Imagem: Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Via Caos Planejado
Acredito que muitos leitores aqui passam pelo mesmo, digamos, “constrangimento” que eu: basta sairmos da nossa “bolha” e a defesa de questões urbanísticas que, para nós, parecem óbvias (como a necessidade de eliminação de grades e muros, a adoção de fruição pública, de permeabilidade visual, uso misto e fachada ativa, por exemplo), sempre esbarra no mesmo obstáculo — a falta de segurança pública.
https://www.archdaily.com.br/br/1010041/as-grades-do-condominio-sao-para-trazer-protecao-o-dilema-dos-prisioneiros-urbanosVitor Meira França
As casas inteligentes (smart homes) se apropriam da tecnologia para brindar mais praticidade, economia, conforto e segurança para seus moradores. Com o ambiente automatizado, a rotina do lar é facilitada. Se antes isso parecia pertencer a um futuro muito distante, hoje os dispositivos inteligentes já estão mais acessíveis e podem ajudar a criar outro tipo de interação entre a moradia e seu habitante por meio das conexões Wi-Fi e Bluetooth.
https://www.archdaily.com.br/br/1010109/como-criar-uma-casa-inteligente-guia-completo-para-iniciantes-na-automacao-residencialArchDaily Team
Projetar uma casa é sempre um grande desafio. O domínio técnico e construtivo deve estar alinhado com as expectativas do seu futuro morador, abraçando gentilmente sua rotina e tarefas diárias. Dessa forma, mapear as necessidades e rituais que terão a casa como palco é fundamental para o êxito da tarefa. Na profusão de personalidades, de preferências e de manias, a arquitetura residencial precisa mediar as intenções e acolher as diversidades.
No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
Neste episódio da sexta temporada, Sara conversa com os arquitetos Matilde Cabral e Francisco Adão da Fonseca, do escritório Pedrêz, sobre a prática experimental do estúdio. Ouça a conversa e leia parte da entrevista a seguir.
Mais do que paisagens inertes ou cenários inanimados, as cidades constituem-se enquanto personagens ativas e significativas para a construção de muitas narrativas televisivas. Seja em séries ou em telenovelas, mais do que apenas um local onde as tramas se desenrolam, os ambientes urbanos desempenham um papel fundamental para os desdobramentos dos enredos, suas criações, diretrizes e contextos. Mas se, por um lado, as cidades e suas culturas urbanas contribuem para a composição de diversas tramas das telinhas, por outro lado, os programas televisivos também podem ajudar a moldar um certo imaginário idealizado sobre esses espaços urbanos, que geram expectativas irrealistas e reiteram uma série de estereótipos sobre as cidades representadas.
Edifícios que são projetados para contar histórias e memórias, evocar um senso de aspiração, definir narrativas culturais e construir uma identidade nacional sempre serão importantes em todas as sociedades. Quando os edifícios têm esse poder de moldar comunidades, impactar a imagem de uma cidade e mudar o curso do crescimento socioeconômico, então podem ser identificados como icônicos. Embora o termo "icônico" seja subjetivo, é uma palavra que expande os limites da arquitetura em qualquer contexto. Ele exige originalidade espacial, propõe uma tecnologia de materiais inovadora e necessita de um investimento socioeconômico considerável para ser realizado.
No entanto, uma vez que as economias dos países em desenvolvimento do sul global nem sempre podem atender aos requisitos dessas estruturas arquitetônicas, seria possível existir um modelo socioeconômico mais adequado para estruturas monumentais nesse contexto? Os princípios graduais de mudanças e crescimentos pequenos e adaptáveis podem ser aplicados à aspiração finita e icônica dessa arquitetura?
Alguns materiais mudam a história da arquitetura a partir do momento que começam a ser empregados. Os primeiros materiais usados na construção certamente o fizeram: barro, pedra, madeira. A possibilidade de construir pode ser considerada a origem da disciplina. Com o desenvolvimento tecnológico, as técnicas também se apuraram e, no século XIX, a industrialização disseminou o uso de outros materiais, alterando e ampliando a possibilidade construtiva: ferro e vidro.
Em julho, Las Vegas surpreendeu com um espetáculo extravagante: uma estrutura esférica colossal revestida de LED, com 110 metros de altura e 157 metros de largura. Esse espaço de entretenimento atraiu instantaneamente o olhar do público, tornando-se um marco local e atraindo atenção global por meio de uma extensa cobertura da mídia. Ideias semelhantes de esferas já foram propostas em Londres e em uma escala menor em Los Angeles. Essas estruturas de exibição massivas abrem discussões sobre as fachadas como telas digitais. Que papel a arquitetura pode desempenhar como uma tela urbana, além de ser um outdoor? E como a arquitetura pode envolver o público por meio da arte digital, indo além das enormes esferas de LED?
Afastando-se de abordagens hierárquicas, as práticas contemporâneas adotam modelos mais inclusivos e participativos nos processos de projeto. O planejamento participativo, uma noção que prioriza envolver toda a comunidade na tomada de decisão, tem recebido reconhecimento e popularidade em todo o mundo. Cidades ao redor do planeta interpretaram o planejamento participativo de acordo com suas necessidades únicas, utilizando tecnologia e recursos governamentais para acelerar e aprimorar o processo.
Sendo um dos primeiros métodos de construção desenvolvidos pelos seres humanos, a terra batida provou sua resistência e durabilidade ao longo do tempo. Embora as técnicas de construção tenham evoluído e se atualizado com o passar dos séculos, ainda há um longo caminho a ser explorado, onde a compreensão a respeito pelo clima, localização geográfica, sustentabilidade, requisitos estruturais e outros fatores determinam até que ponto elas podem ser aplicadas.
Com baixo impacto ambiental e passível de ser usado em uma ampla variedade de técnicas, como paredes de taipa, esse material oferece a possibilidade de proporcionar não apenas estética, mas também conforto térmico, isolamento e outros benefícios. Com a intenção de descobrir as diferentes formas de utilização, selecionamos cerca de 12 projetos distribuídos pela América Latina, incluindo Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, México, Paraguai, Peru e Equador.
A NEOM apresentou recentemente o projeto "Siranna”, um novo destino turístico situado no gigantesco empreendimento em curso no noroeste da Arábia Saudita. O projeto busca proporcionar uma fuga luxuosa a um público de alta renda, e inclui um hotel com 65 quartos e 35 residências. Para preservar a paisagem local, o projeto prioriza intervenções mínimas na natureza, com uma arquitetura que rende homenagem à herança local, mesclando-se de forma natural às montanhas, dizem os idealizadores.
Nascido no período pós-guerra no Reino Unido, o movimento brutalista inicialmente foi recebido com ceticismo, mas posteriormente cativou a imaginação de novos designers fascinados pela interação entre formas geométricas impactantes e os materiais brutos expostos com os quais são concebidos. Este artigo se aprofunda nas particularidades que definem a contribuição da Itália para o movimento brutalista, explorando o estilo pelas lentes de Roberto Conte e Stefano Perego. Os dois fotógrafos também publicaram um ensaio sobre o tema no livro intitulado "Brutalist Italy: Concrete Architecture from the Alps to the Mediterranean Sea".
Ciclovia da Avenida Paulista. Imagem: Prefeitura de São Paulo
O estudo intitulado Priorizar o transporte ativo por bicicletas!, publicado pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), núcleo de pesquisa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, apresenta uma análise instrumental de planejamento relacionado ao sistema cicloviário de São Paulo, comparando o cenário atual com o que foi planejado para o futuro, sob o panorama das desigualdades.
O jornalista Flávio Soares, mestrando da Escola Politécnica (Poli) da USP, integrante da equipe de pesquisa do CEM e um dos autores do artigo, explica os principais pontos analisados para a construção de ciclovias e ciclofaixas nas cidades.
Self Similar, uma grande instalação de land art criada por Jim Denevan, foi recentemente inaugurada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, como parte de uma exposição que se estende por toda a cidade. Com curadoria de Reem Fadda, Diretora de Programação Cultural de Abu Dhabi, e Alia Zaal Lootah, a exposição reúne 35 obras de arte site-specific, produzidas por artistas locais e internacionais. Em cartaz até 30 de janeiro de 2024, a exposição é uma coleção diversificada que tem como objetivo envolver o público.
Esquerda: ‘(Re)membering the See Monster’ por Eldry John Infante; Centro: Mapa Arquetográfico da Paisagem Incompleta da Pedra Branca’ de Eugene Tan; À direita: ‘Grundtvig’ de Ben Johnson. Imagem cortesia do Prêmio de Desenho de Arquitetura
O 7º Prêmio de Desenho de Arquitetura celebra a arte do desenho em três categorias principais: manual, digital e híbrido. A competição recebeu quase 250 desenhos de todo o mundo, um recorde, com a maioria das inscrições na categoria à mão.
Os vencedores de cada categoria foram anunciados e serão exibidos no Museu Sir John Soane em Londres, de 31 de janeiro a 3 de março de 2024. O grande vencedor será revelado no dia 29 de janeiro em evento online que precede a abertura da mostra.
Segundo o júri, as tecnologias empregadas pelos participantes para encontrar formas criativas de representar edifícios provocaram discussões profundas entre os jurados, testando a natureza e a definição do desenho arquitetônico.
No âmbito do consórcio Schools by Circlewood, David Gianotten e Michael den Otter do OMA, em parceria com o Studio A Kwadraat, representado por Jimmy van der Aa, foram os vencedores do concurso para projetar a escola Wisperweide em Weesp. Esta será a primeira escola a ser construída utilizando o sistema modular pré-fabricado de madeira da Schools by Circlewood, desenvolvido em colaboração com o OMA. Recentemente, o sistema foi escolhido pela administração de Amsterdã para ser implementado em toda a rede de escolas da cidade.