Resposta ao Estudo de Gerenciamento de Risco de Tempestades Costeiras do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA / Curtis + Rogers Design Studio. Cortesia da imagem de Miami Downtown Development Authority
No Dia da Terra, a Vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, destacou os muitos benefícios das soluções baseadas na natureza e reconheceu o importante papel dos arquitetos paisagistas neste trabalho. Na Universidade de Miami, ela também anunciou US$ 562 milhões em financiamento para projetos de resiliência costeira, apoiando 149 projetos em 30 Estados, por meio da Iniciativa de Prontidão Climática das Costas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). As observações da Vice-Presidente Harris se baseiam no apoio da administração Biden-Harris ao planejamento e ao design com sistemas ecológicos de maneira equitativa.
Nova Orleans tem o efeito de ilha de calor urbano mais forte dos EUA, com temperaturas quase 5°C mais altas do que as áreas naturais próximas. A cidade perdeu mais de 200 mil árvores com o furacão Katrina, diminuindo a área sombreada para apenas 18,5%.
A ONG Sustaining Our Urban Landscape (SOUL) fez uma parceria com arquitetos paisagistas da Spackman Mossop Michaels (SMM) para criar um plano de reflorestamento acessível e focado na equidade. O plano fornece um roteiro para alcançar a marca de 24% de área coberta por árvores até 2040. Mais importante, o plano também busca igualar a área sombreada por árvores, de modo que pelo menos 10% de todos os 72 bairros estejam cobertos. Atualmente, mais da metade dos bairros está abaixo da marca de 10%.
A Escola da Cidade recebeu o jornalista Juca Kfouri para uma conversa sobre a relação entre sociedade, política e futebol. Juca falou da presença do futebol na sociedade e como ele é também um meio de fazer política, ressaltando que ele é um fator cultural, econômico e também de formação. Abordou também temas como os últimos acontecimentos no Pacaembu e a importância do Maracanã.
Poucos lugares no mundo possuem uma sobreposição de complexidades tão intensa quanto Brasília. Ainda assim, sua arquitetura simboliza a República e a democracia do Brasil e qualquer ato de ataque a estes símbolos carrega significados e consequências à memória e ao patrimônio cultural do país. Os atos terroristas de janeiro de 2023 destruíram parte do nosso patrimônio mas também levantam questões que vão além dos objetos e da arquitetura, tangendo educação, cultura e capital político nacional.
A cidade de Brasília, inaugurada em abril de 1960, talvez seja um dos maiores marcos de como a arquitetura, o urbanismo e a política nacional se entrelaçam. Resultado do programa de governo de Juscelino Kubitschek que prometia avançar 50 anos em 5, a cidade é uma evidência do modernismo, que revela algumas das estratégias políticas da época como o investimento no automobilismo e o uso do concreto armado. Ainda que Brasília seja um marco para a arquitetura mundial, sua existência deriva de estratégias políticas e econômicas tomadas pelo governo durante o final da década de 1950. Com as eleições de 2022 próximas de serem definidas, é importante, enquanto categoria, entendermos como nossa profissão é impactada pela presidência, e o que podemos exigir do poder executivo.
Está disponível on-line o Abaixo-Assinado Por Cidades Justas e Moradias Dignas em apoio às propostas do manifesto O Brasil precisa de Mais Arquitetura e Urbanismo, a carta aberta às candidatas e aos candidatos nas eleições de 2022 lançada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e pelas entidades do CEAU (IAB, FNA, ABEA, AsBEA, ABAP e FeNEA).
https://www.archdaily.com.br/br/988991/cau-e-ceau-lancam-abaixo-assinado-por-cidades-justas-e-moradias-dignasArchDaily Team
Imagem produzida a partir de fotografia evidenciando a construção do Viaduto Júlio de Mesquita Filho. Acervo do Museu da cidade de São Paulo, Ivo Justino. http://www.acervosdacidade.prefeitura.sp.gov.br/PORTALACERVOS/ExibirItemAcervo.aspx?id=439575
Que relações entre o campo social da memória e a construção da cidade podem ser identificadas no período da ditadura civil-militar brasileira? Partimos da ideia de que a formação da cidade envolve uma série de disputas e concessões entre os mais diversos entes que compõem a sociedade. Uma vez que, como sabemos, cada agente social possui um lugar de fala diferente dos demais, as suas opressões ou privilégios são transportadas ao campo das memórias, que por sua vez se transcrevem na construção do ambiente urbano. Isto é, as opiniões e vontades de determinadas comunidades, por dotarem de mais recursos, determinam muitas vezes como os lugares serão erguidos e as narrativas tecidas sobre eles.
https://www.archdaily.com.br/br/986807/o-arco-da-destruicao-politicas-de-apagamento-no-desenvolvimentismo-do-regime-militarLuiza Gibertoni Leite e Pedro Flosi Trama
A responsabilidade social e o desejo de melhorar a sociedade há muito são influenciados pelo ambiente construído. Olhando para os centros das cidades, a arquitetura tem contribuído para a melhoria do tecido urbano, seja através de estratégias de planejamento e zoneamento, integração de espaços públicos ou pequenas intervenções. Em alguns casos, no entanto, essas intervenções são de fato usadas como ferramentas para manter os sem-teto fora das ruas, disfarçadas de arte ou projetos conceituais. Várias políticas públicas urbanas proibiram implicitamente os moradores de rua e outros grupos sociais marginalizados nos centros das cidades, alegando que sua presença e uso "irregular" do espaço público poderiam comprometer a reputação, a segurança e a conveniência na cidade.
O Congresso Nacional vai discutir oficialmente a proposta do Microempreedendor Profissional (MEP), categoria tributária que reduziria os impostos pagos por arquitetos e urbanistas e outras profissões liberais. A proposta elaborada pelo CAU em conjunto com o Colegiado de Entidades Nacionais de Arquitetos e Urbanistas (CEAU) foi protocolada pela deputada federal Érica Kokay na Câmara dos Deputados como o Projeto de Lei Complementar Nº 55/2022.
https://www.archdaily.com.br/br/980371/congresso-nacional-discute-projeto-de-lei-que-reduz-impostos-de-arquitetosArchDaily Team
Num mundo fisicamente cada vez mais conectado, mas socialmente incrivelmente desigual e fragmentado, qual deveria ser a contribuição de arquitetas e arquitetos na busca por cidades e comunidades mais igualitárias, desenvolvidas e humanas? Segundo os autores desse livro, objeto de nossa conversa neste episódio, a nossa atuação deve assumir, necessariamente, a sua dimensão política.
Tente imaginar como seria projetar uma cidade inteira do zero; desenhar cada uma de suas ruas, casas, edifícios comerciais, praças e espaços públicos. Uma folha em branco onde tudo é possível e sua única missão é criar uma cidade com identidade própria. Talvez esse seja o sonho de todo arquiteto e urbanista, e para a sorte de alguns poucos felizardos, esse sonho pode muito bem se tornar realidade em um futuro próximo.
Ao longo das últimas duas décadas, cidades inteiras foram construídas do zero em uma escala sem precedentes, a maioria delas na Ásia, Oriente Médio, África e também na América Latina. Além disso, o nosso planeta conta atualmente com mais de 150 novas cidades em processo de implementação. Esta nova tipologia de desenvolvimento urbano tem se mostrado particularmente sedutora em países de economia emergente, iniciativas propagandeadas como elementos estratégicos capazes de impulsionar o crescimento econômico e atrair novos investimentos.
O terceiro encontro bienal Arte, Cidade e Urbanidades pretende refletir sobre as disputas e redimensionamentos sociais, políticos e imaginários das urbanidades no atual cenário do Brasil e da América Latina, para estimular uma discussão de ações que surgem na interação entre corpos, territórios e experiências em espaços públicos. Em um momento de sobreposição de diferentes crises, desejamos pensar as reformulações e caminhos das estratégias artísticas em espaços urbanos na busca de proposições crítico-reflexivas que lidam com os desafios e as fronteiras da arte no contexto urbano. Nesse sentido, pretende-se refletir sobre as atuais urgências e emergências do espaço
Vista aérea de Barcelona. Imagem via Shutterstock/ By marchello74
As autoridades municipais de Barcelona pretendem colocar em marcha uma iniciativa para ajudar a aumentar as unidades habitacionais de aluguel disponíveis na cidade. Ameaçam comprar forçosamente propriedades vazias para criar moradias mais acessíveis se os proprietários não alugarem seus imóveis vagos dentro de um determinado período de tempo.
Uma pessoa que mora em Moema, bairro com uma das maiores concentrações de renda de São Paulo, vive 20 anos a mais do que uma pessoa que nasce em Cidade Tiradentes, extremo leste da capital. A cidade mais rica do Brasil expõe o quanto o país é desigual, e também o quanto o acesso às políticas públicas variam de acordo com o território onde se vive.
Como exercitar um olhar holístico, complexo e sistêmico para o habitar do que chamamos de casa? Como produzir outras formas de valorizar e reconhecer culturas não hegemônicas? Quais as patologias dos sistemas que somos ensinados a acreditar e como criar novas formas de percepção e ação que entendam como os sistemas de produção e organização de vida estão interconectados?
Os principais problemas do mundo são um resultado de como a natureza funciona e como as pessoas pensam: o que significaria mudar a forma como pensamos? As ideias, afinal, estão relacionadas a forma como nós habitamos o mundo. Existimos na terra
Instalação “Monumento Nenhum”. Foto Ana Ottoni. Image via Divulgação
O Museu da Cidade inaugura no dia 04 de maio, sábado, às 11 horas, as instalações “Chacina da Luz” e “Monumento Nenhum”, da artista Giselle Beiguelman, nos espaços do Solar da Marquesa de Santos e Beco do Pinto, respectivamente. As obras discutem a perda da memória no espaço público e a relação da cidade com seu patrimônio histórico e cultural. Compostas por fragmentos de monumentos, as instalações reproduzem a situação das peças tal qual foram encontradas pela artista em depósitos públicos, como uma espécie de “ready made” do esquecimento.
Após a eleição, o novo governo já começou a anunciar algumas mudanças nos ministérios. Entre elas está a extinção do Ministério das Cidades. Na tentativa de levantar a discussão e evitar esta dissolução, foi organizada uma petição que pode ser assinada aqui.