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Meio ambiente: O mais recente de arquitetura e notícia

Roterdã planeja usar garrafas plásticas na construção de ruas

A produção mundial de plástico aumentou 500% desde 1980, segundo uma pesquisa publicada na revista Science. Essa cifra traz consigo problemas que são cada vez mais presentes e preocupantes, como o fato de 90% da contaminação dos oceanos ser causada por esse material.

Além disso, se considerarmos que cada sacola plástica leva de 100 a 150 anos para se decompor, e que no caso das garrafas esse tempo pode passar a mil anos, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, se torna flagrante a necessidade de reduzir o consumo deste material e fazer melhor proveito do que já existe.

Neste sentido, a pesquisa da organização La Ciudad Verde, que se une à campanha #30DíasSinPlástico, realizada este mês, é uma oportunidade para que todos tomemos consciência da quantidade de plástico que consumimos e descartamos todos os dias sem lhe dar melhor uso.

Para que isso não ocorra em Roterdã, a prefeitura da cidade está avaliando a ideia de usar garrafas plásticas na pavimentação das ruas, evitando que esse material vá para o lixo.

Saiba mais sobre o projeto, a seguir.

Cinco princípios de planejamento urbano para tornar as cidades sustentáveis

A urbanização na América Latina e China é um processo que tem se desenvolvido de forma muito similar, em decorrência do êxodo rural, mas que apresenta uma radical diferença: a velocidade.

Este fator se reflete, por exemplo, no fato de que nos últimos 35 anos, as cidades chinesas receberam mais de 560 milhões de habitantes provenientes das áreas rurais, quantidade equivalente a população total da América Latina, segundo o informativo “Urbanización Rápida y Desarrollo: Cumbre de América Latina y China”, elaborado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Utilizando os dados deste documento como referência, a arquiteta Nora Libertun - PhD em Desenvolvimento Urbano no MIT e mestre em urbanismo na Universidade de Harvard - acaba de elaborar cinco princípios para que a urbanização e os desafios colocados por ela possam ser abordados através de um enfoque sustentável, evitando, assim, a exagerada expansão urbana e o desequilíbrio do meio ambiente.

Veja, a seguir, os cinco princípios colocados por Nora Libertun:

Assembleia de Londres apoia a proposta de que a cidade seja reconhecida como Parque Nacional

47% da superfície total de Londres é ocupada por parques, segundo o Greater London National Park. Esta organização lançou uma campanha que há um ano luta para que a capital britânica seja a primeira cidade do mundo reconhecida como Parque Nacional.

As razões disso se sustentam em dados, como por exemplo os 3 mil parques, os 3,8 milhões de jardins privados, as 142 reservas naturais e as mais de 13 mil espécies de fauna silvestre dentro dos 1.572 quilômetros quadrados da cidade.

Usando essas cifras, a campanha iniciada pelo professor de geografia, Daniel Raven-Ellison, se tornou publicamente conhecida e atingiu tal nível de popularidade que recebeu apoio de parte da Assembleia de Londres.

Mais detalhes a seguir.

Escola da Cidade promove curso sobre visão ambiental e paisagística da água

A Escola da Cidade promove de abril a julho o curso livre “As Águas na Cidade – uma visão ambiental e paisagística”, organizado pela arquiteta e urbanista Saide Kahtouni.

São Paulo, Santiago e Cidade do México entre as cidades mais sustentáveis do mundo

A consultora internacional Arcadis, que avalia temas relacionados à infraestrutura, meio ambiente e planejamento urbano, elaborou um índice de Cidades Sustentáveis para determinar quais são aquelas onde melhor se relacionam o impacto ambiental, a sustentabilidade financeira e a qualidade de vida.

Foram analisadas 50 cidades de 31 países - entre as quais São Paulo - que apresentam grande expansão geográfica e variados níveis de desenvolvimento econômico, expectativas de crescimento e desafios de sustentabilidade.

Veja os resultados gerais e por indicadores a seguir.

Oito ideias para melhorar a vida nas cidades

O Prêmio TED é concedido anualmente pela organização homônima àqueles que desenvolveram projetos que ajudam a provocar alguma mudança global em áreas relacionadas às ciências, urbanismo, educação, economia, meio ambiente, política, entre outros.

Em 2012, a organização decidiu que não premiaria os líderes, mas as próprias ideias através do prêmio City 2.0, que reconhece as iniciativas que permitem que as cidades se tornem lugares mais habitáveis e sustentáveis.

A seguir, assista aos vídeos de oito palestras TED que oferecem ideias para melhorar a vida urbana.

As metas das Capitais Verdes Europeias de 2015 e 2016

Há algumas semanas a Comissão Europeia divulgou as cidades que reconheceu como Capitais Verdes Europeias para 2015 e 2016.

A primeira delas é a cidade britânica de Bristol, que se comprometeu não somente em se tornar um lugar com uma melhor qualidade de vida, mas também um lugar feliz para se viver e trabalhar. Para alcançar essa meta, entre outros planos, a cidade pretende investir na intermodalidade do transporte e a reduzir 40% das emissões de CO2 até 2020.

A segunda é Liubliana, capital da Eslovênia, que por possui 75% da sua superfície destinada a áreas verdes, orientou seu plano diretor no sentido de conservá-las e, inclusive, aumentá-las. Além disso, a pedestrianização do centro da cidade foi uma das razões que levou o júri a escolhê-la.

A seguir, mais informações sobre o prêmio e o planejamento de cada cidade.

“Smart Highway”: Inauguração do primeiro trecho de uma rodovia solar na Holanda

Há algumas semanas, os limites e alguns elementos de sinalização ao longo de 500 metros da rodovia N329, na cidade de Oss, Holanda, começaram a emitir luz proveniente da energia solar que absorvem durante o dia. Esse novo sistema permite que estes elementos horizontais e verticais liberem energia até oito horas após o sol se pôr.

A proposta foi concebida pelo artista Daan Roosegaarde e desenvolvida pela empresa de engenharia Heijmans. Após a divulgação do projeto a ideia ganhou o Dutch Design Awards 2012, sendo considerada a primeira rodovia solar do mundo.

Veja algumas fotos e um vídeo do projeto, a seguir. 

“The Looper”: Uma estufa flutuante que atua na limpeza das águas fluviais

Apresentamos a seguir o projeto “The Looper”, desenvolvido pelo escritório RTKL, que dá um passo adiante nas práticas da arquitetura urbana com a proposta de uma estufa flutuante capaz de descontaminar rios e lagos.

Em outubro de 2013 a equipe do RTKL apresentou o The Looper no concurso snoLEAF BIG! Green Greenhouse que buscava novas propostas para o cultivo de alimentos orgânicos nas cidades que cumprissem com as normas estabelecidas pelo The Living Building Challenge - que tem como princípio de certificação a premissa de que o edifício ajude a restaurar o entorno natural de onde está construído.

Maior edifício do Brasil tem obra embargada por acusação de danos ambientais

A Justiça de Santa Catarina embargou por danos ambientais as obras do edifício Infinity Coast, em Balneário Camboriú, a 80 km de Florianópolis, capital do estado. O projeto, que terá 60 andares e chegará a uma altura de 240 metros, teve suas obras iniciadas há pouco tempo, estando ainda na fase das fundações, mas já é anunciado como o edifício mais alto do Brasil.

Antes da suspensão, o prazo previsto para entrega das unidades era 2017. Hoje, o maior edifício é o Mirante do Vale, de São Paulo, com 170 metros.

A construtora FG já anuncia o empreendimento e oferece apartamentos de luxo no valor de até R$ 7 milhões. O projeto, inspirado nas construções de Dubai, terá dois apartamentos por pavimento com vista para o mar.

Vídeo “Kapital Creation”: um questionamento à urbanização na China

Pequim é uma cidade de costumes e tradições de centenas (se não milhares) de anos, porém, nas últimas décadas a capital chinesa vem sendo a protagonista de um acelerado processo de urbanização questionado em muitas frentes. Embora alguns apoiem as transformações culturais que tem ocorrido como resultado da urbanização, outros não estão de acordo com a perda da parte antiga da cidade e de seus espaços verdes.

Workshop Jardim Gramacho - Studio-X Rio

Como os planejadores e formuladores das políticas públicas podem melhor integrar os interesses ambientais com o desenvolvimento local inclusivo? Em preparação para a Conferência Rio +20 sobre Desenvolvimento Sustentável, os Municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias decidiram pelo fechamento de Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário da América Latina. Gramacho serviu não só como o local de eliminação de 80% dos resíduos urbanos sólidos do Rio de Janeiro, mas também forneceu meios de subsistência para cerca de 2 mil catadores e uma economia informal de até 3 mil trabalhadores. Apesar do potencial de gerar milhares de empregos para os trabalhadores locais, as intervenções atuais em Gramacho não têm se concentrado na criação de emprego e de formação profissional, nem na integração de catadores no sistema de reciclagem formal.

“I’m a City Changer”: Cada cidadão pode melhorar sua cidade!

"I’m a City Changer" é um movimento global promovido pela ONU-Habitat para compartilhar e disseminar iniciativas individuais, públicas e corporativas que buscam melhorar as cidades. Este movimento foi lançado com o objetivo de sensibilizar e coordenar esforços para que os cidadãos ajudem com pequenas ações a tornar suas cidades mais agradáveis para se viver.

O revolucionário sistema de táxis flutuantes que Tel Aviv implementará em 2014

Em meados de 2014 a cidade mais congestionada de Israel começará a construir o que promete ser o meio de transporte mais moderno e de fácil massificação já criado. O SkyTran é o primeiro monotrilho de levitação magnética que foi desenvolvido com tecnologia espacial no Space Ames Research Center da NASA e criado em conjunto com a empresa norte-americana SkyTran.

Os designers do projeto em TelAviv, Israel, asseguram que os passageiros poderão pedir um táxi através de uma página na internet ou um aplicativo de celular, que o preço de sua passagem será mais barato que o de um táxi convencional e que, com a implantação de painéis solares, ele se tornará o meio de transporte mais ecológico do mundo.

Protestos estabelecem a proteção de parques urbanos em Moscou

Na década de 1980, os moscovitas iniciaram uma série de protestos exigindo que seis parques em Moscou fossem declarados área de proteção, evitando, assim, seu abandono e sua transformação em áreas de especulação imobiliária. As manifestações deste gênero, nunca antes vistas no país, levaram as autoridades a realizar um levantamento de parques urbanos e determinar a proteção destes no IX Congresso dos Deputados do Povo realizado em 1989.

Como os protestos conseguiram que o desenvolvimento urbano e a proteção ambiental obtivessem a mesma importância na legislação russa, eles são considerados uma conquista pelos cidadãos, ajudando a mudar a percepção sobre a capital russa, muitas vezes associada a uma cidade industrial.

Revitalização urbana através do manejo sustentável do lixo

A série “Building Tomorrow”, transmitida pela rede britânica BBC trata de diversos assuntos sobre as soluções tecnológicas que têm sido aplicadas nas cidades, a influência que estes espaços urbanos exercem nas pessoas e nos desafios ambientais que seus habitantes terão que enfrentar nos próximos anos e que seus efeitos já estão presentes em certos lugares do planeta.

Em um dos capítulos o arquiteto estadunidense Mitchell Joachim abordou o tema do lixo a partir da perspectiva que este tem aumentado nas cidades desde que se converteram – no começo do século XIX – no principal cenário da industrialização, e por isso, atraíram milhares de pessoas. Por conta disso e pelos efeitos atuais do lixo nas cidades, propôs criar uma estratégia sustentável para melhorar a gestão dos resíduos e que poderiam ser utilizados na construção de novas paisagens urbanas que seriam parte das cidades do futuro.

As cidades ecológicas de baixo carbono são possíveis? O exemplo de Tianjin

As estratégias de “baixo carbono”, “carbono neutro”, “baixas emissões” ou “crescimento verde” estão sendo usadas com maior frequência para a abordagem de soluções que permitem atenuar as mudanças climáticas. O que isto quer dizer? Serão apenas utopia?

Embora não haja um consenso internacional sobre a definição destes termos, todos procuram descrever estratégias de longo prazo que buscam um crescimento econômico climaticamente resiliente. Isto é, um desenvolvimento econômico que não produza emissões de carbono. Embora esta definição pareça contraditória, já que é exatamente nosso atual modelo de desenvolvimento econômico a causa das emissões que afetam o clima, há diversos exemplos que demonstram que é, sim, possível.

Outdoors convertidos em canteiros de bambu: intervenção “Urban Air”

Uma cidade em desenvolvimento e um meio ambiente saudável sempre foram elementos difíceis de conciliar, tanto para urbanistas quanto para engenheiros, arquitetos, políticos e outros agentes. Sem dúvida, a arte – através de intervenções como a apresentada – sempre tem uma resposta, ainda que os problemas sejam mais complexos.

Urban Air” é o nome do projeto do artista californiano Stephen Galssman. Sua proposta é a seguinte: substituir outdoors por canteiros de bambu, com sensores de qualidade do ar. Assim, a obra se transforma em um símbolo de um futuro em que as cidades não apenas se desenvolvem em porte e riqueza, mas são capazes de gerir seu próprio crescimento de maneira sustentável e em harmonia com a natureza.

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