Os altos índices de poluição atmosférica que causa mais de 2.500 fatalidades por ano em Paris e a necessidade de mais espaços públicos levaram a prefeitura de Pais a propor um projeto de pedestrianização das margens do rio Sena.
A iniciativa foi apresentada pela primeira vez em maio de 2015 e em meados deste ano foi submetida a uma consulta pública para saber a opinião dos habitantes sobre a possibilidade mais espaços livres de automóveis.
Como já divulgamos, o plano foi rechaçado, porém, o município decidiu que continuaria adiante com o projeto, elaborando 10 motivos que justificam a criação de mais espaços para os cidadãos.
A cidade é um conjunto organizado de lugares e de espaços que os atores sociais constróem sob as posibilidades estruturais para desenvolverem suas vidas. Associar os processos de reprodução social na construção da cidade permite interpretar os crescentes fenômenos que conduzem à fragmentação social, à acumulação diferencial e à participação desigual da população no acesso ao espaço urbano.
O Mapa Nolli fez história quando foi criado em 1748, em grande parte por causa de seu foco em espaços públicos. Com ele, Giambattista Nolli destacou o fato de que os lugares públicos não existem exclusivamente na forma de ruas e parques, mas também em espaços fechados. No entanto, a importância destas áreas comuns está sendo constantemente prejudicada. Nossas áreas públicas existem para promover a inclusão e igualdade de oportunidades mas, apesar disso, elas estão sendo esquecidas e abandonadas, debilitando sua capacidade de conectar comunidades.
Levando em conta que o principal objetivo do livro recém-lançado, de distribuição gratuita do Studio Gang, Reimagining The Civic Commons tem "ajudado as comunidades a ativarem seus lugares cívicos", então, não é surpreendente que o folheto inclui mapas gráficos que lembram o objetivo de Nolli. O livro, que surgiu do trabalho financiado pela Fundação Kresge e Fundação Knight, centra-se na apresentação de 7 tipos de "ativos existentes": bibliotecas, parques, centros de recreação, delegacias de polícia, escolas, ruas e trânsito. Desde o início da pesquisa do Studio Gang, uma maior, com $40000000 de iniciativa, começou sendo financiado pela Fundação JPB, Fundação Knight, Fundação Kresge e Fundação Rockefeller, juntamente com uma infinidade de doadores locais, com projetos tomando forma na Filadélfia, Chicago, Detroit, Memphis e Akron. O guia gráfico destina-se a oferecer abordagens adaptáveis, rentáveis e flexíveis para estes espaços, de modo que este possa ser aplicado ao longo do tempo e em uma variedade de diferentes comunidades. Leia a seguir o nosso resumo das 7 estratégias.
Na semana passada aconteceu em Quito, Equador, a Terceira Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável, Habitat III. Durante quatro dias, la conferência reuniu à delegações de mais de 142 países que tinham como objetivo aprovar uma Nova Agenda Urbana que foi apresentada no encerramento da cúpula na quinta-feira passada, dia 20 de outubro (saiba mais detalhes aqui).
Além disso, o evento contou com 36.000 participantes e diversos eventos que reuniram profissionais renomados de áreas relacionadas com o desenvolvimento urbano. Um deles foi o ciclo de Urban Talks, que teve como palestrante inaugural ao arquiteto chileno, vencedor do Prêmio Pritzker 2016, Alejandro Aravena.
Este texto foi originalmente publicado em guggenheim.org/blogs sob o título "Nove Exposições do Guggenheim projetadas por Arquitetos" (em tradução livre) e está sendo utilizado com sua permissão.
Projetos de exposições nunca são simples nem diretos, mas isso se torna evidente dentro da arquitetura não convencional do Museu Guggenheim de Frank Lloyd Wright. Pendurar um quadro em uma galeria tradicional de formas cúbicas é literalmente simples, no entanto toda a exposição no Guggenheim é a reinvenção de um dos edifícios mais icônicos e distintivos do mundo. O edifício exige projetos museográficos específicos - paredes divisórias, pedestais, vitrines e bancos são todos fabricados especialmente sob medida para cada exposição. Ao mesmo tempo, estas qualidades do edifício apresentam uma oportunidade para instalações únicas e memoráveis. O projeto aparece simultaneamente em uma micro e macro escala - criando soluções de exposição para trabalhos de arte individuais enquanto produzem contexto e fluxo gerais que representam a visão curatorial para a exposição. É por isso que todos os responsáveis pelas exposições internas mais impressionantes possuem conexão com a arquitetura. Desenvolveram relações íntimas com cada ângulo e curva da rampa ascendente e de suas paredes inclinadas.
Na arquitetura, talvez a mudança mais marcante do século XX foi o repensamento radical do fornecimento de habitação que trouxe, movido por uma explosão populacional e pela devastação de duas guerras mundiais. Claro, a revalorização do desenho e construção de habitação do Modernismo foi uma parte desta trajetória, mas mesmo o Modernismo foi sustentado por um processo tradicional, que precisava de clientes, projetistas e empreiteiros. Entre estratégias mais radicais estão um pequeno número de empreendimentos alternativos, como as casas encomendadas pelo correio nos EUA e os projetos de casas DIY (sigla para Do It Yourself, algo como faça você mesmo) de Walter Segal no Reino Unido. Estas iniciativas procuram virar o processo tradicional de construção de cabeça para baixo, capacitando as pessoas a construírem suas próprias casas, proporcionando materiais e projetos o mais barato possível.
No século XXI, o espírito destes movimentos marginais está vivo e passa bem, mas os parâmetros mudaram um pouco: com o aumento do individualismo, e novas tecnologias provocando o "movimento do criador," o foco mudou de dar às pessoas os materiais para construir um projeto fixo para melhorar o acesso à propriedade intelectual, permitindo que mais pessoas aproveitem destes projetos baratos e efetivos. A década passada presenciou uma série de iniciativas destinadas a difundir projetos de arquitetura open source (código aberto) - continue a seguir para saber mais sobre cinco deles.
As propriedades físicas dos vidros são inestimáveis e inigualáveis quando se trata da paleta de materiais dos arquitetos. Desde a época das catedrais e seus vitrais brilhantemente coloridos que serviam a um propósito funcional e didático, à liberação da planta baixa no modernismo e as vistas horizontais requintadamente emolduradas por amplas janelas, os arquitetos têm se voltado ao vidro para atingir não só a estética, mas condições performativas em seus projetos.
Hoje, os arquitetos têm à disposição diversas opções na especificação e no projeto com vidro para as fachadas de edifícios, uma vez que os fabricantes oferecem uma enorme variedade de cores, texturas e padrões. Uma ampla gama de revestimentos e tratamentos também foi desenvolvida, permitindo uma melhor seleção das placas de vidro com uma combinação de transmitância de luz, refletância e absorção para satisfazer as necessidades de quaisquer projetos arquitetônicos. Essas opções afetam a estética e o desempenho energético do vidro, e, portanto, toda a edificação.
Graças a ferramentas avançadas de cálculo, o desempenho energético pode agora ser antecipado com precisão, mas a representação gráfica do vidro ainda é um desafio, e ainda uma necessidade crucial para os arquitetos.
https://www.archdaily.com.br/br/797730/como-renderizacoes-fisico-realistas-ajudarao-os-arquitetos-na-escolha-correta-dos-vidros-para-fachadasSponsored Post
A primeira impressão que me ocorreu quando vi as cisternas da Índia foi esta: parecem um delírio de degraus e patamares invertidos, uma imersão nas profundezas do deserto tão desconcertante quanto o impulso por um abismo. Realçados pelo jogo de luz e sombra, esses degraus formam uma espécie de mantra arquitetônico de estupendo efeito visual, provendo aquelas escadas de um ritmo vertiginoso e repetindo um padrão que arrebata pela escala e pela multiplicação, não muito diferente de um jogo de espelhos que reflete um espaço ad infinitum.
https://www.archdaily.com.br/br/797736/abismos-arquitetonicos-carlos-m-teixeiraCarlos M. Teixeira
Nem todas as obras de arquitetura são um êxito econômico e social. Mas há um temido termo, reservado somente para os projetos mais embaraçosos: 'elefantes brancos'. O termo provém da história dos reis de Siam, a atual Tailândia, que segundo a lenda, presenteavam os cortesões que não lhes agradavam com um sagrado elefante albino. Rejeitar o presente de um rei era inaceitável, mas sendo sagrados, estes animais não poderiam ser usados como força de trabalho, o que levaria, inevitavelmente, o cortesão à ruína.
Claro que na arquitetura, o termo 'elefante branco' é utilizado com frequência para menosprezar certos projetos e se o projeto merece tal infâmia, isso costuma ser uma questão de perspectiva. Frequentemente monstruosidades ou lembranças dos fundos mal gastos, estes projetos se negam a ser esquecidos, apesar de existir poucas pessoas que os querem recordar. Salpicados pelo mundo e através da história, todos eles têm algo em comum: ainda que talvez (ou talvez não) alguma vez eles tenham parecido um bom projeto no papel, provavelmente eles deveriam ter ficado por aí.
Em termos gerais, metamateriais são materiais que se comportam de acordo com suas estruturas, e não em função de suas composições materiais. Manipulando suas microestruturas internas, os metamateriais podem exibir propriedades que não seriam encontradas de outro modo em um material natural.
Até o momento, o termo tem sido empregado com mais frequência para designar materiais que podem manipular ondas eletromagnéticas com um índice de refração anormal. Mas, recentemente, uma nova perspectiva sobre os metamateriais tem sido estudada por uma equipe do Hasso Plattner Institute (HPI), que diz que "até agora, os metamateriais eram compreendidos como materiais - queremos pensar neles com máquinas". Uma série de objetos criados pelo HPI que desempenham funções mecânicas através de suas configurações metamateriais demostra este conceito de "mecanismos metamateriais".
“Desde os tempos pré-históricos até à modernidade, o problema da habitação nunca deixou de ser atual e de ter interesse. Primitiva ou complicada, a existência do Homem nunca prescindiu da cabana, gruta ou casa que lhe serviu de abrigo, garantindo-lhe, pelo menos, relativa tranquilidade e repouso retemperador. Ainda agora nestes tempos modernos e de profunda transformação em todos os aspetos da vida quotidiana, as questões que se ligam com a habitação“ [1] com a construção e o desenvolvimento sustentável não deixam de preocupar arquitetos, urbanistas, engenheiros, sociólogos, ecologistas, etc.
https://www.archdaily.com.br/br/797536/o-desafio-da-tradicao-e-a-reciclagem-do-existente-alexandra-maria-de-carvalhoAlexandra Maria de Carvalho
Os arquitetos famosos são fáceis de admirar ou repudiar quando vistos de longe, mas de perto, hábitos estranhamente humanos muitas vezes vêm à tona. Embora todos nós tenhamos nossas peculiaridades, estes hábitos, vindos de profissionais mundialmente reconhecidos, desvelam seu lado humano que, muitas vezes, não dão nenhum indício de como eles se tornaram figuras tão notáveis no campo da arquitetura. Os seguintes hábitos de vários arquitetos renomados revelam partes do seu processo criativo, momentos de relaxamento ou, simplesmente, partes de sua identidade. Alguns são inspiradores outros surpreendentes, mas todos dão uma pequena visão sobre as qualidades mentais necessárias para se atingir o topo da profissão de arquiteto - desde um trabalho excepcional até uma pitada de excentricidade (e algumas qualidades ainda mais interessantes) .
Sob o título de "A oficina dos Sonhos", as arquitetas Benedetta Tagliabue, Izaskun Chinchilla e Carme Pigem (RCR Arquitectes), junto com Jacob Benbunan, co-fundador de Saffron, foram desafiadas a materializar os sonhos de quatro criadores locais, personalidades inspiradoras no âmbito da arquitetura, da culinária, da literatura e da paleoantropologia, respectivamente.
Em uma iniciativa criada por American Hardwood Export Council (AHEC), a IE School of Architecture & Design e HAY Festival Segovia, os arquitetos e designers convidados trabalharam lado a lado com seus inspiradores, sempre levando em conta a principal condição: as peças deveriam ser desenhadas unicamente em madeira, a partir do amplo catálogo de árvores dispostas pela AHEC e seriam fabricadas pelos artesãos da legendária carpinteira espanhola La Navarra.
Benedetta Tagliabue, inspirada na sabedoria técnica dos shakers de Nova York, desenhou um conjunto de mesas para Martha Thorne. Izaskun Chinchilla criou uma 'nuvem' de utensílios para a dupla de cozinheiros vascos Juan Mari e Elena Arzak. Carme Pigem desenhou uma poltrona especialmente adaptada para as atividades (e o corpo) do escritor Javier Cercas, enquanto Jacob Benbunan concebeu uma cabana móvel para o paleoantropólogo Juan Luis Arsuaga.
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Arrette Scale: perspectiva. Imagem Cortesia de Arrette Scale
Baseado no nosso artigo 25 aplicativos para facilitar o trabalho de arquitetos e planejadores, essa coleção reúne alguns dos aplicativos técnicos de melhor qualidade e os mais valiosos para o projeto, desenho, cálculo e colaboração. Ainda que a maioria dos que aparecem aqui estão desenhados exclusivamente para a plataforma iOS, cada vez que recopilamos listas desse tipo, fica claro que estão sendo desenvolvidos mais e mais aplicativos de alta qualidade para as plataformas Android e Windons. Desde versões mais compactas de pacotes de softwares em grande escala que os arquitetos e desingers utilizam todos os dias, até papéis em branco sobre os quais é possível esboçar ideias, você pode encontrar um aplicativo que melhore sua maneira de trabalhar.
Existe o desenho participativo? Ou trata-se simplesmente de uma etiqueta de marketing que os arquitetos e urbanistas utilizam? Está é, talvez, a pergunta central por trás de muitas das intervenções e projetos que vemos nas cidades latino-americanas, mas que não sabemos responder.
Em primeiro lugar, levanta-se a pergunta sobre o que podemos definir como "participação" dentro da atuação urbana encontra-se em constante discussão. O que é o que entendemos por participação? Como se faz? Quais métodos são necessários para que, efetivamente, afirme-se que existiu participação em um determinado projeto? Sobre a linha dessas questões, em Maio deste ano promoveu-se uma discussão chamada "O desenho participativo existe?", onde o diretor da Msc Building and Urban Design in Development da University College of London, Camilo Boano, desenvolveu algumas ideias sobre o tema da participação. Aqui colocam-se algumas reflexões:
https://www.archdaily.com.br/br/797134/superando-o-cliche-da-participacaoJosé Manuel Guzmán
Aberto recentemente, o Edifício no Porto de Antuérpia de Zaha Hadid Architects é um projeto que combina uma estação de incêndio anteriormente abandonada, que foi restaurada como parte desta encomenda, com uma extensão de vidro atraente que se levanta do pátio do edifício mais antigo e se estende para a água através de um dramático balanço. No contexto do porto, onde grandes infraestruturas e máquinas colossais formam o plano de fundo para funções diárias, o edifício corajosamente se manifesta como a peça operacional central, proporcionando um espaço para 500 funcionários do Porto de Antuérpia. O fotógrafo Thomas Mayer visitou o prédio, capturando sua impressionante presença externa e investigando como sua estrutura se traduz no espaço interno do edifício.
As normativas urbanísticas, em conjunto a outros tipos de medidas e políticas com forte incidência espacial postas em prática na última ditadura cívico militar argentina entre os anos 1976 e 1983, tanto na cidade como na província de Buenos Aires, conjugaram-se para exercer um papel essencial na configuração metropolitana, deixando uma marca territorial característica que se manifesta imediatamente na tomada do governo por parte das Forças Armadas e se aprofunda ao final da década de 1970, quando os marcos normativos anteriormente sancionados começam a evidenciar efeitos mais profundos.
https://www.archdaily.com.br/br/797223/mudancas-recentes-na-periferia-de-buenos-airesGuillermo Tella e Jorge Amado
O apartamento de Patrick Bateman, de "Psicopata Americano", é um dos cenários mais icônicos da história recente do cinema. A direção de arte estéril, concebida por Gideon Ponte, é tão impessoalmente assustadora quanto a atuação de Christian Bale. Este modelo 3D interativo, desenvolvido pela Archilogic, lhe convida a experienciar os interiores do apartamento -- sem o medo de ser golpeado com um machado.