Piscinas públicas em orlas costeiras: 10 projetos construídos junto a rios, mares e oceanos

Localiza&ccedil;&atilde;o: Matosinhos, Portugal
Ano: 1966

Escrito por Belén Maiztegui | Traduzido por Romullo Baratto
Publicado em 30 de Junho de 2021

À primeira vista, construir uma piscina na orla costeira pode parecer uma decisão pouco coerente. Afinal, por que alguém escolheria se banhar ali com a imensidão do mar ou do rio a poucos passos de distância? No entanto, apesar da nossa primeira impressão, em muitos casos essas obras acabam se tornando infraestruturas realmente significativas para pessoas com mobilidade reduzida, crianças ou outras pessoas para as quais o mar ou o rio pode trazer algum tipo de insegurança. Nesta perspetiva, as piscinas costeiras apresentam-se como dispositivos de conexão entre as pessoas e a paisagem, possibilitando a utilização dos territórios marítimos e fluviais para que mais pessoas possam desfrutar da água com segurança.

De qualquer modo, trabalhar em um contexto de orla costeira não é nada fácil. Requer um conhecimento profundo da dinâmica das águas e um estudo detalhado do território nos seus diferentes aspectos naturais (geológicos, topográficos etc.). A evolução das condições destas paisagens, ligada ao comportamento cíclico das marés e à lógica dos fluxos dos rios, altera os limites concretos do suporte físico, dando lugar a espaços ambíguos e transitórios sobre os quais não é fácil construir. Todavia, alguns arquitetos já se aventuraram nessa tarefa, buscando uma articulação entre arquitetura e paisagem e uma aproximação entre as pessoas e as orlas costeiras.

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