Para o desfile masculino outono/inverno da Prada em 2024, a AMO concebeu um ambiente inspirado em dois elementos contrastantes da vida moderna: os interiores de escritórios e a paisagem natural. Ao transformar mais uma vez o espaço do Deposito Hall da Fundação Prada em Milão, os designers optaram por criar uma imagem marcante a partir de elementos aparentemente opostos: fileiras de cadeiras de escritório iluminadas pelo brilho branco das luzes LED, sobre uma paisagem pastoral com caminhos sinuosos e ampla vegetação. O projeto visa evidenciar a dicotomia entre os instintos naturais e o ambiente característico da vida moderna.
Em 2018, o OMA inaugurou a Fondazione Prada em Milão, Itália, localizada em uma antiga destilaria de gin construída em 1910. O projeto, que inclui uma fachada revestida com folha de ouro 24 quilates e espelhos camuflados, compreende a reabilitação de sete edifícios no complexo industrial Largo Isarco, na zona sul de Milão, fazendo da fundação algo que não é nem um projeto de preservação histórica nem uma arquitetura completamente nova. Recentemente, o fotógrafo Bahaa Ghoussainy registrou o projeto em sua série de fotografias.
Saint Laurent Verão Masculino 24 na Neue Nationalgalerie de Mies van der Rohe. Imagem cortesia de Saint Laurent
Arquitetura e moda compartilham uma interação interessante na formação de expressões e identidades culturais. Ambas as disciplinas podem se tornar veículos para a criatividade em diferentes níveis. A arquitetura é frequentemente descrita como a "terceira pele" dos seres humanos, enquanto as roupas representam a segunda pele, destacando uma funcionalidade semelhante de proteção do corpo, ao mesmo tempo que permite a expressão da individualidade.
A relação entre arquitetura e moda também pode ser vista nos princípios de design compartilhados, como forma, proporção, escala humana e materialidade. Mais do que um simples cenário para desfiles de moda, a arquitetura pode contribuir para a ambientação, tornando-se uma fonte de inspiração e orientando o movimento no espaço. Colaborações entre arquitetos e empresas de moda, como a renomada parceria entre OMA/AMO e Prada, diluem ainda mais os limites entre as duas disciplinas, demonstrando a infinidade de interconexões entre os dois campos criativos.
Para o desfile de moda masculina da coleção Outono/Inverno da Prada 2023, a AMO, braço de pesquisa e design do OMA, concebeu uma cenografia que transforma o hall Deposito da Fondazione Prada enquanto o público assiste ao desfile. Como parte da mostra, o teto sobe lentamente, revelando lustres imponentes que lentamente iluminam o espaço e expõem a materialidade industrial da sala. Em seguida, ele volta para sua posição inicial, criando uma transição perfeita entre uma sala escura de teto baixo para um espaço monumental e vice-versa.
O termo "arquiteto" pode ser aberto à interpretações tal como "artista". No entanto, a definição universalmente reconhecida do papel é considerada como aquele que projeta e planeja edifícios, um membro fundamental em termos de construção de edificações. A arquitetura como profissão, no entanto, apresenta-se como uma ocupação muito diversificada. Como uma arte e ciência em todos os sentidos, oferece aportes sobre uma vasta gama de assuntos que podem ser aplicados a uma variedade de empreendimentos diferentes.
Muitas vezes aos estudantes de arquitetura são oferecidos caminhos tão rígidos, limitados por essas ideias míopes de que um arquiteto deve seguir uma direção específica para florescer no campo. Quando na verdade é interessante notar as vastas oportunidades que surgem quando se dá a oportunidade de diversificar. Aqui estão os arquitetos que se ramificaram e se tornaram designers de moda de sucesso…
O ensino de arquitetura não trata apenas de aprender como projetar e construir edifícios, mas oferece uma perspectiva totalmente nova sobre nosso ambiente construído e sobre como o projeto pode contribuir para criar espaços e experiências de qualidade. Além disso, parte do conhecimento em arquitetura pode ser utilizada como um recurso para criar outras configurações espaciais além do edifício tradicional, abrindo um mundo diversificado de possibilidades em termos de espacialidade e materiais.
Dando continuidade à sua longa colaboração com a marca Prada, o AMO, braço do OMA dedicado à pesquisa e design, criou uma cenografia cinematográfica para o desfile da coleção masculina outono-inverno 2022 da marca italiana. Um carpete amarelo envolve o salão do Deposito na Fondazione Prada, criando um cenário teatral com poltronas verde-oliva e iluminação de palco. Em paralelo, túneis revestidos de metal banhados por luzes de neon que parecem ter saído da ficção científica enfatizam “a estranha relação entre as atmosferas teatral e tecnológica”.
Dentre os escritórios mais amplamente difundidos e consolidados no mundo, o OMA - Office for Metropolitan Architecture, fundado na década de 1970 por Rem Koolhaas, Elia Zenghelis, Madelon Vriesendorp e Zoe Zenghelis, definitivamente faz parte do panteão dos mais famosos. Fato curioso é que, embora receba grandes comissões e já tenha construído obras emblemáticas em diversos países, o escritório é frequentemente associado a uma abordagem menos centrada no projeto arquitetônico, extrapolando os limites rígidos do campo disciplinar e englobando outras áreas de atuação.
Respondendo ao desafio de projetar um espaço para o lançamento da coleção Prada FW Menswear 2021, de Miuccia Prada e Raf Simons, Rem Koolhaas e AMO projetaram quatro salas geométricas interligadas que permitem a circulação contínua dos modelos apresentando suas diferentes peças. O tema geral do design centra a estimulação sensorial. Tal como as criações apresentadas, os materiais utilizados e a sua distribuição pelo espaço falam de uma ligação mais íntima com o nosso entorno, lembrando-nos que a moda e a arquitetura são mais do que um contentor funcional; eles são uma oportunidade para excitar e provocar ativamente nossos sentidos.
Na medida em que as forças que moldam nosso ambiente construído mudam, envolvendo, nesta mudança, tecnologia, redes e sistemas complexos, profissionais da arquitetura precisam visualizar mais do que o espaço físico; precisam produzir narrativas sobre como operar melhor dentro dessa nova paisagem social. Nesse contexto, a arquitetura especulativa parece nunca ter sido tão crítica. Este artigo examina os meios que atualmente questionam as condições do ambiente construído e explora novas possibilidades arquitetônicas.
A AMO, o laboratório de ideias do Escritório de Arquitetura Metropolitana (OMA), cofundado por Rem Koolhaas, e liderado por Samir Bantal, anunciou uma recente colaboração de pesquisa com a Volkswagen. Focada nas áreas rurais e no campo, a parceria analisará o futuro da mobilidade rural, através de um primeiro estudo conceitual sobre tratores elétricos.
Ao entrar no Museu Guggenheim, os visitantes se vêem cercados por um banquete de cores vivas e fontes incompatíveis. Passando pelo gigantesco trator verde na entrada, eles se movem pelo térreo, cheio de adesivos, como uma lancheira ou a tampa de um laptop. Um pilar grosso que entra no átrio interno tornou-se uma coluna de publicidade extravagante. Um fardo de feno, um drone e algum outro objeto (impossível de identificar) levitam bem alto. Um recorte de papelão de Joseph Stalin sobre rodas de robôs desce a rampa, assustando os visitantes. Grandes letras reflexivas dizem: "Zona rural, o futuro".
O arquiteto Rem Koolhaas, fundador do Escritório de Arquitetura Metropolitana (OMA) e Samir Bantal, diretor do think tank interno do OMA, AMO, criaram esse ambiente totalmente confuso para exibir anos de pesquisa sobre o espaço além dos limites da cidade do século XXI.
Em fevereiro de 2020, o Guggenheim de Nova Iorque irá inaugurar uma exposição idealizada por Rem Koolhaas e desenvolvida dentro do AMO, o estúdio de pesquisa e design do OMA. Intitulada de “Countryside, The Future”, a exposição é o resultado de uma das principais linhas de pesquisa desenvolvidas por Koolhaas ao longo dos últimos anos; o impacto de um mundo cada vez mais urbanizado nas áreas não urbanas.
https://www.archdaily.com.br/br/925908/como-sera-o-campo-quando-todo-mundo-estiver-vivendo-na-cidadeNiall Patrick Walsh
Virgil Abloh, “dollar a gallon,” 2018. Vista da Instalação, Virgil Abloh: “PAY PER VIEW,” 16 de março – 1 de abril de 2018. Galeria Kaikai Kiki, Tóquio. Imagem Cortesia do Artista.
O Museu de Arte Contemporânea de Chicago vai apresentar uma exposição com curadoria da AMO dedicada ao trabalho do artista e designer ultramoderno eVirgil Abloh. Intitulado “Virgil Abloh: Figures of Speech”, o espaço imersivo foi projetado pelo curador-chefe do Museu, Michael Darling, e Samir Bantal, diretor do setor de pesquisa do OMA, focando no processo criativo e o trabalho colaborativo de Abloh que redefine moda, arte e design.
O estúdio de pesquisa e design do OMA, o AMO, acaba de inaugurar True Me, o primeiro projeto expográfico na China desenvolvido pelo estúdio subordinado ao escritório fundado por Rem Koolhaas. Montado na 798 Art Factory de Pequim, a exposição True Me apresenta uma reflexão à respeito da cultura contemporânea da selfie explorando diferentes possibilidades da auto-representação através da arte e das mídias digitais. Concebida pela startup Meitu em parceria com a Beijing Contemporary Arts Foundation, a exposição apresenta um conjunto de obras de diferentes artistas como Hou Ying, Lu Yang, Maleonn, Xie Haiwei, Ye Funa, Chen Tianzhuo, teamLab e Theodore Bradley. Em comemoração ao lançamento do novo logotipo da emergente empresa chinesa de tecnologia, a exposição revela o interesse do AMO em seguir explorando temas relacionados à cultura visual.
Veduta di Palermo, Francesco Lojacono, 1875; Palermo Atlas. Cortesia de OMA
Os mediadores criativos da Manifesta 12 divulgaram o tema para a Bienal Manifesta 12 do próximo ano, que será realizada em Palermo.
Intitulada The Planetary Garden. Cultivating Coexistence [O Jardim Planetário. Cultivando Coexistência], a proposta explorará a "convivência em um mundo movido por redes invisíveis, interesses privados transnacionais, inteligência algorítmica e desigualdades sempre crescentes através do ponto de vista único de Palermo - uma encruzilhada entre três continentes no coração do Mediterrâneo".
A proposta deriva de uma análise realizada pelo OMA chamada Palermo Atlas, que investigou as "texturas sociais, culturais e geográficas da cidade". O evento permitirá aos visitantes visualizar as transformações globais contemporâneas através do ponto de vista de Palermo.
Countryside: Future of the World, uma colaboração entre Guggenheim e AMO / Rem Koolhaas examina mudanças radicais que transformam a paisagem não-urbana. Foto: Pieternel van Velden (Koppert Cress, Países Baixos 2011). Cortesia de Guggenheim
O Museu Solomon R. Guggenheim e o AMO, estúdio de investigações de Rem Koolhaas, anunciaram um novo projeto de pesquisa que explora as "mudanças radicais no campo, nas vastas áreas não urbanizadas do planeta", e que resultará em uma exposição no museu projetado por Frank Lloyd Wright em meados de 2019.
O projeto conduzido por Koolhaas e seu think tankAMO dá seguimento a uma pesquisa já iniciada pelo arquiteto e estudantes da Harvard Graduate School of Design.
OMA, mediador criativo da Manifesta 12, divulgou recentemente o Atlas de Palermo, um estudo urbano interdisciplinar sobre Palermo que informará a organização da 12ª edição da Manifesta, Bienal Europeia de Arte Contemporânea, a ser realizada no próximo ano na cidade italiana. Dirigido pelo sócio do OMA, Ippolito Pestellini Laparelli, o projeto descreve um plano para Palermo "planejar seu futuro e como um marco investigativo para garantir que Manifesta 12 atinja um impacto de longo prazo para a cidade e seus cidadãos".