Fachadas Solares no Hospital Bornholm. Imagem cortesia de SolarLab
A degradação ambiental tem enfatizado a necessidade de novas fontes de energia e uma mudança nas fontes exige meios inovadores de armazenamento dessa energia. Por séculos, os edifícios têm demonstrado sua capacidade de armazenar pessoas, objetos e sistemas, entretanto, ultimamente, o seu potencial inexplorado para armazenar grandes quantidades de energia de forma eficiente tem sido discutido. Nessa nova era, os edifícios podem ir além de estruturas funcionais para se tornarem depósitos potenciais de energia?
Trazer o verde e, muitas vezes, a produção de hortaliças, para as áreas urbanas gera inúmeros benefícios para quem vive nas cidades. Os tetos verdes são uma solução para transformar áreas pouco aproveitadas em verdadeiros oásis naturais, ajudando a diminuir ilhas de calor, absorver água da chuva, melhorando a qualidade do ar, controlando níveis de ruídos e atraindo biodiversidade.
O primeiro ônibus a ganhar módulos solares está rodando na cidade alemã Hof, no nordeste da Baviera. Foto: Sono Motors
A empresa alemã Sono Motors tornou-se mundialmente conhecida ao desenvolver o Sion, automóvel elétrico movido a energia solar. Entretanto, por falta de financiamento para apoiar a produção pré-série, o projeto foi encerrado em fevereiro deste ano e o foco agora é atuar na adaptação e integração de sua tecnologia solar patenteada em veículos de terceiros.
O fracasso empresarial pode ser uma boa notícia para o meio ambiente, uma vez que, ao invés de concentrar-se em veículos individuais, o modelo de negócios foi transformado para atender a uma ampla gama de veículos, incluindo ônibus, caminhões e veículos refrigerados.
Diante da crise ambiental que vivemos atualmente e da necessidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas, torna-se cada vez mais importante e imperativa a adoção de fontes de energia limpas e renováveis, como a energia solar, em projetos de arquitetura. Sendo um país com abundância de incidência solar ao longo do ano, o Brasil tem um enorme potencial para aproveitar essa fonte de energia que, ano após ano, tem se tornado uma opção cada vez mais atrativa e viável no cenário brasileiro. Uma das tipologias favorecidas é a residencial, que tem ganhado destaque devido aos inúmeros benefícios que a energia solar pode oferecer tanto aos moradores quanto ao meio ambiente.
Uma usina solar instalada sobre o aterro sanitário do Caximba, desativado em 2010, é o novo símbolo de Curitiba. Apelidada de pirâmide solar, devido ao seu formato, a usina com potência instalada de 4,55 megawatts (MW) foi inaugurada na última quarta-feira (29) no aniversário de 330 anos da cidade.
O projeto integra o Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da cidade para combater e mitigar as mudanças climáticas por meio da produção de energia renovável. O município conseguirá reduzir a emissão de duas mil toneladas de CO2 na atmosfera, colaborando assim para o cumprimento das metas da cidade de redução dos gases do efeito estufa.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto nº 11.456 que atualiza e expande o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). Neste, está incluído o segmento de fotovoltaicos, voltado para a produção de energia solar.
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Que estratégias de projeto ou novas tecnologias podem ser integradas ao projeto arquitetônico sem colocar em risco o meio ambiente? Nos últimos anos, as energias renováveis têm se tornado cada vez mais populares no mundo inteiro, e a energia solar fotovoltaica é uma das muitas que estão crescendo exponencialmente.
Pré-montados, os painéis são removíveis. Imagem: Sun-Ways
A energia solar é uma das fontes energéticas que mais cresce no mundo. Indo além das instalações em telhados ou grandes usinas, diversas inovações têm surgido para aproveitar o potencial energético da luz solar. Uma iniciativa recente, neste sentido, vem sendo implementada pela startup Sun-Ways, que vai implantar painéis solares removíveis ao longo de trilhos ferroviários na Suíça.
O escritório CRA-Carlo Ratti Associati, em parceria com o arquiteto Italo Rota e o urbanista Richard Burdett, apresentou o masterplan da candidatura de Roma para sediar a Exposição Universal de 2030. O projeto propõe um esforço conjunto de todos os países participantes para criar uma fazenda solar que poderia abastecer o evento e ajudar a descarbonizar os bairros vizinhos.
A Expo está prevista para acontecer em Tor Vergata, uma vasta área em Roma que abriga a universidade de mesmo nome e um bairro residencial densamente habitado. Todos os pavilhões são projetados para serem totalmente reutilizáveis, já que a área proposta será transformada em um distrito de inovação após o evento, na esperança de requalificar o bairro. O plano diretor foi desenvolvido em conjunto com vários parceiros, incluindo a ARUP para sustentabilidade e infraestrutura, a LAND para paisagismo e a Systematica para estratégia de mobilidade.
Uma fazenda solar flutuante capaz de rastrear os raios de sol está sendo testada nos Países Baixos. O protótipo, apelidado de Proteus, foi selecionado como finalista do European Inventor Award, que celebra as melhores e mais inovadoras invenções.
Apesar de não ter sido escolhida ao prêmio europeu, a usina mostrou seu potencial tecnológico. Seus painéis giram lentamente em dois eixos, usando sensores mecânicos, geoespaciais e de luz para rastrear com precisão a elevação do caminho do sol conforme ele se move de leste a oeste. Com isso, a fazenda aumenta sua capacidade de produção energética, podendo produzir cerca de 73 quilowatts de energia.
URB revelou planos para desenvolver a cidade mais sustentável da África, um empreendimento que pode acolher 150.000 habitantes. Conhecida como The Parks, a cidade planeja produzir 100% de sua energia, água e alimentos no local por meio de biodomos, geradores ar-água movidos a energia solar e produção de biogás. O projeto de 1.700 hectares contará com centros residenciais, médicos, ecoturísticos e educacionais a fim de se tornar um contribuinte significativo para a crescente economia verde e tecnológica na África do Sul.
Muitos estão movendo para a energia solar atualmente. Nos Estados Unidos, a geração líquida de energia solar aumentou mais de 113.000 milhões de horas na última década. A integração solar com projetos residenciais economiza dinheiro dos proprietários em contas de energia e aumenta o valor da propriedade ao longo do tempo. À medida que a tecnologia de integração solar avança, as vantagens vão além de financeiras e ambientais; painéis solares também assumem um papel estético na arquitetura moderna.
A integração solar está se tornando uma expectativa entre os novos compradores de residências. Arquitetos devem se adaptar de acordo para aumentar a disponibilidade de integração fotovoltaica nos desenvolvimentos residenciais. No entanto, com planejamento e execução cuidadosos, os painéis solares podem ser melhor incorporados durante as fases de projeto e construção. Este artigo descreve como os construtores de casas podem atender às demandas do consumidor por integração solar, criando uma via fácil de seguir para acomodar as tendências de design em mudança.
Em janeiro deste ano, um marco legal para a microgeração e a minigeração distribuída de energia foi instituído na forma da Lei 14.300/2022. O texto garantiu que as antigas regras do setor fossem mantidas até 2045 para quem já possuía a instalação solar e para novos clientes no período de 12 meses. Agora, a três meses para acabar o ano, o assunto volta à tona, pois o prazo para garantir, por exemplo, a isenção de alguns componentes tarifários está prestes a terminar.
O Het Nieuwe Instituut em Roterdã, na Holanda, inaugura o The Energy Show e a Bienal Solar na sexta-feira, 9 de setembro de 2022. Em colaboração com a designer e curadora da Bienal Solar Matylda Krzykowski e os designers solares Marjan van Aubel e Pauline van Dongen, a exposição apresenta uma série de projetos que exploram o significado e as possibilidades do sol na sociedade, no meio ambiente e na arquitetura. Com a Europa em meio a uma crise energética, o Energy Show e a Bienal Solar são uma oportunidade para arquitetos e o público examinarem a transição para a energia solar e a tecnologia à medida que avançamos em direção a um futuro pós-carbono.
Levar iluminação para quem precisa, com energia solar e materiais acessíveis. Este é o trabalho da ONG Litro de Luz que, em 3 dias de ação, impactou positivamente a qualidade de vida de 173 famílias, de comunidades ribeirinhas que vivem às margens do Rio Negro, na Amazônia.
Complexo solar fotovoltaico de Pereira Barreto, no estado de São Paulo. Imagem cortesia de EDP Renováveis
O Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 14 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Como resultado, a fonte solar supera a potência instalada da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
A Favela Marte, localizada em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, será a primeira comunidade da América Latina totalmente abastecida com placas solares. O local servirá de modelo para um amplo projeto que promete gerar renda e desenvolvimento social aos moradores.
Conhecida como Vila Itália, a comunidade começou a surgir em 2014. Por diversos anos, a população foi alvo de ações judiciais, que visavam desapropriar a área privada. Um novo revés veio quando a área foi escolhida para servir como modelo para o projeto “Favela 3D”, referindo-se à criação de ambientes dignos, digitais e desenvolvidos.
Ter mais independência na geração de energia é um caminho para driblar a alta nas contas de luz. Neste sentido, são cada vez mais comuns os pequenos sistemas de produção de energia renovável. Em Sorocaba, no interior de São Paulo, a startup Vida Maker desenvolveu uma microusina que pode ser alimentada por placa solar, energia eólica e gerador hidráulico.
A usina funciona como uma espécie de gerador. Por isso, é possível servir como fonte de energia para eletrônicos, eletrodomésticos e para iluminação.