As fachadas são o cartão de visitas de toda construção, é quando os visitantes constroem as primeiras impressões do ambiente que estão adentrando. Elas são também parte da construção que mais fica exposta à ação do tempo e da poluição das ruas, exigindo manutenção periódica. Neste texto trazemos dicas que podem ajudar na hora de reformar a frente de sua casa.
Durante o ano passado, as práticas estabelecidas continuaram a defender a transformação das estruturas existentes, com a reutilização adaptativa e os retrofits cada vez mais se tornando um aspecto definidor da arquitetura contemporânea. Desde a renovação de estruturas históricas até a reutilização adaptativa de instalações obsoletas, a ideia de dar uma vida nova às construções existentes foi adotada como premissa para uma prática mais sustentável, mas também para reforçar a identidade urbana e cultural das cidades. Descubra oito projetos e obras recentemente concluídas que mostram uma nova prática comum de reutilização dos edifícios existentes.
O Conselho Internacional da Construção (CIB) aponta que o setor de construção é o que mais consome recursos naturais. Para minimizar os impactos ambientais surge então o conceito de construção sustentável, onde se busca técnicas que garantem maior eficiência e responsabilidade do início ao fim da obra.
A primeira coisa a se observar é a posição dos ambientes, cada cômodo tem um local ideal para ser construído, de acordo com o clima local. “A disposição dos ambientes em uma residência pode criar condições prévias de conforto ou desconforto. Cabe ao projeto arquitetônico, por intermédio da organização da planta, assegurar o grau adequado de insolação e ventilação natural para cada ambiente”, afirma o texto da cartilha gratuita de reformas sustentáveis disponibilizada pelo Ministério do Meio Ambiente.
O escritório paulistano Hiperstudio foi eleito vencedor do concurso nacional de requalificação do Senac de Belo Horizonte, promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. Com um projeto que aposta na qualidade espacial do térreo, caracterizado pela presença de pilotis, o estúdio convenceu o júri, que buscava propostas que soubessem "dialogar com os contextos histórico e cultural nos quais a unidade está inserida, respeitando a configuração espacial urbana e arquitetônica do hipercentro de Belo Horizonte."
Embora a multidisciplinaridade seja uma das mais interessantes virtudes da formação dos arquitetos e urbanistas, ela pode se confundir com certa imprecisão e desvios a respeito da apreensão das possibilidades práticas da profissão quando interpretada de forma genérica. Vez ou outra, é importante reiterar as particularidades do grande leque que a palavra "projeto" supõe ao campo, já que são elas que produzem tipos de conhecimento específicos e nichos que podem e devem ser ocupados pelos arquitetos.
BIM (Building Information Modeling) é uma sigla cada vez mais usual entre os arquitetos. A maioria dos escritórios e profissionais já vem migrando ou planeja mudar para esse sistema, que representa digitalmente as características físicas e funcionais de uma edificação, integrando diversas informações sobre todos os componentes presentes em um projeto. Através dos softwares BIM é possível criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, o que proporciona maior controle de custos, eficiência na obra. Também há possibilidade simular o edifício, entendendo seu comportamento antes do início da construção, e seu respectivo suporte ao projeto ao longo de suas fases, inclusive após construído ou na sua desmontagem e demolição.
A renomada casa de leilões Sotheby's divulgou o projeto de expansão de sua sede em Nova Iorque, concebido pelo OMA e Shohei Shigematsu. A proposta inclui novas e amplas galerias de exposições para belas artes, objetos preciosos e artigos de luxo. Com 40 galerias de variadas dimensões, divididas em quatro pavimentos, o novo projeto aumenta em quase 50% a área total da sede, que passará a ter 8.300 metros quadrados.
Nove galerias são destinadas a vendas privadas para pequenos objetos dedicados, como relógios e jóias. Três espaços de pé-direito duplo serão reservados a exibições, juntamente com um espaço de 50 metros de comprimento para coleções completas, segundo o The New York Times.
Recorrentemente, vemos que arquitetos optam por fachadas translúcidas para resolver as envoltórias de seus edifícios, promovendo a entrada de uma grande quantidade de luz natural controlada durante o dia. Ao mesmo tempo, quando acendem as luzes durante a noite, muitos desses projetos são notados no meio da escuridão, aparecendo como lanternas ou faróis para seus bairros e comunidades. Estando expostos a mudanças de condições - dia ou noite - é necessário estudar detalhadamente a orientação e a localização do edifício, as pré-existências do contexto e a configuração dos espaços interiores, o que nos leva a escolher necessariamente o material adequado.
Apresentamos um sistema autoportante de painéis de vidro que permite construir este tipo de fachadas sem interrupções - do chão ao teto -, com quadros mínimos e cores, texturas e performances térmicas e acústicas diferentes.
No terceiro distrito da cidade francesa de Lyon, teve início a construção do Lyon Part-Dieu, um projeto desenhado por MVRDV que busca transformar o principal centro comercial da cidade. Com um fechamento de vidro parcialmente transparente e uma cobertura-jardim pública, o projeto revitalizará e integrará o que antes era um complexo introvertido construído em uma época dominada pelo automóvel.
Com 166 mil metros quadrados, o Lyon Part-Dieu é o maior centro comercial da Europa, construído em 1975. Para melhorar o complexo existente, o projeto do MVRDV se coloca como uma intervenção contemporânea na antiga fachada e uma reorganização do programa interno.
https://www.archdaily.com.br/br/890999/projeto-de-remodelacao-do-mvrdv-para-o-maior-shopping-urbano-da-europa-comeca-a-ser-construidoNiall Patrick Walsh
O projeto de iluminação linear de David Svensson, proposto no espaço público da Estação de Odenplan em Estocolmo, é uma obra de arte que aborda o ritmo da vida da cidade.
O projeto, uma peça de iluminação suspensa, construída por perfis metálicos e um forro onde se projeta a luz quente e branca de uma série de fitas de LED, busca representar a linguagem visual básica de uma linha.
ZeroHouse pretende estabelecer uma nova referência para a adaptação sustentável. Image Cortesia de Snøhetta/Plompmozes
Como parte de um esforço global e interdisciplinar para combater as mudanças climáticas, os arquitetos estão dedicando recursos para otimizar a eficiência energética de edifícios antigos e novos. Este esforço é mais do que justificado, uma vez que os edifícios representam quase 40% das emissões do Reino Unido e dos EUA. Embora a sustentabilidade seja agora uma marca registrada de muitos novos projetos arquitetônicos, a ineficiência energética das estruturas dos séculos XVIII e XIX ainda contribui para as emissões globais de carbono em uma grande escala.
Para enfrentar o desafio da adaptação inteligente dos edifícios existentes, o Harvard Center for Green Buildings (CGBC) da Harvard University Graduate School of Design, em colaboração com Snøhetta e a Skanska Technology, está adaptando a sede do CGBC em uma fábrica de estrutura de madeira anterior a 1940, com o objetivo de criar um dos edifícios sustentáveis mais ambiciosos do mundo. HouseZero é conduzido por metas de desempenho intransigentes, como ventilação 100% natural, 100% de autonomia de luz natural e quase zero energia necessária para aquecimento e resfriamento. O resultado será um protótipo de ultra-eficiência, reduzindo a dependência de tecnologia intensiva em energia, criando simultaneamente um confortável ambiente interno.
Estudio Guto Requena has designed a new façade, which also doubles as an urban art intervention, for the Hotel WZ Jardins in São Paulo. Dubbed “The Light Creature,” the 30-story facade is visible both during the day and at night, changing to interact with its surroundings and responding to stimuli like air quality and sound. During the day the façade has a pixilated blue, gray and gold skin that serves as “a visual reflection of the soundscape of São Paulo’s iconic Avenida Rebouças,” and at night it is illuminated by interactive light patterns.
Learn more about The Light Creature after the break.