Cerca de cinco hectares tem a Plaza de Cataluña, um dos centros nevrálgicos de Barcelona. Um lugar de convergência para os diversos bairros e turistas de todas as culturas e origens. Aqui, o escritório de arquitetura MAIO projetou e construiu uma cozinha urbana para o Festival Model - um evento que durante dez dias no mês de maio tomou a cidade como um campo de experimentação e debate.
Em projetos residenciais, os elementos de conforto ambiental são centrais para a concepção de propostas que estabeleçam um sentido de aconchego, acolhimento e sensação de pertencimento em um lugar protegido e seguro. A iluminação talvez seja o aspecto mais importante na conformação desse conjunto, já que ela é capaz de apontar usos específicos nos ambientes internos e externos das casas, estabelecer funções de uso prático ou de relaxamento, e destacar elementos arquitetônicos que atribuem grande valor às obras.
Por mais transitórios que sejam as tendências, elas sempre têm uma maneira de retornar. Vemos isso o tempo todo na moda, com a volta em grande estilo de peças de roupas que pensávamos que nunca mais veríamos. O design de interiores não é exceção. Embora este século tenha estabelecido o ideal sobre sofisticação e simplicidade sutis - com superfícies brancas, linhas limpas e acabamentos lisos -, elementos retrô ousados estão sendo revistos em interiores residenciais e comerciais. Seja na forma de paredes coloridas vibrantes, pisos com padrões geométricos intrincados ou peças de móveis de aparência vintage, parece haver uma apreciação renovada por elementos de design inspirados nas tendências da segunda metade dos anos 1900, principalmente dos anos 50 aos anos 80.
Assim como muitas decisões projetuais no campo da arquitetura, a escolha de elevar uma casa em relação ao terreno não tem impactos apenas estéticos, mas também - ou sobretudo - funcionais. Elevar um edifício do solo ajuda a afastar a umidade e melhorar a circulação do ar, ao mesmo tempo em que minimiza seu apoio no plano e, consequentemente, a necessidade de movimentação de terra para executar a obra. Assim, lajes suspensas são simultaneamente soluções arquitetônicas e bioclimáticas passivas, adequando-se bem ao clima quente e úmido que caracteriza a maior parte do Brasil.
Na história da arquitetura o conceito de beleza sempre esteve atrelado a diferentes fatores que representam, principalmente, os valores da sociedade em determinado período. O zeitgeist (espírito de época) certamente é crucial para essas definições, por isso, algo que já foi considerado belo no passado é passível de receber outra conotação hoje em dia. Nesse sentido, as preferências estéticas na arquitetura parecem estar atreladas a referências simbólicas implícitas na própria construção e na relação dela com o mundo. São preferências que exprimem convicções, ideologias e posicionamentos, assim como sentimentos morais, religiosos, políticos e, claro, símbolos de status de classe.
A concepção das janelas de um edifício é fator determinante para a salubridade e conforto térmico dos ambientes. No caso das janelas de piso a teto, a dupla vantagem que se tem a partir da boa iluminação dos espaços internos e ampla vista para a paisagem talvez seja o fator mais atrativo para a sua adoção em edifícios residenciais. Normalmente localizadas em pontos estratégicos, como nos espaços de convívio ou em quartos não direcionados à rua, esse tipo de janela promove uma eficiente integração entre os espaços internos e externos.
A atual produção arquitetônica enfrenta diversos paradigmas e um deles é o estético. Num cenário de constantes incertezas, edifícios com projeções, hologramas ou completamente automativos que a ficção científica tanto deslumbrou, assim como a própria tecnologia aponta como uma possibilidade porvir, parecem cada vez mais distantes da realidade. Hoje, a busca por uma maior identificação com o espaço construído tem sido ampliada ao invés de idealizar o novo pelo novo. Por isso, olhar para o passado tem apresentado diferentes perspectivas e é nessa mirada que talvez possamos imaginar uma nova estética futurística.
"Os detalhes não são os detalhes. Eles fazem o design." -Charles Eames. A criação de espaços atraentes que antecipem as necessidades dos usuários depende de vários fatores: escala, circulação, funcionalidade e conforto. No entanto, as últimas décadas provaram que o apelo visual de um projeto também é muito importante para o espaço interno. Neste artigo, exploraremos o lado estético do design de interiores, analisando estilos populares em todo o mundo e como arquitetos e designers usam elementos como cores, móveis, acessórios e acabamentos para definir sua identidade espacial.
Todos os movimentos de arquitetura ao longo da história surgiram de mudanças na sociedade que exigiram um novo estilo que refletisse melhor a maneira como a tecnologia avançou e como as pessoas expressam suas crenças e valores políticos, religiosos e morais. Enquanto algumas mudanças ocorrem ao longo de um período de vários anos, outras são vivenciadas de maneira repentina. A Secessão de Viena foi, sem dúvida, o último caso. No final do século XIX, um grupo de artistas e arquitetos pretendia explorar o que a arte deveria ser no que se refere à restrições de influências globais que poderiam introduzir um novo modernismo.
Soluções para apartamentos de pequena escala estão se tornando cada vez mais necessárias, haja vista a redução da área dos apartamentos que vêm sendo construídos nos centros das maiores cidades do país. O alto preço do solo, associado às legislações em vigor, tem estimulado a construção de unidades cada vez mais diminutas – o que pode, por vezes, ser associado a uma redução na qualidade de vida dos residentes.
Mas isso nem sempre é o caso, e o projeto arquitetônico pode desempenhar um papel fundamental em tornar uma pequena caixa de concreto e alvenaria em um lar agradável e que atenda às necessidades de quem lá habitará. A seguir, reunimos 10 exemplos de apartamentos entre 24m2 e 48m2 construídos no Brasil que convertem as limitações físicas em qualidades espaciais.
No início da era do automóvel, suponha que Henry Ford e John D. Rockefeller tivessem perguntado como os planejadores urbanos poderiam aumentar a demanda por carros e gasolina. Considere três opções. Primeiro, divida a cidade em zonas separadas (moradia aqui, empregos ali, compras acolá) para criar viagens entre as zonas. Depois, limite a densidade para espalhar tudo e aumentar ainda mais as viagens. Terceiro, exija amplo estacionamento fora das vias em todos os lugares, para que os carros sejam a maneira mais fácil e barata de viajar.
Vitrines de lojas são o meio de comunicação com a clientela, a camada de transição entre a rua e o estabelecimento comercial. De seu surgimento no século II, no Império Romano, até hoje, muitas mudanças ocorreram até chegarmos nas vitrines atuais, que não exibem apenas produtos, mas também a identidade das marcas. Veja aqui o que considerar ao projetar uma vitrine.
Culinária e arquitetura são paralelas uma à outra. Combinando ingredientes para formar um todo, ambos os processos estão vinculados ao contexto cultural, à criatividade e ao significado. Podemos entender como as culturas mudaram através dos tempos observando as mudanças na culinária, e o mesmo pode ser dito da arquitetura. Em ambos os casos, os produtos finais são baseados na interação humana e ganham vida através da experiência.
Localizada em meio à vegetação, quase invisível para quem vê da rua, uma joia da arquitetura moderna brasileira se esconde no bairro paulistano do Jardim América. A Casa Zalszupin, projetada em 1960 pelo arquiteto polonês radicado no Brasil, Jorge Zalszupin, combina traços do modernismo local com influências que o arquiteto trouxe consigo da Europa, notadamente a arquitetura escandinava.
Na cordilheira dos Andes peruanos, a mais de 3.700 metros de altitude, está localizada a ponte suspensa de corda Q'eswachaka, declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A ponte tecida à mão, que une as duas encostas sobre o rio Apurimac, tornou-se a última ponte inca em uso que sobreviveu à modernidade. Isso foi possível graças à transmissão da cultura e engenharia inca ao longo de suas gerações, que renovam a ponte todos os anos para sua conservação.
O premiado escritório londrino Jan Kattein Architects usa seus projetos arquitetônicos para concretizar oportunidades cívicas e espaciais. Desta forma, busca estabelecer um legado social e físico, alcançado ao adotar um processo de design aberto e interativo que responde positivamente às necessidades e aspirações dos clientes.
Ao permitir que o processo conduza cada projeto individualmente, seu método estimula uma arquitetura inovadora, buscando agregar benefícios através da educação, do crescimento econômico, das atividades culturais e uma maior coerência comunitária.
Pense em explicar a alguém 25 anos atrás o que a profissão de um gerente de mídia social, motorista de uber ou operador de drone faz em 2020. A tecnologia combinada com as demandas da população, escassez de recursos, urbanização e outros fatores criaram uma série de novos empregos e mudaram radicalmente outros. Pesquisas alegam que 65% das crianças que entram na escola primária hoje acabarão trabalhando em empregos que ainda não existem.
A contribuição de Jane Jacobs ao modo de se olhar e pensar as cidades foi das mais importantes do urbanismo contemporâneo, fato visível na recorrência de suas ideias em debates cujo tema é a cidade, nos quais “Morte e Vida de Grandes Cidades” (The Death and Life of Great American Cities, 1961) é com frequência destacado. A obra só foi traduzida para o português e publicada no Brasil em 2000, pela Editora Martins Fontes.
https://www.archdaily.com.br/br/983112/a-recepcao-de-jane-jacobs-no-brasilAllan Pedro dos Santos Silva