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Desenho inclusivo: O mais recente de arquitetura e notícia

Foster + Partners lança kit de realidade virtual/aumentada para design inclusivo

A equipe de Pesquisa e Desenvolvimento Aplicado da Foster + Partners criou o VARID (Realidade Virtual e Aumentada para Design Inclusivo). Desenvolvido em colaboração com a City (University of London) e o Laboratório PEARL da UCL (University College London), o VARID é um conjunto de ferramentas de design que utiliza tecnologias de realidade virtual e aumentada. Seu objetivo é apoiar acadêmicos, designers e arquitetos na compreensão de como pessoas com deficiência visual percebem o ambiente ao seu redor.

Espaços públicos socialmente justos são cruciais para sociedades prósperas

Uma das instâncias mais radicais de transformação do espaço público aconteceu recentemente. Durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, o espaço público se transformou em "um recurso médico, centro de distribuição, espaço de transbordamento, local de protesto e resistência, academia, centro para idosos, centro comunitário, creche, pátio escolar, boate, via de transporte, restaurante ao ar livre, shopping center, parquinho infantil, teatro aberto, espaço de música, refugio natural e um lugar de pertencimento, de 'sentir-se em casa'".

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Efeito "Curb Cut": como a arquitetura acessível está beneficiando a todos

O tecido de nossas cidades é moldado por milhões de pequenas decisões e adaptações, muitas das quais se tornaram essenciais para nossa experiência. Atualmente, considerados como óbvios, alguns desses elementos foram revolucionários na época de sua implementação. Um desses elementos é o rebaixamento do meio-fio (curb cut), uma pequena rampa que desce a calçada para conectá-la à rua adjacente, permitindo que usuários de cadeiras de rodas e pessoas com deficiências motoras se movam facilmente para dentro e para fora da calçada. Essa adaptação aparentemente pequena provou ser inesperadamente útil para uma gama maior de pessoas, incluindo pais com carrinhos de bebê, ciclistas, trabalhadores de entrega etc. Consequentemente, ela empresta seu nome a um fenômeno mais amplo, o "efeito curb cut", no qual melhorias feitas para uma minoria acabam beneficiando uma população muito maior de maneiras esperadas e inesperadas.

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Como funcionam as superfícies táteis para cegos?

Teoricamente, a arquitetura é uma disciplina multisensorial que envolve texturas, cores, sombras, sons e aromas. No entanto, na prática, a linguagem visual é frequentemente priorizada para explorá-la, limitando-se principalmente à visão para identificar elementos arquitetônicos e navegar autonomamente em ambientes construídos e contextos urbanos. Portanto, é crucial integrar superfícies de pavimentação tátil na arquitetura.

Cegueira e deficiência visual transcendem ser uma condição ou deficiência; elas representam uma forma alternativa de perceber o ambiente ao nosso redor. Nesse sentido, o toque se torna uma linguagem e um guia fundamental para interagir com a arquitetura. De acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Artigo 9), todas as pessoas têm o direito inerente de acessar o ambiente físico em igualdade de condições com as outras.

Como a arquitetura cinética pode melhorar o espaço público?

Os avanços tecnológicos abriram caminho para uma abordagem revolucionária da arquitetura, que envolve responsividade e movimento. Este conceito chamado de "arquitetura cinética" permite que os edifícios se adaptem dinamicamente ao seu ambiente em constante mudança. Hoje em dia, os princípios cinéticos são aplicados para melhorar a sustentabilidade ambiental dos prédios, especialmente por meio das fachadas. No entanto, a arquitetura cinética também tem o potencial de impactar o ambiente construído em outros aspectos. Nos espaços públicos, a arquitetura cinética tem um grande potencial, apresentando oportunidades para torná-los mais acessíveis, inclusivos e amigáveis ao usuário. A introdução de elementos cinéticos nos espaços públicos desafia as suposições tradicionais sobre a arquitetura como um arranjo passivo, inaugurando uma nova era de ambientes urbanos interativos e envolventes.

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5 Maneiras de tornar as casas contemporâneas mais inclusivas

Ao longo da última década a civilização humana tornou-se tão consciente que foi criado até mesmo um novo termo em inglês para ela, "woke" (desperta). E embora esse despertar recém-descoberto derive da busca por destacar o inerente anteriormente ignorado por muitas injustiças e comportamentos raciais, sociais e políticos em nossas vidas, durante o movimento inicial #blacklivesmatter e em tempos mais recentes passou a representar a convocação de todas as formas de injustiça.

O propósito da arquitetura, como afirma o livro The ArchDaily Guide to Good Architecture [O Guia ArchDaily para uma Boa Arquitetura] é 'dar forma aos lugares onde vivemos'. O primeiro capítulo do livro, 'Boa arquitetura é atenciosa' sugere que, para melhorar a qualidade de vida proporcionada por espaços projetados pelo homem, precisamos empregar uma abordagem humana e empática.

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Conheça o plano de reflorestamento de Nova Orleans baseado na equidade

Nova Orleans tem o efeito de ilha de calor urbano mais forte dos EUA, com temperaturas quase 5°C mais altas do que as áreas naturais próximas. A cidade perdeu mais de 200 mil árvores com o furacão Katrina, diminuindo a área sombreada para apenas 18,5%.

A ONG Sustaining Our Urban Landscape (SOUL) fez uma parceria com arquitetos paisagistas da Spackman Mossop Michaels (SMM) para criar um plano de reflorestamento acessível e focado na equidade. O plano fornece um roteiro para alcançar a marca de 24% de área coberta por árvores até 2040. Mais importante, o plano também busca igualar a área sombreada por árvores, de modo que pelo menos 10% de todos os 72 bairros estejam cobertos. Atualmente, mais da metade dos bairros está abaixo da marca de 10%.

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Projetando para pessoas com deficiência física: por espaços mais inclusivos e acessíveis

Mais de 13 milhões de brasileiros são pessoas com deficiência física, os dados apontados pelo Ministério da Saúde apontam que cerca de 6% da população possui algum tipo de comprometimento de mobilidade e da coordenação geral devido a alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano. Projetar ambientes mais inclusivos é uma forma de eliminar barreiras arquitetônicas para incluir toda essa parcela populacional em atividades sociais e culturais. No mês em que se celebra o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física, buscamos combater preconceitos e trazer alternativas de desenho universal como uma ferramenta de mudança para os profissionais de Arquitetura e Urbanismo.

Declaração de San Marino para arquitetura sustentável e inclusiva recebe assinaturas de Norman Foster e Stefano Boeri

Embora as Nações Unidas venham incitando arquitetos, engenheiros e modeladores de cidades a colocar a agenda de 2030 e os ODS em ação, e pesquisas do IPCC tenham revelado intensificação das mudanças climáticas, provocando ampla discussão sobre ações insuficientes, a 83ª sessão da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa - Comitê de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Gerenciamento de Terras da UNECE, que ocorre em San Marino, acaba de emitir uma declaração especial sobre "como construir cidades melhores, com mais segurança, mais inclusão e mais resiliência", à frente da COP27. Este conjunto de “Princípios para Design e Arquitetura Urbana Sustentáveis e Inclusivos”, ou Declaração de San Marino, reuniu as assinaturas de Norman Foster e Stefano Boeri.

Como os novos materiais de construção priorizam a segurança humana e o bem-estar?

Espera-se que até 2050 o rápido esgotamento de matérias-primas deixará o mundo sem areia e aço suficientes para construir concreto. Por outro lado, o custo de construção continua subindo, com um aumento entre 5% e 11% em relação ao ano passado. E em relação ao seu impacto no meio ambiente, a indústria da construção civil ainda responde por 23% da poluição do ar, 50% das mudanças climáticas, 40% da poluição da água potável e 50% dos resíduos de aterros sanitários. Evidentemente, a indústria da construção civil, o meio ambiente e os humanos estão enfrentando vários desafios que são influenciados uns pelos outros, mas é o ser humano que está em maior desvantagem.

Como resposta a desafios globais como mudanças climáticas, discriminação e vulnerabilidade física, designers e engenheiros de todo o mundo desenvolveram materiais de construção inovadores que colocam o bem-estar humano em primeiro lugar em projetos urbanos, de arquitetura e de interiores.

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Canadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa

O Departamento de Patrimônio Nacional do Canadá, ao lado do ministro canadense Pablo Rodriguez, e a ministra das Mulheres e Igualdade de Gênero Marci Ien, assim como o LGBT Purge Fund divulgaram a "Thunderhead" como o conceito vencedor da competição pelo Monumento Nacional LGBTQ2+ de Ottawa. O projeto vitorioso simboliza uma nuvem carregada de trovoadas, que representa a "força, o ativismo e a esperança das comunidades LGBTQ2+, e será um testemunho duradouro à coragem e à humanidade daqueles que foram vítimas das leis homofóbicas e transfóbicas do expurgo LGBT".

Canadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa - Imagem de DestaqueCanadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa - Image 1 of 4Canadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa - Image 2 of 4Canadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa - Image 3 of 4Canadá divulga proposta vencedora o Monumento Nacional LGBTQ2+ em Ottawa - Mais Imagens+ 5

Novos espaços verdes não precisam levar à gentrificação

Décadas de renovação urbana, enraizadas em políticas de planejamento racistas, criaram as condições para que a gentrificação ocorresse nas cidades norte-americanas. Mas a principal preocupação com a gentrificação hoje é o deslocamento, que afeta principalmente as comunidades marginalizadas moldadas por um histórico de acesso negado a hipotecas. Na Conferência ASLA 2021 sobre Arquitetura Paisagística em Nashville, Matthew Williams e o Departamento de Planejamento da Cidade de Detroit, mostraram preocupação de que novos espaços verdes em sua cidade aumentem o valor de mercado das casas e "prejudiquem as comunidades marginalizadas". Entretanto, o investimento em espaços verdes não precisa necessariamente gerar o deslocamento dessas pessoas: se o projetos forem liderados pelas comunidades, podem gerar benefícios para todos.

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HerCity: uma plataforma para cidades sustentáveis, equitativas e inclusivas

A HerCity é uma plataforma digital, criada pela UN-Habitat em parceira com o Laboratório de Idéias Global Utmaning, voltada à promoção da participação e inclusão de jovens mulheres nos processos de planejamento e desenvolvimento urbano de nossas cidades. Disponibilizando ferramentas que possam contribuir para a construção de cidades mais inclusivas e equitativas e delegando às mulheres um maior poder de decisão, a plataforma foi concebida com o principal objetivo de fornecer as ferramentas necessárias para se garantir o estabelecimento de processos de planejamento e desenvolvimento urbano mais inclusivos e atentos às reais demandas de todos os usuários—sem exceções.

Lançada no Dia Internacional da Mulher, no último dia 08 de Março, o guia para o planejamento e desenho urbano da HerCity é um esforço colaborativo desenvolvido entre a UN-Habitat e o Global Utmaning, um laboratório de ideias independente com sede na Suécia. Recentemente, o ArchDaily teve a oportunidade de bater uma papo com as líderes do grupo por trás desta importante iniciativa, durante o qual pudemos conversar sobre o processo de criação e as estratégias definidas pela nova plataforma HerCity.

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ONU-Habitat promove planejamento inclusivo e igualdade de gênero através da tecnologia

A ONU-habitat ou a agência das Nações Unidas para assentamentos humanos e desenvolvimento urbano sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios da urbanização rápida, vem desenvolvendo abordagens inovadoras no campo do design urbano, a fim de incentivar a participação ativa, especialmente de crianças, mulheres e indivíduos carentes.