O arquiteto espanhol Nacho Gias, em colaboração com o designer gráfico Fernando Carbayo, apresentaram o Playground, uma intervenção em uma quadra de futebol de uma escola em Torrelodones, Madri. A obra pretende fomentar a criatividade e a capacidade imaginativa das crianças enquanto elas inventam seus próprios jogos, guiados por percursos, pontos de encontro e pistas dentro do próprio campo.
A importância de brincar na infância colabora para o desenvolvimento social, físico e emocional das crianças. Essa atividade permite que elas que interajam de modo espontâneo umas com as outras e com o espaço, desenvolvendo sua criatividade e sua capacidade de compartilhar e conviver em sociedade.
Para uma parcela da população, o ato de brincar é relacionado a playgrounds em condomínios fechados. Essa escolha por espaços privados está associada a uma visão negativa sobre a cidade, de que ela é insegura, violenta e degradada. Essas crianças só conhecem a cidade através da janela do carro, do transporte escolar, ou através de uma grade, e isso pouco contribui para seu aprendizado e desenvolvimento, já que deixam de conviver com pessoas diferentes e de aprender sobre o local em que vivem. Para outra parcela da população, o brincar é limitado a espaços informais, não projetados originalmente para essa atividade. Na maioria dos bairros periféricos faltam áreas de lazer para crianças, que, por falta de opção, acabam se expondo aos riscos de locais impróprios para o brincar.
Se você pudesse ver a cidade de uma altura de 95 centímetros – a altura media de uma criança saudável de 3 anos – o que você faria diferente? Como você organizaria os bairros, os espaços públicos, as áreas verdes, a habitação e o transporte? O que mais você mudaria ou melhoraria na cidade? Encontrar respostas para essas perguntas foi o objetivo do Urban95 Challenge, por meio do qual a Fundação Bernard van Leer (FBvL) ofereceu apoios a projetos de pequena escala, de organizações formais e informais, além de universidades, governos e indivíduos de todo o mundo.
Foram recebidas mais de 150 inscrições, e 26 foram selecionadas. Os vencedores vieram de 18 países, representando todos os continentes. América Latina e Ásia foram as regiões com mais projetos, cada uma com oito selecionados. Brasil, Bangladesh e Índia lideram os vencedores com três projetos cada. Os projetos recebem apoios de 560 a 30 mil euros, dependendo de sua complexidade e duração, totalizando 460 mil euros em apoios.
Vários são os desafios sociais e ambientais enfrentados pelas cidades, em particular aqueles relacionados com o propósito de maximizar o potencial de capital humano jovem disponível nas cidades. Na defesa de que a melhor forma de ter uma boa ideia é ter várias ideias, a actividade ‘Postais Ilustrados de Guimarães’ congrega a mobilização de pensamentos infantis reflectidos manualmente em postais que trabalham acerca da paisagem urbana que vivem. Esta é uma das várias atividades trabalhadas pelo Laboratório da Paisagem de Guimarães e uma das acções do Plano de Paisagem de Guimarães que, realizada desde 2015, conta já com quase duas centenas de contribuições.
O apelo à participação coletiva na paisagem segundo a Convenção Europeia da Paisagem deve fazer-se, pois, cumprindo a salvaguarda da característica social da paisagem, que é, por sua vez, uma das instâncias do significado de paisagem: a paisagem tal como é apreendida pelas populações.
Curso criado pela Pistache Editorial, editora independente que publicou o livro Casacadabra em 2016, estimula criança a entender o ambiente construído e a atuar nas cidades
A partir de Abril, o Sesc Pinheiros promove o curso "Arquitetura Para Crianças" com Simone Sayegh e Carolina Hernandes. Voltado para crianças a partir de 7 anos, a atividade explora noções e conhecimentos da arquitetura de modo lúdico e será desenvolvido em três módulos interdependentes.
Módulo I (Abril) – o desenho que vira casa. Este módulo abordará a construção de vocabulário visual a partir da geometria e da representação plástica, considerando formas geométricas, representação (planos e elevações), cores e revestimentos e dimensões (do 2D para o 3D, transformando polígonos em figuras tridimensionais). Dias: 8, 15, 29/4 e 6/5. Sábados, das 10h30
Parques infantiles para crianças refugiadas em Bar Elias, Líbano. Cortesia de CatalyticAction
Ao falar de planejamento urbano e espaço público, é importante pensar nas diferentes vivências que uma mesma cidade oferece aos seus habitantes. O urbanismo inclusivo é um tema amplo que pode ser abordado a partir de diferentes enfoques: gênero, acessibilidade e meios de transporte, por exemplo. Idealmente, a cidade deve ser projetada levando em consideração as situações particulares da população, acomodando diferentes experiências dentro de um mesmo espaço compartilhado.
Para as crianças, especialmente, os hospitais podem ser espaços muito angustiantes e assustadores. Por esse motivo, o trabalho de ENESS pretende mudar essa experiência através de sua instalação LUMES, uma peça de madeira que emite luz, exposta no Hospital Cabrini em Malvern, Austrália.
Idealizado pela fotógrafa Mariana Orsi, projeto de expedições fotográficas acontece em comemoração ao Dia das Crianças
Passeios para fotografar as cidades – o “Click a Pé” chegou à 11ª edição em setembro. Ao longo de quase um ano, a organização do projeto percebeu que é uma constante a participação dos filhos pequenos de fotógrafos profissionais e amadores que compõem o público das expedições, já que elas acontecem sempre aos domingos. Com a proximidade do Dia das Crianças, veio a pergunta: porque não uma saída fotográfica especialmente para essa turminha? E assim, o Click a Pé ganha uma versão Kids no próximo domingo (09), em pleno Circo dos Sonhos. A família toda está convidada, claro!
Evento solidário UMA CASA PARA A SÍRIA, Lisboa 14 de Maio
A FA Júnior, o Archikidz Lisboa e a ArkiPlay propõe uma oficina para a (re)construção imaginária de uma cidade na Síria, a partir de peças de um quebra-cabeças gigante que representa os escombros dessa cidade destruída. A cada grupo ou família será atribuída uma peça do enigma, onde poderão construir livremente (com apoio de monitores e com recurso a materiais reutilizados - embalagens, cartão, papel, tintas, etc...), parte desse lugar destruído.
Em Burkina Faso, a fabricação de presépios natalinos é uma importante tradição que tem como protagonistas as crianças. Todos os anos elas formam equipes para construir estes modelos em grande escala, alcançando quase a própria altura, em uma espécie de competição sadia que estimula a criatividade através do desenho e construção colaborativa.
Como resposta a esta iniciativa, o espanhol Albert Faus liderou um grupo de arquitetos para criar o Kamba Zaka, um projeto que pretende levar este interesse arquitetônico um passo adiante. Em seus ateliês, os arquitetos não apenas ensinam conceitos relacionados à disciplina, mas também apresentam às crianças materiais e técnicas construtivas vernaculares para que elas possam valorizá-las e praticá-las em construções reais no futuro.
Saiba mais sobre esta incrível experiência, a seguir.
O projeto Temporary Playground Houses foi concebido pelos arquitetos do estúdio Architecture Global Aid e construído em uma das sinuosas ladeiras da ilha de Sntorini, Grécia. A instalação tinha como objetivo oferecer um espaço recreativo para um grupo de crianças que visitaria a região pela primeira vez durante suas férias escolares, servindo como tela para pinturas e outras atividades criativas.
O estúdio construiu, então, uma pequena cidade dobrável na escala das crianças, com a possibilidade de poder ser montada durante o dia e recolhida à noite. O material escolhido foi o papel, em um tipo de alta gramatura e grande resistência e flexibilidade.