“Você pode me ajudar a projetar minha torre residencial? São 30 andares e está localizada no Brooklyn, em Nova York.” A resposta do ChatGPT pode ser surpreendente. Dado que o robô não tem experiência em arquitetura e certamente não é um arquiteto licenciado, ele foi rápido em listar considerações para o meu edifício. Códigos de zoneamento, funcionalidade da planta, códigos de construção, materialidade, design estrutural, espaços de comodidades e medidas sustentáveis foram apenas alguns dos tópicos sobre os quais o ChatGPT compartilhou informações.
O fundador da SpaceX e fã de ficção científica, Elon Musk, está tentando tornar o sonho das viagens espaciais uma realidade científica. "A fim de salvaguardar a existência da humanidade", explica ele, "precisamos nos tornar uma civilização multiplanetária." Musk diz que está focado em garantir a construção de um segundo lar em outro lugar no espaço, e está de olho em Marte. E ele não está sozinho, claro. O recém-lançado Moon to Mars Architecture Concept Review da NASA é um “estudo das ferramentas e das operações necessárias para missões humanas à Lua e Marte”, que pode levar a descobertas científicas de longo prazo e, finalmente, à ocupação de outros lugares do espaço.
Mas há um longo caminho a ser percorrido antes de chegarmos lá – e não apenas os 60 milhões de quilômetros (distância média até Marte). O maior desafio para a habitação e eventual colonização de Marte é a própria humanidade e nossa indecisão. Muitos de nós questionamos por que deveríamos investir tanto de nossa energia – tanto esforço quanto recursos – em tal tarefa, quando há muitos assuntos mais urgentes para resolver aqui na Terra?
Plantas antigas e compartimentadas, aberturas pequenas, pavimentos inferiores que recebem pouca iluminação. Os desafios para aprimorar a iluminação natural em um apartamento podem ser os mais variados. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a maximizar a entrada de luz nos interiores e trazer benefícios como: conforto, sensação de amplitude, bem-estar e economia de energia.
Seguindo as descobertas de um estudo publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution em abril, tornou-se conhecimento público que a ilha artificial de lixo plástico conhecida comoGreat Pacific Garbage Patch (uma área de mais de 1,6 milhões de quilômetros quadrados entre a Califórnia e o Havaí) serve como lar de um ecossistema costeiro inteiro. A vida marinha está usando a enorme área aglomerada de resíduos plásticos humanos como habitat flutuante, e os cientistas ficaram chocados com o número de espécies que conseguiram estabelecer vida nesse ambiente hostil.
A notícia mais uma vez traz à tona não apenas questões urgentes de mudanças climáticas e poluição do oceano, mas também a questão da migração induzida pelo meio ambiente, mesmo em nível microbiano. A arquitetura está se movendo cada vez mais para reinos experimentais quando se trata de considerar locais para as comunidades do nosso futuro. O aumento do nível do mar colocou a água ao topo da lista desses locais. Mas essas deliberações não são tão recentes quanto se poderia pensar: cidades flutuantes existem há séculos e casas na água são comuns em áreas do Benin, Peru ou Iraque, entre outros.
Torres, passarelas, decks, cabines e casas de árvores. Desde o ano de 2010, o Festival Hello Wood tem erigido dezenas de construções temporárias, com um denominador comum: a madeira. Trata-se de uma iniciativa que busca democratizar o conhecimento em torno deste material, que apresenta um grande potencial para o futuro, mas que ainda sofre com inúmeros preconceitos na indústria da construção. Através da conexão entre designers e artistas de diferentes origens culturais, acadêmicas e profissionais, o evento utiliza a construção como plataforma para inovação, discussão e conhecimento. Oferece aos participantes a oportunidade única de experimentar métodos de design e construção sustentáveis, incentivando a aprendizagem através da experiência, realizado em uma área florestal próxima a Budapeste, Hungria.
Cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água para atender as necessidades diárias de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia, de acordo com a Sabesp. Devido à pressão da água em edifícios e apartamentos, o consumo pode ser maior. Além disso, o país perde cerca de 40% de toda a água potável captada, segundo dados levantados pelo Instituto Trata Brasil em 2022. Mas, ao menos dentro de casa, é possível amenizar esse gasto de água limpa inserindo algumas mudanças simples.
Não há poucos deslizes no léxico da arquitetura, e a palavra "arquitetônico" está entre os primeiros da lista. Problemas inevitavelmente surgem quando o adjetivo substitui o substantivo. Isso acontece mais do que se pensa, especialmente nos últimos tempos. Outra questão surge quando, devido em parte a uma pequena falha linguística, a arquitetura é entendida como algo distinto do edifício, abstendo-se da concretude do mundo físico.
Seja com a paisagem e a natureza do entorno de um terreno, ou com os desejos e necessidades de seus clientes, para o arquiteto paulista Gui Mattos, a elaboração de um projeto arquitetônico é sempre um processo de diálogos e trocas, construído em conjunto a uma série de outros elementos. Formado em 1986 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (FAU Santos), ele lidera, desde 1987, o escritório de arquitetura que leva seu nome e que hoje conta com mais de 40 colaboradores.
Preservar, difundir e criar expressões culturais. Quando visitamos museus, galerias, bibliotecas e distintos centros culturais entendemos outras visões de mundo. É desta forma que ampliamos nossa subjetividade, empatia e ganhamos novos saberes. Em Portugal, um país de história milenar que cruza diversas camadas culturais, da comida às artes, há um constante investimento em equipamentos que ajudam a compartilhar e reforçar seu passado e presente. E, como não poderia ser diferente, a arquitetura é fundamental para tecer estas narrativas.
O escritório Olson Kundig, sediado em Seattle, é um exemplo de como o contexto e a cultura podem influenciar a abordagem projetual de uma empresa. Fundado em 1966 por Jim Olson e agora composto por centenas de colaboradores e treze diretores/proprietários, incluindo Tom Kundig, o escritório conta com um portfólio extenso e diversificado que abrange diferentes escalas e orçamentos. Em palestras e entrevistas, Kundig em particular, frequentemente aborda sobre como ter crescido em uma região de forte tradição mineradora e madeireira influenciou a estética industrial e racional de seus projetos, o uso de materiais duráveis e de baixa manutenção, bem como uma atenção especial à artesania na arquitetura. Em muitos dos projetos do escritório, no entanto, chama a atenção a engenhosidade e o destaque dado às partes móveis, embaçando os limites entre dentro e fora. Isso é geralmente alcançado através da incorporação de dispositivos manuais que permitem que os usuários ativem diretamente o edifício, conectando-os ao mesmo tempo ao contexto, mas também com a própria edificação e os mecanismos dinâmicos ali presentes.
Mudanças são difíceis. Especialmente quando são impostas a você. Mas mudanças também podem ser boas. Os primeiros meses depois que um filho sai de casa — mais alguns meses de apreensão antecipada — são os mais difíceis de suportar. Apesar do orgulho sentido por suas conquistas e das esperanças para um futuro brilhante, o sentimento agridoce é reforçado pelo vazio do espaço que eles deixam para trás.
Assim como muitos futuros pais entram em um período repentino de "aninhamento" antes da chegada da criança — limpando, organizando e adaptando a casa para o bebê — aqueles que estão no final do ciclo de criação dos filhos experimentam um sentimento oposto de tristeza quando os filhos deixam o lar. Sentimentos de vazio, solidão e falta de propósito, ao se deparar com o silêncio arrepiante de um quarto estranhamente arrumado, são acompanhados pela ansiedade sobre como lidarão com o mundo e pela perda da identidade como pais.
O clima tropical é famoso pela exuberância de sua flora. Não à toa, projetos arquitetônicos realizados na região mantém um constante diálogo entre a natureza e o ambiente construído. Afinal, não é novidade como a biofilia agrega diversos benefícios para o usuário. No entanto, altas temperaturas, chuvas frequentes e elevados níveis de umidade do clima apresentam desafios únicos para conciliar a conexão entre interior e exterior com a construção de casas que sejam confortáveis e eficientes ao longo do tempo. Na busca por soluções que atendam às necessidades e demandas, fizemos uma seleção com projetos residenciais que se apropriam do contexto para se tornarem únicos nesse ambiente.
Quando a MUNI, rede municipal de trens de São Francisco, gastou muito dinheiro em um "metrô central" para Chinatown, eu fiquei receoso. Num sábado recente, porém, eu revivi o passeio pelas galerias que eu fazia antes da pandemia, pegando o trem de Berkeley para a cidade, caminhando para uma galeria perto da estação Embarcadero, depois pegando um bonde passando pelo estádio de beisebol até a estação CalTrain, onde troquei para outro bonde para ir às galerias e estúdios de artistas da Minnesota Street's Dogpatch.
https://www.archdaily.com.br/br/1001346/considerando-uma-cidade-de-15-milhas-por-horaJohn J. Parman
Sede da Symantec. Certificado por WELL. Imagem Cortesia de Little
Na teoria, a sensação de bem-estar pode ser definida como um estado de satisfação plena das exigências do corpo e do espírito, evocando sentimentos de segurança, conforto e tranquilidade. Na prática, a sensação de bem-estar pode ser fomentada por diferentes estratégias, desde hábitos individuais até a forma como o ambiente é construído.
Singapura, China, Dubai (Emirados Árabes Unidos), Londres (Inglaterra), Toronto (Canadá), Hong Kong, Nova York (EUA) e Paris (França) são exemplos de lugares que vêm se verticalizando mais intensamente nos últimos anos e adotando uma série de medidas para conter a expansão de seus territórios ao mesmo tempo em que buscam atender à demanda por mais moradias e infraestrutura. Nesse sentido, essas regiões têm visto crescer cada vez mais o número de arranha-céus ou prédios altos — como também são chamados — sendo construídos em seus bairros, inclusive em áreas centrais e históricas.
https://www.archdaily.com.br/br/1001430/arranha-ceus-a-solucao-e-crescer-para-cima-com-terreos-amigaveisSomos Cidade
Podemos entender a tecnologia verde como um conjunto de instrumentos que permitem o processo produtivo de forma sustentável. Isso significa que é possível conduzir o ciclo de vida dos produtos com mais responsabilidade, sempre em busca do mínimo impacto ambiental.
As etapas para produção começam na extração de matéria-prima, passam pela fabricação, pela distribuição, pelo uso até a fase de descarte. Assim, todo o ciclo pode contar com a aplicação de tecnologias verdes, que ajudam a tornar o processo menos impactante usando os recursos naturais de maneira sustentável e consciente.
room206 Apartment / Daiki Awaya. Image Courtesy of Daiki Awaya
Cozinhas reúnem a essência da cultura, atuando como museus de memórias, receitas, processos e tradições. Influenciada por práticas e costumes culinários, a arquitetura das cozinhas varia bastante de acordo com a região ou país. Nesse contexto, as cozinhas transcendem seu papel doméstico e se tornam manifestações de fatores culturais, sociais e regionais. Elas não apenas funcionam como espaços funcionais para o preparo de refeições, mas são reflexos do rico tecido cultural e dos estilos de vida dos indivíduos que as habitam.
O estudo-piloto foi feito no Residencial Baltimore, em Uberlândia, Minas Gerais. Foto: Flávia Almeida
Segundo dados recentes, o déficit habitacional no Brasil é de 5,876 milhões de domicílios: 5,044 milhões, em área urbana; e 832 mil, em área rural. Em termos percentuais, esse número corresponde a 8,1% do estoque total de domicílios particulares, permanentes e improvisados, do país. Com o objetivo de saldar, total ou parcialmente, essa enorme dívida social, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), lançado em 2009, passou a oferecer moradias acessíveis a famílias de baixa renda.