Em julho, Las Vegas surpreendeu com um espetáculo extravagante: uma estrutura esférica colossal revestida de LED, com 110 metros de altura e 157 metros de largura. Esse espaço de entretenimento atraiu instantaneamente o olhar do público, tornando-se um marco local e atraindo atenção global por meio de uma extensa cobertura da mídia. Ideias semelhantes de esferas já foram propostas em Londres e em uma escala menor em Los Angeles. Essas estruturas de exibição massivas abrem discussões sobre as fachadas como telas digitais. Que papel a arquitetura pode desempenhar como uma tela urbana, além de ser um outdoor? E como a arquitetura pode envolver o público por meio da arte digital, indo além das enormes esferas de LED?
Dois anos atrás, em setembro de 2021, foi inaugurado o L'Arc de Triomphe, Wrapped, 1961-2021, de Christo e Jeanne-Claude. A monumental obra de arte pública envolveu o monumento parisiense em mais de 25.000 metros quadrados de tecido prateado amarrado com 7.000 metros de corda vermelha. Os materiais, todos feitos de polipropileno trançado, uma espécie de termoplástico, agora serão reaproveitados e reciclados, seguindo a visão dos artistas. A maior parte dos materiais será transformada para servir a usos práticos em futuros eventos públicos em Paris. A Fundação Christo e Jeanne-Claude também colaborou com a Gagosian para levar os primeiros trabalhos de Christo ao East End de Londres, exibidos numa exposição que permenece aberta até 22 de outubro de 2023.
Em 31 de janeiro, andaimes e barreiras de construção foram desmontados na 56 Leonard Street, revelando a primeira obra de arte permanente de Anish Kapoor na cidade de Nova York. A escultura de 15 metros de comprimento, 6 metros de altura e 40 toneladas é parcialmente coberta por um edifício residencial projetado por Herzog & de Meuron. A escultura espelhada lembra outra obra de Kapoor, a Cloud Gate, também conhecida como The Bean, localizada em Chicago.
“O objetivo da arte não é representar a aparência exterior das coisas, mas o seu significado interior”, observou o polímata grego Aristóteles. A arte urbana em espaços públicos busca esse objetivo, oferecendo significado e identificação aos moradores de cidades do mundo todo. Tomando a forma de murais, instalações, esculturas e estátuas, a arte urbana envolve o público fora dos museus e no espaço público. Esta arte apresenta uma maneira democrática de redefinir coletivamente conceitos como comunidade, identidade e engajamento social.
Em meio à diversidade programática e à experimentação, o escritório carioca gru.a é um alento aos que desejam se aventurar pelo campo ampliado da arquitetura. Formado pelos sócios Caio Calafate e Pedro Varella em 2013, gru.a demostra o potencial da profissão quando dialoga com outras disciplinas.
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Thunderhead por Team Wreford. Imagem do Canadian Heritage
O Departamento de Patrimônio Nacional do Canadá, ao lado do ministro canadense Pablo Rodriguez, e a ministra das Mulheres e Igualdade de Gênero Marci Ien, assim como o LGBT Purge Fund divulgaram a "Thunderhead" como o conceito vencedor da competição pelo Monumento Nacional LGBTQ2+ de Ottawa. O projeto vitorioso simboliza uma nuvem carregada de trovoadas, que representa a "força, o ativismo e a esperança das comunidades LGBTQ2+, e será um testemunho duradouro à coragem e à humanidade daqueles que foram vítimas das leis homofóbicas e transfóbicas do expurgo LGBT".
O acesso à arte pública é um privilégio o qual, os nova-iorquinos mal param para pensar sobre. Espalhada pelos quatros cantos da cidade, a arte pública é parte integral do cityscape da cidade de Nova Iorque, ocupando parques, praças, becos e terraços abertos a centenas de metros acima do chão. Enquanto as instalações de arte pública mais famosas e celebradas encontram-se já enraizadas na textura urbana da cidade, como a Love de Robert Indiana na Sexta Avenida ou a Gay Liberation de George Segal junto ao Monumento Nacional de Stonewall, não podemos esquecer aquelas “obras de arte” que assumem um caráter mais efêmero. Independente disso, instalações de arte pública tem o poder de despertar as mais diversas reações, com um histórico de interpretações polarizadas que em determinados casos, acabaram até em processos judiciais e ações públicas.
https://www.archdaily.com.br/br/956712/como-a-pandemia-mudou-o-modo-de-experienciar-arte-em-espacos-publicosOsman Can Yerebakan
A cidade de São Paulo ganhou, no último dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra – uma estátua em homenagem a Joaquim Pinto de Oliveira, arquiteto negro escravizado no século XVIII conhecido como Tebas. Localizada na Praça Clóvis Beviláqua, face leste da Praça da Sé, no centro da cidade, a escultura foi projetada e desenvolvida pelo artista plástico Lumumba Afroindígena e pela arquiteta Francine Moura.
A obra tem o objetivo de firmar o legado de Tebas, revelar sua produção tecnológica sofisticada para a época e propor, acima de tudo, uma reflexão que recobra a relevância da ocupação territorial preta na área central da cidade que foi fragmentada ao longo dos séculos.
https://www.archdaily.com.br/br/952117/inaugurada-em-sao-paulo-a-estatua-de-tebas-arquiteto-escravizado-no-seculo-xviiiEquipe ArchDaily Brasil
Varsóvia, na Polônia, se tornou a segunda cidade a receber projetos públicos de arte que, além de deixarem a paisagem mais bonita, deixam o ar mais limpo. Pintado por artistas locais, o enorme mural usa pigmentos especiais, ativados pelo sol, que têm a capacidade de filtrar o ar.
O mural foi produzido com dióxido de titânio, que atrai poluentes e os transforma em nitratos inofensivos, graças a um processo químico ativado pelo sol. Com este processo a obra de arte é capaz de purificar o ar no seu entorno, uma ação que equivale ao que fariam 720 árvores.
Como uma celebração ao amor e à diversidade, a instalação de arte pública Heart Squared acaba de ser inaugurada em Nova Iorque como parte da 12ª edição do Times Square Valentine Heart Design Competition. Com curadoria de Cooper Hewitt, o Smithsonian Design Museum escolheu como vencedora a proposta desenvolvida em parceira pelo escritório de arquitetura e design com sede no Brooklin MODU e o Eric Forman Studio.
NAPPE é uma instalação de arte permanente projetada pelo estúdio português FAHR 021.3 e construída ao lado do Centro Nacional de Exposições de Nangang, uma região renovada de Taipei, em Taiwan. Considerando a cultura e as condições geográficas do país, NAPPE busca inspiração na montanha Jade, o pico mais alto da ilha e um símbolo de pureza, honestidade e valores nacionais. Trata-se de um pavilhão ao ar livre que busca atrair cidadãos para uma nova experiência de cidade.
Desde 2000, mais de 1 milhão de visitantes descobriram os mais de 190 jardins contemporâneos criados por designers de 15 países.
O Festival Internacional de Jardins, apresentado nos Jardins de Métis / Reford Gardens, na região de Gaspésie, em Quebec, Canadá, está preparando sua 21ª edição e lançou uma chamada internacional de propostas para selecionar profissionais que criarão os novos jardins temporários que serão apresentados a partir de 19 de junho de 2020. Para esta edição, o Festival escolheu Métissages (mestiçagem) como tema. Continuando a exploração de novas ideias e novos domínios, o Festival procura conectar profissionais de várias áreas para favorecer um cruzamento de práticas e profissões.
A 12ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo ocupou dois dos edifícios de uso público mais emblemáticos da capital paulistana. Uma grande exposição com trabalhos oriundos de diversas partes do mundo permanece montada até 8 de dezembro no Centro Cultural São Paulo - CCSP, ao passo o Sesc 24 de Maio foi ocupado por uma dezena de instalações e dispositivos concebidos especificamente para o edifício e seus arredores.
Mostramos aqui os 10 dispositivos que transformaram o espaço do Sesc 24 de Maio, criando tensões e estabelecendo narrativas em um dos espaços de uso público mais intenso do centro de São Paulo. As obras se dividem nos três eixos que norteiam a Bienal: Relatos do cotidiano, Materiais do dia a dia, e Manutenções diárias.
A 6ª edição da Exposição de Arte Pública chamada de Passages Insolites ou Passagens Inusitadas, foi inaugurada no último dia 20 de junho na cidade de Quebec no Canadá. Aberta até o próximo dia 14 de outubro, Passages Insolites é uma exposição de arte pública instalada ao longo de um percurso de quatro quilômetros pelas ruas dos históricos distritos de Petit Champlain e Saint-Roch, um percurso cultural pontuado por 14 instalações produzidas por 40 artistas locais, internacionais e coletivos de arquitetura.
Índia grafitando o elo da maternidade (Acervo Pessoal) / Crédito: Acervo pessoal
Quem caminha por São Paulo já se acostumou com muros coloridos espalhados pela capital. Em geral, os grafites que dão cor às ruas da cidade são assinados por homens e, raramente, por mulheres. Este cenário vem mudando nas periferias da capital. Cada vez mais há mulheres que levam arte para as ruas, e unem a rotina da maternidade com o grafite.
https://www.archdaily.com.br/br/916068/mulheres-grafiteiras-ocupam-os-muros-de-sao-pauloDanielle Lobato, Erica Pacheko, Ira Romão e Priscila Gomes
O terreno de projeto do LAGI 2019 é um parque público dentro do plano diretor da Cidade de Masdar.
O LAGI 2019 — Return to the Source — convida a criar uma obra de arte icônica para a cidade de Masdar, Abu Dhabi. A obra deverá empregar tecnologias de energia renovável como meio de expressão criativa, além de proporcional a produção de energia no local, de acordo com o plano diretor da cidade.
O artista Leo Villareal e o escritório de arquitetura Lifschutz Davidson Sandilands, com sede em Londres, estão trabalhando juntos para projetar e instalar a primeira fase do projeto de arte pública da Illuminated River Foundation, que irá iluminar elementos arquitetônicos de pontes existentes, redefinindo a paisagem à beira-rio.
Esta instalação marca o estágio inicial do projeto que foi anunciado há quase dois anos. Todas as etapas devem ser concluídas até 2022. Em sua totalidade, incluirá intervenções em 15 pontes no centro de Londres - criando uma obra de arte única e conectada ao longo do rio que flui da Albert Bridge, no oeste de Londres, até a Tower Bridge, no centro da cidade.