O famoso distrito dos canais de Amsterdã comemora seu 400º aniversário este ano. E, embora o distrito tenha crescido e evoluído com o passar dos séculos, hoje, mais que nunca, a região tida como Patrimônio Mundial pela UNESCO luta para garantir que seu passado não detenha seu futuro.
Para Jarrik Ouburg, arquiteto de Amsterdã, o problema era mais específico: em um distrito histórico como este, como manter as transformações urbanas em um ritmo lento? Esta questão levou-o a seu atual projeto, “Tussen-ruimte.” Tussem-ruimte (entre espaços, em holandês) instala obras de arte e arquitetura contemporânea em pátios e becos que se formaram com o passar dos séculos no distrito dos canais.
https://www.archdaily.com.br/br/01-150514/entre-os-edificios-da-historica-amsterda-uma-intervencao-urbanaKatherine Allen
No início de dezembro do ano passado foi construído, em uma área vazia de Christchurc (Nova Zelândia), um espaço público para a realização de concertos e eventos abertos. Inicialmente estava programado que funcionasse durante seis meses, ou seja, até maio deste ano. Mas, por demonstrar ser capaz de reativar um espaço urbano e, por meio de uma campanha de crowdfunding organizada pelas pessoas que não queriam que ele fechasse, o espaço ficará permanecerá aberto por mais um ano.
O que faz deste local chamativo às pessoas, chamado de “Pavilhão de Pallets”, não é somente sua gestão comunitária, mas o fato de ter sido construído com materiais de construção sustentáveis. Feito com mais de 3.000 pallets de madeira reutilizados - e com a ajuda de 250 voluntários - o pavilhão não funciona somente como um centro comunitário ao ar livre, mas como um jardim em meio à cidade.
A seguir mais informações e fotografias do pavilhão.
Para celebrar a excelência em arquitetura e desenho urbano em Nova Iorque, a Municipal Art Society anunciou os vencedores do Prêmio MASterworks deste ano. Começando como o "Melhor Novo Edifício", Steven Holl foi premiado pelo seu Centro Esportivo Campbell em Manhattan. Veja os demais premiados, a seguir.
Este encontro é a segunda fase do trabalho de residência que aconteceu no bairro do Bixiga, em outubro. Reúne o coletivo Supersudaca (América Latina/Europa), arquitetos do Teat(r)o Oficina e estudantes. O grupo formará um laboratório de criação para propor uma intervenção no bairro.
O Glossário reúne os termos que emergem da nova cidade de Gurgaon, Índia. Neste encontro será desenvolvido um glossário específico para São Paulo. Este evento é um convite à troca de observações e experiências urbanas.
Enquanto as ruas de grandes cidades no Brasil estão zunindo com agitações políticas e até mesmo motins, a 10ª Bienal de Arquitetura de São Paulo foi inaugurada no dia 12 de outubro. O New Institute e o escritório de Roterdã Crimson Architectural Historiansorganizaram o ‘Track Changes’, uma série de debates, apresentações e encontros para essa Bienal. Em uma configuração pública, mas ainda assim intimista, serão discutidas tanto as transformações que a sociedade vem atravessando em um período de crises econômicas, políticas e sociais, como o papel que arquitetos e urbanistas podem assumir dentro desse contexto. Os debates serão realizados nos dias 4, 5, e 6 de novembro.
Com o aumento do número de pessoas migrando para as cidades, aumenta também a preocupação quanto ao futuro da agricultura. Protótipos de fazendas verticaisurbanas têm sido desenvolvidos e, considerando-se as projeções de crescimento urbano, estas fazendas provavelmente farão parte de nosso futuro.
Nos escritórios Pasona, o futuro já chegou. Esta agência de empregos de Tóquio dedicou 20% de sua área para o cultivo de vegetais, tornando-se a maior fazenda urbana do Japão.
https://www.archdaily.com.br/br/01-150160/em-toquio-um-escritorio-se-transforma-em-fazenda-verticalKatherine Allen
Em uma esquina do bairro Born, em Barcelona, havia um terreno vazio completamente abandonado que já não era mais valorizado pelos vizinhos. Por este motivo, a equipe de lagaleriademagdalena e o fotógrafo Joan Tomás conceberam, em junho de 2012, a intervenção #Encaja_dos que, a partir de retratos de pessoas incorporados às paredes, converteu o espaço em uma galeria de arte ao ar livre.
Entretanto, no início deste ano o espaço voltou a ter um aspecto descuidado, em parte pelo lixo que se acumulou e porque foram pregados cartazes publicitários sobre as fotos sorridentes das pessoas. Assim, a equipe responsável pela primeira intervenção decidiu lançar uma segunda, em junho deste ano, junto a uma campanha de financiamento coletivo.
O site d3 anunciou os vencedores da competição Natural Systems 2013, um prêmio anual que oferece a arquitetos, designers, engenheiros e estudantes a chance de investigar processos naturais da escala microscópica à macroscópica, e propor soluções inovadoras baseadas na natureza para arquitetura, urbanismo, interiores e produtos, visando um modo de vida mais sustentável.
O júri, composto por arquitetos e designers engajados em sustentabilidade e experimentações digitais, selecionou este ano três vencedores e quatorze menções especiais. A seguir, imagens dos 17 projetos.
O escritório de arquitetura penda, liderado por Chris Precht em colaboração com Alex Daxböck, enviou uma proposta para a competição Salford Meadows Bridge, que convidava os participantes a propor uma ponte de pedestres na Inglaterra.
O "O" é um conceito elegantemente simples, manifestando-se como uma notável reinterpretação de uma tradicional ponte de pedestres. A ponte multifacetada oferece perspectivas únicas e envolventes, aproximando os pedestres e culminando em uma fascinante elipse que engloba aqueles que cruzam o Rio Irwell. "Criar um gesto convidativo para Salford Meadows era o principal objetivo", disse Precht, buscávamos "um espaço de transição, onde a estrutura quase abraçasse você".
Concebido como um anexo-satélite do Teatro Municipal, com a expansão do edifício do Conservatório Dramático Musical, o conjunto da Praça das Artes foi feito para abrigar a sede dos corpos artísticos da cidade (orquestras, quartetos de cordas e corais), além de escola de música, escola de dança e centro de documentação musical. Obra da Secretaria Municipal de Cultura, instalou-se em um miolo de quadra consolidado no centro histórico de São Paulo, entre o Vale do Anhangabaú, a Rua Conselheiro Crispiniano e a Avenida São João, realizando uma importante costura urbana.
As estações, as linhas de metrô e de trem serão usadas como vetores e pontos de interesse para visitar obras importantes para a paisagem paulistana.Agrupados nos Roteiros exemplares da arquitetura Colonial, Eclética, Moderna e Contemporânea, além de obras restauradas, praças, parques e arte urbana.
As visitas serão monitoradas por professores especialistas e estudantes. Contará também com a participação de alguns convidados especiais, os arquitetos autores dos projetos.
Mesa para Todos é uma experiência para quem quer fugir da São Paulo mais óbvia e provar um brunch de ingredientes fresquíssimos, no local onde acabaram de ser colhidos.
Com cardápio elaborado pelo chef Raphael Despirite, a mesa será posta em uma das plantações do projeto Cidade Sem Fome – que une agricultura urbana com hortas comunitárias, no bairro de São Mateus, zona leste da cidade.
Esta atividade integra a X Bienal de Arquitetura explorando o tema central: a mobilidade urbana. Ao se deslocar até um dos extremos da capital, os 40 participantes serão convidados a refletir sobre sua relação com os alimentos que consomem diariamente.
6^3^3 é um projeto que combina práticas teóricas e performativas com o objetivo de investigar por meio de estratégias artísticas as metrópoles de Buenos Aires, São Paulo e Hamburgo.
De 6 a 9 de novembro, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) e o SESC São Paulo, apresentam o Encontro Internacional : " Cidade: Modos de Fazer, Modos de Usar", que acontece na X Bienal de Arquitetura de São Paulo. Sediado no SESC Pompeia, o evento gratuito e aberto ao público segue a proposta desta edição da Bienal, que é despertar na população um engajamento consciente nos processos de construção e fruição das cidades, apontando para a responsabilidade coletiva.
Com este artigo finalizamos a série de três artigos que relatam o conceito de Placemaking e a importância dos cidadãos no desenvolvimento de suas cidades. Revise a primeira parte deste post aqui.
O trabalho de muitas pessoas pode tranquilamente ser realizado ao ar livre, contudo, por diversas razões, a maior parte destes trabalhos acontecem em locais privados, ao invés de servirem para animar o espaço público. No entanto, cidadania ativa não significa que tudo seja trabalho (e nada seja lúdico), já que, “qualquer tipo de comunidade (que apoie a participação) não irá apenas solucionar os problemas que os vizinhos querem resolver”, explica Matt Leighninger, o diretor do Consórcio da democracia deliberativa. “Também deve haver a celebração do que se tem feito, através da socialização, com música, comida, entre outros temas.”
O Centro de Documentação do Camboja (DC-Cam) contratou Zaha Hadid para projetar o muito aguardado instituto de estudos sobre genocídio em Phnom Penh. O novo campus, conhecido como Instituto Sleuk Rith, servirá como uma extensão do trabalho realizado no DC-Cam, além de ser um importante centro de estudos sobre genocídio na Ásia. Com um campus modesto, o instituto abrigará o centro de estudos, uma escola, um museu voltado à memória e educação e outros programas.
"A visão de Youk Chhang é inspiradora", disse Zaha. "O programa do Instituto Sleuk Rith clama por beleza e por um futuro otimista para curar e reconectar um país, sendo o Centro de Documentação do Camboja uma peça chave neste processo."
O projeto Amplifying Creative Communities (Amplificando Comunidades Criativas), iniciado por DESIS Lab(Design for Social Innovation and Sustainability) na universidade Parsons The New School for Design, em Nova Iorque, com o apoio da Fundação Rockefeller, busca ampliar iniciativas da comunidade no desenvolvimento de modos sustentáveis de viver e trabalhar. Ao divulgar iniciativas colaborativas, o projeto pretende estimular diferentes pessoas a seguirem exemplos positivos, multiplicando ações coletivas e ampliando o impulso rumo a centros urbanos mais desejáveis.
Os membros coletivos que formam o Supersudaca vivem cada um em um país diferente. De 02 à 09 de novembro eles estarão todos juntos no workshop Incomplete Works no Sesc Pompeia. O workshop será um escritório aberto e os membros do grupo utilizarão a mesa de trabalho – no meio da exposição – para desenvolver seu livro retrospectiva de todas as iniciativas que já conduziram em rede.
O grupo ENTRE está presente na X Bienal de Arquitetura com um espaço expositivo no SESC Pompéia apresentando o trabalho do coletivo e também realizará o lançamento da campanha de financiamento coletivo do projeto ENTREVISTAS COM ARQUITETOS.
A partir desta terça-feira (5), das 12h às 17h, o Cemitério do Araçá abre os portões ao público para uma experiência diferente: um passeio pela necrópole, acompanhado de música. “Penetrável Genet”, parte da programação da X Bienal de Arquitetura, é uma obra de ocupação artística de um espaço urbano e humano, que quer oferecer às pessoas uma reflexão sobre memória, vida e morte – a criação e a ressurreição do homem e da cidade.
A trilha sonora é a composição musical “Oto Souza Mattos”, de Celso Sim e Pepê Mata Machado, baseada em um texto de Helio Oiticica, que será apresentada aos visitantes em fones de ouvido individuais, enquanto passeiam pelo local.
Debate de lançamento com Paulo Arantes (filosofia, USP), Ruy Braga (sociologia, USP), Raquel Rolnik (arquitetura e urbanismo, USP) e integrante do Movimento Passe Livre – São Paulo com mediação do curador da Bienal Guilherme Wisnik.
Há algumas semanas tive a oportunidade de assistir a um curso lecionado por Carme Miralles, doutora em urbanismo e especializada em temas de Mobilidade, Transportes e Sustentabilidade vinculada a estes assuntos. Uma das particularidades dos estudos que ela tem realizado diz respeito à compreensão da mobilidade como transformador social e urbano, deixando de anteceder a figura dos meios de transporte como objetos de estudo, mas compreendendo a mobilidade a partir da soma dos deslocamentos que fazem autonomamente todos os indivíduos.
Quais são os pontos chaves da solução do problema do transporte das cidades, que não dependem dos modais de transporte?
A transformação da percepção de como lidar com a questão da mobilidade na cidade torna pertinente uma análise dos fatores que permitem, a partir do território urbano, responder às necessidades de uma cidade com deslocamentos cada vez maiores.
Vivemos em um mundo que se urbaniza a uma taxa surpreendente: há 100 anos, somente 20% das pessoas vivia na cidade, em 2010, mais da metade da população mundial vivia em áreas urbanas, e para 2050, espera-se que a cifra aumente para 70%. Conforme estas megacidades se tornam mais densas e superlotadas, seus sistemas de transporte lutam para enfrentar a enorme quantidade de pessoas se deslocando. Por isso, muitas cidades ao redor do mundo estão começando a despertar para o fato de que precisarão ser transitáveis e incentivar o uso da bicicleta, para simplesmente poder funcionar no futuro..