Formada em arquitetura e desenho urbano, Alina Sonea ilustra a natureza complexa e por vezes paradoxal das cidades que habitamos. A artista vem desde 2013 desenvolvendo uma série de detalhadas e delicadas ilustrações que mostram cenários fantásticos de densas metrópoles.
Esculturas de grande formato configuram espaços onde o espectador pode submergir em um extenso mundo sensorial. Trata-se de uma obra que apela aos cinco sentidos e convida o público a explorar seu corpo e sua mente através de um percurso em que o tato, a cor, o cheiro e as diversas formas de habitar constituem a essência da expressão artística. O ponto onde a arte encontra a arquitetura constitui uma plataforma de interação entre os visitantes e a sensibilidade corpórea com o entorno.
Ernesto Neto é um artista brasileiro nascido na década de 1960 no Rio de Janeiro. Desde muito jovem se interessou pela escultura e, ainda que diga ter passado por momentos de incerteza de seu futuro como artista, sempre se dedicou a fazer o que mais gosta, explorar os sentidos e as diversas experiências que o mundo natural pode dar ao homem por meio da matéria.
Projetado com um software de desenho paramétrico, o pavilhão é composto por 20 treliças de madeira que rotacionam em espiral em direção a um ponto central elevado. Afixadas diretamente sobre o solo, as treliças vencem vãos grandes o bastante para criar uma série de caminhos em espiral que conduzem ao centro da estrutura, onde haverá uma enorme mandala feita através de impressão 3D. Os espaços entre as treliças serão grandes o bastante para servirem como nichos.
O artista italiano Federico Babina compartilhou conosco uma nova série de 21 ilustrações, que dessa vez nos levam em uma jornada ao redor do mundo. Ouça os sinos do Big Ben, sirenes de Nova Iorque, gaivotas de Amsterdã e os batuques de Havana enquanto se inspira para sua próxima viagem. Você terá que assistir as animações diversas vezes para notar todos os detalhes que Babina reuniu de cada uma das cidades.
A arquiteta e ilustradora Marta Vilarinho de Freitas nos impressionou novamente com suas intrincadas ilustrações de cidades em finos traços sobre papel. A portuguesa vêm exercendo sua paixão por desenho através de uma série intitulada Cities and Memory - the Architecture and the City.
Fascinada pelas cidades, as ilustrações de Marta expressam sua conexão com a arquitetura ao passo que também capturam os aspectos românticos e qualitativos de cada cidade, seus padrões, cores, atmosferas e luzes.
Marta Vilarinho de Freitas combina fantasia e precisão nos detalhes em suas composições repletas de fachadas de edifícios, telhados e outros elementos do espaço urbano. O processo de criação dessas ilustrações é cíclico, de modo que elas continuam a informar Marta sobre o espírito das cidades enquanto ela as desenha.
SITU #7 | Ana Dias Batista. Foto: Filipe Berndt. Cortesia: Galeria Leme e SITU
A Galeria Leme apresenta a 7ª edição do projeto SITU que integra a programação oficial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo e dá continuidade a uma pesquisa sobre o diálogo entre arte, arquitetura e cidade como ferramenta para a análise e problematização das dinâmicas urbanas. Para esta edição a artista brasileira Ana Dias Batista cria uma obra site-specific que sublinha as tensões e contradições da relação entre o edifício da galeria e a cidade, intervindo diretamente na fronteira entre o espaço público e o privado, nomeadamente nas fachadas principais do edifício e no pátio que se abre entre
É seguro dizer que arquitetos, acadêmicos, críticos e até mesmo o público têm discutido sobre os méritos dos estilos arquitetônicos há séculos. Mesmo durante o curso da minha própria carreira,o contemporâneo versus o tradicional travaram uma batalha sem cessar. Para melhor ou para pior, o contemporâneo geralmente ganhou como posição padrão para a maioria das escolas e publicações, provavelmente devido ao puro valor de entretenimento visual que oferece e aos seus dois lucrativos desdobramentos: obranding e a publicidade.
Gostaria de propor outra questão: que certos princípios duradouros da arte, diferente de qualquer estilo temporário— e, lembre-se, são todos temporários — devem ser nosso verdadeiro objetivo arquitetônico. Esta presunção significa que você deve ser agnóstico quando se trata de estilo e deixar de lado qualquer noção de uma posição ideológica em relação ao certo ou ao errado de suas preferências arquitetônicas. Há aqueles, é claro, que dizem que determinar que "minha arte" é melhor do que a sua, ou mesmo que é possível definir a arte real em primeiro lugar, é uma tarefa impossível.
Podem a arquitetura e o design reverter a mudança climática? O arquiteto Stefano Boeri acredita que sim. A Floresta Vertical de Boeri, projeto que combina as esferas naturais e urbanas através da biodiversidade e do reflorestamento, já se concretizou em Milão, está atualmente em construção em Pequim e logo será construída em Xangai. (Assista ao vídeo para saber mais sobre os projetos de florestais verticais de Boeri).
Depois de mais de dez anos viajando e fazendo intervenções de LEGO nas paredes de cidades e alvenarias maltratadas do mundo todo, o artista Jan Vormann nos convida a contribuir com o seu atual projeto, o Dispatchwork. Vormann começou a criar estas intervenções com peças de LEGO em Bocchignano, na Itália, e desde então tem explorado as paredes das cidades de Tel Aviv e Berlim.
Jan Vormann visitou aproximadamente 40 cidades pela Europa, América Central, Ásia e Estados Unidos. Algumas das intervenções utilizam apenas um punhado de peças, enquanto em outras o artista chega a utilizar até 20 kg delas.
A Casa Rubens de Mendonça – também conhecida como Casa dos Triângulos, graças à composição pintada em azul e branco em suas fachadas- faz parte de um conjunto de residências projetadas pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas entre o fim da década de 50 e o início de 60.
O Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) se despede temporariamente da obra do artista Alexander Calder (1898 – 1976), “Black Widow” (Viúva Negra), que ocupa o primeiro andar do edifício do IABsp desde 1954. A obra, que data do ano de 1948, foi doada ao Instituto pelo próprio escultor, por intermédio do então presidente da entidade Rino Levi, após visita ao Brasil para acompanhar as amostras que exibiram seus trabalhos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM–RJ) e em seguida no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Desde então a obra participa do cotidiano do IABsp, em espaço central do primeiro andar com pé direito duplo, avarandado pelo mezanino e visível da rua, que sediou inúmeros eventos, confraternizações e debates entre arquitetos e apoiadores da instituição.
Inauguração da primeira intervenção da área de Arquitetura da Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2017.
Este é um programa que assenta na consolidação da memória do lugar através do desafio à transformação e à exploração da forma (como matéria arquitetónica e urbana) a partir da Arquitetura e da Arte.
Sinopse da peça Focus da autoria dos Moradavaga Após termos trabalhado neste mesmo território na edição anterior da Bienal e termos tido a oportunidade de auscultar diversas opiniões sobre o mesmo, a questão do monocromatismo presente na paisagem urbana foi uma das características mais referidas. Nesse sentido é intenção do projeto
A semana do festival Burning Man 2017 está no fim e fotografias do evento já inundam as mídias sociais. Com o tema "Ritual Radical", a edição deste ano apresenta tantas estruturas e esculturas impressionantes quanto se esperava encontrar, incluindo um templo central que apoia uma escultura antropomórfica de madeira construída para celebrar o Golden Spike - o ápice do evento.
Veja, a seguir, nossas estruturas favoritas da edição deste ano.
O artista Eric Rieger, também conhecido como HOTTEA, concluiu recentemente uma instalação com cordas coloridas no maior shopping center da América do Norte, o Mall of America em Bloomington, nos EUA.
Composta por 13.000 fios individuais em 103 cores, a instalação transforma completamente o átrio do shopping, envolvendo os visitantes em uma tempestade de cores vibrantes. No total, foram utilizados cerca de 300 kg de fios, que ocupam a área de projeção da claraboia da cobertura, de 16,5 m por 13,5 m.
Câmara dos Deputados - Salão Verde. Image Cortesia de Fundação Athos Bulcão. Fotógrafo: Edgard Cesar
Responsável por atingir o marco de maior artista em integração da arte na arquitetura no território nacional, de forma que nenhum outro artista atingiu o tamanho de sua Obra Institucional, Athos Bulcão uniu a tradição da azulejaria à inventividade da composição aplicada na Arquitetura.
A tradição ceramista, que nasce de nossas raízes remontando as origens portuguesas através dos painéis figurativos compostos por pequenos módulos cerâmicos pintados, ganhou destaque a partir do período moderno através de nova vertente trazida pela produção dos azulejos abstratos geométricos.
A Fundação Bienal de São Paulo disponibilizou em julho deste ano o conteúdo histórico das 32 edições do evento de arte já realizadas. A plataforma online gratuita reúne textos, fotos, visitas virtuais, plantas expográficas, publicações, cartazes e outros materiais documentais das exposições disponibilizados pelo Arquivo Histórico Wanda Svevo - o Arquivo Bienal.
A nova seção do site da Fundação está integrada ao Banco de Dados do acervo documental da Bienal, uma página de buscas que oferece acesso às informações sobre artistas e obras que já participaram das exposições realizadas pela Fundação Bienal. O banco de dados inclui também as representações oficias do Brasil nas exposições de arte e arquitetura de Veneza e outras mostras promovidas pela instituição no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, projetado por Oscar Niemeyer.
Paulistano, filho de pai alemão e mãe pernambucana, cresceu em terras carioca sobre clima de bossa e tropicalidade. Foi com a influência da mãe que nasceu o interesse pela botânica. Na fase jovem, passou um período morando e estudando pintura no território alemão, onde frequentou importantes jardins botânicos e compreendeu o papel dos mesmos. Roberto Burle Marx, um dos principais arquitetos paisagista do século XX, pode ser definido como o responsável por revelar ao Brasil e ao mundo uma nova visão do papel do Paisagismo, sob aspectos sociais, botânico e estético.
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Zebra convida pedestres a atravessar na faixa. Foto: Xinhua/Reprodução. Image via TheCityFix Brasil
Uma artista indiana resolveu usar seu talento para tentar ajudar a reduzir as mortes no trânsito em seu país. Graças a um tráfico heterogêneo, que mistura diferentes tipos de veículos em alta velocidade, mais de 230 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito na Índia, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde de 2013. Aproximadamente metade das vítimas era de usuários vulneráveis das vias – motociclistas, pedestres e ciclistas.
Medidas radicais e urgentes precisam ser implementadas no país, mas uma simples ideia, de Saumya Pandya Thakkar, pode ser responsável por salvar vidas. A artista de 28 anos, com a ajuda de sua mãe, Shakuntala Panya, criou faixas de pedestres com técnicas de ilusão de ótica. O motorista tem a impressão de estar se aproximando de blocos de concreto, o que o leva a diminuir a velocidade.