Junto à parede ou num canto da sala, a maioria dos sofás parecem relegados a permanecerem encostados em alguma superfície, de preferência com uma TV à frente. Sendo peças geralmente muito grandes, sua localização pode ser motivo de preocupação, engessando o espaço e conformando fluxos sem a flexibilidade tão valorizada nos tempos atuais. É por isso que alguns apontam o sofá como uma peça âncora em um design de interiores, já que dificilmente mudará e interferirá no restante dos elementos da casa.
Sofás modulares, por outro lado, conferem flexibilidade e versatilidade a estes móveis. Compostos por partes separadas, podem adotar diversas configurações conforme a necessidade, criando distintas ambiências e mudando completamente o layout e a distribuição dos ambientes. Neste artigo abordamos algumas opções de sofás modulares e como as suas geometrias podem dinamizar os interiores rapidamente, trazendo exemplos de produtos presentes no catálogo do Architonic.
Estação de Tratamento de Água da Sanasa em Campinas, São Paulo. Foto: Renan Pissolatti/WRI Brasil
A Região Metropolitana de Campinas é um dos maiores centros urbanos do país. Com mais de três milhões de habitantes e um PIB superior a R$ 150 bilhões por ano, é uma das regiões econômicas mais dinâmicas do Brasil.
A circulação vertical pode ser apenas uma das funções de uma escada. Sempre ocupando um tamanho razoável, esse elemento pode servir para trazer alguns outros usos ao ser pensado de forma mais integrada com todo o espaço, brindando espaços de estar, depósito e também um maior apelo estético. Por isso, reunimos algumas ideias de como ocupar as áreas ao redor de uma escada em diferentes projetos: da escala do lar à industrial.
Imagem: Elif Ayiter/Alpha Auer/..../, via VisualHunt
Imagine o dia a dia de um arquiteto hoje. Surge a demanda de um novo projeto, uma tela em branco repleta de inúmeras possibilidades. O deleite criativo prestes a ser iniciado. Estabelece-se as condicionantes principais: programa de necessidades, análise do terreno e entorno, orientação solar e ventos predominantes. Criam-se os primeiros esboços, sempre aliados com um conhecimento estrutural, mesmo que básico, fundamentalmente determinante para quem vive na aceleração gravitacional de 9,807 m/s².
Mas, e se dessas premissas básicas, restar apenas o programa de necessidades?
Concreto, metal ou madeira, todos os materiais de construção se degradam com o tempo quando expostos à água e umidade. Além disso, cada elemento construtivo está mais ou menos exposto a essas intempéries, da fundação ao telhado. Em todos os casos é necessário prever camadas de proteção que impeçam a água de ter contato com o material em estado bruto — a impermeabilização—, garantindo a manutenção e longevidade da obra.
O tema da habitação no noroeste do Arkansas está atualmente enfrentando dificuldades. A área metropolitana entre a cidade universitária de Fayetteville, o movimentado centro de artes de Bentonville e as residências de Rogers e Springdale dobrará de tamanho nas próximas duas décadas e, como muitas outras áreas urbanas em rápido crescimento no país, não há moradias suficientes.
Mycelium-Grown Bio-Bricks / Evocative Design & The Living. Image Courtesy of The Living
A indústria da construção é uma das maiores poluidoras do mundo, com algumas pesquisas dizendo que 38% de todas as emissões de CO2 estão ligadas a ela. Como resposta, arquitetos, designers e pesquisadores estão tomando medidas para reduzir sua pegada de carbono durante e após a construção. Muitas iniciativas atuais se mostram interessadas em analisar materiais de construção para encontrar soluções de baixo carbono e reduzir os impactos da profissão.
Um dos campos de pesquisa mais proeminentes diz respeito à biofabricação, um tipo de processo que envolve o uso de organismos biológicos para a confecção de materiais. Ao se compreender as habilidades de organismos como algas de fungos, materiais amplamente utilizados poderão ser substituídos por alternativas de carbono neutro ou até carbono negativo. Outras iniciativas buscam, ainda, novas maneiras de usar recursos inexplorados, mas prontamente disponíveis, como areia do deserto, terra ou resíduos de demolições.
Você consegue imaginar um mundo em que o ambiente construído ao nosso redor seja impresso em 3D a partir de materiais vivos? Que os edifícios irão germinar, florescer, murchar, produzir novos tipos de materiais, e eventualmente retornar ao solo? To Grow a Building é um laboratório performativo que imprime em 3D - em tempo real - uma estrutura ao vivo. O projeto apresenta uma nova abordagem para integrar a flora no processo de arquitetura, desenvolvendo um novo material para impressão 3D, através do qual a semeadura é parte inseparável do processo de fabricação. Crescer um edifício é uma porta para um mundo futuro onde algumas pessoas constroem e outras cultivam os edifícios.
No início deste ano, a invasão russa à vizinha Ucrânia forçou milhões de pessoas a fugir de suas cidades e do país em busca de segurança. Conversei com um dos principais arquitetos da Ucrânia, Oleg Drozdov, que foi forçado a mudar seu escritório e a escola de arquitetura que ajudou a fundar em Kharkiv, para Lviv, mil quilômetros a oeste, próximo à fronteira polonesa. Sua equipe de arquitetos e professores retomaram seu trabalho apenas algumas semanas após o início da guerra.
A identidade arquitetônica e o tecido urbano da cidade velha de Frankfurt, na Alemanhã, cresceram organicamente ao longo dos séculos. Lojas, bares e oficinas de artesãos sempre atraíram muitos visitantes para a área entre a Catedral, ou "Dom" em alemão, e a Römer, a praça principal do centro de Frankfurt. Historicamente, a área incluía edifícios de muitos estilos diferentes — arquitetura gótica, renascentista, barroca e clássica — que a maioria dos moradores só conhecia por fotografias em preto e branco, pelo famoso modelo em miniatura da cidade no museu histórico, ou histórias transmitidas oralmente por gerações.
Os edifícios e becos pitorescos do bairro foram quase totalmente destruídos durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto, o trabalho colaborativo da comunidade e das autoridades locais fez a cidade voltar no tempo. Todo o bairro foi reconstruído exatamente como era originalmente, trazendo a história medieval de Frankfurt de volta à vida e criando o que hoje é conhecido como Neue Alstadt.
Minhocão, São Paulo. Foto de D A V I D S O N L U N A, via Unsplash
O uso das bicicletas tem crescido nos últimos anos e alterado a paisagem nas grandes cidades do Brasil. Entre os fatores que podem ter contribuído para essa mudança, um dos mais evidentes é o investimento em infraestrutura cicloviária. Dados de uma pesquisa brasileira reforçam essa perspectiva, ao demonstrar que ciclovias são um fator determinante para a adoção da bicicleta por quem ainda não pedala.
https://www.archdaily.com.br/br/988154/3-acoes-para-promover-a-bicicleta-e-a-equidade-no-acesso-a-cidade-no-brasilPaula Manoela dos Santos, Ariadne Samios, Larissa Oliveira e Fernando Corrêa
Conseguir o design e o layout do banheiro perfeito para cada usuário vem com muitas decisões detalhadas. Um deles é decidir sobre incluir uma chuveiro ou banheiro, com argumentos válidos a favor de cada uma das opções, sem certo ou errado. Ao projetar um banheiro, arquitetos devem usar sua experiência e percepção para tomar decisões que melhor responderão às necessidades espaciais do layout. Dimensões padrão de chuveiro ou banheira, colocação de elementos e seleção de materiais são alguns dos fatores que devem ser estudados antes de se ajustar aos requisitos do usuário.
Analisando quatro fatores - necessidades espaciais, demandas do usuário, inovação e sustentabilidade - o artigo a seguir visa discutir os prós e contras das banheiras e dos chuveiros. Através de uma seleção de layouts de banheiros inovadores, acessíveis e que economizam espaço, que incluem produtos da categoria Banheiro no Architonic, a discussão exemplifica soluções para possíveis problemas de chuveiros e banheiras.
Clarice Lispector e Carolina Maria de Jesus durante lançamento de livro. Figura produzida pela autora
Carolina Maria de Jesus e Clarice Lispector estão entre as mais relevantes escritoras brasileiras do século XX. Este ensaio é uma análise sobre as representações que as envolvem e, principalmente, um gesto que complexifica a comparação entre as duas, traçando uma reflexão sobre corpo e cidade, de um ponto de vista interseccional.
https://www.archdaily.com.br/br/987981/representacoes-de-carolina-maria-de-jesus-e-clarice-lispector-corpo-cidade-e-territorioLuiza Fraccaroli B. da Costa
Sob a esfera geodésica da Spaceship Earth e a exibição de culturas mundiais que simbolizam o EPCOT da Disney World está a visão de uma cidade utópica. A proposta original do EPCOT —uma comunidade construída em torno da inovação — foi um dos últimos projetos visionários de Walt Disney. Incomodada com a expansão urbana aleatória, a Disney teve ideias ousadas para um tecido urbano que impulsionaria o progresso nos Estados Unidos. AExperimental Prototype Community of Tomorrow [Comunidade Protótipo Experimental do Amanhã] foi o antídoto de Walt Disney para a decadência das cidades americanas.
No Brasil, é comum pensar que as políticas urbanas são de responsabilidade ou dos municípios, ou da União, mas há outra instância que não pode ser desprezada: a dos estados. Políticas urbanas estaduais são tão importantes quanto as municipais e federais.
https://www.archdaily.com.br/br/988147/quando-a-cidade-se-torna-invisivelJosé Antônio Apparecido Junior e Victor Carvalho Pinto
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, apostou em seu plano de transformar Paris em uma “cidade de 15 minutos”. Foto de Pascal Weiland, via Unsplash
A história mostra que, quando atingidas por crises e desastres, as cidades em geral se recuperam e saem mais fortes e resilientes do que antes. O grande incêndio de Chicago ficou famoso por dar origem aos arranha-céus. Surtos de doenças contagiosas contribuíram para políticas de saúde pública e para as práticas modernas de saneamento. A devastação causada pela Segunda Guerra Mundial catalisou investimentos sem precedentes em habitação e infraestrutura.
Cada nova geração entra no local de trabalho com seu próprio estilo de comunicação. De TikToks virais a declarações provocativas como “Raramente usamos e-mail”, a entrada da Geração Z na força de trabalho certamente criará suas próprias características. Mas o que precisamos considerar ao recrutar, manter ou vender para essa próxima geração de arquitetos?
Margarete Schütte-Lihotzky em seu apartamento, em 1981. Foto: Margherita Spiluttini
Tantas vezes sombreadas por parcerias amorosas e profissionais com homens, as mulheres arquitetas foram, e ainda são, constantemente testadas e colocadas sob violências simbólicas, disfarçadas de piadas ou "simples" brincadeiras. A conversa do episódio 51 do Betoneira Podcast, com a professora e pesquisadora Silvana Rubino, levantou um debate sempre urgente: qual o lugar da mulher na arquitetura?
O metaverso promete revolucionar a maneira como vivemos. Ao integrar tecnologias imersivas como realidade virtual e aumentada (VR e AR), a expectativa do metaverso é adicionar outra camada à maneira como vivemos cotidianamente. Sugere-se que o metaverso crie espaços virtuais onde as pessoas possam se encontrar e compartilhar experiências independentemente das restrições geográficas. As possibilidades parecem infinitas: trocar conhecimentos, incentivar a colaboração profissional, desenvolver e democratizar a arte, a educação, a cultura e até mesmo possibilitar o engajamento político. As interações sociais estão no cerne da ideia de metaverso. Isso levanta a questão: como os novos espaços virtuais podem adquirir as propriedades dos espaços públicos?
Após dois anos de ciclos interrompidos devido à pandemia, 2022 vem testemunhando um ressurgimento dos eventos de arquitetura: bienais, trienais, semanas de design e festivais estão de volta à cena, com reflexões ainda maiores e abordagens temáticas mais amplas, alinhadas aos desafios do mundo.
Relevantes hoje mais do que nunca, esses acontecimentos espalhados pelo mundo abordam questões relacionadas ao clima, problemas urbanos, bem como preocupações fomentadas pela covid-19, como resiliência, modos de vida, futuro da arquitetura e o desconhecido.
A arquitetura nasce dos materiais. Entre estrutura, luz, movimento e conforto, os materiais moldam profundamente nossas experiências. Mas os materiais também mudam com o tempo, novos tipos são criados, e uma ampla gama de montagens e técnicas de construção são introduzidas. Cada vez mais, arquitetos e designers estão analisando as possibilidades de materiais compósitos feitos com elementos naturais.
Muito além de suas características decorativas, o paisagismo traz consigo questões biológicas e culturais que precisam ser trabalhadas nos projetos. O que se vê em grande parte dos jardins públicos, residenciais, condominiais, comerciais e empresariais, porém, é uma série de abordagens que distanciam o paisagismo de todos seus atributos, reduzindo-o a uma camada decorativa na construção. A seguir, reunimos estratégias para se esquivar dos principais problemas do projeto paisagístico, juntando a estética com suas possibilidades ambientais e culturais.
“Devíamos admitir a natureza como uma imensa multidão de formas, incluindo cada pedaço de nós, que somos parte de tudo”, diz Ailton Krenak, renomado líder indígena, no seu livro Ideias para adiar o fim do mundo. A cultura dos povos originários não entende humanidade e meio ambiente como coisas separadas ou superiores uma à outra, mas sim, como partes de um todo. Por meio desse entendimento particular do universo, esse povos são conduzidos à uma apropriação sensível do território, com crenças estruturantes que se refletem também na sua arquitetura, elevando o próprio conceito de sustentabilidade a outro patamar, já que, a natureza não é vista como um recurso a ser utilizado, ela é pensada como parte da comunidade.
Imagem: achassignon via VisualHunt / CC BY-SA. Montagem com imagem de John Cunniff via Visual Hunt / CC BY
Jean-Luc Godard, através de seus filmes, fala de arquitetura quase com a mesma facilidade com que fala sobre o próprio cinema. Em homenagem ao ícone da nouvelle vague, que faleceu hoje aos 91 anos de idade, revisitamos Como a arquitetura fala com o cinema.
Há muitas formas de fazer filmes. Como Jean Renoir e Robert Bresson, que fazem música. Como Sergei Eisenstein, que pinta. Como Stroheim, que escrevia romances falados na era do cinema mudo. Como Alain Resnais, que esculpe. E como Sócrates, digo, Rossellini, que cria filosofia. O cinema, em outras palavras, pode ser tudo ao mesmo tempo, juiz e litigante. — Jean-Luc Godard [1]