Spring Rain, pórtico, parede e escada para a Escola do Porto de Qianhai, Shenzhen, 2022. Em colaboração com Tu'an Architecture Design Company (Guangzhou). Imagem cortesia do estúdio ACF
O Royal Institute of British Architects (RIBA) e a Jencks Foundation anunciaram o escritório Dogma como vencedor do Charles Jencks Award de 2023. Anteriormente concedido a Zaha Hadid,Níall McLaughlin, Herzog & de Meuron, e OMA, o prêmio celebra outras formas de pensamento e produção que podem impulsionar a arquitetura além do design. Vencedores deste ano, Dogma é um escritório de arquitetura sediado em Bruxelas que se concentra na interação entre arquitetura e ambientes urbanos.
Imagine se a luz, além de nos permitir enxergar o mundo, fosse também capaz de transmitir informações e significados. Padrões mensuráveis de iluminação natural, traduzidos em níveis de ‘lux’ recomendados para determinadas tarefas, levaram a uma compreensão quantitativa da luz. No entanto, a arquitetura se apropria da luz natural não apenas para cumprir requisitos formais e padrões matematicamente calculados. A iluminação natural é utilizada, sobretudo, para transmitir emoções, revelar espaços e construir atmosferas. Dito isso, poderíamos afirmar que a iluminação é uma forma de linguagem utilizada pelos arquitetos para se comunicar com as pessoas? Desde uma perspectiva semiótica, poderemos melhor compreender como a luz e a sombra contribuem para a construção de significado na arquitetura.
Os Maggie's Centres são uma rede de centros de cuidados intensivos para o tratamento de pessoas afetadas pelo câncer. Desde a inauguração de sua primeira sede, a instituição tem incumbido aos mais importantes e reconhecidos nomes da arquitetura contemporânea, a difícil tarefa de projetar espaços capazes de renovar as esperanças destas pessoas, ajudando-as a encontrar forças e manterem-se positivas na luta contra o câncer.
Desde a inauguração do primeiro Maggie's Center na cidade de Edimburgo, em 1996, importantes arquitetos se uniram a esta iniciativa, desenvolvendo projetos de arquitetura inovadores e que têm provocado uma mudança de atitude nas pessoas em tratamento contra o câncer e seus respectivos cuidadores, amigos e familiares.
Dundee, Scotland, 2003 por Frank Gehry / Cortesia de Maggie's Centres. O terceiro centro foi projetado por Frank Gehry, um amigo próximo de Maggie. "Frank nos deu tanta publicidade e nos permitiu levantar o dinheiro", diz Jencks. Cada centro é autofinanciado através de doações
O renomado teórico, historiador da arquitetura, paisagista e co-fundador do Maggie's Cancer Care Centres, Charles Jencks, faleceu ontem, segundo informou o RIBA Journal no Twitter. Nascido em Baltimore, EUA, em 21 de junho de 1939, Jencks nos deixou aos 80 anos.
Por mais que tentemos não nos abalar com a opinião dos outros, receber um reconhecimento é algo muito poderoso. Reconhecimento carrega consigo uma audiência cativa (e muita expectativa), não apenas admiradores, mas também "caçadores de recompensa" - ou, cinicamente, aqueles que sempre estão prontos para capitalizar algo para si com o trabalho dos outros. Para os arquitetos, reconhecimento pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Muitos escritórios se mantém fiéis a uma ideia ou conceito; Porém, à medida que o reconhecimento vai chegando, diluído em forma de rótulos, torna-se cada dia mais difícil entender o que está sendo reconhecido. Esta semana, divulgamos uma série de premiações significativas no campo da arquitetura - além de uma entrevista estrondosa com dois arquitetos determinados a questionar os rótulos que acompanham os galardões. Leia a nossa revisão da semana.
https://www.archdaily.com.br/br/902160/destaques-da-semana-reconhecimento-no-mundo-da-arquiteturaKatherine Allen
O arquiteto chileno Alejandro Aravena e fundador do ELEMENTAL foi eleito o premiado de 2018 do Prêmio Charles Jencks do Instituto Real dos Arquitetos Britânicos (RIBA). O prêmio é concedido em reconhecimento às contribuições excepcionais de um indivíduo para o campo da arquitetura, tanto em obras construídas quanto em trabalhos teóricos. Aravena receberá o prêmio e fará uma palestra na sede do RIBA em Londres no dia 15 de outubro.
A edição de 2018 do WAF será realizada em Amsterdã, de 28 a 30 de novembro. Cortesia de WAF
Após dois anos em Berlim, o World Architecture Festival realizará sua edição de 2018 em Amsterdã, com três dias de palestras, apresentações de projeto e cerimônias de premiação de obras contemporâneas e algumas das figuras mais proeminentes da arquitetura atual.
Neste ensaio escrito pelo arquiteto e acadêmico britânico Dr. Timothy Brittain-Catlin, a noção de pós-modernismo britânica - atualmente muitas vezes referida como intimamente ligada ao trabalho de James Stirling e o pensamento de Charles Jencks - é trazida à luz. Suas verdadeiras origens, argumenta, são mais historicamente enraizadas.
Cresci em uma bela casa vitoriana com alvenarias ornamentadas, com forma de frontões "holandeses" e belos vitrais do período arts and crafts - então eu não pensei na época, e eu não acho agora, que eu tinha muito a aprender com Las Vegas. Acontece que eu não era o único. Dos arquitetos britânicos que fizeram seus nomes como pós-modernistas na década de 1980, nem um único diria agora que eles devem muito a Robert Venturi, arquiteto americano amplamente considerado um avô do movimento.
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Uma foto aérea do US Geological Survey compara os blocos estreitos e monolíticos de Pruitt-Igoe com os edifícios pré-modernistas vizinhos de St. Louis. Cortesia de Wikimedia user Junkyardsparkle (Domínio Público)
Poucos edifícios na história podem reivindicar um legado tão infame como o Projeto Habitacional Pruitt-Igoe em St. Louis, Missouri. Construído durante o auge do modernismo, esta coleção nominalmente inovadora de torres residenciais foi concebido para se erguer como um triunfo dos projetos arquitetônicos racionais sobre os males da pobreza e a deterioração urbana; Em vez disso, duas décadas de turbulência precederam a destruição final, brusca, de todo o complexo em 1973. A queda de Pruitt-Igoe acabou por significar não apenas o fracasso de um projeto de habitação pública, mas sem dúvida a morte de toda uma era de projetos modernistas.
O World Architecture Festival (WAF), maior festival de arquitetura do mundo, que acontece anualmente em Singapura, anunciou o tema deste ano: 50:50. O tema é inspirado no aniversário de 50 anos de Singapura como país independente e revê como a arquitetura e o urbanismo mudaram nos últimos 50 anos, tendo em vista as possíveis mudanças para os 50 anos que estão por vir.
https://www.archdaily.com.br/br/770721/waf-anuncia-o-tema-do-festival-de-2015AD Editorial Team
WAF 2015: Suntec Singapore Convention Centre, Singapura
Em sua oitava edição, o 2015 World Architecture FestivalAwards (WAF) acontecerá no Suntec, localizado na região central de Singapura, e contará com três dias intensos de apresentações e avaliações. As inscrições de projetos já estão abertas para a edição de 2015, que está sendo descrita como "o maior programa de prêmios de arquitetura do mundo". O evento deve atrair mais de 750 projetos inscritos, dos quais metade serão selecionados e divididos em trinta categorias. As inscrições podem ser realizadas até o final de maio e a lista de finalistas será divulgada no início de junho.
Dundee, Escócia, 2003 por Frank Gehry / Cortesia de Maggie's Centres.
Os Centros Maggie são o legado de Margaret Keswick Jencks, uma mulher em estado terminal que tinha a noção de que os ambientes de tratamento contra o câncer - e os resultados do processo - poderiam ser drasticamente melhorados através de um bom projeto. Sua visão foi concretizada e continua a se propagar através de inúmeros arquitetos, incluindo Frank Gehry, Zaha Hadid, e Snøhetta - para nomear apenas alguns. Originalmente publicado na Metropolis Magazine sob o título “Living with Cancer” (Vivendo com Câncer), este artigo de Samuel Medina apresenta imagens dos Centros Maggie em todo o mundo, detendo atenção nas raízes da organização e seu sucesso que continua através da ajuda dos arquitetos.
Era maio de 1993, e a escritora e designer Margaret Keswick Jencks se sentara em um corredor sem janelas de um pequeno hospital escocês, temendo o estaria por vir. O prognóstico era ruim - seu câncer havia voltado - mas a espera, e a sala de espera, drenavam suas energias. Ao longo dos dois anos seguintes, até sua morte, ela retornou diversas vezes para sessões de quimioterapia. Em espaços tão negligenciados e impensados, escreveu, pacientes como ela eram deixados ao léu para "murchar" sob o brilho dessecante das luzes fluorescentes.
Não seria melhor se houvesse espaços privativos, banhados por luz, para se esperar pela próxima série de testes, ou onde se pudesse contemplar, em silêncio, os resultados? Se a arquitetura pode desmoralizar os pacientes - "contribuindo para um nervosismo extremo", como observou Keswick Jencks - não poderia ela também se mostrar restauradora?