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Canteiro de obras: O mais recente de arquitetura e notícia

Canteiro móvel: costurando saberes e ações no território

Segundo informações divulgadas pelo CAU/DF de 2022, mais de 82% do território urbano brasileiro se reproduz de maneira informal e autoconstruída, um fenômeno pulsante e manifesto em todo o país. Por “autoconstrução” nos referimos a uma arquitetura popular, que se expressa vivamente através de pessoas erguendo, de maneira livre, suas próprias casas.

Se, por um lado, este cenário apresenta ampla cultura construtiva, com soluções e tecnologias criativas e adaptações aos recursos e contextos locais, com valiosos saberes envolvidos, por outro, o que temos é um alto nível de precariedade habitacional, com ambientes insalubres e sem infraestrutura básica, expondo as pessoas que vivem nesses contextos a inúmeras situações de risco. 

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A cozinha e o canteiro: colonialidade na arquitetura de Lina Bo Bardi

Entre senhora e arquiteta, Lina Bo Bardi aparece nas páginas da revista O Cruzeiro, tanto nas colunas femininas por seu risoto à milanesa, como nas matérias sobre cultura como a arquiteta do MASP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Publicada semanalmente pelos Diários Associados de Assis Chateaubriand, O Cruzeiro dispunha de notoriedade e circulação no âmbito nacional e, apesar de direcionada para donas de casa das classes mais altas, apresentava um conteúdo bem amplo, abrangendo matérias de moda, cultura, cinema, política, além de “secções (sic) de aconselhamento feminino”.

Sem Muros Arquitetura Integrada lança campanha de financiamento para um canteiro móvel

Grande parte das edificações construídas no Brasil ocorrem sem a participação de profissionais da arquitetura. Por outro lado, todos os anos se formam milhares de arquitetos em todo o Brasil. Paralelamente, o Brasil apresenta uma ampla cultura construtiva que se expressa através de pessoas erguendo suas próprias casas e nos saberes das comunidades tradicionais construindo a vida cotidiana.

As mulheres e o canteiro de obras autogestionário

Muitas vezes despercebida ou desconsiderada, a desigualdade de gênero na arquitetura traz consequências tanto às mulheres e suas carreiras quanto aos espaços e produtos criados. Há, porém, um nicho de trabalho dentro da construção civil que contradiz essa lógica, propondo a criar um espaço de trabalho mais igualitário. Este texto propõe uma reflexão sobre essa desigualdade e como ela é desafiada pelas práticas autogestionárias. 

Marcenaria ou carpintaria: saiba qual a diferença e quem chamar quando precisar

A madeira é um dos materiais mais versáteis que temos hoje em dia na construção civil e sua aplicação é muito variada, aparecendo em diferentes etapas construtivas, desde o início das obras até sua conclusão. Tratar com a madeira, e suas diferentes naturezas, exige um ofício específico dentro da construção que vai além do conhecimento e da prática do pedreiro. As duas especialidades da construção civil que lidam com a madeira são a carpintaria e a marcenaria

Transitando em uma linha tênue entre suas especificações, essas duas práticas são facilmente confundidas e muitas vezes ficamos na dúvida sobre qual profissional é o mais indicado para um determinado serviço. Neste texto abordaremos a diferença entre as duas práticas, buscando auxiliar na escolha de qual serviço procurar. 

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Coronavírus: orientação para profissionais em canteiro de obras

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF divulgará uma série de publicações em suas redes sociais que trazem informações essenciais para arquitetos e urbanistas e demais profissionais que trabalham em obras de construção e reforma, e que por algum motivo não podem interromper temporariamente a obra.

O canteiro de obras no mutirão autogestionário

As transformações no modelo de produção de construção civil propostas historicamente por movimentos de moradia nos Mutirões Autogeridos no Brasil, em relação aos modos de produção para o mercado, não se limitam à mão de obra responsável por empreender a construção, isto é, não se trata apenas de uma troca de trabalho assalariado por trabalho mutirante desmercantilizado. As inovações passam por diversas esferas, desde o projeto arquitetônico - pensado a partir de uma perspectiva coletiva e enquanto bem comum que coloca o mutirante como "autor, produtor e futuro usuário" -, até o modo de produção no qual, diferente do modelo tradicional, “não é possível aumentar a produtividade através da ampliação da exploração, com precarização, horas extras, demissões, mas somente através da invenção de novos procedimentos e técnicas construtivas”. Esse tema é assunto de discussão para muitos arquitetos, tanto no campo teórico, quanto na experimentação e prática, onde a obra passa a ser palco de um esforço pela racionalização, otimização e horizontalidade nos processos. 

Eladio Dieste e a importância da experimentação no canteiro de obras

Nascido em Artigas, no Uruguai, na segunda década do século XX, Eladio Dieste sagrou-se exímio construtor, com a maior parte de sua obra situada na capital de seu país origem, Montevidéu e em cidades adjacentes. No entanto, sua obra acabou obtendo reconhecimento mais amplo depois de sua morte, após o Massachussets Institute of Technology (MIT) reconhecê-la em 2005 por meio do trabalho teórico de Stanford Anderson. Formado em Engenharia, sua relação com o canteiro de obras e experimentações in loco permitiram-no explorar ao limite a materialidade e as possibilidades estruturais.

Com um trabalho intimamente ligado à relação entre materialidade e canteiro, desenvolveu uma rica produção arquitetônica a partir de estudos de finas cascas cerâmicas, batizadas por ele como Cerâmica Armada. Junto a esta técnica construtiva, Dieste encontrou na adoção de tijolos cerâmicos a essência à resolução estrutural requerida, dado que o material apresentava excelentes propriedades estruturais – resistente aos intrínsecos esforços de compressão; rapidez construtiva; facilidade de mão-de-obra; e que junto à inserção do aço, resistia à flexão. A partir disso, encontrou no tijolo a natureza ideal à plasticidade e desenho estrutural buscado, possibilitando vencer grandes vãos com esbeltas estruturas autoportantes, apoiadas somente nas extremidades – livres de apoios centrais, onde parede, piso e teto unificavam-se como um só corpo.

Mas por que Eladio Dieste pode ser considerado um notável construtor?

Canteiro, o lugar de tensão na construção civil

Na busca de uma palavra para definir o canteiro de obras, talvez nenhuma satisfaça tanto quanto “tensão”. Lugar e momento em que são colocados à prova aspectos do projeto, a obra literalmente tensiona a relação entre o pensar e o fazer arquitetônico, colocando em cheque certezas do projeto que, quando contrapostas a questões técnicas, econômicas e políticas, podem perder solidez e mesmo cair por terra.

Nesse sentido, e em função das escolhas e limitações das técnicas construtivas empregadas e disponíveis, o canteiro é um lugar e momento que exige uma comunicação eficiente entre projeto e obra; flexibilidade e ponderação se tornam palavras de ordem para o arquiteto e demais profissionais envolvidos na construção.  É através da obra, também, que aquilo que antes habitava a mente de apenas alguns poucos envolvidos se torna concreto e passa, enfim, a fazer parte da coleção de imagens que compõe a paisagem urbana (ou rural).

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IAB-RJ promove o Fórum AC 21, que discutirá o papel do arquiteto no canteiro de obra

O Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) e a Feira Construir 2014, organizada pela FAGGA | GL Events Exhibitions, promoverão, no dia 15 de setembro, às 18h30min, na sede do IAB-RJ, a primeira mesa-redonda do “Fórum AC 21 – Arquitetura e Cidade no século XXI”. O evento visa resgatar o protagonismo do arquiteto no canteiro de obras e integra a programação da Feira Construir, cuja curadoria é feita pelo Instituto de Arquitetos.