As figuras e fragmentos de cerâmica encontradas no sítio arqueológico neolítico de Mureybet, no vale do Médio Eufrates, na Síria, sinalizam que os trabalhos com a argila e o fogo remetem ao sétimo milênio antes de Cristo. Isso significa que o trato com a cerâmica é uma das atividades mais antigas da história da humanidade. Mais de 9 mil anos depois, a cerâmica, e todas as suas derivações, se tornou um dos materiais mais utilizados na construção civil, aparecendo em diferentes momentos, da estrutura aos acabamentos.
Puerto Vallarta ensuite bathroom / Studio Utkan Gunerkan. Image Courtesy of Studio Utkan Gunerkan
Embora o minimalismo branco continue sendo a norma, as tendências retrô estão voltando seriamente nos designs modernos de banheiros, incorporando toques de cor, acessórios clássicos e superfícies padronizadas. Apesar de muitas vezes serem espaços estáticos e tradicionais nas residências, os banheiros certamente sofreram transformações significativas ao longo dos anos. Enquanto os da década de 1970 trouxeram cores vibrantes como o verde abacate e o amarelo mostarda, os anos 80 introduziram os ladrilhos cerâmicos em tons pastéis mais suaves. Por outro lado, este século estabeleceu o ideal em superfícies brancas e marmorizadas, acabamentos lisos e brilhantes e acessórios prateados. No entanto, mesmo que esse visual todo branco continue a ser o protagonista, aprimoramentos retrô arrojados estão revivendo e se misturando com elementos contemporâneos para criar atmosferas elegantes, mas animadas, com um caráter forte.
Pastilhas, cerâmicas, porcelanatos, azulejos: ao nos referirmos aos revestimentos, muitas são as possibilidades que podemos escolher para dar acabamento, e identidade, aos nossos projetos. Porém, quando nos deparamos com a variedade que existe no mercado fica difícil decidir entre todas as opções. Neste texto iremos explorar a diferença entre os revestimentos frios e dar dicas de como escolher o que melhor se encaixa em seu projeto.
A humanidade já domina a fabricação de cerâmica há cerca de 15 mil anos. Até hoje, trata-se de um material amplamente utilizado em áreas como construção civil, artesanatos e até em indústrias altamente tecnológicas.Por serem opções duráveis, baratas e com uma variedade imensa de dimensões, padrões e acabamentos, os azulejos cerâmicos são revestimentos extremamente populares. Versáteis, podem ser usados em superfícies horizontais ou verticais, internas ou externas, molhadas ou secas. Sua produção se dá a partir da mistura de argila e matérias-primas inorgânicas, após seca e queimada em temperaturas elevadas (superiores a 1.000 °C), as peças adquirem superfícies impermeáveis, fáceis de limpar e com diferentes possibilidades de acabamentos e cores.
Revestimentos cerâmicos são usualmente empregados nas áreas molhadas internas de projetos residenciais e comerciais - cozinhas, banheiros, áreas de serviço, entre outros -, contudo, cada vez mais arquitetos têm provado que este material tem grande potencial gráfico, estético e, sobretudo, técnico, quando empregado em fachadas.
Por sua resistência às intempéries, o material exige pouca ou nenhuma manutenção, além disso, a variedade de cores, dimensões, textura e padrões encontrados no mercado permitem uma infinidade de usos e combinações.
Quadrados, retangulares, hexagonais, foscos, brilhantes. É difícil pensar em um tipo de revestimento mais versátil do que azulejos. Também são conhecidos pela alta durabilidade, a facilidade de manutenção e instalação, sendo das escolhas mais comuns para revestir pisos e paredes, sejam áreas molhadas ou não. Selecionamos abaixo 10 perguntas comuns para aumentar os seus conhecimentos sobre azulejos cerâmicos:
A impressão 3D em si não é mais uma tecnologia nova, mas isso não impediu que pesquisadores e inovadores de todo o mundo criassem novos aplicativos e oportunidades. Alguns experimentos com novos materiais foram conduzidos por preocupações de sustentabilidade e outros são simplesmente o resultado de imaginação e criatividade. Outros optaram por investir seu tempo utilizando materiais mais tradicionais de novas maneiras. Materiais, no entanto, são apenas o começo. Os pesquisadores desenvolveram novos processos que permitem a criação de objetos que anteriormente eram impossíveis de imprimir e, em uma escala maior, novas tipologias de edifícios estão sendo testadas - incluindo um habitat para o planeta Marte!
Inspirados em duas das mais antigas técnicas arquitetônicas de arquitetura, sulcos e entalhes, os arquitetos da GRT Architects - com sede no Brooklyn, Nova Iorque - desenvolveram uma série de peças modulares de concreto que se inspiram na tradição grega, variando composições clássicas.
Unindo a inteligência material da mão de obra vernacular com a precisão e flexibilidade proporcionadas pelas novas tecnologias de fabricação e design digital, o Laboratório de Fabricação de Robótica da Escola de Arquitetura da HKU desenvolveu o "Pavilhão de Informação Cerâmica" (CeramicINformation Pavilion), com o objetivo de encontrar níveis adequados de automação para serem utilizados em favor das economias emergentes e em transição.
Parte de uma série em evolução, cada um dos seus 1000 componentes é único e se relaciona especificamente com as unidades vizinhas. Os elementos são construídos através da impressão em 3D e são feitos de tijolos de terracota, material comumente usado na construção chinesa moderna.
O piso de caquinhos, utilizado a partir da década de 1940 nas tradicionais casas brasileiras é considerado um legado à história paulistana. Mas, você conhece a história por trás dessa pavimentação?
Entre as décadas de 1940 e 1950, com o crescimento financeiro e desenvolvimento industrial, o polo cerâmico consolidava-se na cidade de São Paulo. Entre as indústrias, a Cerâmica São Caetano, localizada na cidade de mesmo nome da região do Grande ABC Paulista, destacava-se. Com cerca de três mil funcionários e um extenso perímetro – que hoje se transformou em um bairro autossuficiente, a fábrica produzia peças cerâmicas tingidas na cor vermelha, com placas quadradas nas dimensões de 20x20 centímetros – que era a mais popular e com menor preço. Além disso, eram produzidas peças nas cores pretas e amarelas, com preço mais elevado.
O escritório UNStudio, em colaboração com Werner Sobek, divulgou seu projeto para a Torre Wasl, um arranha-céu de 300 metros de altura em Dubai. Localizado ao longo da via principal que liga os Emirados de norte a sul, a Torre Wasl fica em frente ao Burj Khalifa e, assim que for concluída, contará com uma das fachadas cerâmicas mais altas do mundo.
Desenvolvido por pesquisadores e estudantes da Faculdade de Arquitetura da HKU e apoiado por Sino Group, o "Ceramic Constellation Pavilion" é construído sobre uma estrutura de madeira que suporta uma série de "paredes" formadas por cerca de 2.000 tijolos de barro. Cada um desses componentes individuais é único e foi fabricado com tecnologia robótica e impressão em 3D, permitindo gerar diferentes tipos de transparência e opacidade em suas diferentes faces.
Cortesia de Tobias Titz / National Gallery of Victoria
Em comemoração à inauguração da Melbourne Design Week, realizada em março de 2017, o estúdio de design chileno Great Things to People (gt2P) apresentou sua impressora de cerâmica Catenary, com o objetivo de explorar as fronteiras entre máquinas digitais e analógicas. Durante todo o festival, os designers e estudantes locais usaram a impressora de cerâmica para criar seus próprios trabalhos feitos sob encomenda, com os visitantes convidados a observarem o ofício em ação.
Em 2006, uma equipe formada pelos escritórios Mecanoo e Ayesa venceu um concurso internacional para o tribunal de Córdoba com uma proposta que combina o carácter histórico da região com um toque moderno. Agora, após quase uma década, o Palácio da Justiça está prestes a ser concluído.
Inspirado pelas origens mouras de Córdoba, o projeto apresenta um equilíbrio entre um volume de concreto contemporâneo e um pátio externo tradicional; um reflexo do plano da cidade antiga.
Foram anunciados recentemente os vencedores do Prêmio Ascer de Arquitetura 2014 - 13ª edição do "Tile of Spain Awards" - um prestigioso reconhecimento da arquitetura em nível mundial.
A honraria é organizada pela ASCER e procura reconhecer a excelência em projetos que fazem da cerâmica um elemento essencial da obra. Este ano a premiação foi dividia em três categorias – Arquitetura, Interiores e Projeto de Final de Curso – e teve como vencedor da primeira delas o projeto da Casa no Príncipe Real, do escritório português Camarim Arquitectos.