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The Indicator: Continuaremos em silêncio? O custo humano da Copa do Mundo no Qatar

Qatar diz que os projetos para a Copa do Mundo estão "no caminho", mas a International Trade Union Confederation (ITUC), que tem investigado a morte de trabalhadores nos Emirados nos últimos dois anos, veementemente discorda. Até o momento houve 1200 mortes de trabalhadores associadas aos projetos da Copa do Mundo em curso. Um relatório contundente, emitido pela ITUC em 16 de março, afirma que ao menos que sejam realizadas melhorias significativas nas condições de trabalho nos canteiros relacionados à Copa, pelo menos mais 4000 trabalhadores podem perder suas vidas. Isso significaria que essas construções estão "no caminho" de matar 600 trabalhadores por ano, ou pelo menos 12 por semana até que as faixas de inauguração sejam cortadas e os fogos de artifício disparados.

Em uma reunião do comitê executivo da FIFA realizada em Zurique no dia 20 de março, o presidente Sepp Blatter afirmou, "Temos alguma responsabilidade mas não podemos interferir nos direitos dos trabalhadores". Do mesmo modo, o comitê local da FIFA no Qatar diz que trabalhadores não são sua responsabilidade. Zaha Hadid disse o mesmo.

Entretanto, dado o coro crescente de manchetes como "The Qatar World Cup Is a Total Disaster" (A Copa do Mundo no Qatar é um desastre total), é possível que eles precisem dizer algo mais forte sobre a questão em algum momento - ou ter a imagem de sua arquitetura manchada. É claro que sabemos que o que querem dizer é que não é sua responsabilidade legalmente. Mas isso significa que deveriam estar acomodados, nem ao menos tentando influenciar uma mudança?

Saiba mais sobre a situação dos trabalhadores de Qatar a seguir.

Construção / Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc

A construção é uma ciência; é também uma arte, ou seja, é necessário ao construtor o saber, a experiência e um sentimento natural. Nasce-se construtor; a ciência que se adquire não pode mais que desenvolver as sementes depositadas no cérebro dos homens destinados a dar um emprego útil, uma forma durável à matéria bruta. Assim ocorre com os povos como com os indivíduos: alguns são construtores desde o berço, outros não se tornarão jamais; o progresso da civilização acrescenta pouco a essa faculdade natural. A arquitetura e a construção devem ser ensinadas ou praticadas simultaneamente: a construção é o meio; a arquitetura, o resultado; e no entanto, há obras de arquitetura que não podem ser consideradas como construções, e há certas construções que não se saberia como incluir entre as obras de arquitetura. Alguns animais constroem, uns células, outros ninhos, montículos, galerias, tipos de cabanas, redes de fio: essas são de fato construções, isso não é arquitetura.

Prêmio Pritzker: Tornando arquitetos "starchitects" desde 1979 (Mas a que custo?)

O cobiçado título "vencedor do Prêmio Pritzker" é hoje mais ou menos sinônimo de "star-architect", um termo que eu detesto e que a maioria daqueles descritos como tal provavelmente consideram irritante e constrangedor. E com razão. Estrelato no sentido de celebridade não ajuda a causa da arquitetura. A esposa de Wang Shu, Lu Wenyu, disse o mesmo quando pediu para não ser nomeada "co-laureada" com seu marido. Em uma entrevista para El Pais, observou "Estou feliz de poder fazer a arquitetura que acredito que ajude a melhorar nossas cidades. Estou convencida de que falar sobre isto desperta o interesse nos outros - e não ser famoso."

É claro que o Prêmio Pritzker não pretende criar uma escola de arquitetos famosos por serem famosos, mas reconhecer, celebrar e apoiar o talento, persistência e talvez uma contribuição única à causa da arquitetura. Cada um dos vencedores do prêmio merece este reconhecimento quer concordemos ou não com a escolha de um destinatário individual.

A cultura da fama é gerada não tanto por instituições culturais altruístas, mas em grande parte por uma mídia deslumbrada que busca criar um elenco de personagens famosos para escrever sobre. Há, é claro, pressão dos editores para fazê-lo, temendo talvez que com qualquer outro assunto possam perder leitores famintos pela cultura de celebridades. Os críticos, é claro, recebem também um status de celebridade secundária através da associação a esta cultura do estrelato.

The Indicator: Poderiam os escritórios de arquitetura abolir suas hierarquias?

O que a arquitetura pode aprender com Zappos? Sim, todos nós já ouvimos falar sobre cafés veganos, salas de yoga, jogar jogos de guerra e usar Crocs dentro do escritório, mas - mais importante - Zappos está transformando a cultura de escritório de forma vasta e significativa: põe um fim na hierarquia da equipe.

De acordo com o The Washington Post, Zappos é a maior companhia a ter adotado o princípio da Holocracy, a ideologia do empresário de software que se tornou guru de gerenciamente, Brian Roberston. Guru seria a palavra certa pois, à primeira vista, e talvez à segunda ou terceira, a Holocracy surge de algo parecido como um culto, embora um culto de gestão de negócios. Isso me assusta um pouco, mas tendo olhado através da página deles, eu me sinto um pouco melhor agora.

Em uma Holocracy, autoridade e responsabilidade são distribuídos através de uma organização de uma forma mais focada ao objetivo. Como dizem, "Todos se tornam um líder de suas funções e um seguidor de outras." Ainda não faz sentido? Hierarquias antigas que dependem dos "líderes" no topo, "seguidores" na base, e "gerentes" no meio são eliminadas completamente. Logo, não há mais "chefes". Não há mais "funcionários". Não existem mais "projetista júnior" ou "projetista sênior".

Razão e ser das estruturas / Eduardo Torroja

Na literatura técnica da construção encontram-se centenas de obras, de caráter teórico, sobre o cálculo de suas estruturas; muito poucas sobre as condições gerais de seus diferentes tipos, sobre as razões fundamentais que os determinaram, sobre as bases que devem orientar o problema de sua escolha e as ideias condutoras que guiam o projetista em seu trabalho inicial, seguindo princípios que, pouco a pouco, sua mente foi assimilando, mas sobre os que raramente se para a refletir.

Não se trata, em realidade, de dizer, nesta obra, nada novo sobre o tema. Pretende-se somente acompanhar o técnico e projetista da construção –seja arquiteto, engenheiro ou simplesmente aficionado– em um tranquilo devaneio pelo labirinto, cada vez mais confuso, dessa técnica, para recolher, ordenar e ressaltar ideias e conceitos fora de todo o quantitativo e numérico.

O Jurado do Pritzker Alejandro Aravena sobre Shigeru Ban: Virtuosidade ao serviço de nossos desafios mais urgentes

A seguir apresentamos as impressões de Alejandro Aravena em relação ao nomeamento de Shigeru Ban como Prêmio Pritzker em 2014. Aravena é o diretor executivo do escritório ELEMENTAL S.A e membro do júri do Pritzker.

Shigeru Ban expandiu o campo da arquitetura de forma atípica. Por uma parte conseguiu demonstrar que o artista iluminado e o projetista talentoso não está inevitavelmente condenado a trabalhar para a elite, mas que a inovação pode ocorrer enquanto trabalha-se para a maioria, especialmente para aquela historicamente desatendida e esquecida. Para isso, Ban redefiniu a maneira de se aproximar dos desafios urgentes, difíceis e relevantes, trocando a caridade pela qualidade profissional. Shigeru Ban nos ensinou que independente da dureza das circunstâncias ou a escassez de meios, o bom desenho, longe de ser um custo adicional, é um valor agregado que contribui aos problemas mais complexos com eficiência, poder de síntese e inclusive certo otimismo.

Shigeru Ban recebe o Prêmio Pritzker 2014

" Shigeru Ban é um arquiteto cujo trabalho incansável inspira otimismo. Onde outros podem ver desafios insuperáveis, Ban vê um convite à ação. Onde outros podem tomar um caminho seguro, ele vê a oportunidade de inovar. Além disso, ele é um professor comprometido que não é apenas um modelo para a geração mais jovem, mas também uma fonte de inspiração " - . Júri do Pritzker 2014

NeuroArquitetura e Educação: Aprendendo com muita luz

O seguinte texto corresponde ao capítulo 15 do Livro "NEUROEDUCAÇÃO: só é possível aprender aquilo que se ama" (Alianza Editorial, 2010), dedicado a analisar como interage o cérebro com o meio que o rodeia no momento da aprendizagem, a partir dos dados que traz a ciência.

Por Francisco Mora*

Por que ensinar os estudantes em salas de aula amplas, com grandes janelas e luz natural é melhor e produz mais rendimento que o ensino transmitido em salas apertadas e pobremente iluminadas? Em que medida os colégios, os institutos de ensino médio ou as universidades, que já foram ou estão sendo construídos nas grandes cidades modelam a forma de ser e pensar daqueles que estão se formando? É possível que a arquitetura dos colégios não responda hoje ao que realmente requer o processo cognitivo e emocional para aprender e memorizar, de acordo com os códigos do cérebro humano e a verdadeira natureza humana e sejam, além disso potenciadores de agressão, insatisfação e depressão? Até que ponto viver limitado ao espaço de uma sala de aula, longe das grandes extensões de terra com horizontes abertos ou montanhas, árvores, de solos cobertos de verde tem alterado os códigos básicos da aprendizagem e memória? Todas essas são perguntas atuais, persistentes, que incidem na concepção de uma nova neuroeducação. 

25 Instagram que deverias seguir ( Parte II )

25 Instagram que deverias seguir ( Parte II ) - Imagem de Destaque

Na metade do ano passado publicamos nossa lista de contas do Instagram que julgamos interessantes, mas sabíamos que aquelas eram apenas a ponta do iceberg. Vasculhamos a internet para encontrar outras 25 contas que certamente servem de inspiração - incluindo a do aventureiro raskalov, do fotógrafo de arquitetura nicanorgarcia, e, inclusive, a de nosso editor-chefe. Veja, a seguir, os 25 melhores Instagrams de arquitetura…

Construção Formal / Fabio Cruz

PROPOSIÇÃO GERAL

a. Corpos Materiais e Artificiais

Se olhamos ao nosso redor, vemos que estamos rodeados de uma infinidade de corpos materiais de que nos servimos para dar curso de nossa vida: utensílios, ferramentas, máquinas, móveis, edificações, etc.

Estes corpos não se encontram na natureza com a ordem, forma e características que lhes exigimos. Ou seja, que foi necessário construi-los especialmente. São, portanto, corpos artificiais ou “artefatos” (artifício, feito por arte).

The Indicator: A favela exótica e a persistência da cidade murada de Hong Kong

Sempre que vejo argumentos sensacionalistas sobre a intensidade espacial supostamente sublime de Kowloon Walled City em Hong Kong (demolida em 1994), elas me parecem nada além de fantasias coloniais que têm pouca relação com a realidade de viver no meio de uma das favelas mais cruéis do mundo. Você vê Kowloon aparecer constantemente como sendo ainda uma questão válida ou mesmo interessante. Este assentamento informal foi diagramado, fotografado e discutido por décadas do ponto de vista estético, tornando seus vitimizados e oprimidos habitantes praticamente invisíveis. Não significa que não tenha sido o lar de muitas pessoas e que não existam "boas lembranças" de lá, mas ainda, como todas as favelas, era um lugar difícil de viver, repleto de contradições na névoa de esperança por uma vida melhor.

Revisando o livro 'Urban Hopes': um olhar sobre as últimas obras de Steven Holl na China

Neste artigo originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "Urban Hopes, Urban Dreams" (Esperanças Urbanas, Sonhos Urbanos), Samuel Medina analisa um novo livro sobre a obra de Steven Holl na China. Concentrando-se em cinco grandes projectos, o livro coloca o trabalho de Holl no contexto mais amplo de suas influências urbanísticas - incluindo idéias de sua própria arquitetura no papel que só agora estão reaparecendo.

Steven Holl é o raro arquiteto cujos conceitos são tão conhecidos quanto seus edifícios. O rendimento prolifico de Hall aparece tanto em edifícios quanto em monografias através da sua habilidade em marcar suas idéias. Urban Hopes: Made in China (Lars Müller, 2014) uma leitura condensada das mais recentes obras de Holl na China, é o último de uma sequência de pequenos livros que tem continuamente embalado o crescente corpo de trabalhos do arquiteto.

Ancoragem e Entrelaçamento apareceu em 1996 e expôs temas arquitetônicos e noções espaciais apenas parcialmente evidenciados através do seu trabalho até aquele momento. Em ambos, os prédios eram poucos e distantes entre si, espalhados entre as páginas impressas com  a "arquitetura de papel", saída principal para as energias criativas de Holl nas décadas anteriores, desde sua mudança para Nova Iorque em 1976. Esses e outros títulos foram acompanhados por Parallax, em 2000, uma mistura de referências filosóficas, científicas e poéticas que ungem a arquitetura com a áurea do Gesamtkunstwerk. A ideia de Holl sobre "porosidade" fez sua estreia aqui, prematuramente, onde foi aplicada quase literalmente no Simmos Hall, MIT, em sua fachada esponjosa. Não foi até alguns anos mais tarde, quando o arquiteto colocou seus pés na China, que o conceito seria batizado como um princípio central do desenho urbano do século  21. O Urbanismo de 2009 tanto avança quanto recapitula as grandes ideias do livro anterior.  

Leia a seguir a revisão do livro Urban Hopes

O medo sustenta o urbanismo sustentável

Neste artigo, originalmente publicado no Australian Design Review como "Saudade de um Verde Presente", Ross Exo-Adams examina o medo que está por trás da tendência do urbanismo sustentável, e considera que a crise em meio a qual nos encontramos não pode ser confinada somente para as questões ecológicas.

Na última década, os arquitetos encontraram-se cada vez mais projetando distritos, bairros, zonas francas e até mesmo novas cidades inteiras: um fenômeno que tem sido acompanhado por um compromisso com a ‘sustentabilidade’, que agora aparece inseparável do próprio projeto de urbanismo. Enquanto a 'sustentabilidade' continua sendo um conceito vago, na melhor das hipóteses, ainda assim é se apresentada com senso de urgência semelhante àqueles que impulsionaram muitos dos grandes movimentos da arquitetura moderna frente à frente com a cidade. Implícita a tal urgência está uma referência retórica a um medo coletivo de alguma forma palpável, seja o medo da revolução (Le Corbusier), medo da tabula rasa cultural (Jane Jacobs, Team X) ou o nosso novo medo: colapso ecológico. É óbvio que os inumeráveis projetos "eco" que surgiram em todo o mundo não seriam viáveis se não o fato de eles apareceram em um contexto de catástrofe iminente - uma condição de proporções assustadoras. No entanto, a essência desse medo está longe de ser clara. De fato, à luz da catástrofe ecológica e em meio a qualquer fetiche por moinhos de vento ou por vegetação, os arquitetos têm cultivado o que parece ser uma nostalgia curiosa para o presente - um pragmatismo cuja falta de paciência para o passado procura uma espécie de reconstituição do presente em imaginar qualquer futuro. Então, se não a do caos climático, qual é a verdadeira natureza desse medo que está no cerne dos projetos urbanísticos de hoje, os '"urbanismos ecológicos"?

Saiba mais a seguir

Consciência material / Richard Sennett

No encontro da Associação Britânica de Medicina em 2006, quando as paixões de médicos e enfermeiros transbordaram, uma sala foi designada para o excedente de jornalistas, membros do público como eu, e profissionais de medicina que não puderam entrar ao salão principal. Algumas apresentações científicas devem ter ocorrido previamente nessa sala, para aparecer no telão em frente aos nossos assentos uma imagem em cores de uma mão coberta por uma luva de borracha segurando uma parte do intestino grosso de um paciente em operação cirúrgica. Os jornalistas olhavam ocasionalmente para essa imagem monstruosa somente para virar a cara como se ela fosse algo obsceno. Os médicos e enfermeiros na sala, entretanto, pareciam dar a ela mais e mais atenção, especialmente àqueles momentos quando as vozes dos oficiais do governo soavam através dos autofalantes, murmurando sobre reforma.

INTERIORS: Her

Interiors é uma revista de arquitetura e cinema publicada por Mehruss Jon Ahi e Armen Karaoghlanian. Interiors realiza uma coluna exclusiva para ArchDaily que analisa e esquematiza filmes em termos de espaço. Sua Official Store apresenta imagens exclusivas desses textos.

O quarto filme de Spike Jonze, e sua quarta colaboração com o designer de produção K. K. Barrett, cria um mundo futurístico que é ao mesmo tempo intimista e envolvente.

Her (2013), filmado em Los Angeles e Shanghai, usa a arquitetura das duas cidades para construir seu próprio mundo. Jonze e Barrett, entretanto, escolhem não abordar o filme de uma perspectiva arquitetônica; ao invés disso, estavam interessados em refletir as qualidades emocionais de seu protagonista Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) através do design de produção. Barrett observa que apesar do futuro parecer distante e estranho para nós, "O futuro é também o presente de alguém, o presente do nosso personagem". Assim, os elementos de ficção científica se baseiam na realidade, e o futuro de Her foi projetado com estas ideias em mente.

Em uma entrevista exclusiva para Interiors, K.K. Barrett discute sua abordagem como artista em relação ao cinema em geral e Her em particular. Saiba mais a seguir.

A batalha para salvar o patrimônio italiano: Cinema América, demolição ou restauro

O Cinema América. Demolição ou Restauro

A arquiteta restauradora e especialista em conservação do patrimônio Cristina Mampaso Cerrillos, compartilhou conosco o desafio Cinema America Occupato, que tem como objetivo frear a demolição do Cinema América no bairro central de Trastevere, em Roma. Trata-se de um cinema dos anos 50, no final do movimento moderno, símbolo de uma arquitetura pensada e desenhada para os sentidos e símbolo do auge e da decadência do cinema arte nessa cidade.

Como propriedade privada, seu dono desejar demolir o edifício a fim de construir apartamentos de luxo para turistas. O objetivo é conseguir que o edifício passe a fazer parte da "Carta per la Qualità" do planejamento metropolitano de Roma, que protege o patrimônio moderno. A situação é preocupante porque não é o único caso na cidade: no total são quase 120 salas de cinema, a maioria abandonadas o convertidas em multisalas. Um patrimônio moderno do século XX que vem sendo esquecido e apagado por uma Roma Imperial, mas que não é a Roma das pessoas.

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A planificação de Siedlung Siemensstadt. Movimento e centralidade na obra de Hans Scharoun / por Óscar M. Ares Álvarez

O arquiteto espanhol Óscar M. Ares Álvarez compartilhou conosco este material sobre a obra de Hans Scharoun, arquiteto alemão e um dos maiores expoentes da arquitetura orgânica. Entre suas obras mais reconhecidas destacam-se a Sala de Concertos da Filarmômica de Berlim e a Casa Schminke em Löbau.

“A planificação urbana realizada por Scharoun é uma mostra de criatividade e heterogeneidade. O arquiteto de Bremen buscou romper a monotonia da ordenação em linhas definida pelo Movimento Moderno e categorizada no II CIAM celebrado em Frankfurt realizando um autêntico “tour de forcé” formal: combinou trechos curvos e retos, blocos curtos com outros exageradamente longos e definiu algumas unidades perpendicularmente em relação a outras". Leia o texto completo a seguir.

Sky House de Kikutake: onde o Metabolismo e Le Corbusier se encontram

Neste artigo, primeiramente publicado em Australian Design Review como "The Meeting of East and West: Kikutake and Le Corbusier", Michael Holt descreve a fertilização cruzada de ideias que ajudou a difundir o movimento Metabolista japonês, focando em como os ideais de Le Corbusier foram cruciais para um dos projetos mais enigmáticos do movimento, Kiyonori Kikutake's Sky House.

A casa do arquiteto japonês Kiyonori Kikutake, de 1958, permanece como um projeto exemplar que define a agenda metabolista mas, mais significativamente, reforça a ideia de que uma habitação unifamiliar pode ser ideologicamente recursiva e estratégica. Kikutake, entretanto, não deixa de ter um precedente pouco provável no renomado Le Corbusier.

Os dois arquitetos estabeleceram ordem e método de trabalho em seus menores projetos - Kikutake em Sky House e Le Corbusier em Villa Savoye (1929) - e desenvolveram suas ideias através de relatos escritos (o Manifesto Metabolista de Kikutake, 1960, e o Manifesto Purista de Le Corbusier, anterior ao trabalho construído, em 1918). Por fim, cada um leva suas ideias ao nível urbano, KIkutake através de Tower-Shaped Community Project (1959) e Le Corbusier em Chandigarh, Índia (1953). Para localizar a origem da influência, é necessário primeiro examinar a posição de Le Corbusier como figura representativa do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM).

Continue lendo para saber mais sobre esta improvável relação de influência