Plaza Estacional, Caracas. Gabriel Visconti Stopello AGA estudio. Fotografía: José Bastidas.. Image Cortesía de Jeannette Sordi
Em nossas cidades, frente a todos os urgentes desafios globais que enfrentamos hoje—crises ambientais, sanitárias e econômicas—, há uma questão importantíssima a qual deveríamos tentar responder antes de todas as outras: como preparar as populações mais vulneráveis para enfrentar estes desafios?
Acontece que os dados não são nem um pouco animadores, ao mesmo tempo que a população urbana continua crescendo a um ritmo muito acelerado—produto de uma população desesperada por um futuro melhor e mais promissor—, nos encontramos com o fato de que as cidades, cada dia mais, são as principais responsáveis pela criação e o agravamento destes mesmos problemas. Nesta linha, há outro dado muito particular que tem muito a dizer sobre a atual condição de nossas cidades: 3 em cada 5 cidades da América Latina e Central encontram-se em áreas onde desastres naturais costumam ocorrer com frequência.
Sejam produzidos com matérias primas orgânicas ou sintéticas, tecidos têm sido amplamente utilizados na arquitetura desde os tempos mais remotos. No entanto, sua aplicação em larga escala veio a acontecer apenas após a revolução industrial e a popularização de novas tecnologias—ou seja, a possibilidade de se produzir membranas têxteis de alta qualidade e em grandes dimensões, capazes de cobrir edifícios inteiros e vencer grandes vãos. Comumente utilizadas de forma tencionada, as membranas têxteis ajudaram a moldar o imaginário da arquitetura contemporânea, sendo utilizadas em pavilhões, estádios e edifícios dos mais variados tipos e tamanhos.
Formas de sombrear as fachadas e impedir a incidência direta da radiação solar nos interiores de um edifício estão presentes até mesmo em arquiteturas ancestrais. No entanto, foi na arquitetura moderna que se difundiu o uso do brise-soleil, um dos mais difundidos dispositivos para controlar de forma passiva o calor em ambientes, ao sombreá-los e permitir a ventilação cruzada quando necessário.
https://www.archdaily.com.br/br/960891/conforto-termico-residencial-o-uso-do-brise-soleil-em-10-casas-latino-americanasEquipe ArchDaily Brasil
IAB lança edital para seleção de ações de boas práticas relacionadas à primeira infância na América Latina
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e a Fundação Bernard van Leer (FBvL), em parceria com a Federação Panamericana de Associações de Arquitetos (FPAA), a Agrupación Arquitectura y Niñez de América (ANDA) e o programa Architecture & Children da União Internacional de Arquitetos (UIA), lançam para todos os países da América Latina o edital de chamamento público para a seleção de ações de boas práticas relacionadas à Primeira Infância para integrar a nova plataforma virtual de projetos do IAB.
Ir à Colômbia, sendo brasileira, foi como reconhecer um país irmão. Em um mês, como participante do workshop Field Stations, registrei perspectivas pessoais das impressões que tive dos lugares visitados. O tema é a paisagem fluvial e os registros têm a fragilidade e subjetividade de um diário de bordo. A vontade de compartilhá-los é a de expressar essa identificação, de mostrar como vi semelhanças entre nós: problemas, complexidades e belezas, bem como a clareza e o reconhecimento de que unidos seríamos mais fortes. Vislumbra-se a ideia de eliminar as fronteiras invisíveis que nos afastam e de agregar povos subdivididos pelos colonizadores.
A Bienal Latino-Americana de Arquitetura (BAL 2021) divulgou a lista de escritórios da América Latina que participarão da próxima edição do evento, que ocorrerá em setembro deste ano em Pamplona, Espanha.
Chamada aberta para apresentação de trabalhos acadêmicos e práticas não acadêmicas:
O Grupo de Pesquisa CUAL - Comum Urbano na América Latina tem o prazer de convidar para o primeiro seminário “Comuns Urbanos: formulações e experimentos na América Latina”, como forma de estabelecer uma plataforma de encontro para pesquisadores, professores, arquitetes, fazedores envolvidos na produção de pensamento, debate, experiência sobre o comum urbano. Entendendo a noção de comum como construção coletiva e princípio político, que propõe uma certa comunalidade da vida construída no cotidiano e opera nas fissuras entre Estado e mercado. As variadas perspectivas e possibilidades abertas a partir
Com uma prática caracterizada por sua singular posição geográfica e cultural, que condensa referências tanto do Brasil como de outros países do sul da América Latina, sauermartins explora uma estética do frio e do universo rural, matizada por influências modernas e preocupada em responder problemas concretos e atuais.
O Taller Síntesis de Medellín, Colômbia, compartilhou conosco este artigo enfatizando a importância de reconhecer o ambiente construído rural colombiano, que responde à maior parte do território mas não à maior parte da prática arquitetônica, com o objetivo de conscientizar o público sobre como a arquitetura é desenvolvida e reconhecida no país.
Em maio de 2016 abria-se a 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza, talvez o evento mais importante e emblemático da arquitetura internacional desde a década de 1980, quando foi criada. Tal abertura trazia, entretanto, uma novidade: pela primeira vez o evento tinha como curador um latino americano – Alejandro Aravena. Esse destaque não seria isolado na carreira recente do arquiteto que fez parte da comissão julgadora do Prêmio Pritzker de 2010 a 2015 sendo laureado no ano de 2016. Desde logo é fundamental perceber que tal destaque não assume caráter de absoluta exceção e pode, de certo modo, ser entendido como a ponta de uma valoração e visibilidade que a arquitetura chilena contemporânea passa a receber a partir de finais da década de 90.
A XXI Bienal Pan-Americana de Arquitetura de Quito (BAQ2020) anunciou os projetos vencedores desta edição durante a transmissão online de encerramento do evento.
Azulik Residence. Cortesia de Roth Architecture, via O Futuro das Coisas
Descolonizar. Provavelmente você já ouviu essa palavra, mas se não fizer ideia do que se trata, talvez possa imaginar que tem a ver com colonização. Nós brasileiros, conhecemos bastante o que é colonização: fomos colônia de Portugal por muito anos, falamos português, comemos bacalhau na Páscoa e somos em grande maioria católicos por conta disso.
Já entender a palavra descolonizar é compreender que a colonização não trouxe só heranças linguísticas, religiosas e culinárias, mas também envolveu muita exploração: culturas foram apagadas, líderes locais foram mortos, riquezas foram roubadas e memórias destruídas.
Um dos blocos residenciais da Vila São Miguel, localizada na Asa Norte do Plano Piloto de Brasília, desenvolvido por Mayumi Watanabe. Imagem: Reprodução/Revista Habitare
A Altamira Editorial disponibilizou gratuitamente o livro Arquitetas e arquiteturas na América Latina do século XX para download em seu website. De autoria de Ana Gabriela Godinho Lima, a publicação reúne um "levantamento da atuação das arquitetas latino-americanas do século XX, no campo da produção teórica e prática do edifício."
https://www.archdaily.com.br/br/951280/altamira-disponibiliza-gratuitamente-o-ebook-arquitetas-e-arquiteturas-na-america-latina-do-seculo-xxEquipe ArchDaily Brasil
A série de artigos de Nikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy y Ernesto Philibert-Petit, sobre o estudo da habitação social na América Latina, nesta ocasião, os autores apresentam conselhos práticos para a realização de projetos que abordem novas soluções para o futuro da habitação social.
https://www.archdaily.com.br/br/919958/conselhos-praticos-para-o-futuro-da-habitacao-social-na-america-latinaNikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy & Ernesto Philibert-Petit
Observar a realidade de nosso ambiente construído nos permite reconhecer que existem identidades que os modelos e escalas existentes não representam. Estas vozes, não por acaso, têm sido as grandes ausências nos processos de planejamento e construção das cidades e de sua arquitetura. Seus desejos e formas de ser e viver no mundo foram excluídos e tornados invisíveis. Isso nos faz repensar quais vozes são representadas nos debates sobre o urbano e para quem se projeta a cidade?
Organizado por Marco Artigas e Pedro Vada, o curso tem como objetivo ampliar o repertório sobre a produção arquitetônica contemporânea levando em consideração as urgentes necessidades de novos olhares, fundamentalmente contra-hegemônicos. Temos como foco a atuação de arquitetas e arquitetos de países do Sul Global, seus repertórios e o debate sobre o que e como estão construindo nesses países.
Falar sobre a história das cidades e da arquitetura na América Latina demanda um exercício de desconstrução. A narrativa oficial e mais difundida se concentra na compreensão das consequências da ocupação do continente americano – norte, centro e sul – pelos colonizadores europeus, em detrimento do reconhecimento das diversas culturas, técnicas e economias que há mais de mil e quinhentos anos definiam modos de vida e produção do espaço através de diferentes tradições construtivas, tão pertinentes ao contexto multifacetado do continente mais “vertical”, onde cabem mais latitudes que qualquer outro.
Pontes e passarelas são elementos de circulação horizontal que permitem estabelecer uma ligação física entre os espaços interiores ou exteriores de um projeto para resolver a sua articulação e poupar, em alguns casos, os desníveis existentes entre eles. Essas estruturas suspensas potencializam as conexões visuais entre os diferentes níveis e permitem criar percursos mais dinâmicos.