquiridas durante o doutorado sanduíche no Dipartimento di Storia dell’Architettura (dSA) no Istituto Universitario di Architettura di Venezia (IUAV). Entretanto, sua concretização se dá em um cruzeiro, da mesma forma que no “Um Filme Falado” (2003) do cineasta português Manoel de Oliveira (1908–2015), no qual uma professora de história da Universidade de Lisboa percorre o Mediterrâneo para vivenciar e contar aquilo que, em seu cotidiano, era falado aos alunos na sala de aula.
Construção colaborativa das cidades: Veja como foi o 2º Encontro realizado pelo COURB
Anualmente o Instituto COURB realiza o Encontro de Urbanismo Colaborativo. Este ano, Brasília recebeu o 2º Encontro, entre os dias 19 e 21 de outubro. O evento aconteceu em diferentes partes da cidade e envolveu cerca de 180 pessoas, dentre representantes do poder público e do terceiro setor, professores, estudantes e profissionais de diferentes áreas de atuação, vindos de mais de 15 estados brasileiros. Palestras, debates, oficinas, rodas de conversa, vivências e mutirão possibilitaram aos participantes trocas diversas e intensas. Além disso, a 2ª Mostra de Projetos de Urbanismo Colaborativo, inspirou e celebrou ações desenvolvidas em 4 regiões do país. A equipe premiada por voto dos participantes e que recebeu o apoio de R$1.000,00 do Instituto COURB foi a Cubo Urbano, composta por estudantes de arquitetura e urbanismo de Juazeiro do Norte - Ceará.
Arquiteturas e Urbanismos do sul em debate
No início de outubro aconteceu em Foz do Iguaçu, o I Encontro Internacional do MALOCA Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul, com o objetivo de apresentar os resultados do seu primeiro triênio (2014-2016) e debater os rumos das pesquisas do grupo para o triênio 2017-2019. Sediado na Universidade Federal da Integração Latino-Americana - UNILA, em Foz do Iguaçu, o grupo de pesquisa MALOCA tem atuado a partir das necessidades prementes de buscar respostas a questões na área voltadas para o contexto de ensino, hábitos de morar e construir, políticas públicas e direitos humanos, sob uma perspectiva decolonial, com ênfase na América Latina e no Sul global. Com vistas a uma arquitetura da autonomia ou uma arquitetura cidadã no Brasil e na América Latina, o MALOCApossui três linhas de pesquisa: (1) Ensino de Arquitetura e Urbanismo na América Latina; (2) Hábitos de morar e de construir no contexto latino-americano e (3) Políticas públicas, território, direitos humanos e sociais. O grupo de pesquisa forma uma rede internacional de aproximadamente 20 pesquisadores/as de instituições em diversas regiões do Brasil, como as federais do Ceará, Bahia, Ouro Preto, São João del Rei, Tecnológica do Paraná e de São Paulo e ainda pesquisadoras da Bolívia e de Cabo Verde, consolidando o diálogo de saberes a partir do Sul. Originário do quadro docente do curso de arquitetura e urbanismo da UNILA, atualmente está vinculado também com o programa de pós-graduação em Políticas Públicas e Desenvolvimento na mesma instituição.
A densificação é boa até construírem um edifício ao seu lado
Ambos têm parte da razão, ao que no final é o mesmo que dizer que os dois estão parcialmente errados.
O Estado aponta na direção correta quando promove políticas de densificações habitacionais. Uma cidade mais compacta reduz custos de provisão e manutenção de infraestrutura e serviços, ao mesmo tempo em que diminui os tempos de deslocamentos, favorecendo a caminhada, o uso de bicicleta e transporte público. Tudo isso também ajuda a reduzir as emissões de gases poluentes e efeito estufa. Um bairro de média e alta densidade permite que mais pessoas desfrutem diretamente de seus equipamentos e áreas verdes, constituindo o ambiente propício à instalação do comércio local, que por sua vez atrai maior número de pessoas às ruas, e, por esse motivo, tornam-se ambientes mais atraentes e seguros. O Estado também está tomando boas medidas ao criar regras especiais que fornecem facilidades à construção de habitação de interesse social em áreas consolidadas. Ao permitir maiores densidades, é possível repartir o valor do solo entre mais unidades, o que pelo menos em teoria, torna a construção de moradias em uma cidade com custo mais acessível.
Jan Gehl: "Nos últimos 50 anos, os arquitetos esqueceram o que é uma boa escala para o ser humano"
Esta entrevista foi inicialmente publicada no website da revista City Manager sob o título 'Jan Gehl, ciudades para la gente.'
Jan Gehl reconheceu ser um seguidor de Jane Jacobs, a quem ele chama de "avó" do urbanismo e do planejamento humanista. Ele também foi professor na Royal Danish Academy of Fine Arts em Copenhague e professor visitante no Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia, México, Austrália, Bélgica, Alemanha, Polônia e Noruega. Há cinquenta anos criou sua própria consultora intitulada Gehl Arquitects na Dinamarca, com a qual realizou vários projetos pela melhoria urbana ao redor do mundo, também utilizando dados e estratégias analíticas.
A seguir, a entrevista com o arquiteto dinamarquês, referência teórica internacional em desenvolvimento urbano, depois de Jane Jacobs, da escala humana no projeto de espaços públicos.
8 de Novembro: Dia Mundial do Urbanismo
Hoje, dia 8 de novembro, comemora-se o Dia Mundial do Urbanismo. A data foi criada em 1949 por Carlos Maria della Paolera, professor da Universidade de Buenos Aires, cujo intuito era aumentar o interesse profissional e público no planejamento, tanto local como internacionalmente. Paolera também desenhou o símbolo que representa a trilogia dos elementos naturais essenciais à vida, como o sol (em amarelo), a vegetação (em verde) e o ar (em azul), remetendo ao equilíbrio entre os meios natural e os seres humanos. Atualmente, o evento é celebrado em trinta países em quatro continentes.