
O ser humano está castigado a olhar para a frente caminhando sobre suas pernas. Com este simples feito se estrutura todo o nosso espaço, e nossas cidades. Compostas por ruas, pontos de fuga distantes que potencializam o caminhar. Olhamos ao céu apenas em espaços livres na urbe como parques e miradores. A conquista da cidade é reduzida sempre a esses vazios, as ruas, os pátios, as praças. Vazios que são cada vez mais estreitos na cidade contemporânea.
Essa delineação do espaço livre onde pisamos ou observamos muitas vezes nos oprime, mas também remarca uma vista limitada, irregular, que se altera a cada ponto de vista, para ser preenchida pela imaginação dos sonhadores. Como uma criança vê os animais nas nuvens, que se movem com o vento e devoram uns aos outros, o artista francês Thomas Lamadieu completa o céu com os personagens desenhados pela sua mente.















