Playground fechado durante a quarentena. Foto de Alexander Schimmeck, via Unsplash
Só num mundo distópico poderíamos imaginar que nossas crianças não teriam permissão para brincar livremente na rua com seus amigos. Antes da pandemia, estávamos vivendo tempos de luta para que as crianças passassem mais tempo ao ar livre, em contato com a natureza, ocupando os espaços públicos. A maior parte de nossas crianças vive em contextos urbanos e no Brasil, por conta do sentimento de insegurança, brincar na rua para muitas famílias não é considerado uma opção.
Woodland Elementary School / HMFH Architects. Image Cortesia de HMFH Architects
É um direito dos estudantes, educar-se em um ambiente seguro, saudável (ambientalmente falando) e atrativo. Especialmente quando se trata de alunos com idades mais jovens, quando a importância de todos esses fatores é ainda mais evidente. No que diz respeito à ergonomia das cadeiras, por exemplo, está comprovado que, quando inadequada, prejudica muito a concentração e o desenvolvimento da caligrafia, por exemplo. É sabido também, que a eficiência do método tradicional de ensino está sendo cada vez mais questionada e, ao mesmo tempo, a qualidade de metodologias alternativas está sendo cada vez mais considerada nas escolas do século XX. Em outros artigos abordamos com mais detalhes sobre o ambiente montessoriano e sobre a atmosfera dos interiores waldorfianos.
Abordaremos neste artigo a respeito da importância da escolha do mobiliário e alguns aspectos que devem ser considerados na hora de organizá-lo no layout de salas de aula para as escolas do futuro.
É bastante comum usar o termo acessibilidade ao projetar espaços para pessoas com necessidades especiais ou para idosos. No entanto, para garantir um design universal eficaz para as crianças, é imprescindível conhecer e focar em suas necessidades específicas, com base em ergonomia, segurança, iluminação natural e artificial, cores e acessórios. Neste artigo, abordaremos os parâmetros mais importantes a serem considerados ao especificar dimensões e materiais em banheiros coletivos para crianças pequenas.
Introduzida por Rudolf Steiner, a pedagogia Waldorf é alimentada por princípios da filosofia antroposófica. Uma das principais características de sua abordagem pedagógica é a suposição de que a formação de um ser humano deve ser holística: seus sentimentos, sua imaginação, seu espírito e seu intelecto como uma composição única, visando uma completa integração entre o pensamento, o sentimento e a ação (o pensar, o sentir e o agir estão sempre ligados).
O foco da filosofia é desenvolver indivíduos capazes de se relacionar com si mesmos e com a sociedade (inteligência inter e intrapessoal), habilidades que são fundamentais para os desafios que o século XXI desenhou. Esse aprendizado ocorre, em grande parte, devido à força característica das escolas que seguem esse método de introduzir famílias no ambiente escolar, transformando-as em uma comunidade. Abordaremos como isso é feito, a seguir.
via Cities for Play. Designing Child Friendly High Density Neighbourhoods
Cities for Play é um projeto cujo objetivo principal é de inspirar arquitetos, urbanistas e planejadores urbanos a criarem cidades estimulantes, respeitosas e acessíveis às crianças.
Natalia Krysiak é uma arquiteta australiana que acredita que as necessidades das crianças devem ser colocadas como ponto central no desenho urbano para assegurar comunidades resilientes e sustentáveis. Em 2017, criou Cities for Play que estuda exemplos de cidades que se preocupam em proporcionar ambientes que são capazes de promover a saúde e o bem-estar (físico e emocional) das crianças com foco nas brincadeiras e na "mobilidade ativa" de espaços públicos.
Quando se fala sobre iluminação, muitos pensam que o assunto se resume à decoração e aos tipos de luminárias. No entanto, é consenso entre arquitetos que um bom projeto de luminotécnica agrega tanto valor estético, funcional como ambiental. Além disso, saber dimensionar e direcionar cada luminária para sua função, contribui também para a economia de energia elétrica.
No que se diz respeito às necessidades das crianças, é fundamental atentar para a quantidade, qualidade e tipo de lâmpada para cada objetivo específico do ambiente: dormir, brincar e aprender. A seguir, explicaremos melhor cada uma de suas especificidades.
Maria Montessori começou a desenvolver seu método no início do século XX: trata-se de uma pedagogia científica com o principal objetivo de promover uma educação que contribua positivamente ao desenvolvimento do cérebro da criança, respeitando a individualidade de cada uma delas, estimulando sua autonomia, autoestima e autoconfiança.
Apesar do método ter sido criado no século passado, é agora que a ciência começa a comprovar muitas informações deixadas por Montessori em seu legado. Cada vez mais fala-se sobre aplicá-lo na arquitetura de espaços para as crianças e muito tem-se falado sobre "quartos montessorianos" e sobre a tendência: cama casinha!
Quantas crianças vemos diariamente brincando nas ruas, se relacionando com elementos dos espaços urbanos, correndo em parques ou praças, andando de bicicleta? Essas cenas podem dizer muito em relação a uma cidade. Não apenas sobre como ela está cuidando das novas gerações, mas qual a qualidade de vida que ela oferece para as famílias, ou seja, para todos.
https://www.archdaily.com.br/br/904319/como-construir-cidades-para-as-criancas-em-14-passosWRI Brasil
A grande festa do Archikidz Lisboa está de regresso!! Dia 13 de Abril, no Torreão Poente do Terreiro do Paço, das 15:00 às 18:00h. Para crianças dos 5 aos 10 anos aproximadamente. Entrada gratuita – sujeita a pré-inscrição. http://archikidzlisboa.com/inscricoes/inscricoes-criancas/ Convidados: Margarida Botelho: Ilustradora e arquiteta + Ricardo Oliveira Alves: Fotógrafo de arquitetura
O tema deste ano é: Casas, pessoas e animais!! Sabias que ha animais que são grandes arquitectos? Como é que te adaptarias se fosses viver para a casa deles? Apesar dos arquitetos fazerem construções pensando nas pessoas, há muitos animais que co-habitam nas cidades, vilas e aldeias. Nas cidades até há animais
Falar sobre espaço público e urbanismo com as crianças de forma lúdica: esta é a proposta do livro Casacadabra – Cidades para Brincar, que será lançado dia 11 de novembro no Sesc Avenida Paulista, em São Paulo.
Com texto de Bianca Antunes e Simone Sayegh, e ilustrações de Luísa Amoroso, este é o segundo título da série Casacadabra - o primeiro, chamado Invenções para morar, apresentou a arquitetura de dez casas pelo mundo. A série Casacadabra é uma iniciativa pioneira no Brasil de trazer conteúdos específicos de arquitetura e de urbanismo para o público infantil.
As experiências lúdicas foram e são lugar de pesquisa e experimentação por parte de profissionais das mais diversas áreas. Interessados em estabelecer um diálogo sério e compromissado a partir de um assunto leve, que rendeu iniciativas bastante interessantes em vários campos ao longo do tempo, esses agentes colocam em debate o potencial das ferramentas que despertam tais situações ligadas ao prazer, à imaginação, à diversão e, em muitos casos, à infância.
No campo da arquitetura, projetos notáveis fizeram uso da estratégia lúdica na construção de seus espaços. Exemplo importante dessa abordagem são os projetos das Escolas Apollo, do holandês Herman Hertzberger, edifícios alinhados a uma vertente vanguardista de ensino básico, que materializam nos projetos preceitos referentes a uma proposta pedagógica que tinha como um de seus nortes o sentido lúdico e coletivo do aprendizado infantil.
Você sabia que 64 milhões de crianças europeias passam mais tempo na escola do que em qualquer outro lugar que não a sua casa? As crianças europeias passam aproximadamente 200 dias por ano nas suas escolas primárias. Com essas informações, como podemos criar salas de aula mais saudáveis para ambientes de aprendizagem produtivos? Esta questão é talvez mais importante do que nunca, já que esta será a primeira vez desde a década de 1970 que a Europa e o Reino Unido assistirão a um boom na construção e renovação de escolas. Trata-se de uma tremenda oportunidade para os arquitetos e educadores a repensarem o que deve ser uma instalação educacional e como o ambiente físico pode ser projetado para ter um impacto positivo na aprendizagem.
Le Corbusier declarou em seu texto seminal, Towards a New Architecture, que “... o homem olha para a criação da arquitetura com seus olhos, que estão a 1,70 metros do chão”. Códigos lógicos e racionais como esse configuram os padrões para grande parte da produção arquitetônica - mas, é claro, essas "normas" são tão construídas quanto a própria arquitetura. Esse padrão em particular é especialmente irrelevante ao projetar para crianças, em que as premissas arquitetônicas centradas em adultos não se aplicam e nem devem ser aplicadas.
La arquitectura como refugio: propuesta de Samuel, 6 años. Image Cortesía de Chiquitectos
Chiquitectosé um projeto espanhol "lúdico e educativo" que procura despertar o interesse das crianças e jovens pela arquitetura, o entorno, pela cidade e pelo desenvolvimento sustentável. "Queremos contribuir para a criação de cidadãos participativos e responsáveis por suas próprias decisões, capazes de agir para mudar o estado das coisas", afirma a equipe liderada pela arquiteta Almudena de Benito.
Em seus escritórios, brincar livremente com todos os tipos de materiais físicos e digitais é entendido como a ferramenta fundamental para aprender, entender e explorar. "(Crianças) interagem com o espaço, brincam com a luz, experimentam diferentes formas, descobrem a importância da estrutura e compreendem o significado de escala e proporção", acrescentam.
Para conhecer parte do seu trabalho, a equipe da Chiquitectos nos apresenta uma (difícil) seleção de sete projetos concebidos por meninos e meninas entre os 5 e 14 anos de idade, que trabalham com os seus sonhos, alegrias e preocupações para traduzir várias propostas através da experimentação arquitetônica (incluindo uma construção para escapar de um pesadelo recorrente).
O estúdio colaborativo de design Snarkitecture, de Nova Iorque, divulgou sua mais recente instalação interativa que traz um sentido lúdico para a orla de Hong Kong. Intitulada BOUNCE, a instalação apresenta centenas de bolas saltitantes contidas em um espaço definido semelhante a uma gaiola e convida o público a interagir com estes elementos.
O trabalho do estúdio se distribui por três locais: a zona portuária de Harbour City, uma instalação interna no Ocean Center intitulada “Gallery by the Harbour” e um “Eyeball Maze” infantil no Ocean Terminal.
Dando sequência ao conjunto de publicações que pretendem ampliar o acesso à produção acadêmica das universidades do país, apresentamos hoje o trabalho de mestrado de Ana Luzia Ribeiro Mello dentro do Instituto de Artes da UNESP - Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho, intitulado “O brinquedo do parque: um conceito lúdico como arte do reaproveitamento” e orientado pela Prof. Dra. Clice de T. Sanjar Mazzilli. O trabalho destaca a figura da arquiteta e designer Elvira de Almeida e sua trajetória com a elaboração e execução de esculturas-brinquedo.
O vídeo “One day at the School” – “Um dia na Escola” - produzido pela Building Pictures sobre o projeto Maternelle du Lycée Français em Barcelona, do escritório b720 Fermín Vázquez Arquitectos, convida os espectadores a conhecer o dia a dia nesta escola.
Formado na Escola de Arquitetura de Yale, Spencer Luckey decidiu percorrer uma carreira um pouco alternativa, projetando estruturas verticais de escalada para deixar a imaginação infantil o mais livre possível. Os elementos de Luckey são parte um brinquedo de escalada e parte um objeto artístico que ergue-se do chão com plataformas ondulantes brotando e criando um espaço abstrato para inspirar criatividade e desenvolvimento intelectual.