Habitantes das grandes cidades, tendemos a ser arrastados para um estilo de vida acelerado. Rodeados de edifícios e infraestruturas de grande porte, podemos facilmente perder de vista os espaços fundamentais que nos conectam ao nosso bairro e nos proporcionam raros momentos de tranquilidade e lazer. A apropriação do meio ambiente que habitamos torna-se uma circunstância incomum.
Em cidades onde os espaços públicos são frequentemente esquecidos ou mal utilizados, a necessidade de estruturas adequadas à escala humana é fundamental. Para promover a participação cívica, recreação, socialização e tornar a cidade mais habitável e agradável para seus cidadãos, um recurso barato e rápido tem sido a criação de pavilhões ou instalações – microarquiteturas que oferecem a possibilidade de uma rápida fuga do cotidiano urbano.
Expo Drone Shot - Sustainability Pavilion by Grimshaw Architects. Image Courtesy of Expo 2020 Dubai
Falta apenas um ano para a Expo 2020 Dubai. Um dos mais esperados eventos do calendário da arquitetura, inicialmente programado para ser inaugurado neste ano, teve de ser adiado por razões já muito evidentes. Recentemente, com o intuito de promover o adiamento do evento para o ano de 2021, a comissão organizadora revelou uma série de novas imagens do canteiro de obras em Dubai. Ao longo deste largo e confuso ano, apenas as obras de paisagismo e dos principais edifícios da Expo foram concluídas. Ainda assim, a construção dos 192 pavilhões nacionais não será deixada para a ultima hora, e a previsão é que tudo esteja concluído até o final deste ano.
O campo da arquitetura tem o potencial de, por meio do espaço construído, impactar as relações humanas em uma infinidade de maneiras. No caso particular dos projetos de pequena escala, o desafio de lidar com a mediação entre o espaço e as pessoas é aliado àquele de transpor a espaços reduzidos ideias capazes de impulsionar seu uso pelas pessoas.
Frequentemente, a arquitetura é definida por sua capacidade de permanência. Embora os trabalhos mais celebrados de nossa disciplina sejam usualmente aqueles construídos para durar, há uma certa beleza e valor inerente à impermanência. Mais além do que apenas edifícios convencionais e considerando os impactos ambientais e sociais da construção civil, estruturas temporárias têm o potencial de transcender os limites da própria arquitetura, sendo considerados, muitas vezes, obras de arte.
A arquitetura pop-up se aproveita de pequenos espaços para criar experiências intimistas. Como estruturas temporárias e nômades, pavilhões pop-ups não são novidade no mundo da arquitetura, remontando à antiguidade quando era utilizadas durante diversos tipos de festivais. Levando a arquitetura para além de seus limites, estruturas temporárias têm como principal objetivo chamar à atenção do público, divulgando identidades, marcas e/ou produtos em contextos muito especiais. Atualmente, esta abordagem está se transformando em algo mais do que apenas intervenções efêmeras, influenciando decisivamente a maneira como pensamos e concebemos nossos edifícios.
As Exposições Internacionais têm sua origem no século XIX, quando em Londres (1851), sob o título de Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de Todas as Nações, reuniu-se um conjunto de produtos manufaturados de diversas nações em um esforço de servir de vitrine para os avanços da técnica e, mais tarde, da indústria, em um momento de conjunção e compartilhamento das iniciativas das várias partes do mundo.
Criado pelo Studio Studio Studio, o novo laboratório interdisciplinar fundado por Edoardo Tresoldi, o Gharfa é um pavilhão localizado em Riyadh, na Arábia Saudita. A instalação experimental faz parte do projeto criativo temporário Diriyah Oasis, desenhado e com curadoria do estúdio Designlab Experience, com sede em Dubai.
O pavilhão Gife foi idealizado como suporte expográfico para a Mostra Gife, em cartaz no CCSP em setembro deste ano. A solução deveria considerar, além da montagem no Centro Cultural, a possibilidade de itinerância em diferentes configurações que se adequassem aos novos lugares, ainda incertos à época do projeto. Ao mesmo tempo, deveria estar muito bem inserida no contexto do CCSP.
https://www.archdaily.com.br/br/930404/goma-oficina-explora-flexibilidade-e-translucidez-com-pavilhao-gifeEquipe ArchDaily Brasil
A entrevista de Per Kirkeby: "construímos sobre ruínas", publicada no Louisiana Channel, não apenas apresenta as telas coloridas do pintor, escultor, cineasta e escritor dinamarquês, mas também, como o título sugere, reflete sobre a importância de observar o ambiente e o contexto. Pensamento que parece consolidado em seus pavilhões públicos de tijolo, onde algo simples e, às vezes, útil, deixa de lado conceitos inacessíveis para render homenagem ao lugar onde se inserem.
O OMA divulgou o projeto do KUBE, uma instalação localizada em frente à entrada do K11 MUSEA, na orla de Hong Kong. A instalação multifuncional cria um marco urbano em meio ao denso horizonte da cidade através de uma geometria muito simples e envolvente.
Existe algo de instigante na maneira em que o ar, matéria extremamente fugaz e invisível, pode modelar as mais variadas formas. Essa fascinação está presente no nosso imaginário desde que somos crianças, quando somos atraídos pela leveza, cores, ludicidade e variedade dos balões infláveis.
Cortesia de CRA-Carlo Ratti Associati e Italo Rota Building Office, com matteogatto&associati e F&M Ingegneria
A Carlo Ratti Associati acaba de apresentar os últimos detalhes do projeto para o Pavilhão Italiano na Expo Dubai 2020, projetado em colaboração com Italo Rota, Matteo Gatto e a empresa de engenharia F&M Ingegneria. Desenvolvido em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores da Itália e dos Emirados Árabes Unidos, o projeto do pavilhão italiano é uma metáfora da longa viagem do país da bota para a cidade sede da Expo 2020.
Forêt Monumentale é uma exposição sustentável de arte e arquitetura que recebe obras e pavilhões site-specific temporários, concebidos para a região de floresta que cerca a cidade de Rouen, no norte da França.
Em celebração aos 65 anos do Parque Ibirapuera, a Fundação Bienal de São Paulo convida o público a conhecer o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, projetado por Oscar Niemeyer, através do programa Pavilhão aberto.