
Biblioteca Central de Seattle / OMA + LMN
Biblioteca e Centro de Aprendizagem da Universidade de Economia de Viena / Zaha Hadid Architects
O ser humano como medida da arquitetura

Embora desde a primeira edição do livro A Arte de Projetar em Arquitetura, de Ernst Neufert - publicada na Alemanha em 1936 - o mundo tenha mudado muito, o famoso manual apresenta conceitos elementais de desenho que seguem, em sua maioria, ainda vigentes, pois toma o ser humano como unidade de medida.
Entretanto, a arquitetura parece constantemente tomar outros rumos, afastando-se de seus princípios básicos para satisfazer requisitos que muitas vezes não têm relação direta com sua habitabilidade. Naqueles anos, Neufert estava preocupado com a redução da escala do projeto: "creio que este é o motivo da usual falta de relação entre os edifícios, já que os projetistas partem de escalas diferentes e arbitrárias e não levam em consideração a única correta, o homem".
Hoje em dia fazemos arquitetura com base em quais parâmetros?
Inaugurado hoje o Serpentine Pavilion de Smiljan Radic
O Serpentine Gallery Pavilion de 2014, projetado pelo arquiteto chileno Smiljan Radic, foi inaugurado esta manhã no Hyde Park, em Londres. O pavilhão, uma concha de plástico reforçado com fibra de vidro apoiada sobre pedras, foi inspirado em um modelo de papel machê feito por Radic há quatro anos como resposta à estória O Gigante Egoísta de Oscar Wilde.
Arena do Morro / Herzog & de Meuron

-
Arquitetos: Herzog & de Meuron
- Área: 1964 m²
- Ano: 2014
Torre Jockey Club Innovation / Zaha Hadid Architects

Igreja das 100 Paredes / CAZA
Mirante do Cerro del Obispo / Christ & Gantenbein
Ban vs. Schumacher: Os arquitetos deveriam assumir responsabilidades sociais?

Recentemente, Patrik Schumacher, o braço direito de Zaha Hadid, tentou impor os limites da arquitetura em um post no Facebook digno de um Millenial. O tom era prescritivo e caracterizado por uma aplicação liberal do caps lock . Em um mundo ideal, poderia ter sido ignorado coletivamente, mas a discussão se estendeu por vários segmentos do Facebook e inspirou uma resposta da mídia. Aqui está um resumo: a contribuição da arquitetura para a sociedade é a forma, não o politicamente correto e não a arte, que não tem uma função para além de si. Com mais que apenas uma pitada de indignação, ele denuncia especificamente os vencedores da Bienal de Veneza 2012. Ele não estava na lista. Egos feridos à parte, o comentário abriu espaço para uma questão profunda e onipresente dentro da nossa disciplina: O que os arquitetos oferecem que ninguém mais pode oferecer?
Edifício Seona Reid / Steven Holl Architects

-
Arquitetos: Steven Holl Architects
- Área: 11250 m²
- Ano: 2014
-
Fabricantes: Dialum, Jansen
Museu do Holocausto em Los Angeles / Belzberg Architects

-
Arquitetos: Belzberg Architects
- Área: 27000 m²
- Ano: 2010
-
Fabricantes: Armstrong Ceilings, American Standard, Antares Enterprises, ArmorMount, Assa Abloy, +53
Casa de Chá / FR-EE / Fernando Romero Enterprise

-
Arquitetos: FR-EE / Fernando Romero Enterprise
- Área: 250 m²
- Ano: 2006
Revisando o livro 'Urban Hopes': um olhar sobre as últimas obras de Steven Holl na China

Neste artigo originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "Urban Hopes, Urban Dreams" (Esperanças Urbanas, Sonhos Urbanos), Samuel Medina analisa um novo livro sobre a obra de Steven Holl na China. Concentrando-se em cinco grandes projectos, o livro coloca o trabalho de Holl no contexto mais amplo de suas influências urbanísticas - incluindo idéias de sua própria arquitetura no papel que só agora estão reaparecendo.
Steven Holl é o raro arquiteto cujos conceitos são tão conhecidos quanto seus edifícios. O rendimento prolifico de Hall aparece tanto em edifícios quanto em monografias através da sua habilidade em marcar suas idéias. Urban Hopes: Made in China (Lars Müller, 2014) uma leitura condensada das mais recentes obras de Holl na China, é o último de uma sequência de pequenos livros que tem continuamente embalado o crescente corpo de trabalhos do arquiteto.
Ancoragem e Entrelaçamento apareceu em 1996 e expôs temas arquitetônicos e noções espaciais apenas parcialmente evidenciados através do seu trabalho até aquele momento. Em ambos, os prédios eram poucos e distantes entre si, espalhados entre as páginas impressas com a "arquitetura de papel", saída principal para as energias criativas de Holl nas décadas anteriores, desde sua mudança para Nova Iorque em 1976. Esses e outros títulos foram acompanhados por Parallax, em 2000, uma mistura de referências filosóficas, científicas e poéticas que ungem a arquitetura com a áurea do Gesamtkunstwerk. A ideia de Holl sobre "porosidade" fez sua estreia aqui, prematuramente, onde foi aplicada quase literalmente no Simmos Hall, MIT, em sua fachada esponjosa. Não foi até alguns anos mais tarde, quando o arquiteto colocou seus pés na China, que o conceito seria batizado como um princípio central do desenho urbano do século 21. O Urbanismo de 2009 tanto avança quanto recapitula as grandes ideias do livro anterior.
Leia a seguir a revisão do livro Urban Hopes
Casa O / Jun Igarashi Architects
Por que Lu Wenyu renunciou ao Pritzker?

Em setembro deste ano foi realizado o oitavo Hay Festival, na cidade de Segovia, Espanha. O festival reuniu um interessante programa de atividades culturais, que este ano celebravam os 40 anos de relação entre a Espanha e a China, ocasião que atraiu o laureado do Pritzker 2012, Wang Shu. No entanto, Shu não apenas aceitou o convite, mas também participou de conferências e debates sobre a arquitetura contemporânea chinesa, juntamente com sua esposa, Lu Wenyu.
A arquiteta Lu Wenyu fundou, ao lado de Wang Shu, o escritório "Amateur Architecture" em 1998, e tem participado, juntamente com seu marido, de todos os projetos do estúdio. Por isto, a nomeação de Shu, apenas, para o Prêmio Pritzker causou reações diversas no mundo da arquitetura. Em ocasiões anteriores, o renomado prêmio já havia sido entregue a sócios, como em 2001 para Herzog & de Meuron, e em 2010 para o SANAA, estúdio liderado por Kazuyo Sejima e seu sócio e companheiro Ryue Nishizawa. Décadas antes, o Pritzker já havia experienciado um episódio polêmico ao entregar o prêmio exclusivamente a Robert Venturi, desmerecendo, assim, o trabalho conjunto que realizara com sua esposa e sócia Denise Scott Brown. Ressurge, então, a pergunta: Por que a esposa de Wang Shu e sócia fundadora do "Amateur Architecture" não havia recebido o prêmio Pritzker?
The Fountainhead: tudo o que há de errado na arquitetura

Howard Roark, o arquiteto fictício imaginado por Ayn Rand em "The Fountainhead", possivelmente fez mais para a profissão no século passado do que qualquer arquiteto real - inspirando centenas de pessoas a entrar na arquitetura e moldar a percepção do público. E, de acordo com Lance Hosey, Diretor de Sustentabilidade da RTKL, isso não poderia ser mais prejudicial. Em seu recente artigo "The Fountainhead All Over Again", para a Metropolis Magazine, ele detalha porque isso é um problema tão grande, indo tão longe a ponto de acusar o protagonista ditatorial de Ayn Rand de cometer terrorismo arquitetônico.
A trama foi criada em 1943, há exatos 70 anos. Na versão do filme (Vontade Indômita), alguns anos depois, Gary Cooper representou Howard Roark, o personagem famoso concebido a partir de Frank Lloyd Wright. Desde então, The Fointainhead (A Nascente - versão em livro) de Ayn Rand, seu "hino em louvor ao indivíduo" (New York Times), fez com que muitos jovens quisessem se tornar arquitetos. O falecido Lebbeus Woods escreveu que a história "teve um enorme impacto sobre a percepção do público sobre os arquitetos e a arquitetura, para melhor e para pior." Eu diria que para pior. Na verdade, The Fountainhead continua a ser a representação perfeita de tudo o que há de errado com a profissão.
Porque no Japão parecem estar loucos por casas

O Japão é famoso por sua arquitetura residencial radical. Mas, como o arquiteto Alastair Townsend explica, a tendencia pela habitação vanguardista pode ser incentivada tanto pela estranha economia imobiliária do país, como pela criatividade de seus arquitetos.
Muitas vezes aqui ArchDaily, vemos um fluxo constante de casas japonesas radicais. Estas casas, em sua maioria projetados por jovens arquitetos, muitas vezes, provocam perplexidade entre os leitores. Pode parecer que no Japão tudo é permitido: escadas e varandas sem corrimão, dormitórios e espaços de uso comum completamente abertas para o entorno, ou casas sem janela alguma.
Estas propostas de vida extravagantes, irônicas, e até extremas chama a atenção dos leitores, levando-nos a perguntar: O que acontece no Japão? As fotos viajam a blogsfera e as redes sociais sob suas próprias dinâmicas, ganhando exposição global e validação internacional para arquitetos japoneses, aparentemente tímidos e silenciosos,porém, com bastante conhecimento dos meios de comunicação. Afinal, no Japão - o país com mais arquitetos por habitante - destacar-se na multidão é a chave para jovens profissionais ficarem à frente. Mas o que motiva os seus clientes, a optar por tais expressões excêntricas do estilo de vida?







.jpg?1404372840)
.jpg?1404372295)























































