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Sustentabilidade: O mais recente de arquitetura e notícia

Vídeos: Quatro propostas para transformar vias para automóveis em ciclovias

O arquiteto e planejador urbano, Jeff Speck, dedica-se a elaborar propostas que têm um objetivo em comum: fazer das cidades lugares mais sustentáveis.

A partir desse enfoque, a maioria de suas ideias convergem na necessidade de que as cidades devem primar pela mobilidade sustentável, tal como aborda em seu livro “Walkable Cities”, em que, dentre outros temas, apresenta oito técnicas para que as cidades sejam mais transitáveis.

Dessa maneira, busca evitar a expansão urbana e mudar a mentalidade, passando de uma cultura centrada nos automóveis a uma que privilegie as caminhadas e o uso da bicicleta como meio de transporte. Seguindo essa ideia, produziu uma série de quatro vídeos onde mostra como pode-se redesenhar as ruas para dar mais espaço aos ciclistas.

A seguir mostramos cada uma das quatro propostas em vídeos.

Paris abrirá Champs Elysées para pedestres uma vez por mês

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou na última quarta-feira a aprovação de uma medida que prevê a abertura da Champs Elysées, um dos principais bulevares parisienses, um domingo de cada mês. A estratégia faz parte de uma série de medidas que a cidade vem tomando para se tornar mais receptiva para aqueles que se deslocam à pé ou em veículos não motorizados.

Paris vem se destacando globalmente como uma das capitais que mais investem em estratégias do tipo, tendo aprovado medidas que prevêem a diminuição da frota de automóveis em circulação e a proibição de veículos à diesel até o ano de 2020. Ano passado a capital francesa apresentou um nível de partículas finas (PM10) por metro cúbico de ar acima do limite aceitável – que é de 50 microgramas –, fato que deu ainda mais impulso às iniciativas voltadas para a peatonização e à criação de áreas verdes,

Reino Unido pretende construir uma rodovia que recarregue os veículos elétricos

Os esforços das autoridades britânicas para fazer das cidades locais mais sustentáveis levaram o governo a lançar em 2013 um plano de subsídio para a compra de automóveis elétricos. Desde sua implementação, o resultado econômico tem sido positivo e apenas durante o primeiro semestre de 2015 foram vendidos mais de 14 mil veículos, 350% a mais que no mesmo período de 2014. 

Reflexo disso, o Ministério de Transportes anunciou recentemente que continuará estudando novas tecnologias para criar uma infraestrutura de transporte menos poluente. Neste sentido, uma das iniciativas é a possibilidade de construir uma rodovia que permita recarregar os veículos elétricos enquanto estes estão trafegando. 

Saiba mais sobre este projeto, a seguir. 

Tomás Saraceno apresenta em COP21 as esculturas cheias de ar que percorrerão o mundo

No marco da conferência sobre as mudanças climáticas das Nações Unidas (COP21), em Paris, Tomás Saraceno apresentou sua instalação escultórica: "Aerocene - Em todo o mundo para mudar o mundo", no Grand Palais e no Palais de Tóquio. O projeto conta com uma série de esculturas cheias de ar que flutuam sem queimar combustíveis fósseis, nem usar motores, painéis solares ou baterias.

Purificador de ar transforma CO2 em jóias nos Países Baixos

O designer holandês Daan Roosegaarde do Studio Roosegaarde, em colaboração com Environmental Nano Studios e o professor Bob Ursem, criou o maior aspirador de poluição atmosférica do mundo em Roterdã, Países Baixos.

Apelidado de Smog Free Tower, o aspirador de 7 metros de altura age como um filtro que usa uma "tecnologia livre de íons de ozônio" patenteada para purificar 30 mil metros cúbicos de ar por hora usando pouquíssima energia elétrica e eólica.

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Todas as paredes podem ser vivas com o concreto verde

Além de serem sinais de sofisticação e consciência ambiental, atualmente telhados verdes e jardins verticais são alvos de políticas públicas e subsídios nas grandes cidades globais. É o caso em São Paulo, Nova York e Paris, onde já há lei que obriga os prédios comerciais a instalarem essas estruturas, além de placas solares, como parte do esforço para uma transição energética sustentável. As vantagens nisso são mais que estéticas e vão desde a mitigação da poluição atmosférica até a redução do consumo de energia com ar condicionado por conta do resfriamento natural das edificações. Um telhado verde, por exemplo, pode diminuir a temperatura interna de um projeto em até 30%.

O futuro em certa medida é otimista e a tendência é que a natureza seja cada vez mais incorporada ou introduzida nas skylines. Mas o que está sendo desenvolvido hoje na vanguarda da arquitetura e da engenharia civil é ainda mais promissor. Grupos multidisciplinares de pesquisa na Espanha e na Inglaterra estão numa corrida para lançar materiais de construção biorreceptivos, que, graças à sua composição física, são capazes de receber e estimular o crescimento de musgos, microalgas e fungos liquenizados em seus interiores, tornando qualquer estrutura em um jardim vertical.

Abertas as inscrições para o CONEFEC: 1° Congresso Nacional de Eficiência em Edifícios

Estão abertas as inscrições para o CONEFEC- 1° Congresso Nacional de Eficiência em Edifícios. O Congresso foi criado pela crença de que podemos desafiar o pessimismo atual e transformar o mercado da construção civil com práticas mais eficientes, viáveis, sustentáveis e inovadoras.

Arup lança catálogo de ideias para enfrentar a mudança climática em Madri

Em colaboração com diversos departamentos da prefeitura da capital espanhola, a companhia Arup lançou a “Madrid + Natural”, uma série de diretrizes que abordam o problema mundial da mudança climática através de diversas soluções locais, na esperança de que "os edifícios, infraestruturas e espaços abertos da cidade sejam mais respeitosos com o meio ambiente", comentou a empresa.

Este relatório oferece várias soluções que tomam a natureza como fonte para regular o entorno urbano de Madri e responder alguns problemas como a contaminação, o aumento das chuvas,  as temperaturas elevadas e a progressiva perda da biodiversidade local.

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Ilhas artificiais que purificam a água de canais urbanos

Algumas cidades da Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, China e Filipinas colocaram em prática uma estratégia simples, porém eficaz, para purificar a água de seus canais: ilhas flutuantes artificiais construídas para melhorar a qualidade de água e também regenerar o habitat natural e enriquecer a fauna e flora local. 

Os idealizadores da proposta são os escoceses Galen Fulford, Michael Shaw e Lisa Shaw, que fundaram em 2008 a companhia Biomatrix Water alguns anos após desenvolverem o projeto Ecovillage International que tinha como objetivo garantir o acesso à água potável em países do hemisfério sul. 

Copenhague torna obrigatória a construção de telhados verdes

Melhorar o ar que se respira e diminuir o consumo de energia são apenas alguns benefícios dos telhados verdes, que começaram a ganhar espaço em diversos países como meio de cultivo e, posteriormente, alternativa para moradores que não possuem muito espaço nas grandes cidades.

Recentemente, Copenhague aprovou a implementação de uma lei relacionada aos telhados verdes. A capital dinamarquesa segue o exemplo da primeira cidade no mundo a abordar o tópico -Toronto, no Canadá - onde se adotou uma lei similar que resultou em 1,2 milhão de metros quadrados de área verde em diferentes tipos de construções e uma economia de energia de mais de 1,5 milhão de kWh por ano para os proprietários dessas edificações.

Florianópolis terá ponto de ônibus equipado com painéis fotovoltaicos e cobertura verde

Será construído em Florianópolis o protótipo do primeiro ponto de ônibus equipado com painéis fotovoltaicos e cobertura verde do Brasil. Desenvolvida pelo Núcleo de Paisagismo da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), a proposta, que terá sua primeira (e por enquanto única) unidade instalada no dia 8 deste mês, mescla dispositivos de geração de energia limpa, coleta de água pluvial, vegetação e inclusive tomadas para que os usuários do transporte público possam recarregar seus celulares.

A estrutura de aço também o torna totalmente reciclável. O forro da cobertura e os bancos são feitos com chapas de madeira plástica, produzidas a partir da reciclagem de materiais plásticos no Presídio Agrícola de Palhoça, município da Grande Florianópolis. O ponto de ônibus também destina um espaço exclusivo para facilitar a acessibilidade dos cadeirantes. Ainda estão previstas a instalação de um bicicletário e de um painel para fornecer informações das linhas de ônibus que passam pela parada.

10 ideias para termos cidades mais habitáveis até 2030

A urbanização vem se desenvolvendo num ritmo acelerado, considerado como um processo sem precedentes na história. A esse respeito as Nações Unidas (ONU) alertou em 2013 que essa velocidade é uma ameaça para o desenvolvimento sustentável, colocando em risco a capacidade das cidades em satisfazer as demandas de recursos e serviços da população. Globalmente, estima-se que em 2030 chegar-se-á nos 8,5 bilhões de pessoas, dos quais 60% viverão em centros urbanos.

Por essa razão ONU coordenou a elaboração da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, aprovada na semana passada na Cúpula do organismo, e que conta com 17 objetivos focados em orientar como devem ser os programas ambientais, de bem-estar, econômicos e sociais ao longo dos próximos 15 anos.

A partir desse documento, a engenheira e professora de Meio Ambiente Urbano e Ecologia Humana da Universidade Nacional da Austrália, Xuemei Bai, dedicada a investigar sobre análise e desenvolvimento urbano, resiliência, sustentabilidade e uso do solo, elaborou 10 ideias para se ter cidades mais habitáveis em 2030.

A seguir contaremos quais são e do que se tratam.

Schlierberg: o bairro alemão que produz quatro vezes mais energia que consome

Friburgo é considerada a capital ecológica da Alemanha desde 1992 quando recebeu um prêmio com esta denominação após a aprovação em 1986 de medidas que exigiam requisitos de sustentabilidade em seus projetos de energia e transporte com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.

Resultado disso, hoje em dia há centenas de painéis solares instalados nas coberturas de seus edifícios que aproveitam o potencial energético das 1.800 horas de luz do sol anuais que banham a cidade localizada no "cinturão solar" da Alemanha. Além disso, a cidade conta com uma rede cicloviária de 400km de extensão que faz dela o epicentro do ciclismo urbano do país.

Planejamento urbano e mobilidade sustentável: uma questão de tempo?

Incentivar o uso dos transportes não motorizados e dos transportes públicos como alternativa aos automóveis é uma questão central na busca de um desenvolvimento mais sustentável. Assim, muitos países implementaram políticas com o objetivo de influenciar a escolha modal da população e buscar um sistema de mobilidade mais eficiente e menos poluente. Nesse contexto, verificou-se que iniciativas focadas somente em investimentos nos sistemas de transporte não resultavam em mudanças rápidas para modos menos poluentes e novas políticas foram mobilizadas para encorajar as pessoas a optarem pela bicicleta, caminhada ou transportes públicos. Às vezes, essas políticas envolvem incentivos, tais como as ações de sensibilização mostrando os benefícios dos deslocamentos ativos para a saúde, encorajando a escolha desse tipo de transporte ao invés dos individuais motorizados. Outras ações são dissuasivas, como por exemplo, o aumento das tarifas de estacionamento de veículos ou o fechamento de ruas para tornar o seu uso mais rápido e fácil para pedestres e ciclistas.

5 projetos na Bienal de Chicago que mostram o "estado da arte" da sustentabilidade

Na Bienal de Arquitetura de Chicago, o tema escolhido pelos diretores Joseph Grima e Sarah Herda foi deliberadamente amplo em escopo, com a expectativa de que mais de cem expositores trouxessem a sua própria perspectiva sobre o que é "O Estado da Arte da Arquitetura". Mas onde entra nisto uma das missões mais amplamente adotadas na arquitetura do século XXI: a sustentabilidade? Neste artigo, originalmente publicado no Architectstasy como "Chicago Architecture Biennial: The State of the Art of Sustainability" Jessica Letaw analisa cinco projetos que abordam a sustentabilidade no contexto da Bienal de Chicago.

Na primeira bienal de arquitetura da América do Norte, a Bienal de Chicago, sob o tema "O Estado da Arte da Arquitetura", firmas e estúdios de arquitetura de todos os seis continentes habitados foram convidados a mostrar seus trabalhos. Abrangendo todos os tamanhos e tipos de projetos, a Bienal apresenta soluções para problemas de projetos, desde teias de aranha à habitação social.

Os edifícios dos EUA usam cerca de 40% de todo o consumo de energia do país. É uma verdade desconcertante e mesmo que cada novo edifício passe a ser auto-suficiente no consumo de energia e água, o país ainda estaria em um curso intensivo, drenando recursos mais naturalmente disponíveis do que o nosso único planeta pode sustentar permanentemente . Neste ambiente, os arquitetos têm uma responsabilidade especial para educar-se sobre técnicas inovadoras de design sustentável, desde aqueles que têm trabalhado durante milhares de anos até aqueles que, como o título da Bienal sugere, são o estado da arte.

Então, o que a Bienal tem a dizer sobre sustentabilidade? Cinco projetos expostos demonstram diferentes abordagens em cinco escalas diferentes: materiais, edifícios, recursos, cidades e o globo.

Vidro como aliado na construção de edifícios sustentáveis

A tecnologia de fabricação de vidros evoluiu ao longo dos anos e fez com que esse material conquistasse no mercado da construção civil um espaço que vai além do valor estético que pode agregar aos edifícios. Agora, os vidros passaram a ser funcionais, sendo usados atualmente como aliado das construções sustentáveis por poder reduzir o calor, gerar economia de energia e até para reduzir o consumo de água.

Baubotanik: Um sistema construtivo inspirado na botânica que cria estruturas vivas

Edifícios de madeira são regularmente celebradas por seu aspecto sustentável, pois o dióxido de carbono retirado da atmosfera pelas árvores permanece retido na estrutura do edifício. Mas e se pudéssemos fazer melhor, projetar edifícios que não só retém o carbono, mas ativamente absorvem dióxido de carbono para reforçar a sua estrutura? Neste artigo, originalmente publicado pela Federação Internacional de Arquitetos Paisagistas como "Baubotanik: Botanically Inspired Biodesign", Ansel Oommen explora a teoria e técnicas de Baubotanik, um sistema de construção com árvores vivas que busca alcançar exatamente isso.

As árvores são as guardiãs altas e tranquilas de nossa narrativa humana. Elas passam a vida inteira respirando para o planeta, sustentando vários ecossistemas, ao mesmo tempo que asseguram serviços essenciais na forma de alimento, abrigo e medicamentos. Seus ramos resilientes elevam tanto o céu como nossos espíritos. Sua grandeza refletida no velho musgo é um testamento da mudança dos anos e séculos, tanto que imaginar um mundo sem árvores é como imaginar um mundo sem vida.

Para continuar existindo, então, a humanidade não só deve coexistir com a natureza, mas também ser o seu benfeitor ativo. Na Alemanha, esta aliança é encontrada através da Baubotanik, ou Construções com Plantas Vivas Construções. Criado pelo arquiteto Dr. Ferdinand Ludwig, a prática foi inspirada na antiga arte da arborescultura.

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Design Trust e Farming Concrete lançam primeiro banco de dados público para agricultura urbana

O Design Trust for Public Space e a Farming Concrete lançaram o Farming Concrete Data Collection Toolkit: a primeira plataforma pública para reunir, rastrear e compreender a produção da agricultura urbana e os benefícios dos jardins comunitários, fazendas urbanas e escolas jardins. Resultado de seis anos de esforços, a plataforma conta com um manual com os métodos de gerar e coletar dados em cada jardim e fazenda acompanhado de vídeos didáticos; um portal online para fazendeiros e jardineiros compartilharem e monitorarem suas produções (Barn); e um banco de dados público que oferece acesso aos números e relatórios para produtores, pesquisadores, políticos, investidores e qualquer interessado em agricultura urbana (Mill).