Hoje, a arquitetura se tornou — ou está se tornando — mais flexível e individualista, para acomodar os diversos estilos de vida, e necessidades espaciais das pessoas. Com esta adaptação, a tipologia residencial mudou, e as salas de estar correm perigo. Muitos insistem na necessidade de ter um espaço dedicado ao relaxamento e ao lazer, enquanto outros afirmam ser simplesmente um desperdício de espaço e dinheiro. Este debate levantou uma questão importante: ainda precisamos de salas de estar? Neste enfoque, veremos como as salas de estar evoluíram ao longo dos anos, e como os arquitetos readaptaram e integraram o conceito de "espaço de encontro" na arquitetura residencial contemporânea.
Dona Dalva, com sua casa na Vila Matilde, definitivamente ajudou a colocar o quarteto formado pelos arquitetos Danilo Terra, Pedro Tuma, Fernanda Sakano e Juliana Terra, no roteiro arquitetônico nacional e internacional. Com soluções simples e inteligentes, o projeto em questão acumulou seis prêmios, entre nacionais e internacionais, fazendo com que os paulistas do Terra e Tuma conquistassem espaço nas mídias apresentando um modelo de boa arquitetura acessível para classes sociais menos favorecidas. Entretanto, apesar da grande repercussão, os trabalhos do escritório nunca se restringiram a apenas um tipo de cliente e de solução, o que pode ser visto no vasto portfólio construído ao longo dos seus quase 15 anos de jornada.
Sob o tema 'The Greater Number', a Dutch Design Week (DDW) está de volta às ruas de Eindhoven, na Holanda. Para a edição deste ano, que ficará aberta ao público entre os dias 14 e 24 de outubro, o maior evento de design do Norte da Europa nos convida a refletir sobre a noção de menos consumo, menos produção e menos desperdício. Ciente do enorme desafio que isso significa, a Semana Holandesa de Design procura incentivar e promover o desenvolvimento do design sustentável.
Buscando encorajar os consumidores e fabricantes a repensarem seus comportamentos, a Dutch Design Week organizou uma série de palestras, debates e exposições, das quais o ArchDaily selecionou 8 intervenções relevantes que se aproximam do campo da arquitetura. Destacando as principais ideias para um futuro mais sustentável no design e na arquitetura, esta lista nos mostra a profunda preocupação da Dutch Design Week para com o futuro das cidades, ao mesmo tempo em que procura refletir sobre as contribuições de distintas iniciativas ao redor do mundo.
Em busca de composições que fujam do óbvio, voltar os olhos para soluções tradicionais e as traduzir de forma contemporânea tem sido um processo visível em diversos projetos. Nesse sentido, os pisos de pedras rústicas - Arenito, Pedras Goiás, São Tomé, etc - têm ganhado cada vez mais destaque nas arquiteturas residenciais. Se antes eram voltados apenas para a área externa, como o uso do "lajão", agora também estão presentes em espaços fechados, tornando-se um elemento que rompe com a rigidez de traçados retilíneos e, em alguns casos, colabora com a meta de diversas arquiteturas: a conexão interior-exterior.
https://www.archdaily.com.br/br/969585/casas-brasileiras-10-projetos-com-pisos-de-pedras-rusticasEquipe ArchDaily Brasil
Cortesia de Adjaye Associates/The Peebles Corporation
A Adjaye Associates revelou recentemente imagens do seu projeto desenvolvido para um dos últimos terrenos vazios no centro de Manhattan. Localizado em frente ao Jacob K. Javits Center, entre as ruas West 35th e 36th, este poderia ser o edifício mais alto construído pelo escritório de David Adjaye até o momento.
O Polivinil Butiral (PVB) é uma resina conhecida por sua resistência, flexibilidade e transparência. Quando inserida ou colada entre dois painéis de vidro, a combinação—conhecida como vidro laminado—fornece uma camada extra de resistência física, proteção acústica e ultra-violeta sem consideráveis perdas na transparência do vidro. Não é por acaso que o vidro laminado é utilizado há décadas na confecção de para-brisas para automóveis.
Ao combinar diversas camadas de PVB, um vidro pode ser transformado em uma espécie de caleidoscópio de diferentes cores além de fornecer distintos graus de opacidade e transparência. A enorme gama de cores e acabamentos em PVB permite aos designers e projetistas desenvolver infinitas soluções personalizadas para cada projeto e ambiente. Pensando nisso, apresentaremos a seguir seis exemplos de projetos que fazem uso de soluções em vidro laminado com PVB:
Voltar a estar nas ruas em segurança: essa começa a ser uma nova realidade para a nossa sociedade que se reinventou frente a pandemia da Covid-19. Mas como gostaríamos que fosse esse novo estar no espaço público? Nossas cidades estão de fato preparadas para acolher crianças, adultos, mulheres, famílias e todos os grupos sociais? A partir desses questionamentos, Gabriela Callejas , cofundadora da Cidade Ativa, defende a “Cidade do Sim”, com um olhar voltado a todas as pessoas e que tem no centro das decisões de projeto e investimentos na cidade a família, em suas mais diversas composições.
https://www.archdaily.com.br/br/970789/organizacao-lanca-manifesto-para-reivindicar-cidades-mais-acolhedoras-para-criancas-e-suas-familiasEquipe ArchDaily Brasil
A agência de criação Accept & Proceed projetou uma quadra de basquete para a Nike usando 20.000 tênis reciclados em Nova Belgrado, Sérvia. Inspirado no ethos "Move to Zero", o projeto apresenta a quadra, um playground infantil, bancos de arquibancada, gradis, academia ao ar livre, lixeiras de coleta, itens da campanha na loja e restauração dos elementos existentes. A renovação pretendia revitalizar o bairro e, ao mesmo tempo, proporcionar um espaço para a comunidade e para o esporte entre crianças e adultos.
Escadaria labiríntica. Screenshot da série. Cortesia de Netflix
Pessoas morrem em Squid Game. Muitas pessoas. Mas apesar de violência ser um dos ingredientes mais apelativos para o sucesso (ou fracasso) de uma produção para televisão, não é por isso apenas que a série se tornou tão popular no mundo todo. Cultura pop, cenários hipnotizantes e uma trama repleta de metáforas sociais contribuem para isso.
Lançada pela Netflix no dia 17 de setembro deste ano, Squid Game (conhecida também como Round 6) já é a maior série realizada em um idioma que não o inglês, disse Ted Sarandos, co-CEO e Chefe de Conteúdo da plataforma de streaming, e tem grandes chances de se tornar a maior série já produzida pela gigante do entretenimento. Escrito e dirigido por Hwang Dong-hyuk, o survival thriller narra a jornada de 456 pessoas mergulhadas em dívidas que competem por um generoso prêmio em dinheiro de 45.6 bilhões de wons – aproximadamente R$210 milhões.
A neurociência ambiental é um campo emergente, dedicado ao estudo do impacto dos ambientes sociais e físicos, sobre os processos e comportamentos do cérebro. Desde várias oportunidades de interação social aos níveis de ruído, e acesso a áreas verdes, as características do meio urbano têm implicações importantes para os mecanismos neurais e o funcionamento do cérebro, influenciando assim nosso estado físico. O campo ilustra uma imagem diferente de como as cidades impactam nossa saúde e bem-estar, proporcionando assim uma nova camada científica de compreensão, que poderia ajudar arquitetos, urbanistas e tomadores de decisão a criar ambientes urbanos mais equitativos.
Quando consideramos o contexto das cidades, ao mesmo tempo que a violência urbana é um reflexo dos problemas e das desigualdades sociais, ela também reflete no território e na nossa forma de viver. Em outubro, no dia 2, foi celebrado o Dia Internacional da Não-Violência – inspirado nisso, destacamos aqui uma série de projetos para refletir sobre formas não-violentas de ocupar os espaços públicos.
O impacto que a crise climática teve no planeta na última década é uma influência crítica de como os arquitetos e urbanistas projetam as cidades do futuro. É claro que, tanto em nível individual quanto corporativo, é importante agir e proteger a Terra antes que os impactos negativos mudem nossos ambientes familiares para sempre - e o tempo esteja se esgotando rapidamente. Quando se trata de criar formas para salvar nossas cidades do “the next big one”, seja um furacão, enchente, nevasca ou incêndio, a maneira como projetamos a infraestrutura preventiva negligencia um número significativo de pessoas. A mudança climática não afeta apenas os lugares mais ricos do mundo, na verdade, tem efeitos maiores sobre os mais pobres.
Se anteriormente já discutimos o fato da área de serviço, ou lavanderia, ser um luxo dispensável na casa contemporânea. O fato inegável é que ela é um ambiente presente nos lares brasileiros. Um espaço no qual além de lavar e secar roupas, também armazenamos produtos de limpeza e outros objetos. Por se tratar de uma área, na maioria das vezes, pequena e que deve ser muito funcional, nem sempre é fácil mantê-la organizada. Por isso, apresentamos aqui algumas dicas para aqueles que pretendem tornar esse ambiente ainda mais estruturado para um melhor cotidiano.
https://www.archdaily.com.br/br/969766/dicas-para-organizar-a-area-de-servico-mais-funcionalidade-no-cotidianoEquipe ArchDaily Brasil
Balneário Camboriú, Santa Catarina. Cidade com 5 dos 10 prédios mais altos do Brasil. Foto de: carlosoliveirareis on VisualHunt
O que você acha de construir mais rodovias para diminuir os engarrafamentos? Se você acompanha o debate sobre política urbana, já deve ter a resposta na ponta da língua: construir mais pistas não melhora o trânsito! Quanto mais rodovias, mais carros!
Construir vias estimula mais pessoas a se tornarem motoristas. Com mais faixas asfaltadas à disposição, mais pessoas se dispõem a trocar o transporte público pela conveniência do automóvel. A população pode buscar moradias mais distantes, imaginando que conseguirá dirigir rapidamente até o trabalho.
“Nos países tropicais, é na sombra e no ar fresco que as pessoas se reunem e não em espaços fechados e cálidos como em outras regiões do planeta. Para a nossa sorte, aqui na Costa Rica não falta sombra e tampouco brisa,” comenta Bruno Stagno sobre uma possível arquitetura para os trópicos. Neste sentido, além da sombra e da ventilação natural o que é que define a arquitetura costarriquenha contemporânea?
Na busca incessável para combater as mudanças climáticas, é cada vez mais fácil encontrar soluções grandes e ousadas, como a visão conceitual "water smart city", a proposta do ecologista Allan Savory para tornar os desertos do mundo mais ecológicos, e até mesmo o plano, do presidente da câmara de Nova York, Bill de Blasio, para transformar parte da Governors Island num "laboratório vivo" para a investigação climática. A restauração dos recifes de ostras ocorre em quase todos os cruzamentos críticos ao longo da costa leste, desde a Florida até ao Maine. Esforços valiosos, no entanto, quando considerados coletivamente, o ônus de resolver a nossa crise climática foi deixado em grande parte aos governos municipais, e aos atores privados, tornando a maioria das soluções fragmentadas. O sucesso de uma abordagem tem pouca ou nenhuma correlação com a de outra. Mas o que aconteceria se todas as soluções relacionadas pudessem ser aplicadas num ecossistema único e controlado, quando o meio ambiente e o urbanismo, não estão em desacordo, mas trabalham em conjunto? Conheça a cidade experimental.
https://www.archdaily.com.br/br/968786/repensando-o-papel-das-cidades-experimentais-no-combate-as-mudancas-climaticasJustin R. Wolf
As cidades em que vivemos hoje foram construídas com base em princípios concebidos há décadas, com a perspectiva de garantir que sejam habitáveis por todos. Ao longo da história, as cidades têm sido catalisadoras do crescimento econômico, servindo como pontos focais para negócios e migração. No entanto, na última década, especialmente durante os últimos dois anos, o mundo testemunhou reconfigurações drásticas na forma como as sociedades funcionam, vivem e se deslocam.
O tecido urbano de hoje destaca dois padrões demográficos: rápida urbanização e grandes populações jovens. As cidades, embora crescendo em escala, na verdade se tornaram mais jovens, com quase quatro bilhões da população mundial com menos de 30 anos vivendo em áreas urbanas, e em 2030, UN-Habitat espera que 60% da população urbana tenha menos de 18. Então, quando o assunto é planejamento urbano e futuro das cidades, fica evidente que os jovens devem fazer parte da conversa.
A humanidade como a conhecemos hoje é resultado de séculos e mais séculos de fenômenos naturais e migratórios complexos responsáveis por forjar a aparência geográfica e humana do planeta no qual habitamos. Humanos são seres sensoriais, e como tais, se relacionam com o mundo através de suas experiências vividas, mas, além disso, há outra forma pela qual podemos compreender o mundo no qual vivemos, isto é, através da uma representação bidimensional inventada pelo homem—os mapas. A cartografia, muitas vezes, é utilizada para delinear fronteiras e estabelecer limites, e desta forma têm sido utilizada historicamente como uma ferramenta de opressão e segregação.