Bjarke Ingels Group revelou o projeto para um campus tecnológico na Bratislava, uma vila urbana de edifícios interligados organizados em torno de um pátio central, que fomentaria um ecossistema criativo para a segurança cibernética e a inovação da IA. Criado em colaboração com a Inflow, Pantograph, BuroHappold e ARUP, o projeto apresenta uma cobertura fotovoltaica ondulada que unifica às doze estruturas individuais, enquanto define a silhueta arquitetônica sobre o pano de fundo das montanhas Cárpatos.
A contribuição do Reino Unido para a Expo 2020 Dubai é uma estrutura escultural de madeira que celebra a diversidade cultural e a colaboração, destacando a Grã-Bretanha como um ponto de encontro de culturas e ideias. Criado pelo artista e designer Es Devlin, o Poem Pavilion usa algoritmos avançados de aprendizado de para transformar a entrada dos visitantes em poemas coletivos. Este último pode ser lido em displays iluminadores na fachada, transformando o pavilhão na própria exposição.
A Mars House, concebida pela artista e fundadora do Techism Movement, Krista Kim, tornou-se a primeira casa digital a ser comercializada no mundo. Elaborada como um arquivo digital único e exclusivo, como uma espécie de token criptográfico (NFT), a Mars House é na verdade um arquivo 3D que pode ser explorado através de realidade virtual ou realidade aumentada. A Mars House é uma estrutura feita de luz, uma casa digital com uma atmosfera única e que vem acompanhada por uma trilha sonora criada por Jeff Schroeder da banda Smashing Pumpkins.
Neste artigo, abordamos como a inteligência artificial está contribuindo para com a mudança dos nossos processos de projeto, e como arquitetos e outros profissionais estão reagindo e incorporando esses avanços tecnológicos na prática. Que tipo de inovação a IA já trouxe para a indústria da arquitetura e construção, e o que está sendo testado neste exato momento? A seguir, compilamos uma seleta lista de projetos que podem nos ajudar a melhor explicar como a IA está sendo incorporada ao nosso dia-a-dia, transformando a nossa prática profissional.
Dado que a Inteligência Artificial, ao longo dos últimos anos, passou a ser uma das principais forças motrizes no âmbito da inovação tecnológica e no desenvolvimento econômico – provocando ainda uma revolução nas relações sociais–, ela tem exigido de todos nós a aquisição de novos conhecimentos e um conjunto adicional de habilidades. Assim como o domínio de pelo menos um software BIM passou a ser um pré-requisito para a maioria dos postos de trabalho no setor da arquitetura e construção, ter uma compreensão mínima ou até mesmo saber como utilizar ferramentas de IA já é algo que se espera de um arquiteto, e provavelmente, muito em breve, passará a ser mais um dos tantos requisitos exigidos de um arquiteto em uma entrevista de emprego. Entretanto, em meio ao oceano de informações disponíveis, como podemos começar a navegar neste universo? A seguir, organizamos uma lista de recursos disponíveis online, com palestras e cursos gratuitos, os quais nos permite melhor compreender de que maneira podemos nos beneficiar das tecnologias de IA e como aplicá-las à nossa prática profissional.
A Autodesk acaba de adquirir os direitos operacionais da plataforma Spacemaker, um ferramenta conhecida por facilitar o trabalho de arquitetos e empreendedores, “permitindo testar e avaliar soluções projetuais rapidamente e assim, encontrar melhores soluções para cada projeto específico”. Concebida para um público alvo de arquitetos, urbanistas e empreendedores do ramo imobiliário, a plataforma Spacemaker opera através de uma nuvem e utiliza tecnologias de Inteligência Artificial para ajudar estes profissionais a tomarem melhores decisões durante as primeiras fases de projeto.
Segundo estimativas das Nações Unidas, atualmente mais de 55% da população mundial vive em cidades ou áreas urbanizadas, com uma forte probabilidade de este numero aumentar para quase 70% ao longo das próximas décadas. Apesar deste previsível e vertiginoso crescimento populacional urbano, muitas das grandes cidades do mundo têm feito pouco ou quase nada para qualificar suas infraestruturas já muito precárias e insuficientes. De fato, o que se desenha a nossa frente é o grande desafio da vez, talvez um dos maiores que a humanidade já enfrentou. Se a solução dos problemas de grande escala parece algo impraticável ou até impossível, talvez devêssemos buscar resolver os pequenos problemas, um de cada vez.
O BIG acaba de revelar o mais um mega-empreendimento na China, o AI CITY, a futura sede do provedor de serviços inteligentes Terminus Group. Concebido como o mais moderno campus de inovação tecnológica da China, a estrutura concebida pelo BIG promoverá o desenvolvimento de novas tecnologias em “inteligência artificial, robótica e big data”. A ser construído em Chongqing—conhecida como “a cidade da montanha” no sudoeste da China—, o projeto encontra-se inserido na área de desenvolvimento industrial de alta tecnologia da cidade.
A White Arkitekter, em colaboração com a ReGen Villages, desenvolveu o projeto de uma comunidade autossuficiente e resiliente na Suécia, que funciona a partir de princípios de economia circular. Inspirado em jogos de computador, o projeto conta com produção de alimentos orgânicos e produção de energia de fontes renováveis, além de promover a reciclagens e contar com edifícios neutros em carbono.
Serão os arquitetos substituídos pela inteligência artificial num futuro próximo? O artista Sebastián Errázuriz, de Nova Iorque, publicou um vídeo em seu Instagram que abre a discussão.
Errázuriz, conhecido, dentre outros trabalhos, por sua proposta crítica para a reconstrução da Catedral de Notre Dame, afirma que, muito provavelmente, a profissão tal qual a conhecemos desapareça em breve. Devido aos avanços tecnológicos, apenas uma restrita elite profissional que desempenha a arquitetura como uma prática artística continuará a trabalhar do modo como estamos habituados hoje.
Inteligência artificial (IA), machine learning e design generativo já estão moldando a arquitetura como a conhecemos. Como sistemas e ferramentas para reimaginar o ambiente construído, eles apresentam diversas oportunidades para repensar os fluxos de trabalho tradicionais. No entanto, os arquitetos também temem que eles possam afetar inversamente a prática, limitando os serviços da profissão. Olhando para as tecnologias de construção, novas empresas estão criando softwares e projetos para explorar o futuro dos projetos arquitetônicos.
Bleutech Park Las Vegas. Imagem Cortesia de Bleutech Park Properties
As cidades em todo o mundo estão passando por mudanças - trocando tecnologia antiga e antiquada por novas alternativas. O desenvolvimento e a implementação da visão computacional e da análise em tempo real estão inaugurando a mais nova onda de cidades inteligentes. A combinação entre dados na nuvem e sistemas digitais fornece informações acionáveis a serem coletadas e compreendidas sobre qualquer aspecto, desde a concentração de veículos até a atividade de pedestres. À medida que as cidades continuam avançando e se desenvolvendo social e tecnologicamente, não há dúvida de que continuaremos vendo urbes incorporando ferramentas como Inteligência Artificial (IA) para facilitar essas mudanças. Apesar do fato de que tecnologias atraentes como drones e robôs estão na vanguarda dessa revolução tecnológica, também existem várias maneiras inesperadas pelas quais as cidades estão se tornando mais inteligentes.
O arquiteto e pesquisador Stanislas Chaillou desenvolveu um projeto em Harvard que utiliza aprendizagem automática para explorar o futuro do design generativo. Enquanto estudava Inteligência Artificial (IA) e sua potencial integração na prática arquitetônica, Chaillou desenvolveu toda uma metodologia geracional usando Generative Adversarial Neural Networks (GANs). O projeto de Chaillou investiga o futuro da IA a partirda aprendizagem dos estilos arquitetônicos e seu impacto na composição dos desenhos de planta.