Romullo Baratto é arquiteto e urbanista, doutor em arquitetura e cinema pela FAU-USP. Project Manager do ArchDaily, também trabalha como fotógrafo de arquitetura. Integrou a equipe curatorial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2017. Siga-me no instagram: @romullobf
A Aula São Paulo é um projeto organizado pelo Governo do Estado de São Paulo desde 2012 cujo objetivo é reunir profissionais de renome para apresentar práticas e ideias de planejamento urbano a serem aplicadas no contexto das nossas regiões metropolitanas. A iniciativa busca inspirar, provocar, despertar a curiosidade e o otimismo nas esferas pública e privada, trazendo propostas de ação e formando um fórum de discussão em torno do futuro das cidades.
Neste final de semana, 17 e 18 de agosto, será comemorado o Dia do Patrimônio na cidade de Pelotas – RS. Dezenas de prédios históricos abrirão suas portas para a comunidade, combinando as visitações com oficinas, exposições, palestras, apresentações teatrais e musicais, projeções de filmes e feiras.
Tais ações de caráter educativo e festivo pretendem não somente aprofundar o conhecimento dos cidadãos quanto a sua memória, história e construção da identidade, como também ampliar o entendimento da população quanto à abrangente definição de patrimônio cultural.
Realizado mensalmente há três anos, o arqDEBATES é um evento gratuito organizado por um grupo de estudantes e arquitetos recém-formados interessados em criar uma agenda local de debates sobre a arquitetura e o urbanismo na cidade de Recife. Com isso em mente, são organizadas palestras, exibições de filmes, visitas guiadas, dentre outras atividades, sempre seguidas por um debate com o público presente, que é, em geral, heterogêneo, não restrito a arquitetos e urbanistas. O objetivo maior desta iniciativa é criar uma cultura arquitetônica e urbanística na população em geral.
Nesta quinta-feira, 22 de agosto, o Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento São Paulo (IAB-SP), juntamente com a Editora Perspectiva e a livraria Bookstore convidam todos os interessados a comparecer no lançamento do livro “Cidades para Pessoas” de Jan Gehl.
No evento estarão presentes Helle SØholt, Solvejg Reigstad e Sofie Kvist, da equipe de Gehl, para uma conversa com o público acerca do tema abordado no livro.
Imagine viver em um lugar verdadeiramente vivo: um bairro alegre, dos sonhos! Imagine-se nas ruas, na praça local, na orla ou no mercado público. Pense nas cores, nas panorâmicas, nos odores, nos sons. Imagine as crianças brincando, a atividade no exterior das lojas e dos espaços de trabalho, vendedores de comida, eventos culturais locais e festivais ao ar livre. Pare um minuto, agora mesmo, feche os olhos e realmente imagine.
E agora a pergunta: nesta visão, o que você vem fazendo para colaborar com esta comunidade?
Há alguns meses mostramos aqui seis casos bem sucedidos de bibliotecas comunitárias que tem conseguido aproximar os livros das pessoas em espaços públicos através da reutilização, por exemplo, de um ônibus público ou de uma típica cabine telefônica de Londres.
Agora, mostramos oito novos casos que seguem esse princípio e que cumpriram seu objetivo, dando a opção das pessoas de ler enquanto estão na rua, num parque ou até mesmo num ponto de ônibus.
Na esteira dos recentes protestos que abalaram o país, a Editora Boitempo lança “Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil”. Trata-se do primeiro livro impresso inspirado nos megaprotestos que ficaram conhecidos como as Jornadas de Junho, além de ser o principal esforço intelectual até o momento de analisar as causas e consequências desse acontecimento marcante para a democracia brasileira. Escrito e editado no calor da hora, em junho e julho, Cidades rebeldes é um livro de intervenção, que traz perspectivas variadas sobre as manifestações, a questão urbana, a democracia e a mídia, entre outros temas.
A editora realiza, no dia 22 de agosto, um ciclo de debates sobre o direito à cidade e as "Jornadas de Junho", em São Paulo e no Rio de Janeiro, com alguns dos autores do livro. Veja abaixo os locais e datas dos debates.
O sistema de aluguel de bicicletas urbanas já está consolidado em diversas cidades ao redor do mundo. Copenhague, Paris, Amsterdam e Nova Iorque são alguns dos lugares onde o sistema funciona há algum tempo e contam com uma infraestrutura de escala adequada, tanto em número de bicicletas, quanto de estações.
No Brasil algumas capitais e cidades menores já contam também com sistemas semelhantes: Bike Rio, Bike Sampa e Bike PoA, são alguns destes exemplos. O site TheCityFix Brasil fez um levantamento das capitais estaduais onde o sistema de aluguel de bicicletas já foi implantado. Confira a seguir:
Peñalosa de bicicleta na rodovia SC-401, Florianópolis. Image
Em visita à Florianópolis para o evento Fronteiras do Pensamento, Enrique Peñalosa apresentou uma palestra sobre um tema de sua especialidade: mobilidade urbana. Questão recorrente nos últimos anos em qualquer discussão sobre planejamento urbano e cidades, o assunto é visto, por Peñalosa, não apenas como uma questão de tráfego, mas de política, democracia e dignidade humana.
Em sua visita à Florianópolis - capital com o maior IDH do Brasil, mas com profundos problemas de mobilidade urbana – o ex-prefeito de Bogotá apontou e criticou muitos dos aspectos de como a capital catarinense trata o assunto da mobilidade e, por conseqüência, seus cidadãos.
"Isso é um desrespeito à dignidade humana", disse ao mostrar a fotografia de uma rodovia de cujo poste de iluminação pendia uma bicicleta pintada inteiramente de branca – sinal de que ali havia morrido um ciclista.
Entretanto, muito além de criticar, o ex-prefeito mostrou, com base em sua experiência na capital colombiana, alternativas de como melhorar a situação da cidade, dando especial atenção aos pedestres e às calçadas, espaço por excelência das vivências urbanas.
A seguir setes estratégias para qualificar a cidade:
A página Landscape Architects Network dedica-se a difundir o ponto de vista de arquitetos, urbanistas e outros profissionais, sobre a conexão entre a arquitetura da paisagem e as cidades.
Elaboraram há algum tempo um ranking com as que consideram as dez melhores praças do mundo, por manterem sua essência histórica de uma praça ou seja, um lugar público onde os ambientes refletem aspectos econômicos, sociais e políticos de uma cidade.
Aproveitando a presença de Sofie Kvist - gestora de projetos do escritório Gehl Architects - o Bike Anjo, oGangorra e Cidades para Pessoas promovem o “Papo Reto: o que falta para São Paulo ser das PESSOAS?”, um debate sobre a questão do direito à cidade e de como, através de pequenas iniciativas, pode-se devolver a cidade - no caso São Paulo - às pessoas. O debate conta também com a presença de Natália Garcia, criadora da iniciativa Cidades para Pessoas.
Fundado por Jan Gehl em Copenhague, o escritório Gehl Architects presta consultoria de qualidade urbana para inúmeras cidades ao redor do mundo. Sofie, juntamente com David Sim e Helle Søholt, também do Gehl Architects, estão no Brasil para desenvolver um projeto a pedido da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de São Paulo.
Luanda é a capital da Angola, na costa atlântica da África. Nesta cidade-porto vivem cinco milhões de pessoas que na sua maioria trabalham na produção de bebidas, tecidos, cimento, plásticos, metais, cigarros e sapatos. Este ano, assim como em 2011, Luanda foi catalogada como a cidade com maior custo de vida para os estrangeiros, segundo o estudo anual elaborado pela consultora Mercer.
O informe “Custo de vida 2013” analisou 214 cidades nos cinco continentes tomando, basicamente, Nova York como referência quanto a custos, comparando mais de 200 artigos em cada cidade, como habitação, transporte, comida, roupa, utensílios para o lar e entretenimento. Ainda que as cidades europeias - especificamente da Suíça- estejam dentro do ranking, a maioria dos postos mais altos são ocupados por cidades da Ásia e África.
O curso, ministrado pelo arquiteto Rodrigo Queiroz, pretende fazer um exame da obra de Niemeyer a partir da constatação de que seus espaços, organizados por formas gestuais e ortogonais sobre uma esplanada, resultam de uma clássica composição de figura-fundo, que, ao afastar-se da superfície homogênea resultante da síntese entre forma abstrata, industrialização e planificação urbana que identificou as experiências da vertente construtiva do projeto moderno, revela o ambíguo sentido local e universal de sua arquitetura.
O concurso pretende escolher o melhor projeto para um prédio especialmente concebido para guarda e preservação de um acervo composto por documentos de diferentes tipos de suporte, pertencentes a grandes escritores brasileiros, além de livros raros e manuscritos importantes como o da Primeira Constituinte Republicana de 1889.
O concurso prevê também o projeto para uma Sala de Exposição que além de receber temporariamente parte das peças que compõem o acervo poderá também receber mostras temporárias.
O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento da Bahia (IAB-BA) realiza, nos próximos dias 23 e 24 de agosto, o sexto ciclo dos Seminários de Política Urbana Quitandinha+50, em Salvador. Com o tema “Esvaziamento dos centros: a dinâmica urbana e a expansão incontrolável”. A etapa baiana terá transmissão ao vivo através dos sites do IAB de do IAB-BA. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no local, a partir das 8:30 do dia do evento. As vagas são limitadas a 200 participantes.
O IAB-BA defende que a recuperação e reocupação do Centro Antigo de Salvador devem ser colocadas como prioridades pelos gestores municipais e estaduais e por toda a sociedade. Os ciclos de seminários do Quitandinha+50 analisarão o caso da capital baiana a partir da reunião de especialistas com experiências em outras cidades do Brasil e do mundo.
O Estado do Amazonas receberá, nos dias 30 e 31 de agosto, a sétima edição do ciclo Seminários de Política Urbana Q+50. Promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e organizado pelo IAB-AM, o evento tem como tema “A Amazônia urbana”. Estarão em debate temas como o passivo socioambiental, saneamento, o sistema hídrico e os impactos climáticos das grandes cidades brasileiras. O seminário acontecerá no auditório do Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM) e terá transmissão ao vivo, online, através da página do IAB.
Perspectiva externa. Image Cortesia de Abiola Akandé Yayi e Robert Soares
Como parte do projeto "Uma indústria cultural em desenvolvimento: arquitetura em terra", o Comitê Internacional para o Desenvolvimento dos Povos de Níger (CISP Níger), através do programa ACP-EU de apoio ao setor cultural, organizou um concurso internacional de ideias para um pavilhão de arquitetura em terra em Niamey, capital de Níger, cujo mote era "Pas de futur sans culture" ou, "Não há futuro sem cultura".
O objetivo do concurso era a concepção de um pavilhão da arquitetura em terra que oferecesse um testemunho contemporâneo deste tipo de arquitetura, difundindo as possibilidades oferecidas pelas técnicas de construção com materiais locais, em particular a terra. Este concurso de ideias, aberto a profissionais da construção, docentes e estudantes de arquitetura, ofereceu uma oportunidade única para os participantes de se aprofundar na temática da construção em terra.
A equipe vencedora, composta por dois estudantes da Universidade Federal de Uberlândia - Abiola Akandé Yayi e Robert Soares - utiliza a técnica de taipa de pilão para propor um pavilhão que se assume como uma construção em terra crua - que independe de materiais mais “nobres” - e que leva em consideração as condições climáticas de Niamey, como a insolação e a orientação dos ventos, em sua composição formal e espacial.