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Materials: O mais recente de arquitetura e notícia

Espelhos de grandes dimensões: a ilusão de espaços mais amplos e iluminados

Seres humanos sempre foram fascinados por reflexões. Embora eles não sejam mais do que a luz que retorna após atingir uma superfície, sempre haverá algo místico e fascinante nelas - seja um lago espelhando uma bela paisagem ou um pequeno espelho de mão, refletindo nosso rosto. Isso explica por que algumas culturas antigas consideravam os espelhos objetos sagrados com poderes mágicos, enquanto outras as associaram a portais que levavam a um mundo desconhecido. Desde então, os espelhos evoluíram para adotar muitas funções valiosas indispensáveis na vida cotidiana, sendo encontradas em carros, equipamentos médicos e, é claro, em inúmeras aplicações arquitetônicas, especialmente em interiores. Experimentar com a reflexão e a percepção do espaço tornou-se uma maneira fácil de arquitetos, designers e proprietários de imóveis transformarem qualquer sala. E, ao procurar maximizar esse impacto, o poder de espelhos excepcionalmente grandes é incomparável. Afinal, quanto maior o espelho, maior o impacto.

Ecocapitalismo e arquitetura: materiais e tecnologias a favor do meio ambiente

Houve um tempo em que os edifícios queriam ser montanhas, os telhados queriam ser florestas, os pilares queriam ser árvores. Enquanto o mundo começava a entrar em estado de alerta com os derretimentos das geleiras e o consequente aumento da temperatura terrestre, a arquitetura – desde uma perspectiva geral – estava preocupada em imitar a forma da natureza. Uma aproximação de “ecossistemas” feitos pelo homem vista por muitos como figurativa e decorativa, estando a serviço de imagens comercializáveis de um “desenvolvimento sustentável”.

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Pesquisadores de Londres desenvolvem concreto neutro em carbono

Um protótipo de concreto neutro em carbono acaba de ganhar o Prêmio Obel 2022. A solução busca amenizar o impacto ambiental da construção civil, cujo setor é responsável por 38% de todas as emissões de CO2 relacionadas à energia, segundo relatório da ONU.

Apelidado de Seratech, o material foi desenvolvido por dois estudantes de doutorado do Imperial College London, Sam Draper e Barney Shanks. Eles descobriram uma maneira simples de eliminar a pegada de CO₂ do concreto: substituir parte do teor de cimento do concreto por um tipo de sílica criada com dióxido de carbono (CO₂) absorvido de chaminés das fábricas.

A ciência por trás da resiliência da arquitetura feita com terra

A arquitetura feita com terra passou no teste do tempo: resiste a desastres naturais como furacões e terremotos devido às propriedades estruturais da terra. É uma história antiga que continua a ser contada através de estruturas que resistiram ao tempo. As técnicas indígenas de construção com terra foram pioneiras em muitas civilizações antigas de todo o mundo. As comunidades originalmente construíram abrigos de terra, o material mais acessível a elas, e ensinavam suas técnicas de construção de geração em geração. A arquitetura feita com terra evoluiu buscando compreender cuidadosamente a geografia e as especificidades do lugar onde está inserida. Com práticas aperfeiçoadas ao longo das gerações, é fascinante vê-la mantendo-se resiliente em meio às adversidades.

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Como usar a cor para acentuar os projetos de arquitetura

Ao organizar os elementos, materiais e cores de um layout arquitetônico, os arquitetos podem guiar com sucesso os usuários através de uma sala e seus diferentes espaços, criando um fluxo intuitivo e adequado para aqueles que a habitam. Ao explorar estratégias inovadoras para criar novas maneiras de organizar um espaço, a arquitetura pode usar a cor para intensificar certos aspectos de um projeto. O uso da cor em um projeto de arquitetura combina diferentes fatores além das preferências estéticas, afetando também as emoções e o comportamento do usuário. Antes de iniciar a seleção de cores, o processo de design implica certa tomada de decisão, como quais elementos arquitetônicos devem ser destacados, se houver uma zonificação ou divisão de espaços dentro do uso de cores, a criação de pontos focais e a consideração de como cada cor está associada a um determinado humor.

Através de cinco projetos de arquitetura, o artigo a seguir analisa como a cor é aplicada como uma estratégia de design para definir espaços através de três categorias: estrutura, elementos e objetos e definição de espaços.

'Incluir a cor em certos lugares tem o grande valor de fazer os contornos e os planos estruturais parecem mais enérgicos' - Antoni Gaudi

Materiais ecológicos: rumo a uma nova economia

Os materiais de construção mais primitivos do mundo estão sendo usados para criar os edifícios mais avançados. À luz das crises ambientais, os arquitetos estão concentrando seus esforços em projetar ambientes melhores para as pessoas e o planeta. Os resultados podem muitas vezes parecer “greenwashing”, deixando de abordar a raiz do dano ecológico. A arquitetura ambientalmente responsável deve ter como objetivo não reverter os efeitos da crise ecológica, mas instigar uma revolução nos edifícios e na forma como os habitamos. Ensaios do livro The Art of Earth Architecture: Past, Present, Future preveem uma mudança que será um salto filosófico, moral, tecnológico e político para um futuro de resiliência ambiental.

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Mulheres arquitetas e suas estratégias materiais: Bo Bardi, Merrick & Hadid

Embora exista mais equilíbrio entre o número de mulheres e homens na arquitetura atualmente, a paisagem era bem diferente há algumas décadas. As mulheres pioneiras arquitetas tiveram que resistir em uma profissão dominada por homens e enfrentaram ceticismo em contextos desafiadores, como os próprios canteiros de obra. Zaha Hadid comentou sobre a dificuldade de inclusão no que chamou de "Boys Club", listando as dificuldades em chegar a acordos ou criar parcerias. Lina Bo Bardi, por sua vez, usou sua forte personalidade para superar o machismo de seu tempo. Embora com essas dificuldades, algumas mulheres sempre encontraram uma maneira de se destacar e trazer contribuições inestimáveis à profissão.

Em diversas ocasiões, lembramos de arquitetos famosos e suas descobertas materiais ao longo do tempo. Mas que tal reconhecer as contribuições das mulheres para a disciplina? Discutir suas explorações materiais pioneiras é essencial para entender seu papel nos projetos. Com uma análise do trabalho das conhecidas arquitetas Lina Bo Bardi, Norma Merrick Sklarek e Zaha Hadid - que introduziram técnicas inovadoras e tendências materiais - a discussão a seguir traz à luz como as ideias das mulheres influenciaram o desenvolvimento da arquitetura. Identificar suas abordagens sobre como gerenciar estruturas e materiais ajuda a entender a personalidade de seu trabalho e como implementar estratégias semelhantes no futuro.

O que é arquitetura “cradle to cradle”?

O termo “cradle to cradle” foi cunhado pelo arquiteto estadunidense William McDonough e pelo engenheiro químico alemão Michael Braungart em seu livro-manifesto Cradle to Cradle: Remaking the Way We Make Things, lançado em 2002. Trata-se de uma teoria que não é meramente arquitetônica, mas se aplica em qualquer produto, promovendo uma abordagem biológica à fabricação na qual os componentes são considerados nutrientes em um “metabolismo saudável”.

Ladrilhos hidráulicos modernistas: um dos grandes tesouros de Barcelona

Refletindo sobre como serão os materiais do futuro, falaremos de um material que está em alta em Barcelona e que talvez nos leve a responder essa questão sugerindo que, como sempre acontece, tudo volta.

Os ladrilhos hidráulicos há alguns anos voltaram a ser tendência, despertando interesse pelo seu alto valor artesanal e pelos seus diversos desenhos, perfeitos para combinar ambientes tradicionais com detalhes de vanguarda.

Natureza e tecnologia: paredes que podem cultivar plantas

A relação da arquitetura com a natureza é complexa. Se, por um lado, buscamos paisagens naturais para emoldurar, por outro, tentamos a todo custo evitar patologias causadas pela presença de raízes e folhas em nossas paredes e estruturas. Ao mesmo tempo que lançamos mão de tetos verdes, jardins verticais e floreiras para aproximar as cidades da vegetação e melhorar o conforto das pessoas, nos conformamos em construir edifícios com materiais completamente dissociados da fauna e flora. Ainda que a revolução com os biomateriais e novas tecnologias esteja mudando isso aos poucos, devemos nos perguntar se as estruturas e edifícios precisam necessariamente estar separados da natureza em que se apoiam. Foi essa dúvida que motivou os pesquisadores da Universidade da Virginia (UVA) a desenvolverem estruturas geometricamente complexas impressas em 3D feitas de solo, onde as plantas pudessem crescer livremente.

Transformando edifícios existentes em residências através da inovação com materiais

Considerando o tempo, a energia e o impacto ambiental de um processo de construção, a arquitetura deve explorar diferentes metodologias que funcionam com o ambiente construído existente. Por exemplo: Como dar vida a um edifício esquecido? A reutilização adaptativa oferece novas oportunidades a edifícios abandonados, seguindo a ideia de que a boa arquitetura deve ser durável, inovadora e reciclável.

Os arquitetos não devem projetar apenas para o presente, mas também devem pensar em como adaptar os edifícios para o futuro. Em vista da situação atual do mundo em relação à crise climática e aos recursos naturais disponíveis, a reutilização adaptativa explora estratégias para a sustentabilidade e a inovação projetual, trabalhando para reduzir o consumo de energia, com menos emissão de carbono e impacto social positivo.