Embora haja registros de latrinas desde 3.100 a.C., a primeira privada foi criada em 1596 pelo inglês John Harington. Ele fez duas unidades: uma para ele e outra para a rainha Elizabeth 1ª.
A ideia não pegou à época e só em 1775 o escocês Alexander Cumming patenteou a privada moderna, já visando o escoamento num sistema de esgoto. Em 1885, outro inglês, Thomas Twyford criou a primeira privada em porcelana que substituiu as peças de madeira, descritas anteriormente.
Faltando alguns dias para o fim do mês de novembro, Gramado, cidade conhecida como um dos destinos turísticos mais procurados do sul do Brasil, ganhou os holofotes da mídia nacional e internacional e, infelizmente, não foi por causa do seu festival de cinema ou pelas tradicionais e suntuosas festividades de natal. A cidade, que já vinha sendo castigada pela chuva persistente há semanas, viu o surgimento de enormes sulcos geológicos que rasgaram suas ruas e contribuíram para a formação de um cenário digno de filme pós-apocalíptico.
O perigo eminente da movimentação do solo colocou em alerta a população e os governantes que agilmente evacuaram as edificações localizadas nas colinas do bairro condenado. A conduta foi completamente efetiva e responsável, visto que um dos prédios que estavam na região delimitada, de fato, veio a desabar 3 dias após a evacuação. Entretanto, vale a pena reparar em um detalhe, o bairro em questão era composto por moradias de alto padrão, além de hotéis e pousadas de luxo, o que levanta uma pergunta: será que os esforços seriam os mesmos se a situação ocorresse em bairros periféricos de população de baixa renda?
Embora mais relacionada a aspectos evolutivos do que à própria arquitetura, a fragilidade física inerente aos seres humanos tem exigido, desde os tempos pré-históricos, que protejamos nossos corpos e nossos edifícios dos elementos externos. Como exemplo, começando com as cabanas primitivas utilizadas nas primeiras formas de arquitetura doméstica, peles foram empregadas como cobertura externa para restringir o fluxo de ar e, consequentemente, regular o ambiente interior.
Posteriormente, observamos uma evolução que mostra claramente avanços nas técnicas de isolamento, passando de materiais vernaculares como o adobe até um aumento na espessura das paredes usando pedra ou tijolo, finalmente chegando às paredes de cavidade desenvolvidas no século XIX, que deixavam uma pequena câmara de ar entre uma face exterior e interior da parede. Sua posterior popularização levou à introdução de isolamento térmico entre ambas as faces, um sistema que é amplamente reconhecido e utilizado atualmente e que lançou as bases para futuros desenvolvimentos nesse campo.
https://www.archdaily.com.br/br/1010629/explorando-a-evolucao-dos-materiais-isolantes-na-arquiteturaEnrique Tovar
No cenário em constante evolução do século XXI, as cidades despontam como modelos de inovação em relação aos objetivos de desenvolvimento sustentável. Criativamente, enfrentam desafios urbanos urgentes, como densidade populacional, transporte, habitação e resiliência. Possuem o potencial de liderar uma agenda climática abrangente, atuando como laboratórios para iniciativas sustentáveis, inovações inter-setoriais e estratégias orientadas para a comunidade. As cidades agem como catalisadoras de revoluções, implementando soluções impactantes que podem ser aplicadas globalmente.
A crise global da habitação gera uma gama diversificada de desafios, abrangendo desde a situação de pessoas sem teto até a realidade de milhões que enfrentam condições habitacionais precárias, sobrelotação e aluguéis excessivamente altos. Enfrentá-la envolve vontade política, a união de Estado e iniciativa privada, mas principalmente soluções inovadoras que priorizem a acessibilidade, a sustentabilidade e mecanismos governamentais que propiciem isso. Uma coisa é certa: precisamos construir massivamente no futuro para melhorar essa situação. A implementação de métodos de construção eficientes, como pré-fabricação e construção modular, pode acelerar a criação de unidades habitacionais acessíveis, reduzindo custos e prazos de construção e a adoção de práticas de construção ecológicas, como a utilização de materiais reciclados e a concepção de estruturas energeticamente eficientes, não só contribuindo para a sustentabilidade, mas minimizando as despesas operacionais a longo prazo para os residentes.
Quando o assunto é mudanças climáticas, as manchetes às vezes parecem contraditórias. Em um dia, lemos sobre incêndios florestais catastróficos causando estragos pelo mundo; no dia seguinte, temos um artigo otimista sobre o rápido avanço da energia solar e eólica. Juntas, essas narrativas podem dificultar a compreensão do panorama geral da ação climática. Os países estão de fato implementando soluções efetivas se as emissões de gases do efeito estufa (GEE) continuam aumentando? Em que áreas o mundo tem progredido o suficiente para superar a crise climática e quais são as lacunas? Que medidas específicas são necessárias para entrarmos no rumo certo?
https://www.archdaily.com.br/br/1010199/o-que-o-mundo-ainda-pode-fazer-para-manter-o-aquecimento-global-abaixo-de-15-degrees-cWRI Brasil
O MVRDV e a Orange Architects estão colaborando no projeto NUVO, um novo complexo de uso misto que será construído na capital da Ucrânia. A equipe de arquitetos revelou o design de três dos edifícios que farão parte do projeto. Comissionado pela Kovalska, o projeto está sendo retomado após ser interrompido devido à guerra na Ucrânia. As duas empresas estão trabalhando juntas para aprimorar o plano diretor que foi iniciado pela APA Wojcehowski Architects.
A prática do upcycling, predominante em setores da moda à construção, não só revitaliza itens descartados, acrescentando valor e função, mas também contribui para transformá-los em recursos valiosos. Adotar o espírito da economia circular, aproveitando resíduos agrícolas, como espigas de milho, palha de arroz e bagaço de cana-de-açúcar para materiais de construção marca uma mudança fundamental em direção a práticas sustentáveis, promovendo um sistema de circuito fechado que minimiza os resíduos e otimiza a eficiência dos recursos.
CornWall®, desenvolvido pela Stone Cycling, surge como uma inovação pioneira neste sentido. Inspirado na mudança imperativa para uma economia de base biológica, incorpora uma solução transformadora que aborda as preocupações prementes do impacto ambiental da indústria da construção. Conversamos com Ward Massa, um visionário da Stone Cycling, sobre este material. Trata-se de um material de acabamento de paredes fabricado a partir de biomassa vegetal, obtida principalmente a partir dos núcleos das espigas de milho de origem regional. Estes resíduos orgânicos estão amplamente disponíveis e destinam-se normalmente à fermentação, à queima como biomassa ou a tornarem-se simples resíduos orgânicos.
No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
Neste episódio da sexta temporada, Sara conversa com os arquitetos Matilde Cabral e Francisco Adão da Fonseca, do escritório Pedrêz, sobre a prática experimental do estúdio. Ouça a conversa e leia parte da entrevista a seguir.
Em busca de explorar novos materiais e métodos para uma construção mais sustentável, a Henning Larsen inaugura a exposição "Changing our Footprint" no Centro de Arquitetura Dinamarquês em Copenhague. Aberta de 17 de novembro de 2023 a 3 de março de 2024, a mostra busca apresentar ideias para uma arquitetura mais favorável ao clima e iniciar diálogos sobre o papel da arquitetura e construção na mitigação das mudanças climáticas. Esta é a segunda edição da exposição, sendo que a primeira aconteceu no Fórum de Arquitetura Aedes, em Berlim, no início deste ano.
Inundações recentes causaram estragos na Líbia, danificando infraestruturas importantes e tirando a vida de mais de seis mil pessoas. Incêndios florestais no Canadá queimaram 18,5 milhões de hectares, uma área equivalente ao tamanho da Síria. Setembro de 2023 registrou recordes de calor surpreendentes que alarmaram os cientistas climáticos.
Os eventos registrados ao longo dos últimos meses reforçam a urgência de os países corrigirem o rumo na luta contra as mudanças climáticas. A próxima conferência climática da ONU (COP28), que acontece em Dubai, é uma ótima oportunidade para isso.
As casas de campo normalmente ocupam zonas mais remotas. Sendo assim, traçam estratégias para uma implantação que respeita o contexto para criar um diálogo com a paisagem, mas também para trazer mais conforto térmico e iluminação natural. Na maioria das vezes, estas soluções trazem estratégias passivas que, junto da escolha dos materiais e técnicas construtivas, podem brindar um projeto ainda mais sustentável. A seguir, conheça dez residências brasileiras que servem de exemplo para esse tema.
A emergência climática manifesta-se nas cidades brasileiras de diversas maneiras: enchentes no Sul, ressacas no Rio de Janeiro, tempestades em São Paulo causando apagões, fumaça de queimadas em Manaus, seca nos rios da Amazônia e ondas de calor no Centro-Oeste. Nesse sentido, é crucial integrar a luta contra as mudanças climáticas no planejamento público.
https://www.archdaily.com.br/br/1009631/e-book-gratuito-ensina-como-usar-solucoes-baseadas-na-natureza-em-projetos-urbanosArchDaily Team
Entre os dias 23 e 25 de novembro, o ‘Conexão SP/Amazônia: Ação pelo clima’ vai promover seminário de comunicação, arte e urbanismo climático, incluindo oficinas, debates, palestras e exposições gratuitas, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP). Encerrando a agenda, haverá uma intervenção artística na lateral externa do Anexo do CCBB até 25 de dezembro.
Idealizado pelo Novo Acordo Verde, o NAVE e pela plataforma Fervura, o ‘Conexão SP/Amazônia: Ação pelo clima’ usa a linguagem artística e a ocupação do espaço público urbano, estrategicamente, como ferramenta para amplificar a informação e aproximar o público geral de temas como a crise climática e a construção de soluções necessárias para a humanidade e o meio ambiente superar esse que é o maior desafio da história.
A Fundação Holcim para Construção Sustentável revelou os projetos vencedores da competição Holcim Awards 2023, assim como os prêmios de prata, bronze e menção honrosa, em uma cerimônia realizada em 18 de novembro em Veneza, Itália. Avaliados por um júri composto por cinco painéis de especialistas independentes de todo o mundo, esses projetos foram escolhidos por destacar abordagens contextuais e práticas para a construção sustentável, mostrando diversidade em termos de escalas, orçamentos, geografias e formas. Houve também a participação de Francis Kéré, vencedor do Holcim Gold Global em 2012 e laureado com o Prêmio Pritzker de Arquitetura em 2022, que subiu ao palco para falar sobre a influência do Holcim Award em sua carreira.
O estúdio de Design e Arquitetura DnA recebeu o prêmio de ouro na região da Ásia-Pacífico por um projeto de reuso adaptativo de um edifício histórico, enquanto Husos, Elii, e Ultrazul venceram na Europa com um processo de co-design para a reabilitação de um edifício industrial. Na América Latina, Cano Vera Arquitectura foi eleito pelo projeto de um bosque urbano e um complexo de infraestrutura social, e na região do Oriente Médio e África, Juergen Strohmayer e Glenn DeRoché foram selecionados por uma cooperativa de empoderamento juvenil e turismo responsável. Na América do Norte, a Partisans Architects e a Well-Grounded Real Estate conquistaram o primeiro prêmio com uma solução de habitação modular de alta tecnologia e baixo custo.
Há indícios de que palha e junco foram utilizados na construção há mais de 10 mil anos. Desde então, a revolução industrial mudou completamente as práticas de construção, introduzindo a produção em massa de aço, vidro e, não menos importante, de concreto.
Evento internacional da construção sustentável tratará de temas que também estarão na COP-28
Com inscrições gratuitas, Conferência do Green Building Brasil começa no dia 28 e espera mais de 10 mil participantes
O maior evento da construção sustentável já está com inscrições abertas, gratuitas. A Conferência Internacional Greenbuilding Brasil vai acontecer num momento em que o movimento de edificações verdes bate recordes no País. O número de edificações certificadas pelo GBC Brasil, que cresceu 37% em 2022, deve encerrar 2023 com uma elevação ainda maior. O evento ocorrerá de 28 de novembro até o dia 12 de dezembro, praticamente coincidindo com a