O lixo de alguns é o material construtivo de outros. Pesquisadores do Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT University) desenvolveram uma técnica para fazer tijolos a partir de uma dos descartes mais comuns do mundo: bitucas de cigarro. Liderada pelo Dr. Abbas Mohajerani, a equipe descobriu que produzir tijolos de argila com apenas 1 porcento de sua massa oriunda de bitucas de cigarro poderia equilibrar a poluição causada pela produção anual de cigarros e, ao mesmo tempo, produzir tijolos mais leves e eficientes.
Sustentabilidade: O mais recente de arquitetura e notícia
Pesquisadores do RMIT desenvolvem tijolo feito com bitucas de cigarro
A cidade compacta de madeira: como o uso da madeira pode ajudar a combater as mudanças climáticas
Hoje em dia, os principais materiais de construção utilizados na indústria da construção são concreto, aço e madeira. Do ponto de vista da sustentabilidade ecológica, há quatro diferenças importantes entre estes três materiais: em primeiro lugar, a madeira é o único material dentre os três que é renovável; segundo, a madeira precisa apenas de uma pequena quantidade de energia para ser extraída e reciclada em comparação com aço e concreto (mas a implementação de seu potencial não é tão desenvolvida até o momento); em terceiro lugar, a madeira não produz resíduos até o final da sua vida, uma vez que pode ser reutilizada muitas vezes em vários produtos ou ser utilizada como combustível e; quarta, a madeira absorve grandes quantidades de carbono da atmosfera, - uma árvore pode conter uma tonelada de CO2 [1] - e o carbono absorvido permanece incorporado enquanto a madeira estiver sendo utilizada.
Considerando o fato de que 36% das emissões totais de carbono na Europa, durante a última década, vieram da indústria da construção [2], bem como 39% das emissões totais de carbono nos Estados Unidos [3], a materialidade da construção deve ser uma prioridade futura na regulamentação pública como medida contra o aquecimento global. A quantidade de CO2 na atmosfera e o nível de emissões de carbono das grandes economias em todo o mundo são as grandes questões que precisam ser resolvidas com urgência, a fim de evitar maiores catástrofes climáticas, possivelmente mais freqüentes no futuro. O regulamento em vigor em vários países da UE, que incentiva a utilização de materiais renováveis em edifícios, está mostrando a direção que a indústria da construção deve seguir. Se estas medidas forem adotadas em toda a UE e mais - se outros países começarem a seguir esta tendência também - haverá significativamente mais madeira nas cidades.
Sistema modular de muros verdes gera eletricidade a partir de musgos
A estudante do IAAC (Institute for Advanced Architecture of Catalonia), Elena Mitrofanova, em parceria com o bioquímico Paolo Bombelli, criou uma proposta para um sistema de fachada que utiliza o poder gerador de eletricidade natural das plantas. Ele consiste em uma série de "tijolos" modulares ocos de argila que contém musgos. O sistema emprega os recentes avanços científicos no campo biofotovoltaico (BPV) que Mitrofanova explica que "seria mais barato para produzir, auto-reparadora, auto-replicante, biodegradável e muito mais sustentável" que a energia fotovoltaica padrão.
Como projetar uma "cidade vegetal"? A proposta de Luc Schuiten
Como seriam as cidades se fossem planejadas respeitando a vegetação que existia antes de seu surgimento? É possível recriar paisagens naturais em entornos urbanos?
O arquiteto belga Luc Schuiten desenvolveu uma proposta futurista chamada "Cidade Vegetal". Nela, questiona os aspectos que têm impulsionado a arquitetura nos últimos anos e o estilo de vida da maior parte da população que não leva em conta a exploração dos recursos naturais.
Nesta TED Talk, o arquiteto mostra um esboço de como imagina um distrito de Bruxelas em 1800, em 1900, como era em 2000 e como poderia ser no futuro se fosse projetado segundo princípios de biomimética, isto é, inspirado na natureza e suas formas.
Conheça o piso feito com pneus reciclados
A reciclagem de pneus para confecção de pisos é uma solução sustentável que colabora com o descarte correto da borracha, que, quando descartada e inutilizada, demora cerca de 600 anos para se decompor na natureza. Pior do que despejá-lo é queimá-lo, pois nesse caso o produto libera uma fumaça com diversos poluentes, como carbono e enxofre e além de poluir o ar, quando este resíduo é descartado em rios dificulta até o fluxo da água. Uma das alternativas propostas para o aproveitamento do material é a transformação de sua matéria-prima – a borracha – em piso.
Sustentabilidade e patrimônio cultural urbano: indicadores / Bernardo Nogueira Capute
INTRODUÇÃO
A década de 1960 assistiu a vários movimentos das minorias, dentre eles o dos ambientalistas. Eles tinham como principal alvo de suas críticas o lançamento de grandes quantidades de produtos químicos no meio ambiente, sem o entendimento dos seus impactos sobre a biosfera.[1] Nesta década destacamos o início da mudança no olhar sobre a preservação do patrimônio que passou de uma visão tradicional que valorizava apenas os monumentos “excepcionais” à proteção a grupos de edificações históricas, à paisagem urbana e aos espaços públicos. “Quando se pensa em termos de patrimônio ambiental urbano, não se pensa apenas na edificação, no monumento isolado, testemunho de um momento singular do passado, mas torna-se necessário, antes de mais nada, perceber as relações que os bens naturais e culturais apresentam entre si, e como o meio ambiente urbano é fruto dessas relações”.[2]
Um projeto de biotecnologia para iluminar ruas e fachadas sem usar eletricidade
A integração de biotecnologia nas cidades é o foco da startup francesa Glowee, que desenvolveu um sistema de iluminação que usa bactérias geneticamente modificadas; O objetivo da empresa é utilizar este método que não consume energia elétrica para iluminar fachadas, monumentos, vitrines e espaços públicos.
A ideia nasceu depois dos fundadores do Glowee assistirem um documentário sobre peixes e animais marinhos que produzem luz própria. Como transferir este sistema da natureza para as cidades? As bactérias, que não são tóxicas, recebem das lulas um gene de luminescência e são cultivadas em uma solução de nutrientes e açúcar para se multiplicarem.
Anunciados os finalistas do Prêmio Aga Khan de Arquitetura 2016
O Prêmio Aga Khan de Arquitetura anunciou uma lista com 19 finalistas selecionados entre 348 projetos enviados de 69 países. Apresentado a cada três anos, o prêmio reconhece novos padrões de excelência em projeto contemporâneo, habitação social, melhorias nas comunidades, preservação histórica, reuso e conservação, paisagismo e melhorias no ambiente construído e natural. A proposta por trás do Prêmio Aga Khan é "identificar e incentivar conceitos construtivos que abordem de modo eficaz as necessidades e inspirações das comunidades em que os muçulmanos tenham presença significativa." Selecionados por um júri de especialistas, os projetos finalistas concorrerão ao prêmio de US$ 1 milhão. Desde sua criação em 1977, mais de 110 projetos já foram premiados e mais de 9 mil edifícios já foram documentados.
Diébédo Francis Kéré: "a arquitetura faz com que as pessoas se sintam orgulhosas"
"A arquitetura é muito mais que arte. E é muito mais que a construção de edifícios", afirmou o premiado arquiteto Diébédo Francis Kéré. No mais recente vídeo do Louisiana Channel, Kéré fala do papel da arquitetura no mundo de hoje e da influência exercida por seu país natal, Burkina Faso, em seu trabalho.
Para Kéré, o contexto e o meio são fundamentais: "Busco utilizar materiais locais - principalmente terra e madeira - para criar edifícios modernos. Se construímos com argila, teremos um futuro melhor, pois utilizamos os recursos que temos à disposição". E acrescenta: "a arquitetura pode trazer muito a uma sociedade como a minha. A Arquitetura faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. E isso pode gerar uma grande quantidade de energia."
Assista ao vídeo para saber mais da visão de Kéré sobre a importância da arquitetura nos dias de hoje.
12 princípios de desenho urbano sustentável para cidades mais habitáveis
A migração do campo para a cidade promovida pelo governo chinês nos últimos anos é parte de um plano maior que pretende deslocar cerca de 250 milhões de pessoas no país. Embora os números estimados sugiram a dimensão do plano, ainda sim é difícil imaginar o que ele representa.
Fotografias aéreas de Alex MacLean: como o planejamento urbano influencia a pegada de carbono
As atividades realizadas pelas empresas, indústrias e pessoas no geral, emitem gases de efeito estufa na atmosfera - entre estes gases estão o dióxido de carbono, o metano, o ozônio etc. - que causam impactos negativos no meio ambiente.
Há alguns anos tornou-se possível quantificar este impacto através da pegada de carbono, uma medida adotada por diversas nações e organizações internacionais com o objetivo de conscientizar o público em relação aos danos causados ao ambiente e, assim, promover hábitos mais saudáveis e sustentáveis.
Dia Mundial da Bicicleta
Hoje, 19 de abril, é comemorado o Dia Mundial da Bicicleta. Comemorado desde 1943 após uma curiosa história envolvendo o químico suíço Albert Hofmann e um experimento para determinar os efeitos do LSD no corpo e na mente, o dia da bicicleta -- deixando este inusitado fato histórico de lado -- é, hoje em dia, uma bela oportunidade de lembrar e destacar que cada vez em maior número, os habitantes de cidades de todas as partes do globo estão optando pela mobilidade ativa sobre duas rodas.
Aproveitamos a ocasião para revistar alguns artigos relacionados à bicicleta, ao ciclismo urbano e à mobilidade sustentável que temos publicados em nossa página. Veja a seguir:
7 novos métodos de fabricação que nos levarão a uma nova arquitetura
Mergulhada em uma era de digitalização e computação, a arquitetura foi profundamente afetada na última década por aquilo que alguns críticos têm chamado de "Terceira Revolução Industrial". Com questões éticas e de produção muito presentes no atual discurso da arquitetura, projetos que tiram vantagem destas novas tecnologias são frequentemente criticados por sua natureza vazia e inconsistente. Por outro lado, temos presenciado a emergência de trabalhos que exemplificam o lado mais otimista desta "Terceira Revolução Industrial" -- uma arquitetura que se apropria das novas tecnologias e da computação para o bem comum de nossas cidades e seus habitantes.
Compilamos sete destes projetos, que englobam desde exemplos de engenharia até produções mais artesanais; projetos que, 80 anos depois da publicação de um dos livros mais reverenciados de Le Corbusier, dão pistas de um novo horizonte -- por uma (nova) arquitetura.
Feicon Batimat 2016
Com o crescimento populacional e do consumo, a demanda mundial de energia é cada vez maior. Por conta disso, é preciso buscar fontes alternativas a fim de não degradar os recursos do planeta e, muito menos, atingir a sobrevivência das espécies. Atualmente, há soluções práticas, baratas para pequenos e grandes consumidores.
Essa discussão é bastante atual e importante para o segmento da construção civil, por isso Energia será um dos macrotemas debatidos na Ilha do Conhecimento, espaço que tem finalidade de promover atualização profissional gratuita de maneira rápida e dinâmica, dentro da FEICON BATIMAT, um evento referência do setor da construção civil da América Latina, que acontece de 12 a 16 de abril, no Anhembi, em São Paulo.
Nova Déli estuda a possibilidade de alugar coberturas para a instalação de painéis solares
Em Nova Déli, 70% da energia consumida é produzida em outras regiões do paós e mais de metade desta é proveniente de fontes de carbono.
São estas fontes que contribuem em grande medida para os altos índices de contaminação atmosférica que afetam a capital indiana e que em 2014 renderam à Nova Déli o título de cidade mais poluída do mundo, segundo a OMS.
3 materiais que podem melhorar o desempenho e a aparência do concreto
Não é segredo que na profissão da arquitetura, uma das maiores fontes de culpa é nossa excessiva confiança no concreto - usado em muitos dos edifícios que criamos. Arquitetos sabem mais que todos das implicações ambientais deste material e ainda assim continuam usando ele a uma taxa alarmante. Mas que alternativas temos para fazer nosso trabalho? Em um artigo escrito para a Forbes, Laurie Winkless discorre sobre três alternativas que têm uma boa chance de mudar o modo como construímos com concreto.
França anuncia a pavimentação de mil quilômetros de rodovias com painéis solares
Já há algum tempo temos ouvido falar sobre o conceito de pavimentação com painéis solares, como os bons resultados obtidos com a ciclovia solar na Holanda e a intenção de levar esta tecnologia para as rodovias. Seguindo esta diretriz, o governo francês anunciou recentemente que instalará painéis fotovoltaicos ao longo de 1000 km de rodovias nos próximos cinco anos.
A ideia é que a rodovia abasteça com energia renovável 5 milhões de pessoas, isto é, aproximadamente 8% da população nacional.
São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro concorrem pelo título de cidade mais sustentável do Brasil e do mundo
Três cidades brasileiras concorrem pelo título de cidade mais sustentável do país e do mundo. São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro são as finalistas do concurso promovido pela organização ambientalista WWF, por meio da campanha Hora do Planeta: Desafio das Cidades.
A iniciativa selecionou os finalistas com base em relatórios apresentados pelas cidades, detalhando seus projetos na área de desenvolvimento sustentável, dados que serão mais profundamente analisados por especialistas. A Capital Global da Hora do Planeta será anunciada em Quito, no Equador, durante a Conferência das Nações Unidas Habitat III, de 17 a 20 de outubro.