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Resiliência : O mais recente de arquitetura e notícia

Avaliando resiliência e risco: não podemos salvar todos

Este artigo foi publicado originalmente no Commom Edge.

Discussões sobre resiliência, hoje, sugerem que arquitetos e urbanistas podem ser capazes de - e, de fato, espera-se isso deles - salvar todos os edifícios e espaços públicos em risco. No entanto, a triste verdade é que não podemos, e provavelmente não devemos. As mudanças climáticas e o aumento do nível do mar irão redesenhar radicalmente as margens urbanas, forçando-nos a tomar decisões difíceis. Mesmo se tivéssemos todo o dinheiro necessário para proteger o precário cenário atual, isso ainda não seria suficiente para evitar o inevitável.

Então: quais são as nossas prioridades? Como definir o que salvar? Como traçar de forma responsável esse futuro incerto? Acredito que as respostas para essas e outras perguntas semelhantes devam começar com uma avaliação honesta de três considerações essenciais:

Cidade-esponja: a natureza é a solução para inundações

Cidades que absorvem a água da chuva e permitem que a água siga seu fluxo natural. Deveria ser fácil, mas inventamos de canalizar nossas águas e não deixamos a própria natureza fazer a parte dela: absorver e purificar. Para o arquiteto chinês Kongjian Yu, essa é a questão central para solucionar um dos maiores problemas da atualidade em grandes centros urbanos: as inundações. 

GVL Gossamer mescla urbanismo e resiliência para a cidade de Xi'an na China

A GVL Gossamer divulgou imagens do seu projeto de "urbanismo resiliente". A proposta foi desenvolvida para um concurso de arquitetura com a intenção de ser implantada ao longo do Rio Jing, em Xi'an, China. Celebrando a história de Xi'an como como o berço da Rota da Seda, o projeto faz uma reinterpretação dos sistemas construtivos tradicionais locais para construir uma arquitetura sensível e adaptada ao clima e a geografia de Xi'an. Memórias do passado são reveladas ao longo dos 19 quilômetros de extensão do projeto, onde a arquitetura contemporâneas está à serviço da preservação e da sustentabilidade do meio ambiente.

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A reconstrução de um país: doze projetos sociais no México após o terremoto de 2017

A reconstrução de um país: doze projetos sociais no México após o terremoto de 2017 - Image 1 of 4A reconstrução de um país: doze projetos sociais no México após o terremoto de 2017 - Image 2 of 4A reconstrução de um país: doze projetos sociais no México após o terremoto de 2017 - Imagem de DestaqueA reconstrução de um país: doze projetos sociais no México após o terremoto de 2017 - Image 3 of 4A reconstrução de um país: doze projetos sociais no México após o terremoto de 2017 - Mais Imagens+ 10

A produção arquitetônica no México tem enfrentado uma série de desafios ao longo dos últimos anos, muito principalmente devido aos abalos sísmicos que castigaram o país em 2017. Ao menos novo estados foram gravemente afetados: do Distrito Federal até Guerrero, passando de Oaxaca à Veracruz, Puebla e Morelos. Entretanto, o desastroso terremoto sacudiu também boa parte da comunidade de arquitetos, que unindo forças, abraçaram o desafio de reconstruir o país. Este exercício fez com que muitos arquitetos se tornassem mais conscientes à respeito das condições urgentes das camadas mais vulneráveis da população.

Julho no ArchDaily: Resiliência na Arquitetura

Resiliência tornou-se cada vez mais comum em nosso vocabulário quando falamos de pessoas, edifícios, cidades ou mesmo sociedades inteiras que superam todos os tipos de problemas. Na verdade, as pesquisas do Google relacionadas à resiliência continuam a crescer desde 2004 em inglês, espanhol e português.

Veja o aumento da temperatura nas maiores cidades do mundo até 2050

Em 2050, o clima em Madri será muito semelhante ao atual clima de Marrakech no Marrocos. Estocolmo será mais parecida com Budapeste, Londres a Barcelona, ​​Moscou com Sofia, o clima em Seattle será como em San Francisco enquanto que Tóquio, apresentará condições climáticas como aquelas da cidade de Changsha, na China.

A pesquisa "entendendo as mudanças climáticas a partir de uma análise global entre cidades" publicada na revista científica PLOS ONE pelo The Crowther Lab da ETH Zurich, nos apresenta uma visão de futuro bastante preocupante.

10 Soluções de Fachadas Adaptativas para uma Arquitetura Resiliente

O termo “resiliência” tem sido utilizado para os mais distintos assuntos. Sua definição científica é a capacidade de uma substância ou objeto retornar à forma depois de sofrer algum trauma. Ou seja, é bem diferente da resistência, pois trata-se da capacidade de adaptação e recuperação. Na ecologia, a resiliência trata da capacidade de um ecossistema em responder a uma perturbação ou a distúrbios, resistindo a danos e recuperando-se rapidamente. Já na arquitetura, desenhar algo tendo a resiliência em mente pode levar a diversas abordagens. Um projeto resiliente é sempre localmente específico. Prever os possíveis cenários típicos de uso da edificação e mesmo as situações de desastre que poderiam desafiar a integridade do projeto e dos ocupantes é um importante ponto de partida. Além disso, podemos abordar sobre as estruturas e materiais adaptáveis que podem “aprender” de seus ambientes e se reinventar continuamente. Se pensamos em programas e robôs com logaritmos que aprendem com o contexto, porque não podemos usar o mesmo raciocínio em nossas construções?

Selecionamos 10 materiais e soluções adaptativas que trabalham no conceito da Resiliência na Arquitetura e Construção. A pergunta que fica é se essas soluções algumas dia terão uma aplicação massiva ou serão apenas inovações pontuais.

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Por que mitigar ao invés de reconstruir? O exemplo da resiliência chilena

O Chile é um país acostumado tanto com desastres naturais quanto com processos de reconstrução. No entanto, a frequência desses ciclos tem aumentado ao longo dos anos. De acordo com o Ministério do Interior, 43% de todos os desastres naturais registrados no Chile desde 1960 ocorreram entre 2014 e 2017. Inclusive o governo já está envolvido em vários processos de reconstrução em todo o país.

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"Resilience and Adaptation Workshop" Architectural Association Visiting School Amazon 2018

Após o sucesso do workshop realizado no 2017 onde os estudantes conceberam o Amazon Climate Change Learning Center - um dos 15 projetos finalistas selecionados entre 384 propostas no Climate Change Chalenge do WDCD - a edição do workshop da AA Visiting School Amazon desse ano é justamente: mão na massa!

O obetivo é projetar e construir um pequeno protótipo de um arquitetura flutuante experimental no meio do lago Mamori na Amazônia. Um modelo que será construído com a colaboração da comunidade local, parceria com a Ecofloat e com a direção dos professores da AA Visiting School Amazon: Nacho Martí e Marko Brajovic.

Cidades mais densas são mais resilientes e prósperas, afirma novo relatório

A primeira solução geralmente encontrada para uma cidade que precisa acomodar um número crescente de habitantes é se espalhar-se, estender seu território. Infelizmente, essa prática é a mais custosa ao próprio município e contribui para o segregamento e a desigualdade socioespacial. As cidades precisam encontrar um caminho que as estabeleça como locais prósperos para as pessoas e para a economia. Um recente estudo afirma que o segredo para isso pode ser a “boa densidade”.

Qualificar um espaço como tendo uma “boa densidade” é muito mais do que ter um alto número de pessoas residindo ou trabalhando em uma determinada área. Características como planejamento de uso misto do solo, conectividade, infraestrutura de transporte sustentável, entre outros elementos, são fundamentais.

Reconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework

Reconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework - RestauraçãoReconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework - RestauraçãoReconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework - RestauraçãoReconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework - RestauraçãoReconstrução da Vila Jintai / Rural Urban Framework - Mais Imagens+ 22

  • Arquitetos: Rural Urban Framework; Rural Urban Framework
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  4000
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2014

Como evitar o colapso de edifícios durante terremotos

Terremotos são fenômenos naturais que não podem ser evitados - tampouco previstos. Para aqueles que vivem em regiões de atividade sísmica, um dos maiores medos em caso de terremoto é o colapso das edificações - uma das principais causas de fatalidade em situações desse tipo.

Pouco se fala disso no Brasil, afinal, estamos localizados no meio da placa tectônica Sul-Americana e em quase nada sofremos com abalos sísmicos, entretanto, com a internacionalização cada vez maior da arquitetura, é necessário ter em mente esta preocupação ao projetar ou renovar edifícios. 

6 Dicas para projetar ruas preparadas para enfrentar as chuvas

6 Dicas para projetar ruas preparadas para enfrentar as chuvas - Imagem de Destaque
© NACTO

A Associação Nacional de Funcionários de Transporte Urbano de Nova Iorque, NACTO, lançou um novo guia orientado a melhorar o desenho das ruas, desta vez focado em como esses espaços públicos podem estar melhor preparados para enfrentar as chuvas.

A partir da perspectiva de que na cidade é mais complexa a absorção das águas pluviais devido à alta presença de concreto, seja nos edifícios, nas diversas infra-estruturas viárias, ou nas calçadas, torna-se necessário introduzir mudanças para melhorar a qualidade de vida.

Por isso, no novo guia desenvolvido em colaboração com o setor de Cidades Sustentáveis da Fundação Summit, são propostas estratégias orientadas a tornar as ruas locais mais seguros, sobretudo através da mobilidade, para que as cidades tenham uma melhor relação com seus corpos d'água já existentes.

95% das cidades brasileiras não estão preparadas para desastres ambientais

Ao fazer uma rápida pesquisa sobre locais em estado de emergência devido a adversidades climáticas é possível encontrar diversas notícias de todas as regiões do o país. Um temporal desabriga 15 mil pessoas, um vendaval derruba ou danifica mais de 30 mil árvores, a estiagem causa dificuldades a milhares de pessoas – 70% do estado do Ceará já decretou situação de emergência. Essas histórias vem de Rolante (RS), Rio Pomba (MG), Taquarana (AL), Ribeira do Pombal (BA), Cumbe (SE), Itapipoca (CE), São Romão (MG), Itueta (MG), Castelo (ES), São Francisco de Paula (RS), entre tantas outras localidades. Pequenos municípios, com nomes não tão conhecidos, mas que concentram metade da população brasileira e se encontram em situação de vulnerabilidade perante as mudanças climáticas.

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