
Nestes primeiros anos do século XXI a maioria das grandes capitais latino-americanas está sob governo de partidos ou coalisões progressistas ou de esquerda, com um importante apoio popular. São cidades de alta visibilidade, com meios para realizar políticas transformadoras num sentido democrático e de justiça social. Referimo-nos a Cidade do México, Bogotá, Quito, Lima, La Paz, Santiago, Montevidéu, São Paulo, Caracas. Destaca-se a ausência de Buenos Aires, que teve governos duvidosamente progressistas nos anos 90 e início dos 2000 e hoje é governada por uma direita neoliberal que substitui a justiça pela demagogia. Uma experiência (ruim) a ser levada em conta.
Um governo progressista que pretende consolidar políticas de reforma precisa durar, ao menos, dois ou três mandatos. Para fazer progredir a cultura política democrática nos parece muito conveniente realizar uma análise dessas experiências, como começaram suas jornadas, os primeiros resultados de suas políticas e seus atuais desafios. Não pretendemos agora realizar esta análise de todas as cidades citadas, o conhecimento não seria suficiente e não caberia em um artigo de periódico. Exigiria ao menos uma série. Apenas pretendemos propor alguns critérios do que pode ser uma política de esquerda ou progressista a partir de um conhecimento básico dos casos citados. Como avaliar uma política de esquerda? Consideramos três critérios e cada um deles se situa em uma escala diferente.




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