Ao desenvolver um projeto de arquitetura, independente da escala ou programa, os arquitetos se deparam com uma série de escolhas a serem feitas quanto ao processo construtivo adotado, sob aspectos variados: estrutural, econômico, mão de obra disponível, estética, entre outros – em prol da melhor solução.
A partir das muitas dúvidas que surgem no decorrer de seu desenvolvimento quanto à escolha dos sistemas construtivos, preparamos um guia prático acerca dos principais tipos de lajes de concreto moldadas in loco e pré-fabricadas que o projetista deve conhecer, com as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
O bloco de concreto é um material pré-fabricado utilizado, sobretudo, para a construção de paredes e muros. Como os tijolos comuns, os blocos funcionam em conjunto quando empilhados e quando unidos com argamassa. Para realizar esta união, os blocos têm um interior oco que permite a passagem de barras de aço e enchimento de argamassa.
Há uma grande variedade de dimensões e texturas, desde as superfícies lisas mais tradicionais até os acabamentos ondulados ou rugosos. Existem unidades especiais para cantos ou blocos próprios para receberem armaduras longitudinais. Suas dimensões variam entre o clássico 8x8x16 polegadas (aproximadamente 19x19x39 cm), para uso estrutural e outras versões mais finas para partições, com dimensões próximas a 8x3,5x39 polegadas (aproximadamente 19x9x39 cm). Mas como incorporá-los de forma criativa em nossos projetos?
À medida que a crise climática continua a se apresentar como uma ameaça significativa ao futuro do ecossistema e do ambiente construído, o relatório do IPCC deste ano, intitulado Mudanças climáticas 2022: Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade, descobriu que, embora os esforços de adaptação estejam sendo observados em todos os setores, o progresso que está sendo implementado até agora é muito desigual, pois há lacunas entre as ações realizadas e o que é necessário. No Dia da Terra deste ano, celebrado este mês de abril, exploramos o progresso feito por governos e arquitetos para alcançar operações neutras em carbono nas próximas décadas.
As cozinhas como conhecemos hoje têm como principal característica a funcionalidade e para isso seu espaço foi historicamente organizado a partir de uma lógica industrial. O desenvolvimento de eletrodomésticos e a definição precisa do layout garantem uma planta funcional e a otimização dos trabalhos na cozinha. Como parte desse layout encontramos as bancadas de trabalho, superfícies horizontais a meia altura que têm múltiplos usos e, portanto, muitas configurações possíveis.
Reserve um segundo para imaginar um edifício ou um espaço. Provavelmente, você está imaginando superfícies retangulares planas e linhas retas. Sejam paredes, vigas ou janelas, a maioria dos elementos arquitetônicos vem em formas ortogonais padrão e altamente práticas. No entanto, a pandemia lançou luz sobre designs que não são apenas funcionais, mas também melhoram nosso humor e bem-estar. Nesse sentido, o poder das superfícies curvas e fluidas é incomparável, o que explica por que elas estão voltando como uma tendência de design moderno. Adotar belas formas inspiradas na natureza, como curvas orgânicas, energizam os ambientes e fazem os usuários se sentirem bem. Na verdade, os neurocientistas mostraram que essa afeição está programada no cérebro; em um estudo de 2013, descobriram que os participantes eram mais propensos a considerar um espaço bonito se fosse curvilíneo em vez de retilíneo. Em suma, os humanos adoram curvas.
Poucos eventos culturais unem o mundo todo como as Olimpíadas. Hoje, atletas de todo o mundo continuam participando de diversas competições após a pandemia de Covid-19. Os Jogos Olímpicos são considerados a principal competição esportiva do mundo, com mais de 200 nações participantes. Devido a isso, coloca-se em pauta o papel da arquitetura e do design no desenvolvimento urbano das cidades-sede após os jogos.
O Prêmio Mies Crown Hall Americas anunciou a lista completa de jurados para sua quarta edição, presidida por Sandra Barclay da Barclay and Crousse Architecture. Também anunciou as 200 obras construídas na América do Norte e do Sul indicadas para o MCHAP 2022 e os 50 projetos indicados para o MCHAP.emerge 2022.
A luz serve a um propósito essencial na arquitetura: nos ajudar a ver. Seja através de métodos naturais ou artificiais, os ambientes devem ser iluminados adequadamente para que os ocupantes possam habitá-los com segurança e cumprir suas funções diárias. Quando o sistema certo é selecionado, a iluminação também pode contribuir para a eficiência energética e sustentabilidade no edifício como um todo. No entanto, para além do seu evidente valor funcional e ambiental, o projeto de iluminação pode ter um grande impacto no conforto visual e na atmosfera dos interiores, chamando a atenção para as texturas, realçando as cores e definindo os volumes. Portanto, das muitas peças envolvidas no design de interiores, a iluminação é certamente aquela que pode melhorar ou destruir um espaço e até afetar o bem-estar dos usuários, razão pela qual deve ser considerada um elemento crucial do design por si só.
Para a maioria das pessoas, a vida moderna exige passar a maior parte do dia em espaços interiores - na verdade, de acordo com um relatório da Environmental Protection Agency, a pessoa média passa cerca de 90% de sua vida em ambientes fechados. Como resultado, isso implica perder benefícios para a saúde associados à exposição à luz solar, como absorção de vitamina D, regulação dos ritmos circadianos, níveis mais altos de energia e até melhora do humor. Uma opção é aumentar a quantidade de tempo que passamos ao ar livre. Mas como a maioria das funções diárias são realizadas no interior dos edifícios, é crucial incorporar e priorizar a iluminação natural nos interiores.
A madeira é um material muito comum na indústria da construção civil, sendo utilizada em várias etapas e para várias finalidades. A seguir, iremos explorar sua potencialidade para compor as fachadas residenciais a partir de 17 exemplos de casas brasileiras.
Todo ano nossa equipe de curadores apresenta uma retrospectiva de projetos de casas que se destacaram no período. Este conjunto, um pequeno recorte dos mais de dois mil projetos publicados no ArchDaily Brasil apenas neste ano, é formado por uma série de residências com soluções projetuais específicas que abordam, cada uma à sua maneira, fatores como materiais, técnicas construtivas, soluções estruturais, processos de construção e conteúdos programáticos.
Nem todo projeto arquitetônico pode incorporar um projeto paisagístico, considerar um jardim ou acesso a uma ampla área verde. Espaços menores precisam de estratégias mais criativas para incorporar a vegetação. Independentemente do contexto, as plantas oferecem benefícios em todos os tipos de espaços, como a regulação da temperatura interna, uma opção de produção sustentável em menor escala do que uma estufa, além de suas qualidades estéticas. Neste artigo, apresentamos 4 estratégias simples e uma seleção de exemplos para incorporar plantas em espaços de pequena escala.
Durante séculos, a pintura de fachadas foi uma forma simples e eficaz de adicionar um toque de individualidade a edifícios residenciais e comerciais - especialmente em áreas onde os edifícios são parecidos entre si. Por ser um meio tão fluido, os potenciais do que pode ser alcançado com a pintura são ilimitados - tanto internos quanto externos.
Todo o espaço deve ser ligado a um valor, a uma dimensão pública. Não há espaço privado. O único espaço privado que você pode imaginar é a mente humana. — Paulo Mendes da Rocha
Hoje, celebraríamos o aniversário de 93 anos de Paulo Mendes da Rocha. Nascido em Vitória, formou-se em São Paulo em 1954 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Tornou-se um dos arquitetos brasileiros mais reconhecidos mundialmente e um dos grandes nomes da Escola Paulista. Foi também professor de projeto da FAU-USP entre 1961 e 1999, afastado em 1969 pela ditadura militar e sendo reintegrado ao corpo docente da universidade somente em 1980, após a anistia. Além disso foi presidente do IABsp em duas ocasiões.
https://www.archdaily.com.br/br/798041/em-foco-paulo-mendes-da-rochaEquipe ArchDaily Brasil
Peter Zumthor, em uma de suas obras mais emblemáticas, dá ao concreto uma dimensão quase sacra. Trata-se da pequena Capela de Bruder Klaus, em um vilarejo na Alemanha, uma construção ao mesmo tempo robusta e sensível. O cimento branco, misturado a pedras e areia da região, trazem um tom terroso à construção. As 24 camadas desse concreto foram despejadas, dia após dia pela mão de obra local, e comprimidas em uma forma pouco usual. Seu exterior plano e liso contrasta com a outra face, feita de troncos de madeira inclinados, que forma um vazio triangular. Para remover as formas internas, os troncos foram incendiados em um processo controlado, reduzindo os troncos a cinzas e criando um interior carbonizado, variando entre o preto e o cinza, com a textura dos negativos dos troncos que outrora continha o concreto líquido. O resultado é uma obra prima da arquitetura, um espaço de reflexão e transformação, em que o mesmo material aparece de maneiras diametralmente opostas.
Pesquisadores apontam os Jardins Suspensos da Babilônia como os primeiros exemplos de telhados verdes. Ainda que não exista comprovação de sua localização exata e pouquíssima literatura sobre a estrutura, a teoria mais aceita é que o rei Nabucodonosor II construiu uma série de terraços elevados, ascendentes e com espécies variadas como presente à esposa, que sentia falta das florestas e montanhas da Pérsia, sua terra local. Segundo Wolf Schneider [1] os jardins eram sustentados por abóbadas de tijolos, e sob eles, existiam salões sombreados e refrigerados pela irrigação artificial dos jardins, com uma temperatura muito mais amena que o exterior, na planície da Mesopotâmia (atual Iraque). Desde então, exemplos de coberturas verdes apareceram por todo mundo, de Roma à Escandinávia, nos mais diversos climas e tipos.
Ainda assim, a solução de inserir plantas na cobertura ainda é vista com desconfiança por muitos, como uma solução custosa e difícil de manter. Outros, no entanto, defendem que os custos elevados de implantação são amortizados rapidamente com economias na climatização e que, principalmente, ocupar a quinta fachada da edificação com vegetação é uma saída, antes de tudo, racional. De toda a forma, fica a dúvida de como os telhados verdes podem realmente ajudar nas mudanças climáticas.