Quando consideramos o contexto das cidades, ao mesmo tempo que a violência urbana é um reflexo dos problemas e das desigualdades sociais, ela também reflete no território e na nossa forma de viver. Em outubro, no dia 2, foi celebrado o Dia Internacional da Não-Violência – inspirado nisso, destacamos aqui uma série de projetos para refletir sobre formas não-violentas de ocupar os espaços públicos.
As casas são as construções mais intimistas que nós arquitetos podemos pensar em projetar. Não à toa, os conceitos de intimidade, segurança e privacidade são comuns quando pensamos na arquitetura residencial. Ao mesmo tempo, assim como toda arquitetura, as casas estão, obrigatoriamente, inseridas em um contexto, um entorno com o qual essas construções precisam se relacionar. São muitas as formas de se fazer isso, principalmente em tecidos urbanos altamente adensados, como é o caso de muitas cidades brasileiras.
Bryant Park en Nueva York. Imagen de ymgerman. . Image via Shutterstock
Um dos maiores desafios que o planejamento urbano encontra hoje é como prever e sistematizar o inevitável crescimento de uma cidade. Os anos se passam e as grandes cidades continuam expandindo suas fronteiras em direção à periferia, e de fato, estima-se que 70% de todos os habitantes do planeta deverão estar vivendo em cidades até o ano de 2050. Neste contexto, como poderíamos construir cidades mais sustentáveis, saudáveis e equitativas para enfrentarmos os desafios do futuro?
Trabalhando em parceria com a Ernst&Young em um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2018, o escritório Carlo Ratti Associati (CRA) divulgou detalhes de sua mais recente empreitada, um arrojado projeto de expansão urbana para a cidade de Brasília que reinterpreta as superquadras e o plano diretor modernista concebido por Lúcio Costa em um “novo distrito de inovação e tecnologia imerso em natureza”.
Por definição, “espaço público” é uma terminologia que aborda a noção de propriedade da terra, sugerindo que esse não pertence a ninguém em particular, mas ao próprio estado e portanto, a todos e cada um de nós. Isso significa que a manutenção destes espaços é uma obrigação que recai sobre as administrações públicas, seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Abertos, gratuitos e acessíveis, espaços públicos encontram a sua relevância não apenas em suas definições legais, mas principalmente quando assumem um papel ativo em direção à mudança.
Espaços públicos são lugares de protestos e manifestações – poderosas ferramentas de expressão social e transformação política. Desde a marcha em Washington por melhores oportunidades e liberdade de expressão em 1963, passando pela Primavera Árabe em 2010 até a mais recente onda mundial de manifestações em defesa da vida e contra toda forma de discriminação racial, historicamente, espaços públicos operam como uma importante ferramenta de transformação social. Em momentos como esse, enquanto ainda precisamos “ir às ruas” para lutar por nossos direitos, para nos fazer ouvir e sermos vistos, os espaços públicos finalmente voltam à estar no centro das atenções – lançando uma nova luz sobre o seu importante papel na construção da identidade coletiva e como ferramenta de expressão social.
O escritório HUA HUA Architects imaginou uma proposta que busca reconciliar as pessoas e os espaços públicos, após o COVID-19. O programa Zona Gastronômica Segura visa despertar empreendimentos gastronômicos estagnados, regulando a alimentação em ambientes externos e garantindo as medidas de distanciamento social necessárias. O primeiro protótipo já foi instalado nas ruas de Brno, na República Tcheca.
Vislumbrando a instauração da “nova” normalidade, a prefeitura da cidade de Milão acaba de apresentar o projeto Strade Aperte ou “Ruas Abertas”, uma inciativa que procura favorecer os pedestres e ciclistas em detrimento dos veículos motorizados no centro da capital lombarda. Buscando desincentivar o uso do carro, a região da Lombardia irá transformar mais de 35 quilômetros de vias urbanas na cidade durante todo o verão, incentivando a retomada após meses de lockdown provocado por conta da luta contra o surto de coronavírus, incentivando a sociabilidade e caminhabilidade do espaço urbano.
Usado na Cidade do México e em Reno, EUA, o Streetmix permite que os usuários experimentem e participem do desenho de suas ruas. A abordagem bottom-up é o elemento essencial desta ferramenta participativa que permite incluir todos na tomada de decisões, mesmo pessoas sem conhecimento técnico específico.
O Concurso "Se essa rua fosse minha...", promovido pela Minimum, é para estudantes e recém-formados em Arquitetura e Urbanismo.
Nesse concurso, juntamente com a Hub Prática Criativa, a Minimum traz uma rua de Porto Alegre como desafio aos participantes. A revitalização da Avenida Agostini, localizada na zona do 4º Distrito, é o objeto de estudo.
Os participantes devem criar espaços e momentos que servissem de exemplo à cidade no que diz respeito à sua arquitetura.
Durante a confecção dos projetos, todas as características da Rua devem ser levadas em consideração. As propostas devem ser consistentes e abranger características como infraestrutura, segurança e
Você já ouviu falar do termo Arquitetura hostil? Cunhado em junho de 2014 pelo repórter Ben Quinn no jornal britânico The Guardian, a matéria originalmente intitulada Anti-homeless spikes are part of a wider phenomenon of 'hostile Architecture(As pontas de ferro anti-desabrigados são parte de um fenômeno mais amplo conhecido como "arquitetura hostil") [1] surpreendeu cidadãos de todo o mundo que passaram a notar em seus contextos as práticas listadas por Quinn. Ali ele discorreu sobre como o desenho urbano têm influenciado o comportamento e o convívio, criticando como a abordagem ao mesmo tem buscado excluir moradores em situação de rua dos centros urbanos.
https://www.archdaily.com.br/br/888722/arquitetura-hostil-a-cidade-e-para-todosEduardo Souza e Matheus Pereira
Mais de mil metros acima do nível do mar nas encostas da serra de Alborz em Gilan, no norte do Irã, uma vila que remonta a 1006 DC agita-se com a vida. As estruturas castanho-ocre de Masuleh seguem o declive da montanha em que a vila se implanta - ou melhor, brota - dando à aldeia a sua qualidade mais incomum: os telhados de muitas casas se conectam diretamente ou formam parte da rua servindo às casas acima.
O IVM Brasil - Instituto Cidade em Movimento convida para o evento "CineRua: lugar e passagens". Ocupação efêmera de um estacionamento, transformando-o em cinema a céu aberto. Local para encontro de pessoas, não de carros!
Qual a diferença entre uma "estrada", uma "rodovia" e uma "via"? Ou entre uma "rua", um "bulevar" e uma "avenida"? As convenções de nomenclatura atribuídas à rede que usamos pra nos mover são, na realidade, um pouco mais complexas do que se poderia imaginar. Neste vídeo de Phil Edwards para a Vox, o intricado mundo da classificação e definição de vias é explicado -- e isso pode lhe ajudar a pensar mais a fundo sobre a mobilidade urbana.
https://www.archdaily.com.br/br/800645/qual-a-diferenca-entre-uma-estrada-uma-rua-e-uma-avenidaAD Editorial Team
Qual seria o fim da cidade, o fim do centro, o fim da rua?
A primeira edicão do FIM DA RUA será realizada dias 24, 25, 26 e 29 de outubro na Casanita e o tema será o centro da cidade!
O evento é um total de quatro encontros, sendo um deles uma caminhada fotográfica, todos com até 25 participantes.
No primeiro encontro um mesa sobre história e arquitetura. No segundo, três experiências de empreender no centro e no terceiro o tema é a arte no centro.
Saint Etienne é uma cidade industrial francesa que está passando por um período de regeneração através da arte. Neste contexto, um dos artistas que é, em parte, responsável por isso é OAKOAK
Este artista, natural da cidade, buscou alterar o aspecto deteriorado das ruas, transformando suas rachaduras – algo que muitos vêm como reflexo do descaso – em cenas inusitadas com personagens e situações diversas, tornando os espaços urbanos mais atraentes.
Centenas de árvores e 500 metros de extensão é o que caracteriza a Rua Gonçalo de Carvalho de Porto Alegre, um “túnel verde” que foi declarado, em 2006, Patrimônio Histórico Cultural, Ecológico e Ambiental da cidade e, como apresentamos há algum tempo, é considerada por alguns como a rua mais bonita do mundo.
Agora, mostraremos uma lista com as 10 ruas mais famosas do mundo, escolhidas pelo site estadunidense Architecture and Design, um blog de arte, arquitetura, design e viagens listado entre os 100 mais influentes do mundo, segundo Technoratic.
A Mostra Paralela tem como principal objetivo ampliar o campo de discussão sobre o que nos dá a condição de vida pública. Nesta edição, especificamente, convidamos os participantes a refletir sobre a Rua e sua relação com vida dos espaços públicos. Como parte do evento, haverá uma série de debates com diferentes pessoas, enriquecendo a discussão.
O principal tipo de espaço público nos Estados Unidos é a rua. Por muito tempo ela se demonstra como o suporte para a economia, servindo de cenário para o intercâmbio e interação entre clientes, comerciantes e empresários. Sob o ponto de vista de que as ruas e as cidades não são estáticas, tampouco completas, e com base de que é na calçada que surge a ideia da criação de valores, estas continuam crescendo como facilitadoras da vida urbana. Como nos rios, estes pontos de contato com a “margem” criam diversas atividades. Portanto, na medida em que nossas ruas recebem carros mais rápidos e maiores, o rio torna-se o caminho para separar a atividade que dá origem às calçadas.